DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil

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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
 
 
3.2.2.4.  Devem ser atendidos critérios adicionais aos dispostos nos Procedimentos de Rede, caso estejam definidos na especificação técnica, como por exemplo, limites de intercâmbio de potência 
reativa e envoltórias de sobretensões temporárias máximas. 
3.2.2.5.  Os dados de entrada considerados são os resultados do cálculo do circuito principal conforme descrito no item 6.2.1. 
3.2.2.6.  Os resultados deste estudo devem ser considerados no projeto dos filtros e na definição do controle básico do elo CC. 
3.2.2.7.  O relatório com os resultados do estudo deve apresentar as informações sob a forma de tabelas P (potência transmitida) e Q (consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos 
filtros e intercâmbio com o sistema CA), em função das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo, mínimo e nominal pela conversora (função de alfa, dx etc.), de forma 
a permitir a análise da conformidade dos resultados em relação aos requisitos.  
3.2.2.8.  Deve ser fornecida uma tabela contendo a sequência de chaveamento dos elementos de compensação reativa em função da potência transmitida e também da necessidade de 
chaveamento em função do desempenho harmônico.   
  
Estudo de sobretensões à frequência fundamental 
3.2.3.1.  Esse estudo tem por finalidade identificar as sobretensões de manobra dos bancos de capacitores e filtros, rejeição de carga, bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede CA e 
os meios para limitar estas sobretensões aos valores requeridos. 
3.2.3.2.  Os estudos devem demonstrar que o desligamento dos filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e suficiente para redução das sobretensões no sistema CA em níveis 
aceitáveis. 
3.2.3.3.  Devem ser avaliadas configurações do sistema CA com diferentes níveis de curto-circuito e de carga nos horizontes do planejamento e da operação.  
3.2.3.4.  Devem ser consideradas as variações do número de máquinas na área do sistema coletor e as diferentes situações de staging do empreendimento.  
3.2.3.5.  Devem ser investigados os aspectos relativos à possível autoexcitação das unidades geradoras. 
3.2.3.6.  Os estudos também contribuem para demonstrar que a modularização adotada para os filtros e bancos de capacitores atende aos requisitos estabelecidos no Submódulo 2.8, no que diz 
respeito ao impacto no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de reativos e fator de potência nas estações conversoras). 
  
Estudo de desempenho dinâmico (Dynamic Performance) 
3.2.4.1.  Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes preliminares, é estável para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os 
modos de operação disponíveis.  
3.2.4.2.  O estudo deve também demonstrar que os requisitos relacionados ao tempo de recuperação do elo CC, após a aplicação de defeito e aqueles relacionados à minimização da ocorrência de 
falhas de comutação, foram atendidos. 
3.2.4.3.  O estudo tem por finalidade secundária identificar as ressonâncias, em frequências de baixa ordem, que possam demandar a utilização de filtros adicionais para atender aos padrões de 
desempenho harmônico definidos no Submódulo 2.8. 
3.2.4.4.  As avaliações devem compreender bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na linha de transmissão CC e início/eliminação de faltas na linha de transmissão CA. Os resultados 
permitem avaliar o envelope de sobretensões temporárias às quais ficam sujeitas as estações conversoras. 
3.2.4.5.  Considera-se como dados de entrada: os resultados do estudo que definiu o circuito principal, a modularização de filtros e a compensação reativa definida nos estudos de balanço de 
potência reativa, os lugares geométricos de impedância harmônica, que representam a rede CA e que resultam no equivalente em frequência, e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível 
com a faixa de potência transmitida. 
3.2.4.6.  A rede CA na etapa de concepção do projeto básico pode ser representada por um equivalente em frequência, localizado na barra terminal da conversora, representando corretamente os 
níveis de curto-circuito e as ressonâncias harmônicas. As simulações devem ser realizadas por uma ferramenta computacional, do tipo PSCAD ou similar, considerando um sistema de controle com 
ajustes preliminares. 
3.2.4.7.  Em caso de utilização de bancos de capacitores e/ou de filtros, o estudo deve demonstrar que a abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais degradadas da rede 
CA, não deve causar falhas de comutação no elo CC. 
3.2.4.8.  Deve ser realizado o detalhamento do estudo de desempenho dinâmico, conforme descrito no item 6.2.9.1. 
 Estudos de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos 
3.2.5.1.  Esse estudo tem por finalidade demonstrar que as válvulas tiristoras e os demais equipamentos em série estão adequadamente dimensionados para suportar as solicitações transitórias 
advindas dos curtos-circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo máximo necessário a sua eliminação, como por exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores conversores.  
3.2.5.2.  No caso de abertura do disjuntor dos transformadores conversores, deve ser avaliado o impacto da falha da abertura do disjuntor pela proteção principal, considerando a abertura pela 
proteção de retaguarda. 
3.2.5.3.  O estudo deve abranger solicitações impostas aos equipamentos conectados à barra CA, aos transformadores conversores, às válvulas de tiristores, aos equipamentos conectados à barra 
CC e aos equipamentos conectados à barra de neutro. 
3.2.5.4.  Devem ser avaliadas as solicitações impostas às conversoras, advindas de faltas aplicadas nos equipamentos localizados na casa de válvulas, incluindo as buchas de parede. 
3.2.5.5.  Considera-se como dados de entrada: o valor da potência de curto-circuito, definida para a aquisição dos disjuntores do pátio CA das subestações terminais, e os parâmetros definidos pelo 
cálculo do circuito principal, principalmente a reatância dos transformadores conversores. 
3.2.5.6.  Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:  
 curto-circuito na válvula; 
 curto-circuito através da ponte de 6 pulsos; 
 curto-circuito através da ponte de 12 pulsos; 
 curto-circuito polo-neutro após o reator de alisamento; 
 curto-circuito polo-terra antes do reator de alisamento; 
 curto-circuito bifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula; 
 curto-circuito trifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula; 
 curto-circuito para a terra:  
(1) no lado CA da válvula na ponte ∆; 
(2) no lado CA da válvula na ponte Y; 
(3) na barra entre as pontes de 6 pulsos; 
(4) no neutro do transformador Y; e 
(5) na conexão ao polo. 
  
Estudo de coordenação de isolamento 
3.2.6.1.  Esse estudo tem por finalidade estabelecer as bases para definição dos níveis de isolamento das conversoras e equipamentos exteriores e a aplicação de para-raios para os pátios CA e CC, 
atendendo aos requisitos estabelecidos Submódulo 2.8. 
3.2.6.2.  As sobretensões nas estações conversoras são causadas por fontes consideradas externas e internas. As fontes externas são as operações de manobra, faltas a terra, eliminação de defeitos, 
descargas atmosféricas, oscilações dinâmicas da rede CA e rejeição de carga, e as fontes internas são as faltas a terra, curto-circuitos e falhas de controle, dentro do escopo de suprimento próprio 
do elo CC. 
3.2.6.3.  O estudo de coordenação de isolamento deve considerar as máximas sobretensões de manobra, bem como as máximas sobretensões produzidas por descargas atmosféricas que possam 
se propagar até os equipamentos. 
3.2.6.4.  Devem ser consideradas as configurações do elo CC e topologias das redes CA advindas de todos os modos de operação definidos Submódulo 2.8, bem como definir os níveis de isolamento 
para os pátios CA e CC, a quantidade e a localização de todos os para-raios, e as respectivas correntes de coordenação e capacidade de dissipação de energia. 
3.2.6.5.  Considera-se como dados de entrada: os valores de tensão máxima de operação CC e CA, o valor da tensão ideal CC em vazio por conversor de 6 pulsos (Udio nominal e Udio máxima 
possível considerando os limitadores e os erros de medida), a relação de transformação dos transformadores conversores, a faixa de tapes dos transformadores conversores, os degraus de cada 
tape, a reatância de comutação (dx) e as correntes CC (nominal e máxima incluindo sobrecarga se houver) definidas no cálculo do circuito principal. 
3.2.6.6.  O relatório com os resultados do estudo deve apresentar as seguintes informações: 
 dados de todos os para-raios, incluindo as curvas de descarga máxima e mínima (8x20 µs, 30x60 µs, frente íngreme etc.); 
 número de colunas e a capacidade de dissipação de energia; 
 níveis de proteção e a respectiva corrente para frente íngreme (STIPL-kV, ISTIPL-kA); 
 impulso de manobra (SIPL-kV, ISIPL-kA); 
 impulso atmosférico (LIPL-kV, ILIPL-kA); e 
 nível adotado para o disparo protetivo (PF). 
3.2.6.7.  O relatório deve ainda explicitar em uma tabela, a margem de proteção utilizada para cada para-raio, apresentando os valores de SIPL, LIPL e os valores de suportabilidade a impulso 
atmosférico (LIWL) e suportabilidade a impulso de manobra (SIWL). 
3.2.6.8.  Os para-raios dos filtros devem ser objeto de dimensionamento, podendo ser apresentado em relatório a parte. 
  
Estudos de desempenho dos filtros CA 
3.2.7.1.  O estudo deve observar o atendimento aos requisitos apresentados no Submódulo 2.8, com o objetivo de garantir o desempenho harmônico adequado do projeto de filtros, respeitando 
os limites de distorção harmônica individual e total, estabelecidos no Submódulo 2.9. 
3.2.7.2.  Considera-se como dados de entrada: a modularização dos filtros e bancos de capacitores definidos pelo estudo de balanço de reativos e os resultados dos estudos de dimensionamento 
do circuito principal. 
3.2.7.3.  O relatório comos resultados do estudo deve apresentar os valores máximos das correntes harmônicas geradas pelas conversoras, para toda a faixa possível de sua operação, e todos os 
envelopes de impedâncias harmônicas utilizados para o dimensionamento dos filtros. 

                            

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