Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152024071200063 63 Nº 133, sexta-feira, 12 de julho de 2024 ISSN 1677-7042 Seção 1 5.2.6 Higiene alimentar dos fornos com programador O aparelho é instalado em um local onde a temperatura ambiente não tenha uma variação superior a ± 2°C durante o período máximo permitido pelo programador do forno. Utilizando cada um dos gases de referência, à pressão normal de ensaios, o piloto do forno, caso exista, é regulado de acordo com as instruções técnicas. O ensaio começa quando o aparelho está em equilíbrio térmico, à temperatura ambiente. O piloto do forno é aceso, caso exista, e o programador de horário é colocado na posição máxima permitida. A temperatura no centro do forno e a temperatura ambiente são medidas com termopares e registradas continuamente. O aparelho e os termopares que medem a temperatura ambiente são protegidos dos efeitos da radiação solar e das correntes de ar. O ensaio é continuado durante o período máximo permitido pelo programador. A partir dos registros das temperaturas, é escolhido o período de 1 hora no qual as flutuações da temperatura do forno e da temperatura ambiente são menores. Então é determinada a diferença entre a temperatura do forno e a temperatura ambiente, a partir das temperaturas medidas durante este período de 1 hora. Nestas condições, é observado se as exigências do item 3.2.13 são cumpridas. 5.3 Verificação das características de funcionamento 5.3.1 Ensaios gerais 5.3.1.1 Vedação Os elementos por onde o gás percorre são testados nas seguintes condições: Ensaio Nº 1: Com todas as válvulas e dispositivos de obstrução fechados. Ensaio Nº 2: Com todas as válvulas abertas, os injetores dos queimadores e dos pilotos provisoriamente obstruídos, e os elementos de obstrução - por exemplo, válvulas dos dispositivos de controle da chama - caso existam, abertos. Estes ensaios são realizados: - com ar, à temperatura ambiente; - com pressão de entrada de 15 kPa (1 500 mmca); - no estado de fornecimento do aparelho; - imediatamente após os ensaios de resistência indicados no item 3.1.4; - ao finalizar o conjunto de ensaios realizados no aparelho com seu equipamento original, sem substituição das peças (injetores, pilotos, etc.); - após as cinco desmontagens e montagens previstas no item 3.1.5, e realizados após o ensaio precedente. A determinação do vazamento deve ser realizada de forma que o erro cometido em sua avaliação não seja superior a 0,01 dm3/h (0,01 l/h). Nestas condições, é observado se as exigências do item 4.1.1 são cumpridas. 5.3.1.2 Durabilidade dos meios de vedação Ver apêndice E. 5.3.1.3 Obtenção dos consumos 5.3.1.3.1 Obtenção do consumo calorífico nominal 5.3.1.3.1.1 Aspectos Gerais A verificação do consumo calorífico nominal é realizada utilizado o ou os gases de referência da categoria do aparelho e as pressões de ensaios definidos por cada estado parte, correspondentes às indicações de pressão indicadas sobre o aparelho (veja item 6.1) e com os injetores apropriados. O equipamento de medição deve ter uma precisão de ± 1,7% para determinar o consumo. O consumo calorífico nominal Qn indicado pelo fabricante é indicado por uma das seguintes fórmulas: 1_MDICS_12_006 ou 1_MDICS_12_007 Onde: Qn é o consumo calorífico nominal indicado em quilowatt (kW). Mn é o consumo mássico do gás seco correspondente ao consumo calorífico nominal obtido nas condições de referência, em quilogramas por hora (kg/h); Vn é o consumo volumétrico do gás seco correspondente ao consumo calorífico nominal obtido nas condições de referência, em metros cúbicos por hora (m3/h); Hs é o poder calorífico superior do gás de referência, indicado por cada estado parte, em megajoule por metro cúbico (MJ/m3) ou em megajoule por quilograma (MJ/kg). Os consumos mássicos (M e Mo) e volumétricos (V e Vo) correspondem a uma medida e a um fluxo do gás de referências nas condições de referência, ou seja, assumindo que o gás seco está a 15 °C e a uma pressão de 1013,25 mbar. Na prática, os valores obtidos durante os ensaios não correspondem a estas condições de referência, devendo ser corrigidos para levá-los aos valores que seriam obtidos caso os ensaios tivessem sido realizados nas condições de referência à saída do injetor. De acordo com o determinado por pesagem ou a partir do consumo volumétrico, o consumo mássico corrigido é calculado através das seguintes fórmulas: - determinação por pesagem 1_MDICS_12_008 - determinação a partir do consumo volumétrico 1_MDICS_12_009 O consumo mássico corrigido é calculado através da fórmula: 1_MDICS_12_010 onde: Mo é o consumo mássico do gás seco que obtido nas condições de referência, em quilogramas por hora (kg/h); M é o consumo mássico obtido nas condições de ensaio, em quilogramas por hora (kg/h); Vo é o consumo volumétrico do gás seco obtido nas condições de referência, indicado em metros cúbicos por hora (m3/h), nas mesmas condições; V é o consumo volumétrico obtido, indicado nas condições de ensaio, em metros cúbicos por hora (m3/h); pa é a pressão atmosférica, em milibar (mbar); p é a pressão de alimentação do gás no ponto de medição do consumo, em milibar (mbar); tg é a temperatura do gás no ponto de medição do consumo, em graus Celsius (ºC); d é a densidade do gás de ensaio seco (ou úmido) em relação ao ar seco; dr é a densidade do gás de referência seco em relação ao ar seco. Estas fórmulas devem ser utilizadas para calcular, a partir dos consumos mássico M e volumétrico V medidos durante o ensaio, os consumos correspondentes de Mo ou Vo, obtidos nas condições de referência. Esses valores, Mo e Vo, são os que devem ser comparados com os valores Mn e Vn calculados a partir do consumo calorífico nominal, utilizando as fórmulas indicadas como (1) e (2) no início deste ponto. Essas fórmulas são aplicadas quando o gás de ensaio utilizado é seco. Caso seja utilizado um medidor úmido ou o gás utilizado está saturado de umidade, o valor d (densidade do gás seco com relação ao ar seco) deve ser substituído pelo valor da densidade do gás úmido dh calculado através da seguinte fórmula: 1_MDICS_12_011 onde: pws é a tensão de vapor da água à temperatura tg, em milibar (mbar). A tensão de vapor saturado a tg pode ser considerado como igual a: 1_MDICS_12_012 Nota: No caso dos gases da segunda família, esta correção é insignificante. 5.3.1.3.1.2 Condições operacionais As medições são realizadas com o queimador funcionando nas seguintes condições: - Queimadores da mesa de cocção: os queimadores descobertos são cobertos com um recipiente de acordo com o item 5.1.3.1; com o artefato à temperatura ambiente, o queimador é aceso e continua funcionando durante 10 minutos; a medição começa ao final dos 10 minutos e termina no máximo 10 minutos após o início, ou quando for alcançado o número máximo de ciclos completos do contador antes da passagem desses 10 minutos. - Fornos com ou sem termostato:a medição começa quando acesos, com o termostato ou o dispositivo de acionamento na posição de máximo, com a porta aberta, e termina no máximo depois de 5 minutos, ou quando for alcançado o número máximo de ciclos completos do contador antes da passagem desses 5 minutos. - Gratinadores por radiação: o gratinador é aceso e funciona durante 10 minutos com o dispositivo de acionamento regulado na posição máxima e com a porta aberta; a medição começa ao final dos 10 minutos e termina no máximo 10 minutos após o início, ou quando for alcançado o número máximo de ciclos completos do contador antes da passagem desses 10 minutos, para os queimadores sem dispositivo de regulagem do consumo de gás: O consumo calorífico é medido para cada um dos gases dereferência alimentando o aparelho à pressão normal de ensaios correspondente. Os valores obtidos devem cumprir os requisitos do item 4.1.3.1; para queimadores com dispositivo de regulagem do consumo de gás: Ensaio Nº 1: Com o dispositivo de regulagem na posição máxima, a pressão de alimentação é levada ao valor mínimo. Os valores obtidos devem cumprir os requisitos do item 4.1.3.1; Ensaio Nº 2: Com o dispositivo de regulagem na posição mínima, a pressão de ensaio é levada ao valor máximo. Os valores obtidos devem cumprir os requisitos do item 4.1.3.1; Ensaio Nº 3: O queimador é regulado de acordo com as instruções do fabricante, à pressão normal de ensaios. Utilizando o(s) gás(es) de referência, é verificado se os valores do consumo calorífico obtidos aplicáveis aos queimadores sem dispositivo de regulagem do consumo de gás cumprem os requisitos do item 4.1.3.1. 5.3.1.3.2 Obtenção do consumo calorífico reduzido 5.3.1.3.2.1 Aspectos Gerais O queimador é alimentado com o(s) gás(es) de referência da sua categoria, de acordo com as indicações dos itens 5.1.1.1 e 5.1.2.1, e a pressão normal de ensaios indicada por cada estado parte. São utilizados os mesmos recipientes que para a obtenção do consumo calorífico nominal. São aplicadas as fórmulas indicadas no item 5.3.1.3.1.1 para a correção dos valores do consumo obtido durante os ensaios e verifica-se que os requisitos do item 4.1.3.2 são cumpridos. 5.3.1.3.2.2 Condições operacionais Após a execução do aparelho nas condições definidas abaixo, o botão de comando deve ser colocado na posição de consumo reduzido ou de temperatura mínima. a) Queimadores da mesa de queimadores e gratinadores por radiação. A medição é realizada após 10 minutos de funcionamento ao consumo calorífico nominal, ou imediatamente após a medição que permite obter o consumo calorífico nominal. b) Forno. O ensaio é realizado com a porta fechada e com o forno funcionando nas condições do item 5.1.4. A medição é realizada após 30 minutos de funcionamento. 5.3.1.4 Dispositivo de controle da chama 5.3.1.4.1 Tempos de inércia ao acender e apagar Os ensaios destinados a verificar os tempos de inércia ao acender e apagar os dispositivos de controle da chama, indicados no item 4.1.4, são realizados sucessivamente com cada um dos gases de referência correspondentes à categoria do aparelho, à pressão normal de ensaios. Nestas condições de alimentação, o aparelho é previamente regulado ao seu consumo calorífico nominal, caso existam dispositivos de regulagem. Caso exista um dispositivo de regulagem do consumo de gás do piloto, este é regulado de acordo com as indicações das instruções técnicas. Após essas regulagens prévias, o aparelho é apagado até esfriar à temperatura ambiente. O gás é novamente enviado ao aparelho e o piloto é aceso, caso exista. O tempo de inércia do acendimento é compreendido entre o instante no qual o gás no piloto é aceso, ou no queimador quando não houver piloto, e este ou o dispositivo de controle da chama permite a admissão do gás ao queimador sem intervenção manual. Ao finalizar o ensaio N° 2 do item 5.3.2.4.1, para os queimadores da mesa de queimadores, ou o ensaio do item 5.3.3.2.2 limitado a cada um dos gases de referência para o queimador do forno e o queimador do gratinador, o tempo de inércia ao apagar é medido entre o instante no qual o piloto é voluntariamente apagado, caso exista, e o queimador é apagado por corte da admissão de gás, e o instante no qual, após readmissão imediata, a passagem do gás é interrompida pelo dispositivo de controle. 5.3.1.4.2 Chamas dos pilotos Os ensaios destinados a verificar as características operacionais dos dispositivos de controle da chama dos pilotos são realizados utilizando cada um dos gases de referência, às pressões máxima e mínima, verificando em cada caso se o dispositivo de controle da chama não se abre ou não permanece aberto, a menos que o piloto tenha sido aceso ou possa ser aceso corretamente quando seguidas as instruções do fabricante para o acendimento. Ensaio Nº 1: Com o aparelho à temperatura ambiente, o consumo de gás ao piloto é diminuído para produzir o mínimo de energia necessária para manter a passagem de gás ao queimador aberta. Então é verificado se o acendimento do queimador através do piloto é realizado corretamente. Ensaio Nº 2: Após o aquecimento do forno até uma temperatura estável correspondente às indicações do item 5.1.4, a válvula do forno é fechada e, após 3 minutos, é verificado se o acendimento é realizado através da chama do piloto reduzida ao seu consumo calorífico mais crítico determinado no ensaio precedente. Ensaio Nº 3: No caso de pilotos com vários orifícios de saída que podem ser obstruídos, são repetidos os ensaios precedentes obstruindo os orifícios, exceto aqueles que dão origem à chama que atua sobre o elemento sensível do dispositivo de controle da chama. 5.3.1.5 Segurança operacional 5.3.1.5.1 Resistência ao sobreaquecimento dos queimadores O ensaio deve ser realizado em todos os queimadores de potência térmica diferente, para os tipos de gás para os que foram projetados, à pressão operacional normal e com o consumo nominal indicado pelo fabricante. Quando os queimadores são de consumo diferente, devem ser testados sucessivamente. O queimador ajustado conforme indicado anteriormente, é coberto de forma centralizada por dois tijolos refratários de aproximadamente (220 x 110 x 62) mm cada um, formando um quadrado. O queimador é acionado, deixado funcionando por 60 m e depois apagado por 30 minutos; este ciclo é repetido cinquenta vezes. Durante os intervalos de fechamento do gás, os tijolos não devem ser retirados, de forma que o esfriamento seja normal e não brusco.Fechar