DOU 16/10/2024 - Diário Oficial da União - Brasil

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Nº 201, quarta-feira, 16 de outubro de 2024
ISSN 1677-7042
Seção 1
681. A respeito da demonstração de resultados e das margens de lucro associadas, obtidos com a venda de fibras de poliéster de fabricação própria no mercado interno, registre-
se que a receita líquida no mercado interno apresentou acréscimos de P2 a P3 e de P3 para P4, 12,6% e 9,1%, respectivamente. Nos demais períodos, houve queda: 20,7% em P2 e 25,6%
em P5, em relação aos períodos imediatamente anteriores, culminando em 27,5% de queda, durante todo o período analisado.
682. O CPV apresentou reduções de 22,0% de P1 para P2 e de 11,5% de P4 para P5, enquanto de P2 para P3 e P3 para P4 tal indicador apresentou aumentos de 1,7% e de
6,8%, respectivamente. Considerando-se todo o período analisado houve uma queda de 25,0%.
683. De P1 a P2, o resultado bruto diminuiu 4,2% e a respectiva margem aumentou [CONFIDENCIAL] p.p. Em P3, observou-se recuperação desses indicadores em relação a P2,
alcançando os maiores incrementos da série: o resultado bruto aumentou 124,0%, e a margem bruta, [CONFIDENCIAL] p.p. Em P4 ainda houve variação positiva de 19,9% no resultado bruto,
em relação a P3, e a respectiva margem aumentou [CONFIDENCIAL] p.p. Em P5, o resultado bruto voltou a se deteriorar, sofrendo queda de 83,9%, em relação a P4, ao passo que a margem
bruta caiu [CONFIDENCIAL] p.p. Considerando-se os extremos da série (P1 a P5), o resultado bruto apresentou queda de 58,6% e a margem bruta, de [CONFIDENCIAL] p.p.
684. O resultado operacional e a margem operacional da indústria doméstica se comportaram de forma semelhante: diminuição de P1 a P2 (55,7% e [CONFIDENCIAL] p.p.,
respectivamente). Em P4, tiveram o melhor desempenho, e se deterioraram em P5, em relação a P4 (queda de 128,5% no resultado operacional e de [CONFIDENCIAL] p.p. na respectiva
margem), alcançando o pior nível observado na série de análise. Considerando-se todo o período de investigação, o resultado operacional decresceu 259,7% e a margem operacional,
[CONFIDENCIAL] p.p.
685. No tocante ao resultado operacional excluindo-se os resultados financeiros e respectiva margem, se observou o melhor desempenho em P4, com redução abrupta de P4
para P5. Considerando-se P5 em relação a P1, foi observada queda de 197,5% no resultado operacional excluindo-se os resultados financeiros e diminuição de [CONFIDENCIAL] p.p. na
respectiva margem.
686. O resultado operacional excluindo-se as receitas e despesas financeiras e outras receitas e despesas operacionais e a respectiva margem também atingiu o melhor patamar
em P4, deteriorando-se em P5. Entre P1 e P5 foi observada queda de 151,2% nesse resultado, enquanto a margem respectiva apresentou decresceu [CONFIDENCIAL] p.p.
Demonstrativo de Resultado no Mercado Interno por Unidade (em número índice de R$/t)
[CONFIDENCIAL] / [RESTRITO]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
.P5
P1 - P5
.A. Receita Líquida Mercado Interno
.100,0
.92,1
.83,0
.86,7
.84,8
-
.Variação
.-
.(7,9%)
.(10,0%)
.4,5%
.(2,2%)
(15,2%)
.B. Custo do Produto Vendido - CPV
.100,0
.90,6
.73,7
.75,4
.87,7
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.(9,4%)
.(18,7%)
.2,3%
.16,2%
(12,3%)
.C. Resultado Bruto {A-B}
.100,0
.111,4
.199,5
.229,2
.48,4
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.11,4%
.79,2%
.14,9%
.(78,9%)
(51,6%)
.D. Despesas Operacionais
.100,0
.155,8
.108,5
.28,4
.223,0
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.55,8%
.(30,3%)
.(73,9%)
.686,4%
+ 123,0%
.D1. Despesas Gerais e Administrativas
.100,0
.258,4
.160,3
.141,4
.209,7
[ CO N F. ]
.D2. Despesas com Vendas
.100,0
.144,3
.136,2
.109,9
.136,9
[ CO N F. ]
.D3. Resultado Financeiro (RF)
.100,0
.84,3
.13,3
.8,2
.(23,6)
[ CO N F. ]
.D4. Outras Despesas (Receitas) Operacionais (OD)
.(100,0)
.(187,5)
.(44,3)
.(217,9)
.265,7
[ CO N F. ]
.E. Resultado Operacional {C-D}
.100,0
.51,5
.322,1
.499,9
.(186,8)
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.(48,5%)
.525,6%
.55,2%
.(137,4%)
(286,8%)
.F. Resultado Operacional (exceto RF) {C-D1-D2-D4}
.100,0
.66,1
.184,5
.280,8
.(114,0)
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.(33,9%)
.179,1%
.52,2%
.(140,6%)
(214,0%)
.G. Resultado Operacional (exceto RF e OD) {C-D1-D2}
.100,0
.22,7
.234,6
.303,2
.(59,8)
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.(77,3%)
.933,3%
.29,2%
.(119,7%)
(159,8%)
687. O CPV unitário oscilou ao longo do período de análise: houve aumento de 2,3% entre P3 e P4 e de 16,2% de P4 para P5. Já de P1 para P2 houve diminuição de 9,4% e
de 18,7% de P2 para P3. Ao longo do período de análise de indícios de dano, verificou-se variação negativa de 12,3% de P1 para P5.
688. Já no que tange ao resultado bruto unitário das vendas de fibras de poliéster, verificou-se aumento em todos os períodos, à exceção de P5 quando o indicador caiu 78,9%.
Considerando-se toda a série temporal (P1 a P5), houve queda de 51,6%.
689. No tocante ao resultado operacional unitário, foram registradas reduções de P1 para P2, de 48,5%, e de P4 para P5, de 137,4%. De P2 para P3 houve variação positiva de
525,6% e, de P3 para P4, de 55,2%. Essas variações positivas não foram capazes de reverter as reduções ao se considerar os extremos da série, sendo que o resultado operacional unitário
apresentou retração de 286,8% de P1 a P5.
690. O resultado operacional unitário exclusive o resultado financeiro e o resultado operacional unitário exclusive o resultado financeiro e outras despesas/receitas operacionais
apresentaram comportamento semelhante, com variações negativas em P2 e P5, em relação aos períodos imediatamente anteriores. Considerando todo o período de análise de dano, o
resultado operacional unitário exclusive o resultado financeiro apresentou redução de 214,0%, enquanto o resultado operacional unitário exclusive o resultado financeiro e outras
despesas/receitas operacionais diminuiu 159,8%.
6.1.2.3 Do fluxo de caixa, do retorno sobre investimentos e da capacidade de captar recursos
691. Com relação aos próximos indicadores a serem analisados, cumpre salientar que se referem às atividades totais da indústria doméstica e não somente às operações
relacionadas a fibras de poliéster. Cumpre destacar que a capacidade de captar recursos foi ajustada em relação ao parecer de início para refletir os dados da Ecofabril e da Indorama, pois,
para fins de início da investigação, os dados referiam-se apenas a uma das empresas ([CONFIDENCIAL]).
Do Fluxo de Caixa, Retorno sobre Investimentos e Capacidade de Captar Recursos (em número índice)
[CONFIDENCIAL] / [RESTRITO]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
.P5
P1 - P5
Fluxo de Caixa
.A. Fluxo de Caixa
.(100,00)
.1.065,18
.(38,29)
.2.350,69
.(3.350,08)
[ CO N F. ]
.Variação
. -
.1.165,2%
.(103,6%)
.6.239,6%
.(242,5%)
(3.250,1%)
Retorno sobre Investimento
.B. Lucro Líquido
.100,0
.121,8
.1.344,4
.1.496,7
.(176,2)
[ CO N F. ]
.Variação
. -
.15,5%
.746,4%
.(7,8%)
.(111,6%)
(204,3%)
.C. Ativo Total
.100,0
.107,7
.166,7
.254,9
.189,2
[ CO N F. ]
.Variação
. -
.2,2%
.18,6%
.26,7%
.(27,1%)
+ 12,0%
.D. Retorno sobre Investimento Total
(ROI)
.100,0
.113,0
.806,3
.587,2
.(93,1)
[ CO N F. ]
.Variação
.[ CO N F. ]
.[ CO N F. ]
.[ CO N F. ]
.[ CO N F. ]
.[ CO N F. ]
[ CO N F. ]
Capacidade de Captar Recursos
.E. Índice de Liquidez Geral (ILG)
.(100,0)
.(56,5)
.(70,4)
.(33,0)
.(43,8)
[ CO N F. ]
.Variação
. -
.43,5%
.(24,6%)
.53,0%
.(32,6%)
+ 56,2%
.F. Índice de Liquidez Corrente (ILC)
.100,0
.(55,9)
.(67,7)
.(33,4)
.(23,0)
[ CO N F. ]
.Variação
. -
.(155,9%)
.(21,1%)
.50,7%
.31,2%
(123,0%)
Obs.: ROI = Lucro Líquido / Ativo Total; ILC = Ativo Circulante / Passivo Circulante;
ILG = (Ativo Circulante + Ativo Realizável Longo Prazo)/(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
692. Verificou-se retração no fluxo de caixa referente às atividades totais da indústria doméstica de 3.250,1% ao longo do período de análise de dano. Foi verificado aumento
de P1 para P2, de 1.165,2%, e de P3 para P4, de 6.239,6%. No entanto de P2 para P3 e de P4 para P5 houve redução de 103,6% e 242,5% respectivamente.
693. Quanto ao retorno sobre investimento, verificou-se retração ao considerar-se os extremos da série, de P1 a P5, de [CONFIDENCIAL] p.p., com a maior queda tendo ocorrido
de P4 para P5 ([CONFIDENCIAL] p.p.) e verificando-se variação positiva entre os períodos de P1 para P2 e entre P2 e P3, de [CONFIDENCIAL] p.p. e [CONFIDENCIAL] p.p,
respectivamente.
694. Quanto à capacidade de captar recursos, o Índice de Liquidez Geral (ILG) apresentou variações positivas de 43,5% em P2 e 53,0% em P4, sempre com relação ao período
anterior. Já de P2 para P3 e de P4 para P5 houve variações negativas de 24,6% e de 32,6%, respectivamente. Considerando os extremos, o ILG variou positivamente em 56,2%. Já com relação
ao Índice de Liquidez Corrente (ILC), o indicador diminuiu de P1 para P2 e de P2 para P3, em 155,9% e 21,1%, respectivamente. No restante dos períodos, variou positivamente em 50,7%,
de P3 para P4, e em 31,2% de P4 para P5. Considerando os extremos da série, o ILC variou negativamente em 123,0%.
6.1.2.4 Do crescimento da indústria doméstica
695. As vendas internas da indústria doméstica decresceram 14,5% de P1 a P5, em consequência das retrações observadas nos seguintes períodos: de P1 a P2 (13,9%) e de P4
a P5 (23,9%). Os períodos que registraram aumento foram entre P2 e P3 (25,0%) e de P3 a P4 (4,4%).
696. O mercado brasileiro observou retração de P1 a P2 e de P3 a P4, registrando decréscimos de 6,8% e de 12,5%, respectivamente. Nos demais períodos, observaram-se
acréscimos de 37,3%, de P2 a P3, e de 6,2%, de P4 a P5. Considerando os extremos da série, o mercado brasileiro apresentou aumento de 18,9%.
697. A participação da indústria doméstica no mercado brasileiro diminuiu em todos os períodos, com exceção de P3 a P4, no qual houve aumento dessa participação em
[RESTRITO] p.p. Nos demais períodos, foram observadas quedas de [RESTRITO] p.p., [RESTRITO] p.p. e [RESTRITO] p.p., em ordem cronológica. Dessa forma, a participação da indústria
doméstica no mercado brasileiro decresceu [RESTRITO] p.p. em P5 comparativamente a P1.
698. Diante da evolução dos indicadores acima apresentados, conclui-se que a indústria doméstica teve retração ao longo do período de análise de dano, seja em termos
absolutos, seja em relação ao mercado brasileiro.
6.1.3 Dos fatores que afetam os preços domésticos
6.1.3.1 Dos custos e da relação custo/preço
699. A tabela a seguir apresenta o custo de produção, o custo unitário e a relação entre custo e preço associados à fabricação do produto similar pela indústria doméstica, ao
longo do período de análise.
Dos Custos e da Relação Custo/Preço
[CONFIDENCIAL] / [RESTRITO]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
.P5
P1 - P5
.Custos de Produção (em número índice de R$/t)
.Custo de Produção (em R$/t) {A + B}
.100,0
.86,5
.74,4
.76,5
.82,8
[ CO N F. ]
.Variação
.-
.(13,5%)
.(14,0%)
.2,8%
.8,3%
(17,2%)
.A. Custos Variáveis
.100,0
.85,9
.76,0
.78,7
.84,8
[ CO N F. ]
.A1. Matéria-Prima
.100,0
.82,2
.75,4
.78,4
.84,1
[ CO N F. ]
.A2. Outros Insumos
.100,0
.99,7
.93,8
.97,9
.107,4
[ CO N F. ]
.A3. Utilidades
.100,0
.99,8
.73,4
.83,9
.91,6
[ CO N F. ]

                            

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