DOE 14/08/2018 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
melhoria em 5,7 pontos percentuais, já que o número alcançado em 2018 foi 
de 70,9% frente aos 76,6% atingidos no primeiro semestre de 2017.
As despesas administrativas, no primeiro semestre de 2018, apresentaram 
um acréscimo de 4,1% em relação ao mesmo período de 2017, representando 
um volume adicional de R$ 61,7 milhões. Os fatores que mais contribuíram 
com essa elevação foram o reajuste anual de salários ocorrido em set/17 e 
a elevação das despesas com benefícios pós-emprego em sua maior parte 
decorrente dos reajustes de despesas médicas do plano de saúde. Ressalta-
se, por outro lado, que as despesas de pessoal do período sofreram redução 
em virtude da implementação do Programa de Incentivo ao Desligamento no 
segundo semestre de 2017, resultando na saída de 234 funcionários. Além 
da inflação do período, a operacionalização dos programas de microfinança 
rural e de microcrédito urbano, as despesas com propaganda e publicidade 
e as despesas dos contratos com locação e serviços de Tecnologia de 
Informação também contribuíram neste acréscimo.
As receitas de prestação de serviços atingiram o montante de R$ 1,21 bilhão 
no primeiro semestre de 2018, ante R$ 1,19 bilhão no mesmo período de 
2017. Inobstante o crescimento verificado, essas receitas sofreram redução 
de R$ 46,6 milhões pela mudança na legislação relativa ao FNE que alterou 
os critérios de cálculo da taxa de administração que remunera o Banco pela 
gestão dos recursos do Fundo Constitucional.
Registra-se que a elevação da margem da intermediação financeira, 
originada, em sua maior parte, na redução do risco de crédito, foi o fator 
determinante na melhoria da eficiência operacional. As despesas totais com 
aprovisionamento de crédito foram menores em 17,9% quando comparadas 
com o primeiro semestre de 2017.
Ativos Totais
Os ativos globais do Banco do Nordeste totalizaram R$ 57,8 bilhões, ao 
término do primeiro semestre de 2018, representando um acréscimo de 
7,0% em relação ao final de 2017. Estão incluídos nos ativos do Banco os 
valores relativos aos recursos disponíveis do FNE (R$ 19,4 bilhões) e os 
recursos comprometidos com operações de crédito desse Fundo, ou seja, 
relativos a operações contratadas e que aguardam liberação de recursos 
(R$ 6,5 bilhões). O crescimento dos saldos de ativos do BNB em junho 
de 2018, em comparação com dezembro do ano anterior, foi influenciado, 
principalmente, pelo incremento observado no conjunto dos saldos de 
disponibilidades, aplicações interfinanceiras e títulos e valores mobiliários. 
Tal incremento teve como principal fator o aumento de R$ 3,4 bilhões no 
conjunto das disponibilidades e recursos comprometidos do FNE.
Os saldos de operações de crédito da carteira própria do BNB, líquidos de 
provisões para créditos de liquidação duvidosa, totalizaram o volume de R$ 
8,8 bilhões, apresentando redução de R$ 278,8 milhões em relação ao final 
de 2017. A redução é explicada, preponderantemente, pelo decréscimo na 
carteira de crédito com recursos internos. Contudo, verificou-se os seguintes 
incrementos: de R$ 132,2 milhões no saldo de aplicações com recursos de 
repasses do FNE; e de R$ 79,8 milhões no saldo de operações do Programa 
Crediamigo. No que se refere aos saldos totais de ativos do FNE no primeiro 
semestre de 2018, observou-se crescimento de 5,6% (R$ 78,7 bilhões em 
2018; R$ 74,5 bilhões em 2017) decorrente, basicamente, do ingresso de 
R$ 4,1 bilhões oriundos do Tesouro Nacional. Ao serem comparadas as 
posições de 30.06.2018 e 31.12.2017, percebe-se um acréscimo de 1,5% nos 
saldos de aplicações em operações de crédito do FNE, líquido de provisões, 
e de 14,8% no conjunto das disponibilidades e recursos comprometidos.
Títulos e Valores Mobiliários 
Na posição 30.06.2018, o saldo da carteira de Títulos e Valores Mobiliários, 
correspondeu a R$ 29,9 bilhões.
Em atendimento à Circular nº 3.068, de 08.11.2002, editada pelo Banco 
Central, o Banco do Nordeste elaborou fluxo de caixa projetado para fins 
de classificação da carteira de Títulos e Valores Mobiliários. Esse fluxo 
de caixa demonstra que há disponibilidade de recursos suficientes para o 
cumprimento de todas as obrigações e políticas de concessão de créditos 
sem a necessidade de alienação dos títulos classificados na categoria 
“Títulos Mantidos Até o Vencimento”. Dessa forma, a Alta Administração 
do Banco declara que a instituição tem a capacidade financeira e a intenção 
de manter os títulos classificados nessa categoria até o vencimento.
Gestão de Fundos de Investimento
No 1º semestre de 2018, o patrimônio líquido dos fundos de investimento 
alcançou o saldo de R$ 6.825,7 milhões, um crescimento de 18,6% 
em relação ao mesmo período de 2017. Na mesma posição, o Banco do 
Nordeste executava a gestão de 22 fundos de investimento, com 70.127 
cotistas, uma evolução de 5,9% em relação ao mesmo período de 2017. A 
receita com taxa de administração dos fundos de investimento totalizou R$ 
19,4 milhões no 1º semestre de 2018, um incremento de 19,3% em relação 
ao mesmo período de 2017.
Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR) 
O Patrimônio Líquido do FINOR atingiu, no primeiro semestre/2018, o 
valor de R$ 1.639,6 milhões, apresentando um acréscimo de 213,0% em 
relação ao mesmo período de 2017. A receita com taxa de administração 
Tabela 3 – Ativos Globais (R$ milhões)
Especificação
BNB
FNE
31.12.2017
30.06.2018
31.12.2017
30.06.2018
Disponibilidades, Aplicações Interfinanceiras e TVM(*)
39.952,1
43.762,8
16.719,0
19.397,0
Recursos Comprometidos com Operações de Crédito
-
-
5.871,6
6.543,7
Relações Interfinanceiras
584,1
684,7
2.394,8
2.462,6
Operações de Crédito
9.099,5
8.820,7
49.505,9
50.268,1
Outros Créditos 
4.194,5
4.363,6
9,4
9,6
Outros Valores e Bens
31,9
22,6
0,8
0,6
Permanente
184,8
171,7
-
-
Total
54.046,9
57.826,1
74.501,5
78.681,6
(*) Estão incluídos neste item os recursos disponíveis e os comprometidos com operações de crédito do FNE
Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Controle e Risco 
sobre a carteira do FINOR totalizou R$ 17,2 milhões no mesmo período, um 
incremento de 219,8% em relação ao mesmo período de 2017.
Disponibilidades do FNE
O saldo das disponibilidades do FNE alcançou, ao término do primeiro 
semestre de 2018, a cifra de R$ 19,4 bilhões, representando um crescimento 
de R$ 2,7 bilhões em relação ao saldo existente no final de 2017. O saldo 
dos recursos comprometidos com operações de crédito teve crescimento 
de 11,4%, alcançando R$ 6,5 bilhões em 30.06.2018. O aumento das 
disponibilidades decorre do fato de o ritmo das aplicações ainda ser menor 
que o de novos ingressos e reembolsos. Estes últimos, no primeiro semestre 
de 2018, alcançaram a cifra de R$ 6,3 bilhões ante R$ 5,3 bilhões no mesmo 
período de 2017, o que demonstra, também, a boa qualidade da carteira.
Patrimônio Líquido e Rentabilidade 
O Banco do Nordeste apresentou, em 30.06.2018, um Patrimônio 
Líquido de R$ 3,8 bilhões. O Capital Social importava em R$ 2,8 bilhões 
representado por 86.371.464 ações escriturais ordinárias, sem valor 
nominal, integralizadas. A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio, 
no primeiro semestre de 2018, foi de 13,1% a.a.
Índice de Adequação Patrimonial
Em relação ao cumprimento das regulamentações determinadas pelo Banco 
Central do Brasil, relativas à estrutura de capital de instituições financeiras, 
conhecidas em seu conjunto por Basileia III,  o Banco do Nordeste tem 
cumprido os requisitos mínimos de capital estipulados, o que garante ao 
Banco uma margem para continuar expandindo os seus negócios. Os 
detalhes da situação do Banco frente a esses requerimentos, na posição de 
30.06.2018, podem ser vistos na Tabela 4 a seguir:
Tabela 4 – Requerimentos Mínimos de Capital (R$ milhões)
Especificação
30.06.2017
30.06.2018
Patrimônio de Referência (PR)
5.958,1
6.551,0
. Nível I
3.861,4
4.289,3
. Nível II
2.096,8
2.261,7
Ativos Ponderados por Risco (RWA)
38.731,1
41.765,1
Valor do RBAN
2.995,7
2.551,9
Margem sobre o ACP Requerido
1.053,3
1.000,3
Índices de Basileia:
. Índice de Capital Principal (Requerimento mínimo de 4,5%)
9,97%
10,27%
. Índice de Nível I (Requerimento mínimo de 6,0%)
9,97%
10,27%
. Índice de Basileia (Requerimento mínimo de 8,625%) (*)
15,38%
15,69%
. Índice de Basileia incluindo RBAN
14,28%
14,78%
(*) O requerimento mínimo do Índice de Basileia era de 9,25% em junho/2017
Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Controle e Risco
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO X Nº152  | FORTALEZA, 14 DE AGOSTO DE 2018

                            

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