Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152024101600024 24 Nº 201, quarta-feira, 16 de outubro de 2024 ISSN 1677-7042 Seção 1 Formação de estoques públicos, priorizando as aquisições de produtos que compõem a cesta básica e a alimentação saudável. AGF ou Contrato de opção. Revisão metodológica dos parâmetros de definição dos preços mínimos dos produtos da sociobiodiversidade; Criação do Programa destinado ao apoio à comercialização dos produtos da sociobiodiversidade por meio da PGPMBio; Estabelecer pagamento diferenciado de preço, de forma a contemplar um bônus (acima do preço mínimo) para a agricultura familiar, assentados (das) da reforma agrária, povos indígenas e povos e comunidades tradicionais; Estabelecimento e implementação do Grupo Gestor da PGPM-Bio. Ampliação dos acessos à PGPMBio. São atores envolvidos nas ações que correspondem a esse eixo: Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Agricultura e Pecuária; das Cidades; do Planejamento e Orçamento; do Meio Ambiente e Mudança do Clima - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; da Fazenda, da Defesa, Companhia Nacional de Abastecimento, Centrais de Abastecimento, CeasaMinas e Ceagesp. EIXO 3 - Produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis A produção de alimentos saudáveis em sistemas sustentáveis é um dos grandes desafios a serem enfrentados, especialmente se considerarmos os limites existentes para acesso a esses alimentos por grande parcela da população, sendo necessário que o Plano Alimento no Prato incentive a produção de alimentos in natura, minimamente processados, conforme recomenda o Guia Alimentar para a População Brasileira (Brasil, 2014) e o Decreto nº 11.936/2024, que dispõe sobre a Cesta Básica de Alimentos. Produzidos a partir de bases locais ou territoriais sustentáveis, em áreas rurais e urbanas, estes alimentos promoverão o acesso a uma alimentação adequada, saudável e culturalmente referenciadas. Ações que perpassam esse eixo são: - Coopera Mais Brasil; - Plano Safra da Agricultura Familiar; - Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural; - Programa Quintais Produtivos; - Programa ECOFORTE. Além destes programas já instituídos, destacam-se as ações que estruturam sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis tais quais: de fomento e valorização dos alimentos da sociobiodiversidade; da produção, guarda e comercialização de sementes crioulas e outros materiais propagativos; de adequação e promoção de normas sanitárias inclusivas e de processos de certificação da Agricultura Familiar, e ainda do fomento aos bioinsumos. Como ação inovadora, destaca-se também o Arroz da Gente, um programa nacional para Ampliação da Produção de Arroz da Agricultura Familiar e dos PC Ts com: Ações integradas de crédito, fomento e capacitação em apoio à expansão da área cultivada e aumento da produção de arroz e cultivos associados na área apoiada pelo programa; Apoio à comercialização e à produção com fomento de máquinas, equipamentos e instalações e disponibilização de tecnologias sociais para organizações produtivas; Apoio à produção com fomento financeiro não reembolsável para famílias de baixa renda. Além destas, também estão previstas: Ajustes no Manual do Crédito Rural - MCR, visando estimular o acesso de financiamentos de custeio e investimento para produção de alimentos básicos e também para produção agroecológica e orgânica; Chamadas de ATER e/ou outros instrumentos de acesso à ATER; Apoio à estruturação de redes regionais de manejo, conservação, produção e comercialização de sementes crioulas e outros materiais propagativos, para espécies da cesta básica, frutas, legumes e verduras,articuladas com as estratégias regionais de abastecimento; Ações para viabilização do acesso ao Cadastro da Agricultura Familiar - CAF, por parte de extrativistas, PCT, agricultores(as) familiares; Formalização de projeto de cooperação para a Promoção da Sociobiodiversidade com Governo da Dinamarca; Desenvolver capacidades por meio da formação de formadores (professores de Universidades, Institutos Federais e Escolas Famílias, gestores públicos, técnicos de ATER e lideranças das organizações da sociedade civil) p/ melhoria da gestão de organizações rurais de base familiar, visando ampliar a comercialização dos produtos da sociobiodiversidade; Ampliar o acesso ao crédito, via PRONAF, voltados para os produtos da sociobiodiversidade no AC, AM, PA; Apoiar projetos voltados à estruturação/qualificação de sistemas produtivos baseados no uso da sociobiodiversidade e de plantas medicinais, aromáticas e condimentares; Estruturação de quintais produtivos de mulheres rurais; Estímulo à formação de serviços de inspeção consorciados e SIMs individuais; Fortalecimento das redes locais de governança (estados e municípios) quanto à Inclusão Sanitária e a Certificação da produção familiar; Qualificação de empreendimentos da Agricultura Familiar beneficiários de programas de agroindustrialização e cooperativismo e associativismo; Promoção das agroindústrias da Agricultura Familiar; Promoção e fortalecimento das associações e cooperativas da Agricultura Familiar; Incentivo à produção e ao uso de bioinsumos no âmbito da Agricultura Familiar; Fortalecer e ampliar mecanismos de as redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, sociobiodiversidade, extrativismo e produção orgânica por meio de edital de seleção pública, a exemplo do ECOFORTE. São atores envolvidos nas ações que correspondem a esse eixo: Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Pesca e Aquicultura; da Integração e Desenvolvimento Regional; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; da Agricultura e Pecuária; das Cidades); da Fazenda; dos Transportes; da Saúde - Agência Nacional de Vigilância Sanitária; da Educação - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação; dos Povos Indígenas - Fundação Nacional dos Povos Indígenas; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; do Meio Ambiente e Mudança do Clima - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; da Defesa; do Trabalho e Emprego; Companhia Nacional de Abastecimento, Centrais de Abastecimento, CeasaMinas, Ceagesp, Fundação Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Banco Central, Financiadora de Estudos e Projetos e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. EIXO 4 - Ambientes alimentares e acesso à alimentação adequada e saudável O acesso aos alimentos se relaciona ao poder aquisitivo, à capacidade de decidir sobre quantidade e qualidade, às características do ambiente alimentar e à disponibilidade de alimentos variados e saudáveis. A promoção da educação alimentar e nutricional e o fortalecimento de sistemas produtivos sustentáveis, que disponibilizem alimentos aos circuitos curtos de produção e de consumo favorecem a consolidação de ambientes alimentares saudáveis. Neste eixo, destacam-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o fortalecimento de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional. No caso do PNAE, incluem-se: Ampliação dos recursos aplicados na aquisição de alimentos provenientes da Agricultura Familiar, no âmbito do PNAE; Fortalecimento na participação de povos indígenas e quilombolas no âmbito do PNAE; Aquisição de alimentos orgânicos e/ou agroecológicos provenientes da Agricultura Familiar, no âmbito do PNAE; Fortalecimento na participação de assentados da reforma agrária, povos indígenas, quilombolas e mulheres, no fornecimento de gêneros alimentícios provenientes da Agricultura Familiar, no âmbito do PNAE. Já no caso dos Equipamentos de SAN, destaca-se os bancos de alimentos, uma importante ação da Estratégia Alimenta Cidades do Governo Federal, além de: Apoio à oferta e disponibilidade de alimentos saudáveis nas cidades da Estratégia Alimenta Cidades, em especial nos desertos alimentares; Mobilização, governança intersetorial e intergovernamental, fomento à cooperação horizontal, troca de conhecimentos e experiências entre os participantes da Estratégia Alimenta Cidades; Fortalecimento do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana em âmbito municipal; Retomada e Atualização da Estratégia Intersetorial para a Redução de Perdas e Desperdício de Alimentos; Implementação e fortalecimento do Programa Cozinha Solidária. São atores envolvidos nas ações que correspondem a esse eixo: Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Pesca e Aquicultura; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; das Cidades; da Fazenda; da Saúde; da Educação - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação; dos Povos Indígenas - Fundação Nacional dos Povos Indígenas; do Meio Ambiente e Mudança do Clima - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; da Defesa e Companhia Nacional de Abastecimento. EIXO 5 - Informação, inteligência estratégica e comunicação sobre abastecimento alimentar A coordenação do sistema de abastecimento alimentar contará com mecanismos de monitoramento baseados na geração de dados e informações para o acompanhamento de políticas públicas e para a tomada de decisões estratégicas. Isto envolverá a geração de dados e indicadores sobre insegurança alimentar e nutricional, sobre o consumo alimentar, além de sistemas de informação da produção agrícola e pecuária, informações de fluxos comerciais, preços pagos e recebidos, rastreabilidade, origem e comercialização de produtos, em especial da Agricultura Familiar. Tais informações devem estar disponíveis e atualizadas e possibilitar análises temporais e em diversos recortes espaciais. Para tanto, ações como: Criação de Observatório de Preços de Alimentos da Cesta Básica; Análise geoespacial das dinâmicas de abastecimento alimentar e Estruturação de sistema de informação de abastecimento alimentar são fundamentais para a implementação e monitoramento das ações da PNAAB; Organização da base de dados contendo as seguintes variáveis: cooperativas da Agricultura Familiar, localização da produção, quem acessa as compras institucionais, alimentos/produtos comercializados, disponibilidade e preços dos alimentos nas Ceasas e regiões que se caracterizam como vazios (desertos) alimentares; Implantar sistema de informações e gestão de dados da sociobiodiversidade; Estruturação de sistema de informações que possibilite avaliações em relação à produção de alimentos saudáveis e suas relações estruturais e conjunturais. Destaca-se que as ações deste eixo são todas inovadoras. São atores envolvidos nas ações que correspondem a esse eixo: Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; da Agricultura e Pecuária; da Fazenda; do Planejamento e Orçamento; Companhia Nacional de Abastecimento; Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. EIXO 6 - Acesso à terra, território e água O presente eixo estratégico foi proposto, tendo em vista a necessidade de desenvolvimento de sistemas alimentares que se consolidem em princípios de justiça socioambiental e de respeito aos territórios dos povos indígenas, quilombolas e PCTs, bem como do acesso à terra e à água como condições imprescindíveis à produção de alimentos e à segurança alimentar e nutricional. Destacam-se como programas neste eixo: 1. Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA); 2. Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e 3. Programa Nacional de Apoio à Captação de Água da Chuva e outras Tecnologias Sociais de Acesso à água. Concretamente são ações desse eixo: Assegurar o acesso à terra e ingresso de famílias no PNRA por meio do Programa Terra da Gente; Fomentar a participação das juventudes na produção orgânica e agroecológica e na comercialização, através do acesso ao crédito instalação modalidade Fomento Jovem; Ampliar o acesso das mulheres a linha de crédito p/ produção de alimentos saudáveis por meio do crédito instalação modalidade Fomento Mulher; Produção de alimentos saudáveis: apoio à elaboração de Projetos Técnicos de Financiam. que tenham como matriz Sistemas de Produção de Base Ecológica, Sistemas Agroflorestais e Sistemas Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF); Organização da produção e aumento da oferta de alimentos: bônus ao valor do projeto de financiamento elaborado pelas empresas de ATER que contemplem a contratação do Programa de Aquisição de Alimentos e do Programa Nacional de Alimentação Escolar; Ampliação do Programa Cisternas para a implementação de tecnologias sociais de acesso à água, em especial para produção, implementadas em regiões vulneráveis a estiagem e secas; Ampliação do Programa Cisternas na Amazônia para a implementação de tecnologias sociais de acesso à água. Fortalecimento Programa Água Doce São atores envolvidos nas ações que correspondem a esse eixo: Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Pesca e Aquicultura; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; da Fazenda; da Saúde; da Integração e Desenvolvimento Regional; dos Povos Indígenas; do Meio Ambiente e Mudança do Clima - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; da Defesa; Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; da Justiça; Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; Fundação Banco do Brasil; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; Banco Central, Financiadora de Estudos e Projetos e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Iniciativas do Plano Alimento no Prato As iniciativas do primeiro Plano Nacional de Abastecimento Alimentar englobam Programas Nacionais e outras ações estratégicas cuja coordenação cabe a órgãos do executivo federal. Os eixos estratégicos e suas iniciativas foram definidos com base no diagnóstico, nas pesquisas/estudos, nas estratégias de escuta e nas discussões/articulações de governo realizadas. Entre 2025 e 2028, diferentes órgãos federais estarão à frente da coordenação de 28 iniciativas, que estão vinculadas aos 06 eixos estratégicos. A Figura 3 apresenta as iniciativas do Plano Alimento no Prato por eixo estratégico. INSERIR AQUI IMAGEM 3 Figura 3. Iniciativas - Programas Nacionais e outras ações estratégicas - que integram o Plano Alimento no Prato 2025-2028, por eixo estratégico. A seguir, as inciativas propostas em cada eixo estratégico do Plano Alimento no Prato são apresentadas de forma sucinta. Outras informações das iniciativas - ações estratégicas, indicadores, metas, fontes orçamentárias e órgãos responsáveis (coordenadores) e órgão e entidades parceiras - constam na "Matriz de Iniciativas do Plano Alimento no Prato - 2025/2028, anexa ao ato normativo que institui este Plano Nacional. Entende-se por iniciativas inovadoras vinculadas ao Plano Alimento no Prato àquelas que estimulam processos criativos em distintas dimensões. Nesse sentido, foram identificadas nove (09) inciativas com tais características e que poderão potencializar, nos diferentes territórios, ações de abastecimento alimentar. Já por iniciativas em dimensões estruturantes, são aquelas que pautam políticas públicas que visam o fortalecimento dos territórios (comunidades, municípios, estados, Distrito Federal, regiões, País). Estas se caracterizam pela continuidade, mediante fluxos contínuos de monitoramento e aperfeiçoamento, e ainda por romper (ou dirimir) processos sociais, políticos e econômicos que excluem e marginalizam a segmentos sociais. O Plano Alimento no Prato, traz dezenove (19) destas iniciativas em curso e que, a partir deste Plano, estas poderão ser potencializadas. Importante considerar que todas as iniciativas/ações devem convergir em mudanças significativas na relação entre quem produz e quem consome, além de estabelecer um caráter pedagógico, no que diz respeito ao abastecimento alimentar, no nível da gestão pública nas três esferas de governo, de modo a estimular sistemas alimentares sustentáveis, territoriais, saudáveis e resilientes.Fechar