DOMCE 10/01/2025 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 10 de Janeiro de 2025   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO XV | Nº 3627 
 
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Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
Orçamento Anual; 
Programação Financeira e o Cronograma de Execução Mensal de Desembolso; 
Plano de Contratações Anual – PCA. 
Art. 9°. Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no artigo 8º desta Lei deverão incorporar as propostas constantes dos planos e 
programas setoriais do Município, dadas as suas implicações no desenvolvimento local. 
  
SEÇÃO II 
DA COORDENAÇÃO 
  
Art. 10. A ação administrativa municipal será exercida mediante permanente processo de coordenação, sobretudo na execução dos planos e 
programas de governo, quer sejam gerais ou setoriais. 
Parágrafo Único. A coordenação será exercida em todos os níveis da Administração Municipal, mediante a realização sistemática de reuniões com 
Secretários, Assessores, Coordenadores, Diretores e os demais ocupantes de cargos com função executiva, sob a direção do Prefeito Municipal e/ou 
dos que tiverem as atribuições delegadas. 
  
SEÇÃO III 
DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
  
Art. 11. A execução das atividades da Administração Municipal será, tanto quanto possível, descentralizada e desconcentrada, de modo que as 
decisões tomadas guardem compatibilidade, respectivamente, com o grau de competência funcional e especialização técnica, além da habilitação de 
quem deliberar, capaz de formar melhor juízo sobre os fatos ou problemas enfrentados, na busca de soluções mais céleres e eficazes para os 
munícipes. 
Art. 12. A desconcentração será efetivada: 
nos quadros funcionais da Administração Pública, através da delegação de competência, distinguindo-se, em princípio, os níveis de direção e de 
execução; 
na ação administrativa, mediante a manutenção, a criação e estruturação de órgãos da administração direta. 
Art. 13. A descentralização efetuar-se-á: 
na ação administrativa, em face da criação e estruturação de entidades da administração indireta, ou, ainda, por meio de convênios celebrados com 
entidades ou órgãos de outra esfera de poder; 
na execução de serviços públicos da administração direta ou indireta para a iniciativa privada, por força de contratos administrativos de concessão, 
permissão ou simplesmente atos de autorização, dentro de suas respectivas competências. 
Art. 14. A delegação de competência será utilizada como instrumento interno de desconcentração administrativa, com a finalidade de assegurar 
maior especialidade, rapidez e objetividade às decisões. 
§ 1º. A Administração Municipal poderá, mediante convênio, sempre precedido de autorização legislativa, delegar competência a órgãos ou 
entidades de direito público ou privado e de outras esferas de governo, para a execução de serviços municipais, tendo como objetivo principal evitar 
a duplicidade de serviço de igual natureza. 
§ 2º. O ato administrativo da delegação, que será sempre motivado, indicará com precisão o seu fundamento legal ou regulamentar, as autoridades 
delegante e delegada e as atribuições objeto da delegação. 
Art. 15. À Administração Central cabe o estabelecimento de normas, planos e programas a serem observados pelos demais órgãos e entidades da 
Administração Municipal, visando o melhor desempenho de suas atribuições legais ou regulamentares. 
Art. 16. É facultado ao Chefe do Executivo Municipal delegar competência para a prática de atos administrativos, quando se tratar de: 
lotação e relotação nos quadros de pessoal; 
criação de comissões e designação de seus membros, observando o disposto na Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021; 
instituição e dissolução de grupos de trabalho; 
autorização para contratação de servidores por prazo determinado, inclusive na realização da devida seleção, e dispensa, na forma da lei; 
abertura de sindicância e processos administrativos e aplicação de penalidades, exceto a pena máxima de demissão, por ser sanção privativa do 
Chefe do Executivo Municipal; 
autorizar as despesas procedentes de sua unidade orçamentária; 
designar servidores para comporem as comissões permanentes ou especiais de licitação, desde que observada a sua necessidade e conveniência; 
homologar, revogar ou anular as licitações, bem como ratificar as dispensas ou inexigibilidade de sua unidade orçamentária; 
autorizar empenhos de sua unidade orçamentária; 
determinar para que, no âmbito de sua competência, sejam observadas, com rigor, as normas da Lei Federal nº 4.320/64, especialmente as contidas 
no seu artigo 63, no que concerne a fase da liquidação de despesa, e da Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021, e suas alterações posteriores, 
notadamente, no que se refere a licitação e contratos; 
organizar os serviços afetos a sua área, sempre sob a proteção da Lei e da boa técnica, zelando por sua eficiência e eficácia; 
gerir os recursos orçamentários e financeiros a sua disposição, sem afastamento dos princípios básicos da legalidade, moralidade, publicidade, 
impessoalidade, legitimidade, economicidade, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência. 
Art. 17. É de competência dos gestores das Secretarias Municipais, no tocante às Licitações e/ou Contratações para aquisição de Materiais de 
Consumo ou Permanente bem como Serviços: 
fazer a solicitação ao Setor de Compras, nos termos da Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021; 
autorizar despesas; 
homologar as licitações e assinar os respectivos contratos; 
adotar os demais procedimentos relativos ao processo administrativo ou referendá-lo. 
  
SEÇÃO IV 
DO CONTROLE 
  
Art. 18. O controle das ações administrativas deverá ser exercido em todos os níveis, órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, 
compreendendo, particularmente: 
pela chefia competente, da execução dos planos e programas administrativos e das normas que regem as atividades específicas dos órgãos 
controlados; 
pelos órgãos próprios dos sistemas de contabilidade e patrimônio, a aplicação do dinheiro público e da guarda dos bens do Município. 
  

                            

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