DOE 05/09/2024 - Diário Oficial do Estado do Ceará

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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XVI Nº168  | FORTALEZA, 05 DE SETEMBRO DE 2024
*Nota: Dados sujeitos à revisão, atualizados em 01/04/2024.
Em decorrência ao aumento da violência, depressão e outras doenças mentais nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde - OMS recomendou a 
investigação dos óbitos por causas externas com mais rigor, tal qual as aplicadas as demais causas obstétricas, desde que seja comprovada a ligação da causa 
morte com gravidez e puerpério, e que a causa básica do óbito permaneça como causa externa.
No Ceará, a investigação de causa externa e morte materna não obstétrica vêm em constante desenvolvimento, visto que, em 2011 encontrou-se a ocorrência 
de óbito materno dessa natureza em 8,0% de todos os óbitos maternos, passando para 11,3% em 2023 e registrada na Declaração do Óbito (DO) como causa 
externa.
Tabela 7. Número de Óbitos de Mulheres em Idade Fértil e Maternos, segundo Natureza do Óbito. Ceará, 2011 a 2023*
Fonte: SESA/COVEP/CEVEP / GT Vigilância do Óbito /Sistema de informação sobre Mortalidade – SIM. 
*Nota: Dados sujeitos à revisão, atualizados em 01/04/2024
No período analisado, a Razão de Mortalidade Materna Específica (RMME) por causas de mortes maternas obstétricas diretas, sempre apresentaram valores 
superiores às indiretas até 2019. A RMME da causa obstétrica direta variou entre 27,9 e 63,3 óbitos por 100.000 nascidos vivos, em 2013 foi a mais elevada, 
63,3 em cem mil nascidos vivos. Observa-se de 2011 para 2023 uma redução de 35,7%. Já a RMME da causa indireta variou entre 16,0 e 70,9 óbitos por 
100.000 nascidos vivos, sendo 2021 a mais elevada 70,9 por 100.000 mil nascidos vivos, as causas obstétricas indiretas apresentaram um aumento de 54,0% 
de 2011 para 2023. (gráfico 7).
A relação entre razão da mortalidade materna por causas diretas sobre as indiretas caiu de 2,3 em 2011 para 0,9 em 2023, em 2020 e 2021 houve uma 
inversão, as causas indiretas ultrapassaram as diretas, certamente influenciada pela ocorrência da pandemia de COVID-19, em 2022 e 2023 provavelmente 
devido às medidas de prevenção, incluindo a vacinação para a covid19 a mortalidade pelas causas indiretas reduziram, equiparando o total das ocorrências 
com das causas diretas (gráfico 8).
Gráfico 8. Razão de Mortalidade Materna (RMM), segundo Causas Obstétricas. Ceará, 2011 a 2023*
 
Fonte: SESA/COVEP/CEVEP / GT Vigilância do Óbito /Sistema de informação sobre Mortalidade - SIM
*Nota: Dados sujeitos à revisão, atualizados em 01/04/2024.
Ao analisar os principais grupos de causas obstétricas diretas no período 2011 a 2023, verifica-se que a doença hipertensiva e hemorragias encontram-se 
entre os maiores riscos de morte materna, com incidência de 37,2% e 47,7%, respectivamente.
Entre as causas obstétricas indiretas, as que apresentaram maior risco no período 2011 a 2023 foram as doenças do aparelho circulatório com aumento de 
15,1%, passando de 8,6 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2011 para 9,9 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2023; as doenças infecciosas com acréscimo 
de 68,7%, passando de 1,6 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2011 para 2,7 óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2022, em 2023 não houve registro de 
mortalidade materna por doenças infecciosas (Tabela 8). 

                            

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