DOU 02/07/2024 - Diário Oficial da União - Brasil

                            Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001,
que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico
http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152024070200055
55
Nº 125, terça-feira, 2 de julho de 2024
ISSN 1677-7042
Seção 1
SEÇÃO VII
PROVA DE INCLINAÇÃO
7.31. PREPARAÇÃO DA PROVA
a)Condição de Carregamento
A prova deve ser realizada com a embarcação na condição de navio leve, ou
o mais próximo possível dela, sendo que:
I)os objetos que não façam parte do equipamento fixo da embarcação
devem ser retirados ao máximo;
II)Líquidos pertencentes a caldeiras, equipamentos e tubulações devem ser
mantidos, tanto quanto possível, nos seus níveis normais de operação; e
III)os tanques devem estar, sempre que possível, vazios. A quantidade de
tanques contendo líquidos deve ser a mínima necessária para assegurar um compasso
(trim) e estabilidade adequados durante a prova e no caso da prova ser realizada
através de transferência de líquidos, para efetuar a inclinação da embarcação. Os
tanques contendo líquidos, para assegurar um compasso (trim) e estabilidade
adequados, devem estar totalmente cheios ou, quando inevitável, carregados em um
nível que seja possível determinar perfeitamente a superfície livre do líquido e a mesma
permaneça, aproximadamente, constante durante a inclinação da embarcação. No caso
de tanques totalmente cheios, devem ser tomados os cuidados necessários durante o
enchimento dos tanques, para evitar a ocorrência de bolsões de ar.
b)Itens Passíveis de Sofrer Deslocamentos
Aparelhos ou outros pesos que possam sofrer deslocamento que influenciem
os resultados da prova devem ser impedidos que o façam e, para isso, devem ser
tomadas as seguintes providências:
I)lanças de guindastes, baleeiras, aparelhos ou paus de carga devem estar
fixos e em posição de viagem, no momento de cada leitura; e
II)tampas de escotilhas devem, sempre que possível, estar fechadas.
c)Trim
A embarcação não deve ter compasso (trim) maior que 1% de Lpp, quando
as curvas hidrostáticas foram utilizadas para cálculo. O ângulo de banda não deve ser
maior que 0,5°. Este ângulo de banda inicial é tolerável quando é devido à assimetria
de pesos e não estabilidade inicial negativa.
d)Local do Teste
A prova deve ser realizada, de preferência, em local abrigado, sem vento e
correnteza. Caso não seja praticável, as condições de mar, vento e correnteza devem
ser tais que não comprometam a precisão da prova.
7.32. RECOMENDAÇÕES
a)Pessoas a Bordo
Somente as pessoas necessárias à prova devem permanecer a bordo. Estas,
salvo necessidade de posicionamento durante a prova, devem permanecer na Linha de
Centro da embarcação.
b)Livre Oscilação da Embarcação
A livre oscilação da embarcação, durante as leituras da prova, deve ser
garantida. Para tal, os cabos de amarração devem estar brandos, pranchas e escadas de
acesso recolhidas e as conexões com a terra, sempre que possível, desligadas. Alguns
exemplos de amarração são mostrados na Figura 7-12.
c)Centro de Comando da Prova
Um centro de comando da prova, com meios de comunicação direta com o
pessoal responsável pela leitura dos medidores, transferência de pesos, amarração da
embarcação e praça de máquinas, deve ser instalado em local apropriado. Este centro
de comando da prova deve proporcionar meios de se efetuar cálculos e verificações no
desenrolar da prova.
d)Esquemas para Preparação da Prova
Um esquema, que mostre as localizações dos medidores de inclinação, dos
pesos a serem transferidos, do centro de comando da prova e os postos de
comunicação, deve ser preparado (ver Figura 7-13).
Um esquema para movimentação dos pesos deve ser preparado, de acordo
com o estabelecido nas Tabelas 9 e 11, do modelo de Relatório da Prova de Inclinação,
apresentado no Anexo 7-D.
e)Estimativa dos Pesos Inclinantes
Os pesos a serem movimentados podem ser determinados por meio da
seguinte fórmula:
1_MD_2_034
1_MD_2_035
1_MD_2_036
f)Pesos Sólidos
No caso de utilização de pesos sólidos, estes devem ser medidos e
numerados. As transferências devem ser efetuadas, se possível, sem alteração da
posição longitudinal dos pesos, de modo a não se alterar o compasso (trim).
g)Transferência de Lastro Líquido
A prova de inclinação só deve ser realizada utilizando lastro líquido como
peso a ser transferido, quando a utilização de pesos sólidos for considerada absoluta
e tecnicamente impraticável. Quando o uso do lastro líquido como peso a ser
transferido não puder ser descartado, devem ser tomados os seguintes cuidados:
I)a transferência deve se dar entre tanques diretamente simétricos;
II)a densidade do líquido transferido deve ser medida;
III)a tubulação usada para a transferência deve estar cheia antes do início
da prova e rigoroso controle sobre a manobra de válvulas deve ser executado; e
IV)os níveis de líquido nos tanques utilizados para a transferência de líquido,
nos diversos movimentos, devem ser tais que seja possível determinar perfeitamente
a sua superfície livre.
h)Documento de Procedimento de Ensaio
Um documento de procedimento de ensaio, contendo todos os passos a
serem utilizados durante a prova de inclinação, assim como todas as informações úteis
aos interessados no acompanhamento da mesma, devem ser preparadas. Não é
necessário que tal documento seja submetido à análise prévia da DPC.
7.33. INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA A PROVA DE INCLINAÇÃO
a)Requisitos para os Pêndulos
I)os pêndulos (e/ou tubos "U") devem ser, no mínimo, em número de dois
e afastados um do outro o
máximo possível, no sentido longitudinal da
embarcação;
II)o comprimento do fio do pêndulo deve ser o maior possível, de modo a
proporcionar, durante a inclinação da embarcação, o maior desvio possível;
III)o peso do pêndulo deve ser suficiente para manter o fio retesado e deve
ter, aproximadamente, o formato apresentado no detalhe B da Figura 7-14. A massa
mínima do pêndulo deve ser 5 Kg;
IV)o fio do pêndulo deve ser de aço flexível e de diâmetro suficiente para
suportar a massa do pêndulo sem sofrer elongação, assegurando, assim, que o pêndulo
não toque o fundo da cuba de óleo;
V)o suporte do fio do pêndulo, no ponto da suspensão, deve ser tal que
possa garantir a livre oscilação do pêndulo sem escorregamento, conforme sugerido no
Detalhe A da Figura 7-14.
VI)para amortecer as oscilações do pêndulo deve ser utilizada uma cuba
com óleo. As dimensões da cuba devem ser tais que, no maior ângulo de inclinação
e levando-se em conta a oscilação, o pêndulo não venha a tocar na borda da cuba,
além de permanecer imerso; e
VII)para medir os desvios do pêndulo pode ser utilizada uma régua (graduada ou
não), solidária a cavaletes impedidos de se deslocarem, conforme sugerido na Figura 7-14.
1_MD_2_037

                            

Fechar