146 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XVI Nº229 | FORTALEZA, 04 DE DEZEMBRO DE 2024 8.069, de 13 de julho de 1990. § 6º No caso de crianças e adolescentes acolhidos em família substituta, extensa ou acolhedora, que recebam benefício financeiro para referida finalidade, esse valor não será contabilizado para o cálculo da renda de acesso e permanência ao programa. § 7º Quando a criança ou adolescente oriundo de acolhimento institucional passar à guarda de família substituta, extensa ou adoção, os valores já recolhidos em conta permanecerão bloqueados, nos termos do § 5º deste artigo. §8º O adolescente, enquanto mantido em privação de liberdade, por cumprimento de medida socioeducativa em regime fechado, terá o benefício suspenso, sendo restabelecido após o cumprimento da medida. §9º A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo – SEAS deverá comunicar mensalmente à Secretaria da Proteção Social – SPS a movimentação dos egressos do sistema socioeducativo do regime fechado, bem como do cumprimento da medida. Art. 6º. Compete a política da assistência social no Sistema Único de Assistência Social – SUAS: I. realizar a busca ativa para identificar crianças e adolescentes em situação de II . orfandade em face da pandemia da Covid-19; II. resolver as ações e encaminhamentos necessários a inclusão de crianças e adolescentes no Programa Ceará acolhe; III. realizar o estudo social das crianças e adolescentes e suas famílias; IV. elaborar Plano de atendimento/acompanhamento individual e familiar; V. incluir a criança e o adolescente nos serviços, programas e/benefícios conforme as necessidades identificadas pela equipe de referência; VI. realizar o atendimento e acompanhamento de criança e o adolescente e famílias de acordo com as especificidades da assistência social; VII. conceder o benefício financeiro como segurança de renda para a criança ou adolescente em situação de orfandade decorrente da pandemia da Covid-19, até completar a maioridade, ou seja, até os 18 anos, acolhido por uma família substituta (preferencialmente a família extensa) sob guarda, tutela ou adoção, conforme estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ou em família acolhedora (quando aplicada medida protetiva) ou, ainda, em acolhimento institucional, também com aplicação de medida protetiva, esgotadas todas as alternativas anteriormente citadas; VIII. providenciar a referência e/ou contrarreferência famíliar; IX. realizar os devidos encaminhamentos para as demais políticas públicas de acordo com as necessidades; X. garantir as seguranças socioassistenciais de renda; convívio ou vivência familiar, comunitária e social; apoio e auxílio; acolhida; e autonomia. XI. realizar a vigilância socioassistencial, sistematizando e produzindo informações conhecimentos, preservando as informações sigilosas que o caso requer, visando a eficiência, eficácia efetividade da proteção social no SUAS junto as crianças adolescentes e famílias; XII. realizar o controle social zelando pela qualidade do atendimento e proteção integral as crianças e adolescentes; e XIII. executar outras ações, que o caso requer, em consonância as atribuições estabelecidas nas normativas do Sistema Único da Assistência Social. Art. 7º. Compete ao Estado no âmbito da política de assistência social: I. acompanhar a execução do Programa nos municípios cearenses; II. promover ações visando a identificação e a inserção da criança e do adolescente em situação de orfandade nos serviços e benefícios socioassistenciais; III. instituir benefício financeiro continuado como instrumento de segurança de renda, acolhimento e amparo às crianças e aos adolescentes em situação de orfandade bilateral e/ou de famílias monoparentais; IV. elaborar e aprovar fluxos e protocolos integrados entre as políticas públicas setoriais, de âmbito estadual e municipal, para garantir proteção integral à criança e ao adolescente, tendo em vista o seu desenvolvimento saudável, com acompanhamento familiar (família substituta) e ou institucional (quando ocorrer acolhimento institucional); V. orientar os municípios para a realização de busca ativa, nas áreas mais vulneráveis, de casos de orfandade ocasionados pela pandemia não mapeados pelos sistemas de saúde e/ou de assistência social; VI. realizar apoio técnico e assessoramento sistemático aos gestores, trabalhadores e conselheiros da política de assistência social de âmbito municipal no desenvolvimento das ações socioassistenciais; VII. criar campanhas de incentivo ao registro de nascimento, caso não tenha sido feito antes do óbito dos genitores; e VIII. fortalecer as ações de adoção e acolhimento com acompanhamento familiar (família substituta) e ou institucional (quando ocorrer acolhimento institucional. Art. 8º. Compete ao Município no âmbito da política de assistência social: I – coordenar a execução do Programa Ceará Acolhe em nível local; II – realizar identificação, busca ativa, juntada de documentos necessários aos possíveis beneficiários e formular requerimento à Secretaria da Proteção Social – SPS do Benefício Socioassistencial do Programa Ceará Acolhe; III – submeter à apreciação e deliberação do Conselho Municipal de Assistência Social os requerimentos para concessão dos benefícios, bem como para averiguação de denúncias; IV – inserir a criança e/ou adolescente nos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; V – realizar, pela vigilância socioassistencial, o registro de incidência de crianças e/ou adolescentes órfãos da COVID-19, conforme critérios estabelecidos no Programa Ceará Acolhe; VI – realizar, pela vigilância socioassistencial, o registro de incidência de riscos e vulnerabilidades sociais das crianças e/ou adolescentes beneficiadas pelo programa; VII – realizar acompanhamento/atendimento familiar ou institucional semestralmente com emissão de relatório; VIII – promover articulação intersetorial no território, viabilizando proteção social das crianças e adolescentes órfãos decorrentes da COVID-19, conforme necessidade identificada; IX – elaborar e aprovar fluxos e protocolos integrados entre as políticas públicas setoriais em âmbito municipal, para garantir proteção integral à criança e ao adolescente; X – dar ciência ao Conselho Municipal de Assistência Social, a lista de prováveis beneficiários encaminhados à Comissão responsável pela avaliação e concessão do benefício; XI – desenvolver outras ações em consonância com as atribuições nas normativas atribuídas pelo Suas; Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. Fortaleza, 22 de novembro de 2024. Luciana Vieira Marques Viana PRESIDENTE DO COEGEMAS Paulo Rogério Santos Guedes COORDENADOR DA REUNIÃO *** *** *** RESOLUÇÃO Nº032/2024. PACTUA A RECOMENDAÇÃO AO ÓRGÃO GESTOR ESTADUAL DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SOBRE O PLANOS DE PROVIDÊNCIAS E PLANO DE APOIO PARA O MUNICÍPIO DE FORTALEZA. A COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE – CIB-CE, no uso de suas atribuições estabelecidas na Norma Operacional Básica – NOB/ SUAS – 2012, aprovada em 12 de dezembro de 2012 e publicada no D.O.U, de 03 de janeiro de 2012 e conforme regulamentação da Lei Orgânica de Assistência Social – Loas, em Reunião Ordinária realizada em 22 de novembro de 2024. RESOLVE PACTUAR: Art 1º – A recomendação ao órgão gestor estadual da política de assistência social: I – Solicitar, ao gestor da política de assistência social do município de Fortaleza, a elaboração do plano de providências, constando as ações, metas e prazos, para a superação das situações insatisfatórias identificadas de acordo com as normativas do Sistema Único de Assistência Social. II – Elaborar o Plano de Apoio Estadual para contribuir na superação das situações insatisfatórias identificadas no Plano de Providências do município de Fortaleza. Art 2º – Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Fortaleza, 22 de novembro de 2024 Luciana Vieira Marques Viana PRESIDENTE DO COEGEMAS Paulo Rogério Santos Guedes COORDENADOR DA REUNIÃO *** *** ***Fechar