Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152025013000041 41 Nº 21, quinta-feira, 30 de janeiro de 2025 ISSN 1677-7042 Seção 1 . .c) Capacitar os estados para o estabelecimento de parcerias e apoio aos municípios na realização de ações de busca ativa; . .d) Apoiar estados e municípios no planejamento de ações de busca ativa; . .e) Acompanhar e monitorar, junto aos estados, a implementação de ações de busca ativa; . .f) Disponibilizar informações sobre o público prioritário das ações de busca ativa para sua inclusão nos serviços socioassistenciais e no Cadastro Único ou para atualização cadastral; . . .g) Disponibilizar material instrucional para a capacitação de parceiros para apoiar os municípios na realização de ações de busca ativa. . Governo Estadual .a) Incluir ações de busca ativa no planejamento das atividades do estado; . .b) Identificar e estabelecer articulações com órgãos estaduais e federais, notadamente aqueles que atendem GPTE, para a realização de ações de mobilização intersetorial em âmbito estadual; . .c) Mobilizar e apoiar os municípios no planejamento de ações de busca ativa; . .d) Apoiar os municípios na identificação e no estabelecimento de articulações para as ações de busca ativa; . .e) Promover a capacitação das equipes da Assistência Social e de entrevistadores do Cadastro Único junto aos municípios; . .f) Acompanhar e monitorar, junto aos municípios, a implementação de ações de busca ativa; . .g) Fortalecer a cooperação entre os parceiros e as gestões municipais; . .h) Subsidiar os parceiros com informações sobre o Cadastro Único e a busca ativa, quando solicitado; . . .i) Articular-se com atores do Sistema de Justiça e órgãos emissores de documentação civil. . Governo Municipal e Distrital .a) Incluir ações de busca ativa no planejamento de atividades do município e do Distrito Federal; . .b) Planejar e coordenar ações de busca ativa, integrando a oferta de serviços socioassistenciais e do Cadastro Único no seu território; . .c) Realizar a inclusão e a atualização cadastral das famílias identificadas pelos órgãos parceiros e/ou pelo município ou Distrito Federal; . .d) Garantir a capacitação das equipes de cadastro e serviços socioassistenciais; . .e) Articular-se com atores do Sistema de Justiça e órgãos emissores de documentação civil; . .f) Identificar e estabelecer articulações com órgãos municipais, estaduais e federais, notadamente aqueles que atendem GPTE, para a realização de ações de mobilização intersetorial em âmbito municipal; . .g) Formalizar parcerias para a realização dos atendimentos e das entrevistas com as famílias para inclusão e de atualização cadastral, caso não disponha de estrutura necessária para atender toda demanda da busca ativa; . .h) Coordenar e monitorar as ações de busca ativa; . .i) Discutir e planejar, quando necessário, as articulações estabelecidas com o governo estadual e federal; . . .j) Elaborar o plano de ação de busca ativa com as estratégias e os cronogramas de ação. . Órgãos públicos e instituições .a) Discutir e acordar com o município a forma de realização de ações de busca ativa, os territórios foco da ação, o cronograma e o auxílio logístico que pode prestar; . . .b) Subsidiar a equipe com as informações necessárias para o desenvolvimento da ação articulada, em especial sobre GPTE. 4. ETAPAS E FLUXO DA BUSCA ATIVA O processo de busca ativa é orientado pelas etapas a seguir: 4.1 Gestão da Informação/ Diagnóstico Territorial Inicialmente, realizar o levantamento de dados existentes no território a fim de nortear as ações é um passo fundamental para o sucesso das ações de busca ativa. Podem ser levantados dados qualitativos realizando o mapeamento dos GPTE existentes no território e a sua localização, suas características de modo de vida, e os desafios enfrentados para acesso aos serviços da Assistência Social e ao cadastro. É importante levantar também quais GPTE têm protocolo de consulta prévia, uma vez que os povos e comunidades tradicionais têm direito de ser consultados antes que alguma política pública seja implementada em seu território. A Vigilância Socioassistencial do estado e do município é um ator chave na realização dos diagnósticos para a busca ativa, pois pode fornecer à gestão do Cadastro Único e às unidades da rede SUAS, informações sistematizadas e indicadores territorializados para auxiliar as ações de busca ativa. Por isso, é muito importante que a Gestão do Cadastro Único esteja estreitamente articulada com a Vigilância Socioassistencial para fornecer os dados do Cadastro Único, visando a sistematização das informações. Dados quantitativos são bastante valiosos, como as estimativas do número de famílias pertencentes a um determinado GPTE no território, o que permite a avaliação da cobertura do Cadastro Único. Nesse sentido, consultar estudos e estatísticas nacionais, tais como os dados do Censo IBGE, e realizar o cruzamento de informações sobre um determinado público poderá colaborar na identificação de quais são as principais dificuldades enfrentadas pelas famílias e quais serão os desafios que as gestões municipais terão de enfrentar para incluir ou atualizar suas informações no Cadastro Único e para garantir o acesso a serviços e benefícios da Assistência Social. É importante ressaltar que o diagnóstico deve trazer também informações sobre a rede de proteção social, níveis de cobertura e de abrangência. Exemplos de fontes de informações para diagnóstico da busca ativa (para mais detalhes, ver Anexo II): Informações sobre o perfil do público e suas particularidades; Base e sistemas do Cadastro Único; Dados demográficos de pesquisas oficiais; Ferramentas da SAGICAD; Censo SUAS; Estudos realizados pelo município; Trabalhos acadêmicos de pesquisadores que estudaram determinados públicos; Informações dos parceiros; Informações advindas de atendimentos em outros equipamentos públicos, como cozinhas solidárias e postos de saúde; Consulta direta à comunidade. Diagnósticos participativos complementam e atualizam informações qualitativas dos territórios, trazendo importantes insumos sobre a cultura local e percepção dos moradores e das redes intersetoriais sobre as situações de desproteções vividas nos territórios. Realizar uma primeira identificação dos territórios onde se encontra o público-alvo, mapear as barreiras e construir soluções para o cadastramento dessas famílias são medidas fundamentais para qualificar a próxima etapa da busca ativa, quando se dará o diálogo com parceiros, sejam eles órgãos da Administração Pública, organizações da sociedade civil, associações ou lideranças comunitárias. É importante também estabelecer metas relativas à quantidade de inclusões e atualizações cadastrais ou de ações que serão realizadas. 4.2 Articulação e Mobilização Com o objetivo de criar e incentivar uma rede intersetorial de cooperação para a busca ativa de famílias em situação de vulnerabilidade social, podem ser mobilizados órgãos governamentais nas três esferas administrativas, Instâncias de Controle Social, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, fóruns de usuários, associações de bairros, sindicatos, entre outros. Em âmbito federal, caberá ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) fazer a articulação com os órgãos de abrangência nacional e, à medida que as parcerias forem firmadas, informar aos estados e municípios. Os parceiros do MDS, em âmbito federal, deverão incentivar a participação de suas representações descentralizadas (por exemplo, superintendências e coordenações regionais, estaduais ou municipais) nas ações de busca ativa nos estados e nos municípios. As articulações nos estados serão realizadas pelas gestões estaduais da Assistência Social e informadas às gestões municipais da Assistência Social. Mas a articulação no nível local é indispensável para que o município tenha conhecimento da realidade vivida pelos grupos e para a implementação efetiva de ações de busca ativa. Caso tenham acesso e contato com unidades descentralizadas de órgãos federais (coordenações e superintendências regionais, por exemplo) a Gestão Municipal pode contatar diretamente essas unidades para a realização de parcerias. O MDS pode apoiar os estados nas ações de identificação, mobilização e articulação de parcerias. De igual forma, as gestões estaduais apoiarão as gestões municipais nas ações, no nível local, ampliando assim a rede de cooperação. Algumas sugestões de atividades para a realização da mobilização no território são: Divulgação de atividades nas Unidades do SUAS e em instituições nas comunidades que irão receber as equipes de busca ativa, como centros sociais, igrejas, escolas, centros de saúde, entre outros; Disseminação de informação sobre as ações em rede social, por meio de WhatsApp, carros de som, programas de rádio, entre outros; Informação para os Conselhos e para as lideranças comunitárias para que possam divulgar as ações; Divulgação em equipamentos públicos de outras políticas, como Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da saúde, escolas, entre outros; Presença e incursões em eventos no território para divulgação das ações. 4.3 Construção do plano de ação A elaboração de um plano de ação para a busca ativa possibilita a organização das informações obtidas na etapa anterior sobre os públicos e o território, e a consolidação do planejamento das ações. Durante a articulação inter e intra setorial é imprescindível que sejam elaborados cronogramas das ações para realização de busca ativa. No plano de ação serão definidos os objetivos a serem alcançados, como por exemplo: a mobilização de pessoas com deficiência beneficiárias do BPC de determinado território para inclusão no Cadastro Único, a inserção de famílias ribeirinhas de determinado território no PAIF, entre outros; e serão registradas as ações previstas para alcançar cada objetivo, com as respectivas atividades a serem realizadas, metas a serem alcançadas, prazos, profissionais responsáveis, recursos necessários para realização das atividades e possíveis parcerias. É importante mapear os riscos envolvidos nas ações, pois existem territórios com áreas de risco, bem como território com protocolos sanitários que precisam ser seguidos (como em ações envolvendo povos indígenas). Também é fundamental, quando se tratar de ações envolvendo povos e comunidades tradicionais, verificar se existem protocolos de consulta prévia e respeitá-los. O mesmo documento poderá prever o monitoramento e a avaliação das ações, bem como a eventual necessidade de contratação de pessoal, aquisição de materiais e capacitação. Na figura abaixo, apresentamos um modelo de plano de ação que pode ser utilizado pela equipe. Este modelo pode ser adaptado conforme as necessidades de cada território. 1_MDS_30_002Fechar