DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
Figura 7 – Apuração do ID7
(b)
objetivo: fornecer uma medida das deficiências de reserva de potência das áreas de controle quando submetidas a impactos do tipo perturbação.
7.2.3.9.
Índice de desempenho 8 (ID8):
(a)
conceituação: integral no tempo do produto do ECA pelo tempo, conforme Equação (23).
(23) 𝐼𝐷8 = ∫ 𝑡 .𝐸𝐶𝐴 𝑑𝑡
(b)
objetivo: fornecer uma medida da efetividade do controle no desempenho dinâmico do sistema por meio da penalização de forma crescente dos erros persistentes.
(1) Semelhantemente ao índice ID5, o ID8 pondera o erro no tempo, porém o faz sem tomar o ECA em valor absoluto.
7.2.3.10.
Índice de desempenho 9 (ID9):
(a)
conceituação: integral no tempo do erro quadrático da frequência, conforme Equação (24).
(24) 𝐼𝐷9 = ∫ 𝛥𝑓2 𝑑𝑡
(b)
objetivo: penalizar o erro de frequência independentemente de seu sinal, de modo a impedir o cancelamento de erros de controle da frequência de sinais contrários ao longo do tempo.
7.2.3.11.
Índice de desempenho 10 (ID10):
(a)
conceituação: integral no tempo do ECA quadrático, conforme Equação (25).
(25) 𝐼𝐷10 = ∫𝐸𝐶𝐴2 𝑑𝑡
(b)
objetivo: penalizar o erro independentemente de seu sinal, de modo a impedir o cancelamento de ECA de sinais contrários ao longo do tempo.
7.3. Estudos de recomposição do sistema
Premissas gerais
5.3.1.1. Os estudos de recomposição definem os procedimentos operacionais para o restabelecimento do sistema após perturbação geral ou parcial e são de responsabilidade do ONS, com
anuência dos agentes envolvidos.
5.3.1.2. Os estudos de recomposição estabelecem, para os corredores preferenciais do SIN, os procedimentos a serem observados pela operação das usinas e subestações quando do
restabelecimento da rede de forma fluente ou coordenada com os centros de operação do sistema.
5.3.1.3. A recomposição da malha principal do SIN deve se processar em duas fases: fluente e coordenada.
5.3.1.4. Na fase fluente, as seguintes condições devem ser consideradas:
as áreas geoelétricas de recomposição devem estar totalmente desenergizadas;
deve-se iniciar a recomposição por meio das usinas de autorrestabelecimento (usinas com black start);
os procedimentos operacionais previamente definidos devem permitir a recomposição de áreas geoeletricamente definidas, com o balanço adequado entre carga e geração em uma configuração
mínima de rede, para evitar desvios de tensão e frequência e atuações indevidas das proteções;
as usinas térmicas não são consideradas como fontes de restabelecimento do SIN; porém, sempre que tecnicamente viável, devem possuir esquemas de ilhamento que preservem uma parcela do
sistema estável após grandes distúrbios;
deve ser atendida a maior parcela possível do montante máximo de carga prioritária pré-definido; deve-se levar em consideração a condição de carga pesada para garantir a viabilidade da
recomposição em qualquer horário, obedecendo as condições especificadas no item 8.3.2.
5.3.1.5. Concluída a fase fluente da recomposição, novas medidas devem ser tomadas no sentido de restabelecer os montantes adicionais de carga para trazer o SIN à sua configuração pré-
distúrbio, sem colocar em risco a estabilidade do sistema.
5.3.1.6. A recomposição coordenada só deve ter início após a verificação dos seguintes requisitos:
ausência de sobrecargas em equipamentos da área considerada;
estabilização da frequência;
níveis de tensão compatíveis com a configuração da área geoelétrica, associados aos montantes de tomada de carga prioritária pré-estabelecidos; e
o processo de recomposição volta a ser coordenado no caso de um impedimento no processo fluente preferencial.
5.3.1.7. Os estudos de recomposição são elaborados e atualizados levando em conta os seguintes aspectos:
deve haver sempre um equilíbrio entre carga e geração das áreas das usinas de autorrestabelecimento que fazem parte da malha principal do SIN;
devem-se definir os limites de tensão e disponibilizar blocos de carga em patamares seguros;
devem-se, sempre que possível, além do procedimento prioritário de recomposição, prever alternativas para situações de indisponibilidade de equipamentos que comprometam os procedimentos
das áreas de recomposição; e
devem-se reavaliar os procedimentos operacionais em função da entrada em operação de novos equipamentos ou de alterações na topologia da rede.
5.3.1.8. Os dados para realização dos estudos de recomposição do sistema devem ser obtidos a partir do banco de dados do ONS e das informações complementares dos agentes para os estudos
de fluxo de potência, estabilidade eletromecânica e transitórios eletromagnéticos.
5.3.1.9. As ferramentas computacionais utilizadas nesses estudos – Modelo para análise de redes em regime permanente, Modelo para análise de estabilidade eletromecânica e Modelo para
análise de transitórios eletromagnéticos – estão apresentadas no documento de metodologia deste submódulo.
Estudos em regime permanente
5.3.2.1. Os estudos de regime permanente são feitos para analisar as condições do sistema nas diversas etapas e configurações da recomposição, verificando os perfis de tensão, os carregamentos
em equipamentos e a capacidade das unidades geradoras do sistema nas situações pré-manobra e pós manobra, de acordo com os seguintes critérios:
as cargas devem ser representadas conforme item 2.2.1.1;
disponibilidade inicial de geração:
o montante de carga tomado fluentemente não pode exceder a referida disponibilidade inicial de potência ativa em cada área geoelétrica.
como critério geral, a disponibilidade inicial de geração deve considerar para cada usina de autorrestabelecimento que uma das unidades geradoras esteja em manutenção (n-1, onde n é o número
de unidades geradoras da usina), ou que haja um número mínimo de unidades geradoras sincronizadas (nmín).
o número mínimo de unidades geradoras (nmín) é definido a partir de estudos elétricos, com o intuito de evitar a ocorrência de autoexcitação quando de rejeição de carga para determinadas
condições críticas de rede, ou em função da sensibilidade dos ajustes da proteção;
para (n-1) unidades geradoras ou para o número mínimo de unidades geradoras (nmín) disponíveis nas usinas de autorrestabelecimento, o valor da potência inicialmente disponível é obtido a partir
da Equação (26) ou (27):
(26) Pdisp = 0,8 x (n-1) x Pn
(27) Pdisp = 0,8 x nmin x Pn
sendo,
Pn: potência nominal ou efetivamente disponível por unidade geradora (MW); e
Pdisp: potência total inicialmente disponibilizada pela usina (MW).
para áreas geoelétricas com mais de uma usina de autorrestabelecimento que participe da recomposição na fase fluente, a potência total inicialmente disponibilizada na referida área é a soma das
potências disponibilizadas em cada uma das usinas participantes do processo de recomposição;
controle de tensão nas áreas geoelétricas durante a fase fluente da recomposição:
(1) Para serem obtidos os níveis de tensão adequados nos barramentos do sistema, devem ser utilizados os recursos disponíveis para fornecimento de potência reativa pelas usinas, reatores shunt e
tomadas de cargas necessárias.
(i)
os recursos de capacitores shunt e/ou compensadores síncronos ou estáticos não são considerados para o controle de tensão durante o processo de recomposição fluente, exceto nos casos definidos
nas instruções operativas.
(2) A disponibilidade de fornecimento de potência reativa pelas usinas para controle de tensão na fase fluente é obtida a partir da curva de capacidade das unidades geradoras;
(i)
o número de unidades geradoras a ser considerado é o que fornece a potência ativa inicialmente disponibilizada, conforme item 8.3.2.1(a).
(ii) a disponibilidade de fornecimento de potência reativa pelas usinas, juntamente com as características de impedância da configuração mínima da área geoelétrica considerada, permite determinar
o limite de carga prioritária a ser atendido, em função do controle de tensão na fase fluente.
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