DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
(1) identificação da modelagem utilizada por tipo de equipamento;
(2) identificação dos barramentos de fronteira e equivalentes associados;
(3) apresentação do diagrama unifilar da rede modelada para estudos de transitórios eletromagnéticos com a indicação dos pontos de conexão dos equivalentes; e
(4) Tabela de validação da rede modelada, conforme item 2.5.5.2.6.
diretrizes de simulação e critérios para análise dos resultados:
(1) descrição do procedimento empregado na simulação de cada tipo de manobra;
(2) identificação dos critérios utilizados para análise dos resultados, conforme descrito no item 2.6;
(3) explicitação das simplificações efetuadas e das premissas adotadas no estudo.
descrição das manobras simuladas:
(1) identificação das condições do sistema (carregamento, indisponibilidades, tensões pré-manobra) em cada uma das manobras simuladas;
(2) apresentação dos registros gráficos e das tabelas dos resultados.
tabelamento de resultados estatísticos: apresentação das tabelas estatísticas que contenham os valores máximo, médio, desvio padrão, bem como a probabilidade de os valores de cada grandeza
a ser monitorada serem excedidos em 2%;
tabelamento de resultados determinísticos: apresentação das tabelas determinísticas que contenham os valores necessários à realização de análises específicas, como por exemplo, valor eficaz,
valor máximo, intervalos de tempo, derivada no tempo etc;
quantificação das correntes de neutro durante o período de operação desequilibrada causados pelo religamento monopolar (curvas corrente instantânea e eficaz versus tempo) para as
transformações na área de influência da manobra.
análise dos resultados:
(1) identificação das condições mais críticas referentes aos valores máximos das solicitações transitórias, de acordo com o tipo de manobra;
(2) valores limite das tensões pré-manobra que não acarretem a violação dos critérios;
(3) configurações topológicas mais críticas, considerando a indisponibilidade simples de equipamento.
conclusões e providências para os estudos pré-operacionais:
(1) informação se foram ou não superadas as características de suportabilidade dos equipamentos analisados no estudo e sob quais condições;
(2) estabelecimento das condições operativas limite para execução das manobras sem risco aos equipamentos.
conclusões e providências para os estudos de projeto básico:
(1) identificação das solicitações de rede sobre os equipamentos das instalações novas e existentes;
(2) explicitação dos níveis de isolamento e das características básicas dos equipamentos que decorram de solicitações transitórias, tais como, tensão suportável a impulso de manobra, sobretensão
sustentada e energia de para-raios.
referências: como por exemplo, estudos e relatórios de ensaio ou de dados dos equipamentos fornecidos pelo agente responsável, documentação com dados dos equipamentos fornecida pelo
agente etc;
anexos: apresentação dos dados da rede elétrica estudada, do registro gráfico das formas de onda e das demais figuras empregadas no estudo.
1.3.15.2. Todos os arquivos de simulação utilizados nos estudos, aptos para pronta execução, devem ser disponibilizados ao ONS, em formato compatível com as ferramentas computacionais
utilizadas pelo ONS, conforme descrito no documento de metodologia deste submódulo.
2.6. Critérios para estudos de transitórios eletromagnéticos sob condições de manobra
Considerações gerais
1.3.15.3. Nos estudos de projeto básico deve ser verificado se as características básicas dos equipamentos e instalações atendem às normas específicas, aos requisitos mínimos do Submódulo 2.6
– Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos e às exigências dos editais de licitação de serviço público de transmissão da ANEEL.
1.3.15.4. Nos estudos pré-operacionais, deve ser verificada a observância às suportabilidades dos equipamentos, garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos agentes.
1.3.15.5. A ferramenta computacional utilizada nesses estudos – Modelo para análise de transitórios eletromagnéticos – está apresentada no documento de metodologia deste submódulo.
Critérios relativos aos para-raios
1.3.16.1. A energia dissipada, a corrente drenada pelos para-raios e as sobretensões temporárias, Temporary overvoltage (TOV), durante as manobras não podem ser superiores àquelas garantidas
pelo fabricante e fornecidas pelo agente.
1.3.16.2. Com relação aos para-raios convencionais, devem ser observados os seguintes aspectos:
para-raios há muito tempo em operação: considerar um fator de envelhecimento (0,95) referente a uma possível redução na tensão de disparo do gap, sendo a tensão de disparo definida conforme
Equação (3).
(3) 𝑉𝑑 = (1,20 𝑎 1,35) × √2 × 𝑉 × 0,95 𝑓𝑎𝑠𝑒 − 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎(𝑝𝑖𝑐𝑜),
sendo V é a tensão nominal (eficaz) do para-raios.
as manobras que provocam operação de para-raios sem gap ativo são permitidas nos casos em que não há outra alternativa de manobra e as tensões, após o disparo, permitem a atuação dos para-
raios sem que a energia dissipada por eles ultrapasse os valores garantidos pelos fabricantes e fornecidos pelos agentes;
as manobras que provocam operação de para-raios com gap ativo são permitidas nos casos em que as energias dissipadas por eles não ultrapassam os valores garantidos pelos fabricantes e
fornecidos pelos agentes.
1.3.16.3. Com relação aos para-raios de óxido metálico, devem ser observador os seguintes aspectos:
nos estudos de projeto básico, a característica típica de para-raios “tensão versus corrente” (V x I), para o nível de tensão da instalação, deve ser obtida preferencialmente dos catálogos de
fabricantes;
nos estudos pré-operacionais, para maximização da energia dissipada pelos para-raios durante uma manobra, deve ser utilizada a curva característica V x I mínima, obtida das curvas características
V x I garantidas pelo fabricante e fornecidas pelo agente.
Critérios para os transformadores e autotransformadores
2.6.3.1.
Suportabilidade a sobretensões de manobra
1.3.16.3.1. Durante as manobras, os transformadores e autotransformadores podem ser submetidos a sobretensões no máximo iguais àquelas garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos
agentes.
1.3.16.3.2. Na falta dessa informação, devem ser utilizados os valores indicativos apresentados na Tabela 5.
Tabela 5 – Valores indicativos de sobretensões de manobra admissíveis para transformadores e autotransformadores em vazio
Tensão (pu) (1)
Tempo (s)
2,0
0,1667 (10 ciclos)
1,82
0,3333 (20 ciclos)
1,50
1,667 (100 ciclos)
1,40
3,6
1,35
10
1,25
20
1,20
60
1,15
480
1,10
Regime
(1) Valores em pu tendo por base a tensão da derivação (valor eficaz de tensão pelo qual o tape é designado na tabela de derivação do transformador).
1.3.16.3.3. Para tempos inferiores a 10 ciclos da frequência fundamental, o valor das tensões transitórias não deve ser superior ao nível de isolamento dos equipamentos, com uma margem de
segurança de 15%.
Critérios para os reatores em derivação
2.6.4.1.
Suportabilidade a sobretensões de manobra
1.3.16.3.4. Durante as manobras, os reatores em derivação podem ser submetidos a sobretensões no máximo iguais àquelas garantidas pelos fabricantes e fornecidas pelos agentes.
1.3.16.3.5. Na falta dessa informação, devem ser utilizados os valores indicativos apresentados na Tabela 6.
Tabela 6 – Valores indicativos de sobretensões de manobra admissíveis para reatores em derivação
Tensão (pu) (1)
Tensão (pu) (2)
Tempo (s)
2,0
2,10
0,1667
1,82
1,91
0,3333
1,50
1,57
1,667
1,40
1,47
3,6
1,05
1,10
Regime
(1) Valores em pu para tensão base de 230, 345, 440 e 525kV.
(2) Valores em pu para tensão base de 500kV.
1.3.16.3.6. Para tempos inferiores a 10 ciclos da frequência fundamental, o valor das tensões transitórias não deve ser superior ao nível de isolamento dos equipamentos, com uma margem de
segurança de 15%.
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