DOU 29/04/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 80, terça-feira, 29 de abril de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
CAPÍTULO III
DA TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS DE INVESTIMENTOS PARA
ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Art. 27. Fica autorizada a execução de recursos de emendas individuais para
aquisição
de
veículos,
construção
de estabelecimentos
de
saúde
e
aquisição de
equipamentos e materiais permanentes no âmbito do SUS, para as seguintes ações:
I - aquisição de veículos para transporte de pacientes no âmbito do SAMU 192,
destinados à expansão/ampliação e renovação de frota;
II - construção de Centro de Atenção Psicossocial - CAPS;
III - construção de Centros Especializados em Reabilitação - CER;
IV - construção de Centros de Parto Normal - CPN;
V - construção de Centrais de Regulação das Urgências - CRU;
VI - construção de Oficina Ortopédica;
VII - construção de Unidade de Acolhimento - UA;
VIII - aquisição de equipamentos para média e alta complexidade na atenção
especializada de acordo com as ofertas de cuidado integrado, vinculado ao PMAE;
IX - aquisição de equipamentos para média e alta complexidade na atenção
especializada ao pré-natal, parto e nascimento, vinculada à Rede Alyne; e
X - aquisição de equipamentos para atenção especializada.
Art. 28. Para fins de ampliação e expansão de frota, nos termos dispostos no
art. 27, inciso I, a proposta deverá ser cadastrada, e acompanhada dos seguintes
documentos:
I - deliberação CIB, especificando o Município, o tipo de unidade (Unidade de
Suporte Avançado - USA ou Unidade de Suporte Básico - USB), a quantidade de unidades
móveis solicitadas e a qual Central de Regulação das Urgências - CRU estará vinculada;
II - Termo de Compromisso do coordenador da CRU, no qual aceita regular o
novo serviço e informa seu respectivo território de abrangência para atendimento;
III - Termo de compromisso com os serviços de emplacamento e seguro dos
veículos; e
IV - detalhamento técnico justificando a necessidade do município em questão
de passar a integrar o SAMU 192, contendo as informações que comprovem a melhoria do
tempo-resposta absoluto da região de cobertura da Central de Regulação das Urgências
em relação à base descentralizada e o georreferenciamento, considerando as distâncias
entre base, CRU e serviços de referência.
Art. 29. Para fins de renovação de frota, conforme análise técnica da
Coordenação-Geral de Urgência, a substituição ocorrerá somente para unidades móveis:
I - regularmente habilitadas pelo Ministério da Saúde e ativas no CNES;
II - com produção regular registrada no SIA; e
III - que não estejam com suspensão de recursos publicada ou processos de
suspensão/desabilitação em tramitação para publicação.
§ 1º Apenas poderão ser renovadas as unidades móveis cujo veículo tenha
idade de, no mínimo, cinco anos, contados da habilitação ou da última renovação.
§ 2º Após aquisição da ambulância, o gestor local fica obrigado a comunicar à
Coordenação-Geral de Urgência quanto à atualização do respectivo CNES, sob pena de
suspensão do custeio mensal, conforme determinam, respectivamente, os arts. 7 e 16, da
Portaria SAS/MS nº 288, de 12 de março de 2018.
Art. 30. As emendas individuais de que tratam este Capítulo deverão onerar a
funcional
programática 10.302.5118.8535
-
Estruturação
da Unidades
de
Atenção
Especializada em Saúde, GND 4, na modalidade de aplicação 31 ou 41.
CAPÍTULO IV
DA TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS DE INVESTIMENTO PARA
FINANCIAMENTO DO TRANSPORTE SANITÁRIO ELETIVO DESTINADO AO DESLOCAMENTO
DE USUÁRIOS PARA REALIZAR PROCEDIMENTOS DE CARÁTER ELETIVO NO ÂMBITO DO
SUS
Art. 31. Fica autorizada a execução de recursos de emendas individuais para
aquisição de veículos destinados à implantação do transporte sanitário eletivo, para o
deslocamento de usuários para realizar procedimentos de caráter eletivo no âmbito do
SUS.
Art. 32. O transporte sanitário eletivo coletivo observará as seguintes
condições:
I - deve ser utilizado em situações previsíveis de atenção programada, com a
realização de procedimentos regulados e agendados, sem urgência, realizado por veículos
tipo lotação, conforme especificação disponível no Sistema de Informação e
Gerenciamento de Equipamentos e Materiais Permanentes Financiáveis para o SUS -
SIGEM;
II - destina-se à população usuária que demanda serviços de saúde e que não
apresentam risco de vida, necessidade de recursos assistenciais durante o deslocamento
ou de transporte em decúbito horizontal; e
III - aplica-se ao deslocamento programado no próprio município de residência
ou em outro município nas regiões de saúde de referência, conforme pactuação.
Art. 33. As emendas individuais a que se refere este Capítulo deverão compor
projetos técnicos de implantação do transporte sanitário coletivo para o deslocamento de
usuários para realizar procedimentos de caráter eletivo no âmbito do SUS, inseridos em
políticas estaduais, municipais e do Distrito Federal de sistemas de transporte em saúde e
previstos no planejamento regional integrado, conforme estabelecido no art. 30, da Lei
Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012.
Parágrafo único. Os gestores municipais e estaduais deverão observar a
elaboração dos projetos técnicos, considerando as diretrizes do transporte sanitário eletivo
destinado ao deslocamento de usuários para realizar procedimentos de caráter eletivo no
âmbito SUS, conforme Resolução CIT nº 13, de 23 de fevereiro de 2017.
Art. 34. O gestor do fundo de saúde estadual, do Distrito Federal ou municipal
informará o quantitativo de veículos necessários, conforme o projeto técnico elaborado e
aprovado pela CIB, observadas as seguintes condições:
I - o quantitativo de veículos descrito no projeto técnico compreende o
conjunto de veículos necessários ao cumprimento da programação efetiva de transporte e
é definido pela estimativa de assentos/dia por município e pela tipologia de veículos
disponíveis no SIGEM; e
II - a metodologia de cálculo para estimar a necessidade de assentos/dia por
município e Distrito Federal deverá considerar os parâmetros de planejamento e
programação estabelecidos de acordo com as realidades epidemiológicas e de oferta de
serviços e previstos no planejamento, Programação Anual de Saúde e pactuação no âmbito
das respectivas CIB.
Art. 35. As emendas individuais de que tratam este Capítulo deverão onerar a
funcional programática 10.301.5119.8581 - Estruturação da Rede de Serviços de Atenção
Primária à Saúde, GND 4, na modalidade de aplicação 31 ou 41.
Art. 36. A análise, a aprovação e a execução da proposta de projeto ocorrerão
nos termos do Capítulo I, do Título VII, da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28
de setembro de 2017, observados os seguintes trâmites e condições:
I - a proposta de projeto cadastrada será analisada pela Coordenação-Geral de
Programação de Financiamento da Atenção Primária, no âmbito de suas competências;
II - a existência de uma estrutura de regulação do acesso à atenção à saúde é
pré-requisito para a implantação do transporte sanitário eletivo de usuários para realizar
procedimentos de caráter eletivo no âmbito do SUS;
III - a inserção da Resolução da CIB, que aprovou o projeto técnico de
transporte sanitário eletivo destinado ao deslocamento de usuários para realizar
procedimentos de caráter eletivo no âmbito do SUS, em consonância com o artigo 4º da
Resolução CIT nº 13, de 23 de fevereiro de 2017;
IV - os gestores deverão obedecer ao prazo mínimo de três anos para aquisição
de novos veículos, para os municípios que já receberam recursos e já atingiram o número
máximo de veículos por município; e
V - a inclusão de justificativa demonstrando a necessidade do transporte
eletivo de pacientes, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) municípios beneficiados, público-alvo, municípios de referência; e
b) parâmetros aplicados para dimensionar a programação de transporte e
necessidade de assentos/dia por município e número de veículos.
Parágrafo único. A Resolução da CIB, de que trata o inciso III, do caput, deve
ter sido aprovada nos últimos seis meses antes da apresentação do projeto.
CAPÍTULO V
DA TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA AÇÕES DE VIGILÂNCIA
DE ARBOVIROSES NO ÂMBITO DO SUS
Art. 37. Fica autorizada a execução de recursos de emendas individuais no
âmbito da vigilância, prevenção e controle de arboviroses, de relevância para a saúde
pública no SUS, para as seguintes ações:
I - aquisição de equipamentos e material permanente voltados à vigilância
epidemiológica, entomológica e para o controle e combate de arboviroses e seus
vetores;
II - incremento temporário ao custeio para o fortalecimento das ações de
vigilância das arboviroses para o cumprimento de metas; e
III - aquisição de veículo para viabilização das ações de vigilância entomológica
das arboviroses.
Art. 38. Para a análise e a aprovação das propostas voltadas para o
fortalecimento da vigilância das arboviroses, devem ser apresentados, por parte da
entidade proponente, texto justificativo que contenha, no mínimo:
I - área de abrangência (município, região ou consórcio) e população atendida
que serão impactadas pela implementação do objeto da proposta;
II - diagnóstico situacional (informações entomológicos e epidemiológicos das
arboviroses);
III - demais ações de controle vetorial voltadas para vigilância e prevenção das
arboviroses executadas atualmente no município;
IV - ações propostas de educação em saúde, mobilização social e articulação
intersetorial, elencando as metodologias de abordagem que serão realizadas no município;
e
V - declaração contendo a anuência do gestor municipal ou estadual acerca da
execução do projeto.
§ 1º As atividades desenvolvidas no âmbito dos projetos submetidos não
deverão se sobrepor às competências e atribuições de cada ente federado do SUS,
conforme disposto na Seção I, do Capítulo II, do Anexo III, da Portaria de Consolidação nº
4, de 28 de setembro de 2017, e no Capítulo III, da Lei 8.080, de 19 de setembro de
1990.
§ 2º Durante a execução do projeto, a Secretaria de Vigilância em Saúde e
Ambiente poderá, a qualquer tempo, promover visitas técnicas ou solicitar informações
adicionais visando ao monitoramento e à avaliação do projeto.
§ 3º As ações de monitoramento e avaliação terão caráter preventivo e
saneador, objetivando o acompanhamento da execução física do projeto.
§ 4º As instituições responsáveis pelos projetos deverão apresentar relatórios
de cumprimento do objeto periodicamente.
Art. 39. As emendas individuais referidas neste Capítulo deverão onerar a
funcional programática 10.305.5123.20YJ - Fortalecimento do Sistema Nacional de
Vigilância em Saúde e Ambiente, GND 3 e 4, na modalidade de aplicação 31, 41, 50 e
90.
CAPÍTULO VI
DA TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS FINANCEIROS DE ESTRUTURAÇÃO PARA AS
UNIDADES DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES NO ÂMBITO DO SUS
Art. 40. Fica autorizada a execução de recursos de emendas individuais no
âmbito da vigilância, prevenção e controle de zoonoses e de acidentes causados por
animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública no SUS, para as
seguintes ações:
I - construção, reforma e ampliação de Unidade de Vigilância de Zoonoses -
UVZ;
II - equipamentos e material permanente; e
III - serviços e materiais de consumo.
Art. 41. Para o recebimento dos recursos visando à reforma, à ampliação ou à
aquisição de equipamentos, é necessário que as UVZ possuam cadastro no CNES, conforme
subtipo e tipo constante na Portaria SAS/MS nº 758, de 26 de agosto de 2014.
Art. 42. Para o financiamento de construção, reforma e ampliação de UVZ, as
estruturas físicas dessas unidades deverão observar o Manual de Normas Técnicas para
Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses, disponível no portal do
Ministério da Saúde.
§ 1º O porte da unidade deve ser definido em função do tamanho da
população a ser atendida na área geográfica de atuação (região ou município).
§ 2º O número máximo de UVZ a ser financiado nos termos deste Capítulo, por
município e Distrito Federal, será determinado de acordo com o número de habitantes
estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, na seguinte forma:
I - até 30.000 (trinta mil) habitantes: 1 (uma) Unidade de Vigilância de
Zoonoses do tipo Canil 1;
II - 30.001 (trinta mil e um) a 70.000 (setenta mil) habitantes: 1 (uma) Unidade
de Vigilância de Zoonoses do tipo Canil 2;
III - 70.001 (setenta mil e um) a 200.000 (duzentos mil) habitantes: 1 (uma)
Unidade de Vigilância de Zoonose do tipo UVZ 1;
IV - 200.001 (duzentos mil e um) a 600.000 (seiscentos mil) habitantes: 1 (uma)
Unidade de Vigilância de Zoonoses do tipo UVZ 2; e
V - acima de 600.000 (seiscentos mil) habitantes: 1 (uma) Unidade de Vigilância
de Zoonoses do tipo UVZ 3.
Art. 43. Para a análise e a aprovação das propostas de construção, reforma e
ampliação de UVZ, devem ser apresentados, por parte da entidade proponente:
a) localização do terreno onde será construída a UVZ e respectivo comprovante
de titularidade dele;
b) descrição das atividades a serem desenvolvidas relativas a cada ambiente;
c) relação funcional entre os blocos e os ambientes;
d) estudo preliminar (planta térreo), assinado pelo arquiteto, com seu Registro
de Responsabilidade Técnica - RRT;
e) cronograma físico;
f) descrição das soluções adotadas
relativas aos aspectos sanitários e
ambientais, entre as quais abastecimento e reservatório de água, tratamento e disposição
final de esgotos sanitários, depósito, coleta e destino final de resíduos sólidos;
g) declaração assinada pelo gestor local que demonstre que o município se
compromete em arcar com as despesas de estruturação da referida unidade, para seu
pleno funcionamento; e
h) declaração assinada pelo gestor local que demonstre que o município dispõe
de recursos humanos capacitados e em número suficiente para execução das ações a
serem desenvolvidas na UVZ, conforme quantidades mínimas previstas no Manual de
Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses, disponível
no sítio eletrônico do Ministério da Saúde.
Art. 44. As especificações dos equipamentos e mobiliário dos ambientes físicos
das UVZ passíveis de financiamento são as constantes no SIGEM, disponível no portal do
Fundo Nacional de Saúde.
§ 1º Para as análise e aprovação das propostas de aquisição de equipamentos
e materiais permanentes, o proponente deve apresentar no plano de trabalho:
I - declaração assinada pelo gestor municipal que demonstre que o município
se compromete em arcar com as despesas de manutenção e dos insumos necessários para
o funcionamento dos equipamentos financiados; e
II
-
declaração assinada
pelo
gestor
municipal
que demonstre
que
o
equipamento será destinado a uma unidade de vigilância de zoonoses e que conste o
número do cadastro da referida unidade no CNES.
§ 2º Os quantitativos dos equipamentos e material permanente a serem
financiados devem ser compatíveis com ambientes físicos das UVZ, conforme disposto no
Manual de Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses,
disponível no portal do Ministério da Saúde.
Art. 45. As emendas individuais referidas neste Capítulo deverão onerar a
funcional programática 10.305.5123.20YJ - Fortalecimento do Sistema Nacional de Vigilância
em Saúde e Ambiente, GND 3 e 4, na modalidade de aplicação 30, 31, 41 e 90.
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