estado do amazonas Número 35.335 | Ano CXXXI www.imprensaoficial.am.gov.br terça-feira 29 out/2024 Em 10 meses, mais de 4 mil medidas protetivas foram solicitadas pela Polícia Civil A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em referência ao mês de outubro dedica- do à luta contra a violência doméstica, destaca a importância das medidas proteti- vas no enfrentamento a esse tipo de crime. Segundo a PC, até o mês de outubro, foram solicitadas 4,7 mil medidas protetivas pelas Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher (DECCMs). Conforme a delegada Patrícia Leão, titular da DECCM centro-sul, um dos principais pilares da Lei Maria da Penha é a medida prote- tiva de urgência. A ordem judicial tem como objetivo garantir a se- gurança imediata da vítima. “No momento em que a mulher identifica a violência que está so- frendo, ela deve imediatamente registrar a ocorrência na DECCM ou no Distrito Integrado de Polícia (DIP) mais próximo da sua residência. Na oca- sião, ela deve solicitar a medida protetiva para preservar a sua segurança até que o autor seja preso”, destacou a delegada. Ela explica que o pedido de medida prote- tiva é enviado à Justiça dentro de 48 horas, e após o deferimento da solicitação, ambos são notificados e o autor deve manter a distância imposta pelo Poder Judiciário, para proteção da vítima. “Até o momento, a DECCM centro-sul fez a solicitação de mais de 2 mil medidas protetivas. Isso é fruto de um trabalho preventivo que a Polícia Civil vem trabalhando no combate à vio- lência contra a mulher. “Por meio de palestras e rodas de conversas, as DECCMs conscientizam as mulheres para que elas possam identificar as violências e se sintam encorajadas em procurar ajuda das autoridades”, disse a delegada. Somando aos números da DECCM centro- -sul, também estão os da DECCMs norte/leste e sul/oeste. Juntas, elas solicitaram mais de 2,2 mil medidas proteti- vas de janeiro até outubro. Prevenção Segundo a delegada, o trabalho preventivo também conta com a integração de outros ór- gãos da rede de proteção às mulheres, como a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Hu- manos e Cidadania (Sejusc) e Polícia Militar do Amazonas (PMAM). “A Sejusc oferece assistência social, psicoló- gica e jurídica para as mulheres por meio do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sa- pem), e a Ronda Maria da Penha, da Polícia Mi- litar, trabalha de forma integrada com a Polícia Civil nas prisões e ações preventivas realizadas em locais como escolas e comunidades”, infor- mou Patrícia Leão. Combate ao feminicídio A delegada também citou que já foi sancio- nada a Lei 14.994, de 2024, agravando a pena do crime de feminicídio. Agora, a pena mínima passa de 12 para 20 anos e a penalidade máxi- ma de 30 para 40 anos. “O feminicídio passa a ser um crime próprio e, com esse pacto anti feminicidio, há casos em que o aumento da pena pode chegar até a 60 anos. Essa Lei enfatiza a luta contra a violência doméstica e auxilia o trabalho que está sendo realizado pelas Forças de Segurança”, disse. Denúncias Patrícia Leão ressalta a quem esteja sofrendo violência doméstica ou tenha o conhecimen- to de alguma mulher que esteja sendo vítima, que denuncie pelo disque-denúncia 180 ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). As denúncias também podem ser feitas presen- cialmente nas DECCMs; A DECCM centro-sul está situada na avenida Mário Ypiranga Monteiro, bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul, e funciona em regime 24 horas para registro de ocorrências de violência doméstica familiar. A DECCM norte/leste está localizada na rua Nossa Senhora da Conceição, bairro Cidade de Deus, zona norte. A DECCM sul/oeste fica na rua Desembarga- dor Felismino Soares, bairro Colônia Oliveira Machado, zona sul. Beatriz Sampaio/PC-AM. Os números refletem no trabalho preventivo que a instituição vem realizando no enfrentamento aos crimes contra mulheres Agora, com a nova lei do feminicídio, a pena mínima passa de 12 para 20 anos e a penalidade máxima de 30 para 40 anos VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar