DOEAM 27/03/2025 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Manaus, quinta-feira, 27 de março de 2025
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O
programa ‘Alta Oportuna’, da Secretaria
de Estado de Saúde (SES-AM), atendeu,
desde o início do ano, 1.766 crianças em
prontos-socorros infantis de Manaus, liberadas
para tratamento em casa, recebendo o kit com
as medicações necessárias e com retorno já pré-
-agendado para acompanhamento. A ‘alta mé-
dica responsável’ é concedida nos casos em que
a equipe identifi ca que o paciente pode conti-
nuar sendo tratado em casa, sem necessidade
de internação.
Um dos objetivos da alta oportuna, conforme
explica a secretária da SES-AM, Nayara Maksoud,
é reduzir o impacto nos prontos-socorros infantis,
no período do inverno amazônico, quando au-
mentam os casos de Síndrome Respiratória Agu-
da Grave (Srag), no Amazonas.
“Estamos assegurando o tratamento completo
delas no hospital e após a alta médica. De acordo
com a prescrição médica e um protocolo muito
bem elaborado por uma equipe multidisciplinar,
nenhuma mãe sai com seu fi lho do hospital sem a
garantia do tratamento completo da equipe que
o assistiu e sem receber os medicamentos neces-
sários”, afi rma a secretária.
Lançado pelo Governo do ano passado, o pro-
grama também evita a reinternação, quando pa-
ciente, ao não dar sequência no tratamento em
casa, após a alta hospitalar, precisa retornar ao
pronto-socorro.
Os Hospitais e Prontos-Socorros da Criança
(HPSC) Zona Sul, Zona Oeste e Zona Leste (João-
zinho) estão adotando o procedimento, já com
bons resultados, este ano. Além do kit com as me-
dicações necessárias, os pacientes também saem
das unidades com consulta pré-agendada para
acompanhamento nos Centros de Atenção Inte-
gral à Criança (CAICs). “Entregamos o antitérmico,
o anti congestionante e antibióticos com a pres-
crição médica na receita. Ainda garantimos que,
após a conclusão do tratamento, a criança já te-
nha sua consulta de acompanhamento”, detalha a
secretária Nayara Maksoud.
Avaliação médica
Vonivaldo Araújo comemorou a alta hospitalar
do fi lho Heitor, de seis anos, internado no ‘João-
zinho’ para tratamento de pneumonia. “A gente
tem que agradecer a equipe médica, que se em-
penhou bastante. Agradecer, porque foi um exce-
lente atendimento. A gente vai continuar o trata-
mento em casa. Temos que focar no tratamento
dele”, disse.
No momento da alta de Heitor, Vonivaldo, assim
como os demais pais e responsáveis de pacientes,
recebeu orientação quanto à importância de dar
continuidade ao tratamento da criança em casa,
para que ela não precise voltar a ser internada.
A diretora do ‘Joãozinho’, Alessandra Santos,
destaca que, antes da liberação hospitalar, a crian-
ça passa por uma avaliação médica completa e
criteriosa, para garantir que esteja estável o sufi -
ciente para receber alta e que todas as questões
médicas tenham sido abordadas. A diretora infor-
mou que o “Alta Oportuna” possibilita abrir mais
leitos para crianças com casos mais graves.
“Em tempos de SRAGs, nossa taxa de ocupa-
ção fi ca em torno de 95%, por isso, precisamos,
realmente, adotar estratégias para reduzir essa
pressão e atender a todos que buscam atendi-
mento”, afi rmou.
O médico pediatra do HPSC ‘Joãozinho’, Carlos
Aires, destacou que, além de garantir o tratamen-
to completo em casa, o “Alta Oportuna” ajuda a fa-
mília no aspecto econômico. “Na hora que eles re-
cebem a medicação, facilita para que mantenham
o tratamento. Muitas vezes, quando não se dispõe
dessa possibilidade, o paciente acaba voltando,
por não ter condições de comprar os remédios.
Esse programa diminui bastante o retorno do pa-
ciente à unidade”, pontuou.
Nathalie Brasil / SES-AM
Programa Alta Oportuna reduz pressão sobre prontos-
socorros infantis no período de Síndromes Respiratórias
Mais de 1,7 mil crianças foram
atendidas, desde o início do
ano, incluindo medicação
completa e retorno pré-
agendado
A ‘alta médica
responsável’ é
concedida nos
casos em que a
equipe identifi ca
que o paciente
pode continuar
sendo tratado
em casa
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO
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