Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152024070300052 52 Nº 126, quarta-feira, 3 de julho de 2024 ISSN 1677-7042 Seção 1 6.42.3 Centro de Controle da Prova Um centro de controle da prova, com meios de comunicação direta com o pessoal responsável pela leitura dos medidores, transferência de pesos, amarração da embarcação e praça de máquinas, deve ser instalado em local apropriado. Este centro de controle da prova deve proporcionar meios de se efetuar cálculos e verificações no desenrolar da prova. 6.42.4 Esquemas para Preparação da Prova Um esquema que mostre as localizações dos medidores de inclinação, dos pesos a serem transferidos, do centro de controle da prova e os postos de comunicação, deve ser preparado (ver figura 6-19). Um esquema para movimentação dos pesos, deve ser preparado, de acordo com o estabelecido nas tabelas 9 e 11, do modelo de relatório da prova de inclinação, apresentado no Anexo 6-E. 6.42.5 Pesos Sólidos No caso de utilização de pesos sólidos, estes devem ser medidos e numerados. As transferências devem ser efetuadas, se possível, sem alteração da posição longitudinal dos pesos, de modo a não se alterar o compasso (trim). 6.42.6 Transferência de Lastro Líquido A prova de inclinação só deve ser realizada utilizando lastro líquido como peso a ser transferido, quando a utilização de pesos sólidos for considerada absoluta e tecnicamente impraticável. Quando o uso do lastro líquido como peso a ser transferido não puder ser descartado, devem ser tomados os seguintes cuidados: a) A transferência deve se dar entre tanques diretamente simétricos; b) A densidade do líquido transferido deve ser medida; c) A tubulação usada para a transferência deve estar cheia antes do início da prova e rigoroso controle sobre a manobra de válvulas deve ser executado; e d) Os níveis de líquido nos tanques utilizados para a transferência de líquido, nos diversos movimentos, devem ser tais que seja possível determinar perfeitamente a sua superfície livre. 6.42.7 Estimativa dos Pesos Inclinantes Os pesos a serem movimentados poderão ser estimados através da seguinte expressão: 1_MD_3_033 onde: P = peso total a ser transferido, em t; ·= deslocamento estimado para a condição de prova, em t; GM = altura metacêntrica inicial estimada para a condição de prova, em m; d = percurso transversal do peso inclinante, em m; e –= ângulo de banda provocado pela movimentação do peso inclinante, sendo recomendável 1º < –< 3º, dependendo das características da embarcação. 6.42.8 Documento de Procedimento de Ensaio Um documento de procedimento de ensaio, contendo todos os passos a serem realizados durante a prova de inclinação, assim como todas as informações úteis aos interessados no acompanhamento da mesma, deve ser preparado. Não é necessário que tal documento seja submetido à análise prévia da DPC. 1_MD_3_034 6.43. INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA A PROVA DE INCLINAÇÃO 6.43.1. Requisitos para os Pêndulos a) Os pêndulos (e ou tubos "U") devem ser, no mínimo, em número de 2 e afastados um do outro o máximo possível, no sentido longitudinal da embarcação; b) O comprimento do fio do pêndulo deve ser o maior possível, de modo a proporcionar, durante a inclinação da embarcação, o maior desvio possível; c) O peso do pêndulo deve ser suficiente para manter o fio retesado e deve ter, aproximadamente, o formato apresentado no detalhe B da figura 6-20. A massa mínima do pêndulo deve ser 5 kg; d) O fio do pêndulo deve ser de aço flexível e de diâmetro suficiente para suportar a massa do pêndulo sem sofrer alongamento, assegurando assim, que o pêndulo não toque o fundo da cuba de óleo; e) O suporte do fio do pêndulo, no ponto da suspensão, deve ser tal que possa garantir a livre oscilação do pêndulo sem escorregamento, conforme sugerido no detalhe A da figura 6-20; f) Para amortecer as oscilações do pêndulo deve ser utilizada uma cuba com óleo. As dimensões da cuba devem ser tais que, no maior ângulo de inclinação e levando- se em conta a oscilação, o pêndulo não venha a tocar na borda da cuba, além de permanecer imerso; e g) Para medir os desvios do pêndulo pode ser utilizada uma régua (graduada ou não), solidária a cavaletes impedidos de se deslocarem, conforme sugerido na figura 6-20. 6.43.2. Requisitos para o Tubo "U" a) Os tubos "U" (e/ou pêndulos) devem ser, no mínimo, em número de 2 (dois) e afastados um do outro o máximo possível, no sentido longitudinal da embarcação; b) A distância entre as partes verticais do tubo "U" deve ser a maior possível e tal que, durante a inclinação da embarcação proporcione também o maior desnível possível; c) Os tubos "U" devem ser rigidamente fixados à embarcação, a fim de evitar movimentos dos mesmos ; 1_MD_3_035 d) O sistema deve ser constituído de um tubo transparente para permitir as observações dos desníveis devido às inclinações da embarcação e recomenda-se usar tubos de diâmetro maior nas extremidades, conforme representado nas figuras 6-21 e 6-22; e) Cálculos preliminares devem ser feitos para evitar que transborde líquido de qualquer extremidade, quando das inclinações; f) Cuidados devem ser tomados para evitar a permanência das bolhas de ar dentro do tubo com líquido; g) Uma régua (graduada ou não) deve ser fixada em cada parte vertical do tubo "U" para medir/marcar os desníveis, conforme indicado nas figuras 6-21 e 6-22. 1_MD_3_036 6.43.3. Outros Além dos instrumentos medidores da inclinação, devem estar disponíveis a bordo, por ocasião da prova, os seguintes instrumentos com características adequadas: a) Bote ou outro meio de locomoção adequado para permitir leitura das marcas de calado; b) Densímetro; c) Balde com corda, para obtenção de amostras d'água; d) Trena; e) Trenas de sondagens de tanques, com marcação legível; f) Chaves para abrir as tampas dos tubos de sondagem; g) Lanternas; h) Meios de comunicação entre a direção da prova, locais das medições e de amarração da embarcação; e i) Chaves de todos os compartimentos da embarcação. 6.44. SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DA PROVA a) Proceder e anotar a leitura de calados nas marcas, se necessário, com auxílio de um tubo-amortecedor, conforme indicado na figura 6-23. Caso a embarcação não possua marcas de calado fixadas nos costados, deve ser efetuada uma medição da borda-livre, em ambos os bordos, nas regiões de proa e popa e, a critério do engenheiro responsável pela prova, na região de meio navio. Anotar os valores na tabela 2 do relatório da prova de inclinação, cujo modelo é apresentado no Anexo 6-E. b) Verificar se a profundidade do local é suficiente para que a embarcação oscile livremente, sem interferência com o fundo. c) Medir e anotar a densidade da água. Esta deve ser a média aritmética de três amostras retiradas com balde nos locais próximos às marcas de calados. Anotar na tabela 2, do relatório. 1_MD_3_037Fechar