DOU 20/01/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 13, segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
f) permitir que o instrutor controle, monitore e registre os exercícios para que
o comentário posterior com os alunos seja eficaz.
7.1.2.Padrões gerais de desempenho de simuladores empregados na avaliação
de competência
Os simuladores utilizados na avaliação de competência exigida pela Convenção
STCW-78, como emendada, ou para demonstrar a manutenção da proficiência exigida
deverão ser:
a) capazes de satisfazer aos objetivos específicos de avaliação;
b) capazes
de simular as
características operacionais
dos respectivos
equipamentos de bordo com nível de realismo físico adequado aos objetivos da avaliação
e
incluir
as
potencialidades,
limitações
e possíveis
margens
de
erro
de
tais
equipamentos;
c) dotados de realismo comportamental suficiente para permitir que o
candidato demonstre
a sua
qualificação em conformidade
com os
objetivos de
avaliação;
d) dotados de ambiente de operação controlado, capaz de produzir uma
variedade de condições, abrangendo situações de emergência, de perigo ou incomuns,
pertinentes aos objetivos da instrução;
e) dotados de interface por meio da qual o candidato possa interagir com o
equipamento e com o ambiente simulado; e
f) permitir que um avaliador controle, oriente e registre os exercícios para a
eficiente avaliação do desempenho dos candidatos.
7.1.3.Padrões de desempenho adicionais
a) Simulação radar
O equipamento de simulação radar deverá
ser capaz de simular as
características operacionais de equipamento real que atenda a todos os padrões de
desempenho aplicáveis e adotados pelo SEPM. Esse equipamento deve incorporar
recursos para:
I) operar no modo movimento relativo estabilizado e no modo movimento
verdadeiro em relação ao mar e ao fundo;
II) emular as condições de tempo, marés, correntes, setores de sombra radar,
ecos espúrios e outros efeitos de propagação e gerar as linhas de costa, boias de auxílio
à navegação e transmissores-receptores de busca e salvamento; e
III) criar um ambiente operacional em tempo real, incorporando, pelo menos,
duas estações do próprio navio com capacidade de variar o rumo e velocidade do próprio
navio e de incluir os parâmetros de pelo menos outros vinte navios-alvo e os recursos
apropriados de comunicação.
b) Simulação de Dispositivo Automático de Plotagem Radar (ARPA)
O equipamento de simulação deverá ser capaz de simular as características
operacionais dos ARPA, as quais, por sua vez, atendem aos padrões de desempenho
aplicáveis adotados pela IMO, bem como incorporar recursos para:
I) aquisição manual e automática de alvos;
II) informação de trajetórias anteriores;
III) utilização de áreas de exclusão;
IV) exibição de tela com apresentação vetorial/gráfica com escala de tempos
e de dados; e
V) manobras de provas de navios.
c) Simulação de instalações de máquinas principais e auxiliares
O equipamento para simulação de Praça de Máquinas deve ser capaz de
simular máquinas principais e auxiliares e incorporar recursos para:
criar um ambiente em tempo real, para operações em alto mar e no porto,
dotado de dispositivos de comunicações e de simulação dos equipamentos, principais e
auxiliares, da propulsão e respectivos painéis de controle;
simular os subsistemas relevantes que devem incluir, mas não se restringir a:
caldeira, aparelho de governo, sistemas de geração e distribuição de energia elétrica,
inclusive em emergência, e sistemas de combustível, refrigeração, esgoto e lastro;
monitorar e avaliar o desempenho do motor e dos sistemas de sensoriamento
remoto (sistema supervisório);
simular avarias de máquinas;
permitir que condições externas variáveis possam ser alteradas, de modo a
influenciar as operações simuladas: condições
meteorológicas, calado do navio,
temperaturas do ar e da água do mar;
permitir que condições externas controláveis pelo instrutor possam ser
alteradas: vapor para o convés, calefação, ar comprimido para o convés, condições de
gelo, guindastes, hidráulica, bow thrusters, carregamento do navio;
permitir que a dinâmica do simulador possa ser alterada pelo instrutor:
partida em emergência, respostas de processos, respostas do navio; e
proporcionar facilidade de isolar certos processos, tais como: velocidade,
sistemas elétrico, de óleo diesel, de óleo lubrificante, de óleo pesado, de água salgada e
de vapor, caldeira e turbo gerador, para executar tarefas instrucionais específicas.
7.2.NA REALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE ESTÁGIO EMBARCADO (PREST)
De acordo com o contido no inciso 2.27.2 desta Norma.
7.3.CLASSIFICAÇÃO DOS SIMULADORES COMO EQUIPAMENTOS DE ENSINO
Os simuladores podem ser divididos em quatro grupos diferentes:
7.3.1.Categoria 1 - Completo (todas as tarefas) Full Mission
Os simuladores completos podem ser divididos em diferentes grupos e podem
diferir devido aos padrões de desempenho das sociedades classificadoras. O simulador
completo é capaz de simular a maioria das diferentes operações de náutica e de
máquinas e apresenta sua instalação física reproduzindo o ambiente completo de uma
praça de máquinas ou passadiço, visando à imersão do aluno em uma realidade virtual.
Os painéis podem ser de hardware e de tela sensível ao toque.
Considera-se a Categoria 1 equivalente à Categoria A presente no "Model
Course 6.10".
7.3.2.Categoria 2 - Multitarefa
Um simulador de múltiplas tarefas deve ter a maioria das funções de
simulador de categoria 1, mas com exceção das funções específicas de passadiço e de
praça de máquinas, ocupando menos espaço físico. Normalmente a apresentação desta
categoria de simulador não tem por objetivo a imersão do aluno em uma realidade
virtual e sim o treinamento das habilidades no desempenho das diversas funções e
operações da função profissional de náutica ou máquinas.
Considera-se a Categoria 2 equivalente à Categoria B presente no "Model
Course 6.10".
7.3.3.Categoria 3 - Tarefa Limitada
Tem menos funções e é um simulador de tarefas limitadas, capaz de
operações específicas de passadiço e de praça de máquinas.
Considera-se a Categoria 3 equivalente à Categoria C presente no "Model
Course 6.10".
7.3.4.Categoria 4 - Tarefa Única
Muitas vezes, configurado como uma sala de aula com telas duplas, o Docente
tem flexibilidade e a possibilidade de realizar exercícios adequados. Também pode ser
recomendado fornecer a cada parte da estação de tarefas um computador para usar sites
e plataformas de aprendizado para apoiar o ensino/aprendizado.
Considera-se a Categoria 4 equivalente à Categoria S presente no "Model
Course 6.10".
7.4.PERFIL DOS DOCENTES PARA SIMULADOR DE NÁUTICA/MÁQUINAS
A qualificação e o treinamento dos Docentes, do pessoal de apoio, dos
observadores e dos avaliadores são absolutamente vitais para alcançar bons resultados
no processo de ensino-aprendizagem. O perfil dos Docentes atende às disposições
obrigatórias relativas às qualificações dos
Docentes, supervisores e avaliadores;
treinamento
(instrução)
em
serviço;
avaliação
de
competência;
ensino
(treinamento/instrução) e avaliação dentro de uma instituição, de acordo com a Seção A-
I/6 do Código STCW-78 e a correspondente Parte B do Código STCW-78, contendo
orientações sobre ensino (treinamento/instrução) e avaliação.
7.5.PROCEDIMENTOS DE AULA
Ao realizar uma aula com a utilização de simuladores, os instrutores deverão
se assegurar de que:
- os alunos recebam, antecipadamente, orientação adequada sobre os
objetivos e as tarefas do exercício (briefing) e que lhes seja dado tempo suficiente para
o planejamento antes de iniciar o exercício;
- os alunos tenham tempo suficiente para uma familiarização adequada com
o simulador e seus equipamentos, antes de ser iniciada qualquer instrução ou exercício
de avaliação;
- a orientação dada e os estímulos para o exercício sejam adequados aos objetivos
e às tarefas do exercício selecionado, bem como ao nível de experiência dos alunos;
- os exercícios sejam efetivamente monitorados e apoiados, como adequado,
por observação audiovisual das atividades dos alunos e de relatórios de avaliação antes
e depois dos exercícios;
- os exercícios sejam efetivamente comentados com os alunos, logo após o
seu encerramento (debriefing), com o propósito de assegurar que os objetivos da
instrução tenham sido atingidos e que as habilidades operacionais demonstradas se
encontram dentro de padrões aceitáveis;
- seja incentivado o emprego de avaliação dos colegas durante os comentários
feitos após os exercícios; e
- os exercícios com simuladores sejam planejados e testados, de modo a
garantir a sua adequabilidade aos objetivos específicos da instrução.
7.6.PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Quando a formação utilizar simuladores para avaliar a capacidade dos candidatos
em demonstrar seus níveis de competência, os avaliadores deverão assegurar que:
- os critérios de desempenho estejam claramente identificados, que sejam
válidos e estejam disponíveis para consulta pelos candidatos;
- os critérios de avaliação sejam explicitamente fixados para garantir a
confiabilidade e a uniformidade das avaliações e para otimizar as medições e avaliações
objetivas, de modo que os julgamentos subjetivos sejam reduzidos;
- os candidatos sejam corretamente orientados quanto às tarefas nas quais
serão avaliados, bem como quanto aos critérios de desempenho pelos quais suas
competências serão determinadas;
- a avaliação de desempenho considere os procedimentos operacionais
normais e qualquer interação comportamental com outros candidatos no simulador ou
com a equipe do simulador;
- a metodologia para pontuação e atribuição de grau na avaliação de
desempenho seja usada com cautela até que tenha sido validada, a saber:
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- o critério principal é que o candidato demonstre a habilidade para realizar a
tarefa com segurança e eficiência aceitáveis pelo avaliador.
7.7.NA SELEÇÃO DE PRATICANTES DE PRÁTICO
Os simuladores de ARPA e de manobras poderão ser utilizados para a seleção
de candidatos a Praticante de Prático, conforme estabelecido nas Normas da Autoridade
Marítima para o Serviço de Praticagem (NORMAM-311/DPC).
7.8.PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
Os simuladores existentes nos Centros de Instrução poderão ser utilizados,
também, para trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de projetos. Para essas atividades,
os Centros poderão firmar acordos administrativos com instituições públicas ou privadas,
sem que haja prejuízo às atividades do EPM ou das próprias empresas. Os trabalhos de
pesquisa e desenvolvimento de projetos se enquadram em:
- modelagem de navio para treinamento particular de uma empresa ou para a
análise de desempenho em estudos de engenharia; e
- modelagem de portos, terminais, canais e rios, para treinamento particular de
uma empresa ou para estudos de engenharia hidrodinâmica envolvendo essas construções
ou vias navegáveis.
7.8.1.Pesquisas em software e hardware, junto com Universidades, para o
aprimoramento, atualização dos simuladores e treinamento de técnicos nessa área; e
7.8.2.Pesquisas, junto com Universidades, para aprimorar técnicas de instrução
e aperfeiçoamento na condução de instalações de máquinas.
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