61 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XVI Nº168 | FORTALEZA, 05 DE SETEMBRO DE 2024 Gráfico 6 - Proporção de óbitos neonatais precoce, tardio e pós-neonatais. Ceará, 2011 a 2023* Fonte: SESA/COVEP/CEVEP / GT Vigilância do Óbito /Sistema de informação sobre Mortalidade - SIM *Nota: Dados sujeitos à revisão, atualizados em 01/04/2024. Considerando a análise geral da listagem reduzida de causas formadas por grupos de categorias e subcategorias da CID 10 na mortalidade infantil, pode-se evidenciar que em todos os componentes houve destaque do P36 – Septicemia, seguido de P22 – Desconforto respiratório e P00 – Afecções maternas não obrigatoriamente relacionadas com a gravidez e Q24 – Malformações congênitas do coração, todos em diferentes prevalências nos diversos componentes observados (Quadro 1). Entre os óbitos neonatais precoces as cinco principais causas foram: transtornos de baixo peso (13,6%), desconforto respiratório (9,9%), septicemia (7,3%), afecções maternas não obrigatoriamente relacionadas a gravidez (6,2%) e feto e recém-nascido afetados por complicações maternas da gravidez (5,6%). Nos óbitos neonatais tardios essas causas foram: septicemia (22,2%), afecções maternas não obrigatoriamente relacionadas a gravidez (5,7%), asfixia ao nascer (4,8%), desconforto respiratório (4,3%) e malformações congênitas do coração (4,3%). E nos óbitos pós-neonatal as cinco principais causas foram: pneumonia (8,9%), malformações congênitas do coração (7,3%), outras septicemias (4,0%), septicemia (3,8%) e enterocolite necrotizante (3,2%) (Quadro 1). Quadro 1 – Ranqueamento da mortalidade infantil por componente, segundo as cinco principais causas CID 10. Ceará, 2023* Fonte: SESA/COVEP/CEVEP / GT Vigilância do Óbito – SIM/SINASC *Nota: Dados sujeitos à revisão, atualizados em 01/04/2024. Os dados evidenciam a necessidade de investimentos tanto na atenção primária de saúde como na atenção hospitalar, que permitam início e seguimento pertinente em cada fase do ciclo vital, em especial, aos menores de 1 ano de idade, para que os agravos que os afetam não tenham desfecho desfavorável, porquanto são causas potencialmente evitáveis se houver uma assistência integral e resolutiva. 2.2.3.Razão de Mortalidade Materna - RMM Segundo análise temporal de 2010 a 2023, percebe-se uma importante oscilação no indicador, explicado pelo fato de que pequenas variações no número absoluto de óbitos determinam significativo impacto na RMM. Porém, nota-se que nos últimos anos anteriores a 2020 o comportamento da curva tornou-se mais estável, embora em níveis ainda bastante elevados, com tendência de redução, passando de 68,3% em 2010 para 57,3% em 2019, constatando queda de 16,1%. Nos anos de 2020 e 2021 houve um aumento expressivo na RMM devido a pandemia de Covid-19, ficando 2020 com taxa de 96,8% e 2021 com 109,3%. Após esse período pandêmico tivemos queda na RMM no valor de 35,4% em 2022 e mais uma redução de 16,3% para 2023, retornando à média de valores anteriores à pandemia (gráfico 7). Gráfico 7. Razão de Mortalidade Materna (RMM)*, Ceará 2010 a 2023* Fonte: SESA/COVEP/CEVEP / GT Vigilância do Óbito /Sistema de informação sobre Mortalidade – SIMFechar