DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil

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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
 
 
3.2.7.4.  Todas as premissas  e a forma de tratamento, determinístico ou estatístico, utilizadas no estudo devem ser apresentadas no relatório, tais como as modelagens de carga, os ângulos de 
disparo das válvulas, a faixa operativa de tensões CA, os níveis de corrente CC, as tolerâncias de fabricação dos transformadores conversores, a atensão de sequência negativa,  faixa de tapes dos 
transformadores conversores, as tolerâncias de qualquer tipo, os erros de medição, dentre outras. 
 Estudos de definição de rating dos filtros CA e da compensação reativa 
5.2.8.1. Considerações gerais 
3.2.8.1.1.   
Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA, em regime permanente e transitório, está adequado, considerando o rating de regime 
permanente disposto no Submódulo 2.8. 
3.2.8.1.2.   
Neste estudo devem ser atendidos todos os requisitos, condições operativas e configurações de rede externa relacionados no Submódulo 2.8. 
3.2.8.1.3.   
Os relatórios com os resultados do estudo devem apresentar, para o rating de regime permanente e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada 
elemento que compõe o equipamento (ratings de corrente e tensão). 
5.2.8.2. Regime permanente  
3.2.8.2.1.   
O estudo deve demonstrar que os elementos dos filtros (reatores, resistores e capacitores) e da compensação reativa manobrável foram dimensionados para suportar as máximas 
correntes e tensões harmônicas possíveis. 
3.2.8.2.2.   
Deve ser demonstrado que os filtros não são desligados pelas proteções de overrating (sobrecarga), durante condições operativas normais e de contingências simples da rede externa 
na primeira vizinhança das conversoras, com um filtro de cada tipo fora de operação. 
3.2.8.2.3.   
Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as dessintonias possíveis, incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações 
de frequência da rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste, perda de elementos capacitivos, etc. 
3.2.8.2.4.   
Para avaliar as ressonâncias entre filtros, devem ser consideradas dessintonias opostas entre eles. 
5.2.8.3. 
Regime transitório 
3.2.8.3.1.   
O estudo deve demonstrar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as sobretensões e sobrecorrentes advindas de condições transitórias, incluindo entre outras:  
 início e eliminação de curtos-circuitos na conversora, com bloqueio das válvulas durante o curto-circuito; e 
 energização dos transformadores conversores com fluxo residual, e de outros transformadores próximos. 
5.2.8.4. 
Estudos de desempenho dos filtros CC 
3.2.8.4.1.   
Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CC atende ao disposto no Submódulo 2.8. 
5.2.8.5. 
Estudos de definição de rating dos filtros CC 
3.2.8.5.1.   
Esse estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CC atende ao disposto Submódulo 2.8. 
3.2.8.5.2.   
Deve ser apresentado o estudo de dimensionamento, em regime permanente e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto (ratings de corrente e tensão) para 
cada elemento (reatores, resistores e capacitores). 
3.2.8.5.3.   
O estudo deve também demonstrar que os filtros CC estão dimensionados para suportar as sobretensões e sobrecorrentes transitórias mais severas às quais possam vir a ser 
submetidos. 
 Otimização do circuito principal, das interações CA/CC e testes 
5.2.9.1. 
Estudos de desempenho em regime permanente, transitório e dinâmico do elo CC  
3.2.9.1.1.   
Este estudo trata do detalhamento do estudo de desempenho dinâmico, executado durante a etapa de concepção. Tem a finalidade de identificar todos os parâmetros necessários à 
otimização do sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos para desempenho em regime permanente e após aplicação e eliminação dos defeitos CA e CC, no sentido de 
minimizar possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA. 
3.2.9.1.2.   
Considera-se como dados de entrada: os resultados dos estudos que definiram o circuito principal, a modularização de filtros, a compensação reativa definida nos estudos de balanço 
de potência reativa, os lugares geométricos de impedância harmônica que representam a rede CA e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível com a faixa de potência transmitida. 
3.2.9.1.3.   
Os estudos devem demonstrar que o controle projetado é adequado para todas as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis e 
que os requisitos estabelecidos no Submódulo 2.8 foram atendidos, principalmente aqueles relacionados ao tempo de recuperação do elo CC e à minimização da ocorrência de falhas de comutação. 
3.2.9.1.4.   
Deve também ser demonstrado que, em regime permanente, não ocorre redução da potência transmitida na troca do modo de operação de potência constante para corrente 
constante, desde que o sistema CA esteja operando acima do limite de potência de curto-circuito mínima previamente estabelecido. 
3.2.9.1.5.   
A rede CA deve ser representada de forma detalhada, de modo que qualquer equivalente utilizado, mesmo o equivalente em frequência, fique eletricamente afastado das subestações 
conversoras e represente corretamente os níveis de curto-circuito e as ressonâncias harmônicas. O controle deve ser representado de forma detalhada e deve corresponder ao sistema de controle 
a ser implementado. 
3.2.9.1.6.   
O estudo deve contemplar as diversas situações que podem ocorrer no sistema, incluindo instabilidade transitória, instabilidade dinâmica, instabilidade de tensão e instabilidade 
harmônica. 
3.2.9.1.7.   
Deve também avaliar a modulação de potência ativa e reativa do elo CC para estabilizar o sistema CA para o controle de frequência, variações rápidas de potência, etc. 
3.2.9.1.8.   
Deve também identificar as medidas necessárias para evitar interações indevidas entre os controles do elo CC e os controles dos equipamentos eletricamente próximos, tais como, 
outros elos CC, back-to-back convencionais ou CCC, CER ou Statcom e entre elos CC e conversoras VSC. 
3.2.9.1.9.   
Os estudos devem ser realizados com os programas usualmente utilizados no SIN: ANAREDE (fluxo de potência), ANATEM (estabilidade eletromecânica), PSCAD e/ou ATP (transitórios 
eletromagnéticos). 
3.2.9.1.10.   Caso os estudos tenham sido realizados por meio do PSCAD, a transmissora deve ainda entregar ao ONS também para o programa ATP, até o início dos estudos pré-operacionais, um 
modelo detalhado do elo CC, incluindo todos os controles. Este modelo deve ser acompanhado pelo manual correspondente e pelos testes de validação executados confrontados com os resultados 
obtidos pelo Simulador CC. 
5.2.9.2.  Estudo de oscilações sub-síncronas  
3.2.9.2.1.   
Esse estudo tem por finalidade determinar eventuais requisitos de controle que devam ser incorporados ao controle dos sistemas HVDC, para evitar que a interação entre as 
conversoras e os equipamentos do sistema CA sujeitem unidades geradoras conectadas a barras CA próximas a esforços torcionais elevados. 
3.2.9.2.2.   
Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de transitórios eletromagnéticos (ATP ou PSCAD), considerando a representação completa da máquina, 
com o eixo do conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa-mola.  
3.2.9.2.3.   
Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da frequência (modelo linearizado ou não do eixo turbina-gerador). 
3.2.9.2.4.   
Os modelos utilizados, devidamente aferidos e documentados, devem ser disponibilizados ao ONS. 
5.2.9.3. 
Estudos para definição das características dos equipamentos do lado CA  
3.2.9.3.1.   
Esse estudo tem por finalidade definir as características dos equipamentos do pátio CA da subestação conversora, incluindo disjuntores e transformadores conversores. 
3.2.9.3.2.   
Esse estudo compreende todos os estudos de manobra dos equipamentos do pátio CA, incluindo energização dos transformadores conversores e TRT de disjuntores de linhas e de 
equipamentos do pátio CA, e envolvem também os estudos de energização das linhas do pátio CA e os religamentos monopolares e tripolares. 
3.2.9.3.3.   
As simulações devem ser realizadas na ferramenta ATP. 
5.2.9.4. 
Estudos das proteções das conversoras e da linha de transmissão CC 
3.2.9.4.1.   
Esse estudo tem por finalidade definir a coordenação das proteções CC e CA e identificar as interações com os controles das conversoras. 
5.2.9.5.  Estudos para definição das malhas de terra das subestações conversoras e dos eletrodos de terra  
3.2.9.5.1.   
Esse estudo tem por finalidade demonstrar que não existirão problemas de gradientes de potencial, de tensões de passo e de toque, corrosão de estruturas metálicas, de oleodutos 
ou ferrovias, etc. 
3.2.9.5.2.   
Os estudos devem identificar a possibilidade de existência de corrente contínua circulando pelo neutro dos transformadores conversores ou de outros transformadores e indicar, se 
for o caso, as soluções necessárias para mitigar este problema, como por exemplo, a necessidade de utilização de isolamento galvânico no neutro do transformador ou a alteração da execução do 
eletrodo. 
3.2.9.5.3.   
Considera-se como dados de entrada:  os resultados das medições efetuadas. 
5.2.9.6. 
 Estudos complementares e testes de comprovação 
3.2.9.6.1.   
Os seguintes estudos complementares e os correspondentes testes de comprovação devem ser realizados pelo agente de transmissão: 
 estudos de interferência em sistemas de comunicação por onda portadora (PLC); 
 estudo de rádio-interferência (RI) e de ruído audível; 
 estudos de interferências TVI, microondas, VHF e UHF, incluindo sistemas de navegação aérea na proximidade de aeroportos;  
 estudos de confiabilidade e disponibilidade; 
 estudos de perdas e eficiência; e 
 
estudos de coordenação das proteções. 
5.3. 
Estudos de transitórios eletromagnéticos 
3.3.1.  As premissas e os critérios para realização destes estudos se encontram nos itens 2.5 e 2.6. 
6. 
PREMISSAS E CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA ESTUDOS PRÉ-OPERACIONAIS 
6.1. 
Premissas para sistemas CA 
4.1.1.  Para estudos pré-operacionais, as eventuais limitações decorrentes de características dos equipamentos devem ser informadas pelos agentes. Esses estudos devem levar em conta os ajustes 
de proteção dos equipamentos informados pelos agentes. Pode-se, assim, avaliar a necessidade da definição de restrições operativas ou de SEP. 
6.2. 
Premissas para sistemas CC 
4.2.1.  Os estudos pré-operacionais associados à entrada em operação de novos elos CC devem ser realizados com uma base de dados devidamente atualizada e consolidada.  
4.2.2.  Esses estudos devem determinar a máxima potência passível de ser transmitida nas diversas etapas de implementação do projeto CC, considerando as eventuais configurações intermediárias 
do sistema CA no qual ele será inserido, até que atinja a sua configuração final. 

                            

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