DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil

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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
 
 
(3) a condição de polo preso de disjuntor não deve ser considerada. 
 questões aplicáveis à abertura de faltas: 
(1) linhas de transmissão: devem ser representadas por um modelo de parâmetros distribuídos sem correção no domínio da frequência; 
(2) transformadores e reatores: pode-se desconsiderar na modelagem o efeito da saturação, as perdas no ferro, a correção da impedância de curto-circuito com a frequência e as capacitâncias internas; 
(3) para abertura de disjuntores que manobram transformadores, as capacitâncias para terra e entre. enrolamentos, quando disponíveis, devem ser consideradas para transformadores trifásicos e. 
monofásicos, em conjunto com a impedância de curto-circuito, de forma a representar, aproximadamente, as frequências naturais de oscilação do transformador; 
(4) reatores: uma capacitância equivalente em paralelo à reatância indutiva pode ser adotada, de forma a reproduzir a frequência natural de oscilação do reator; 
(5) as cargas não necessitam ser representadas; 
(6) as capacitâncias concentradas dos elementos conectados aos barramentos de ambos os terminais do disjuntor, como por exemplo, transformadores de instrumento e filtros, devem ser 
consideradas; e 
(7) o arco elétrico no disjuntor não deve ser representado. 
 curto-circuito nos terminais do disjuntor (lado linha e lado barra): 
(1) a falta terminal trifásica não aterrada, com observação da abertura do primeiro polo do disjuntor, deve ser considerada; e 
(2) nos estudos de projeto básico, devem também considerar adicionalmente, no mínimo, os defeitos trifásico aterrado e monofásico. 
 defeito quilométrico: 
(1) as faltas quilométricas, com foco no último polo a interromper, devem ser consideradas [9][10]; 
(2) a falta deve ser aplicada a uma distância do terminal da linha, de forma a se obter uma corrente de aproximadamente 90% da falta terminal correspondente; e 
(3) caso o disjuntor analisado seja de tecnologia a ar-comprimido, o valor da corrente de falta a ser pesquisado é de aproximadamente 75% da falta terminal correspondente e para disjuntores a óleo, 
esse valor é de 60%. 
 abertura de linha em vazio: 
(1) atenção especial deve ser dada à modelagem de componentes nos terminais da linha que possam contribuir para o escoamento de sua carga residual, quando a linha é desconectada da rede; 
(i) 
exemplo típico é a existência de transformador de potencial (TP) indutivo ou reator em derivação conectado diretamente na linha. 
(2) a linha deve ser manobrada nas diferentes condições de compensação reativa previstas; 
(3) nos estudos de projeto básico, essa situação deve ser simulada com as fontes ajustadas na frequência fundamental (60 Hz) e com tensão de pré-manobra igual à máxima tensão operativa da rede, 
com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs: 
(i) 
caso a região do sistema onde o disjuntor será instalado esteja sujeita a sobrefrequências em regime dinâmico, a simulação de abertura de linha a vazio deve considerar a máxima sobrefrequência 
identificada nos estudos. 
(ii) devem ser identificados a máxima corrente capacitiva a ser interrompida e os valores de TRT aos quais o disjuntor fica sujeito, comparando-os com a sua especificação. 
 
abertura de banco de capacitores em derivação:  
(1) a condição de potência de curto-circuito reduzida na subestação onde o banco está instalado deve ser analisada, no intuito de maximizar sua influência na crista da TRT capacitiva. 
 manobra em discordância de fases: 
(1) o objetivo dos estudos de manobra em discordância de fases é verificar a solicitação máxima de tensão através do polo do disjuntor nesta condição de manobra; 
(2) o limite máximo da tensão através do disjuntor manobrado, estabelecido no projeto básico e refletido na especificação do disjuntor, deve ser observado;  
(i) 
na falta dessa informação, os valores normalizados para a classe de tensão do disjuntor devem ser adotados como limite. 
(3) nos estudos de projeto básico, deve ser identificada a condição mais crítica de tensão através dos polos do disjuntor, imposta pela rede para abertura em discordância de fases. 
(i) 
a abertura durante defasagens angulares “sistêmicas” inferiores a 180º pode, eventualmente, ocasionar solicitações de TRT superiores àquelas definidas em norma, por classe de tensão e com o 
fator de 1º polo normalizado, para a abertura em oposição de fases dos disjuntores; 
(ii) nesses casos, pode ser necessário maior refinamento da modelagem e, em algumas situações, investigações de caráter eletromecânico (tensão e ângulo) do contexto no qual se dará a efetiva 
abertura do disjuntor. 
1.3.14.4.21.   Estudo de interrupção de corrente de curto-circuito com elevado grau de assimetria: 
 estudos para determinação da corrente de curto-circuito são necessários em situações de disjuntores localizados próximos a usinas, nas vizinhanças das quais a ocorrência de falta geralmente 
ocasiona uma corrente de curto-circuito com elevado grau de assimetria;  
 é necessária a investigação do grau de assimetria da corrente de curto-circuito (X/R), que deve ser considerada na especificação do equipamento; 
 a componente simétrica e a assimetria da corrente de curto-circuito (X/R) devem ser determinadas para as condições de curto trifásico simultâneo nas três fases e curto monofásico para inclusão 
como requisitos para disjuntores e equipamentos associados; 
 em situações específicas de operação de máquinas síncronas, aliadas a ocorrência de faltas trifásicas evolutivas, podem ocorrer elevadas assimetrias que acarretam retardo da primeira passagem 
pelo zero da corrente de curto-circuito;  
(1) este fenômeno, de baixíssima probabilidade de ocorrência, pode eventualmente se manifestar em situações de suprimento a cargas puramente capacitivas, devendo ser investigado para os casos 
de compensadores síncronos e de unidades geradoras que operem como síncronos. 
1.3.14.4.22.   Estudo de correntes induzidas por linhas de transmissão em chaves seccionadoras com lâminas de terra: 
 considerações gerais: 
(1) o estudo de de correntes/tensões induzidas por linhas de transmissão em chaves de aterramento com lâminas de terra é necessário em situações de circuitos paralelos de linhas de transmissão 
situados na mesma faixa de passagem ou em caso de torre com circuito duplo; 
(2) quando uma das linhas está fora de serviço e aterrada por lâminas de terra de secionadores, a abertura da linha para sua recolocação em serviço submete a chave de terra a uma operação de 
interrupção da corrente induzida;  
(3) a chave, além de ser solicitada a interromper a corrente induzida, deve suportar a TRT advinda da interrupção dessa corrente. 
 diretrizes: 
(1) as linhas de transmissão envolvidas devem ser modeladas por parâmetros distribuídos; 
(2) os acoplamentos entre fases de todas as linhas envolvidas devem ser considerados; 
(3) a condição de carregamento da linha paralela deve ser a mais desfavorável possível em termos da indução de corrente, ou seja, a operação com máximo carregamento limitada à capacidade da 
linha;  
(4) não deve ser considerada a hipótese de curto-circuito na linha paralela no instante de abertura da chave de terra. 
 
Representação equivalente da rede elétrica 
2.5.5.1. 
Considerações gerais 
1.3.14.4.23.   O equivalente de um sistema elétrico é a representação ou modelagem matemática de um sistema ou de partes desse sistema, por meio de suas impedâncias de curto-circuito ou, 
alternativamente, por meio de impedâncias que reproduzam o comportamento da rede em função da frequência, de sequência zero e de sequência positiva, vistas a partir das barras de fronteira. 
2.5.5.2. 
Diretrizes 
1.3.14.5.1.   Para a definição das barras de fronteira, devem-se escolher pontos da rede nos quais o circuito equivalente, representado pelas impedâncias de curto-circuito próprias e de 
transferência, tenha uma influência mínima sobre o comportamento transitório do restante do sistema, representado em detalhes no estudo. 
1.3.14.5.2.   Entre a(s) barra(s) focalizada(s) no estudo e as barras de fronteira devem existir, pelo menos, 2 outras barras. 
1.3.14.5.3.   Nos casos em que for utilizado equivalentes calculados em uma única frequência (frequência fundamental), os equivalentes devem ser representados por circuitos RL mutuamente 
acoplados, que podem ser obtidos a partir das impedâncias de curto-circuito de sequência zero e de sequência positiva. 
1.3.14.5.4.   Um componente físico ou parte do sistema elétrico deve ser modelado, considerando a dependência da impedância do equipamento ou da rede em relação à frequência nas situações 
em que o fenômeno estudado ou particularidades do sistema a ser representado impuserem tal necessidade. 
1.3.14.5.5.   Nas simulações que incluem, por exemplo, a análise de ressonância, deve-se representar a impedância da rede elétrica por sua resposta em frequência, Z (j), ou por uma síntese da 
rede, de tal forma que a resposta em frequência do circuito equivalente seja similar à da rede elétrica original. 
1.3.14.5.6.   A validação dos equivalentes e da própria rede representada, com base na frequência fundamental, deve ser realizada por comparação dos valores de correntes de curtos-circuitos 
monofásico e trifásico, obtidos no programa de transitórios, com os resultados do programa de cálculo de curto-circuito.  
1.3.14.5.7.   Os pontos de aplicação dos defeitos devem ser escolhidos de forma a abranger os barramentos de manobra e outros julgados relevantes. 
 
Diretrizes para estudos em sistemas CC 
1.3.14.6.  As diretrizes para os estudos relativos ao dimensionamento de elos CC, bem como aqueles que dizem respeito à interação CA/CC e afetam o seu dimensionamento, estão apresentados 
no Submódulo 2.8 – Requisitos mínimos para elo em corrente contínua. 
1.3.14.7.  Os estudos de oscilações subsíncronas dependentes de equipamentos devem avaliar se o sistema CC excitará oscilações de ordem mecânica, eletromecânica ou de frequência natural dos 
geradores e turbinas, individualmente ou em conjunto, e devem identificar possíveis soluções para o problema. 
1.3.14.8.  Os estudos de sobretensões temporárias e sobretensões por ferrorressonância devem determinar o nível máximo de sobretensão na frequência fundamental e estabelecer a característica 
e a faixa para o controle dessa sobretensão, de forma a evitar que a sobretensão atinja o limite dos equipamentos CA e CC e/ou provoque autoexcitação de geradores. 
1.3.14.9.  Os estudos de proteção de sobretensões e coordenação de isolamento devem determinar os níveis das sobretensões e as condições de coordenação de isolamento para todos os 
equipamentos CA e CC envolvidos. 
 
Conteúdo dos relatórios técnicos do estudo 
1.3.15.1.  O relatório técnico deve conter: 
 objetivo do estudo: justificativa sob a ótica do acesso, projeto básico e da operação, da necessidade de realização do estudo com vistas a quantificar as solicitações transitórias decorrentes de 
manobras; 
 descrição da rede elétrica representada no detalhe e dos equivalentes em 60Hz (ou em frequência): 

                            

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