DOU 21/02/2025 - Diário Oficial da União - Brasil

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Nº 37, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
 
5.2.2.  Geração/absorção de potência reativa: na conexão da central geradora às instalações sob responsabilidade de agente de transmissão, as centrais geradoras devem propiciar os recursos 
necessários para, em regime permanente, operar com fator de potência indutivo ou capacitivo em qualquer ponto da área indicada na Figura 6. 
 
Figura 6 - Faixa de geração/absorção de potência reativa no ponto de conexão da central geradora  
5.2.2.1.  A potência ativa máxima a ser considerada como referência na Figura 4 é o Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST) contratado no respectivo ponto de conexão, conforme o 
Submódulo 8.1 – Administração dos Contratos. 
5.2.2.2.  Para a adoção de recursos de geração/absorção de potência reativa pelos aerogeradores ou inversores, deve ser utilizada a curva de capabilidade (P x Q) fornecida pelo fabricante do 
equipamento referente à temperatura igual ou superior à média anual das máximas diárias na localidade onde será implantado o empreendimento de geração, no período de máxima geração de 
potência ativa pela central geradora. 
5.2.2.3.  Nas condições em que os geradores não estejam produzindo potência ativa, a central de geração eólica ou fotovoltaica deve ter recursos de controle para propiciar injeção/absorção de 
potência reativa nula no ponto de conexão, como indicado na Figura 6. 
5.2.3.  A central geradora deve ser capaz de operar em três modos distintos de controle de potência reativa: 
(a) controle de tensão; 
(b) controle de potência reativa; e 
(c) controle de fator de potência. 
5.2.3.1.  O modo de controle de potência reativa normal é o modo de controle de tensão, sendo que o barramento de referência do controle é, preferencialmente, o barramento de alta tensão da 
subestação coletora ou conforme definido no Parecer de Acesso, visando contribuir com a manutenção do perfil de tensão do sistema dentro das faixas aceitáveis em condições normais ou de 
emergência.  
5.2.3.2.  Em função das necessidades do sistema, a central geradora pode ser solicitada pelo ONS a operar no modo de controle de potência reativa ou no modo de controle de fator de potência 
no seu ponto de conexão às instalações sob responsabilidade do agente de transmissão ou distribuição, em quaisquer dos pontos indicados no item 5.2.2.  
5.2.3.3.  Quando operando em modo de controle de tensão, a central de geração deve ser capaz de prover controle contínuo da tensão no barramento de referência do controle com: 
(a) tensão de referência ajustável de acordo com a faixa de regime normal de operação conforme critério de tensão admissível entre fases a 60 Hz estabelecido no Submódulo 2.3; e 
(b) e 
statismo (droop) ajustável numa faixa entre 0 e 7%, com valor padrão de 2%, na base da potência reativa nominal da central geradora (com uma resolução de 0,5%), obtida com potência ativa 
nominal e fator de potência igual a 0,95. O valor do estatismo pode ser reajustado dentro da faixa acima nos Estudos Pré-Operacionais. 
5.2.3.3.1.   
A Figura 7 indica esquematicamente o perfil de controle de tensão da central geradora.  
  
Figura 7 - Perfil do controle de tensão da central geradora. 
5.2.3.3.2.   
Para uma variação em degrau na tensão do barramento de referência, o controle transitório de tensão da central deve responder de acordo com os seguintes critérios mínimos, 
ilustrados na Figura 8 e na Tabela 1: 
 
Figura 8 - Tempo de resposta do controle de tensão da central geradora. 
Tabela 1 – Requisito de desempenho dinâmico do controle de tensão 
Parâmetro 
Valor padrão 
Valor 
mínimo 
Valor 
máximo 
Tempo de reação 
É o tempo necessário para início da resposta do controle de tensão após a variação em degrau na tensão do 
barramento de referência do controle. 
0,2 s 
- 
0,2 s 
Tempo de resposta 
É o tempo necessário para que a potência reativa atinja 90% do valor final, para uma variação de tensão que 
implique em excursão de potência reativa de um valor inicial até o valor máximo ou até valor mínimo da 
central indicados Figura 6. 
10 s 
- 
10 s 
Tempo de 
estabilização 
É o tempo necessário para a potência reativa no ponto de conexão permanecer acima de 95% e abaixo de 
105% de seu valor final. 
20 s 
- 
20 s 
 

                            

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