DOU 19/05/2025 - Diário Oficial da União - Brasil

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36
Nº 92, segunda-feira, 19 de maio de 2025
ISSN 1677-7069
Seção 3
partir de 01 de janeiro de 2025, observada a planilha de custo e formação de preços
constante nos autos do processo supracitado, na data base da categoria, firmada na
convenção coletiva de trabalho 2025 - SINDILIMPE-ES, na previsão contratual disposta
na cláusula sexta, do contrato nº 08/2023. Vigência: 02/08/2023 a 02/08/2025. Valor
Total Atualizado do Contrato: R$ 715.132,08. Data de Assinatura: 16/05/2025.
(COMPRASNET 4.0 - 16/05/2025).
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FA R R O U P I L H A
EXTRATO DE ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA
Extrato de Acordo de Cooperação Técnica - Processo nº 23081.007033/2025-90 Partícipes:
Instituto Federal Farroupilha - IFFar e Universidade Federal de Santa Maria - UFSM CNPJ's:
10.662.072/0001-58 e 95.591.764/0001-05 Fundamento Legal: Art. 93-A, inciso II da Lei n°
8.112/90, combinado com o art. 26-A da Lei n° 11.091/2005 e Lei nº 14.133/2021.
Vigência: 2 (dois) anos, a contar da data da publicação. Objeto: Constitui o objeto deste
instrumento estabelecer cooperação mútua entre as Instituições, no que diz respeito à
colaboração que será prestada pelo servidor Luciano Schons Trevisan, matrícula SIAPE nº
1844202, ocupante do cargo de docente, lotado no IFFar - campus Júlio de Castilhos, para
prestação de colaboração técnica junto a UFSM, para o projeto o qual tem por objetivos
o desenvolvimento de Materiais Didáticos Personalizados em Eletrônica, Simulações e
Programação Computacional. Signatários: Nídia Heringer (Reitora do IFFar) e Martha Bohrer
Adaime (Vice-Reitora da UFSM)
ANEXO
PLANO DE TRABALHO - ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA - SERVIDORES
. .1 DA D O S C A DA S T R A I S
. .1.1 U FS M
. .Nome:
U N I V E R S I DA D E FEDERAL DE SANTA MARIA
.C . N . P . J.
95.591.764/0001-05
. .Endereço:
C I DA D E UNIVERSITÁRIA P R O F. "JOSÉ MARIANO DA ROCHA FILHO", AV . RORAIMA N.
1000, BA I R R O CAMOBI
. .Cidade:
SANTA MARIA
.UF:
RS
.CEP
97105-900
.D D D / Fo n e / Fa x
(55)32208101
.Esf. Administrativa
FEDERAL
. .Nome do Dirigente da Entidade Proponente:
Martha Bohrer Adaime
.C.P.F. do Dirigente:
402.523.610-91
. .RG / Órgão Expedidor
1016806612 - SSP/RS
.Cargo:
P R O F. TIT.
.Função:
VICE-REITORA
.Matrícula no SIAPE:
379536
. .1.2 CO N V E N E N T E
. .Nome:
INSTITUTO FEDERAL DE E D U C AÇ ÃO, CIÊNCIA E
T EC N O LO G I A FA R R O U P I L H A
.C . N . P . J.
10.662.072.0001-58
. .Endereço:
A L A M E DA S A N T I AG O DO CHILE - 195, BA I R R O NOSSA SRA . DA S D O R ES
. .
.
.
.
.
. .Cidade
Santa Maria
.UF:
RS
.CEP
97050-685
.D D D / Fo n e / Fa x
(55)32189802
.Esf. Administrativa
FEDERAL
. .Nome do Dirigente da Entidade:
Nidia Heringer
.C.P.F. do Dirigente:
695.585.230-20
. .RG / Órgão Expedidor
7043703367/ SSP
.Função:
REITORA
. .2 D ES C R I Ç ÃO DO ACO R D O DE CO O P E R AÇ ÃO T ÉC N I C A
. .2.1 T Í T U LO
. .Acordo de Cooperação Técnica de Servidor entre a UFSM e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Farroupilha - IFFar - Campus Júlio de Castilhos.
. .2.1.1 INÍCIO: fevereiro de 2025
. .2.1.2 TÉRMINO: fevereiro de 2027
. .2.2 OBJETO
. .O presente projeto visa elaborar materiais didáticos personalizados que permitam aos alunos superar déficits de
aprendizagem das séries anteriores, promovendo um processo de ensino adaptativo e eficaz.
. .2.3 OBJETIVOS
. .Coletar dados relevantes sobre o desempenho e dificuldades dos alunos;Analisar os dados coletados para
identificar padrões e dificuldades específicas;
Mapear o perfil detalhado de cada aluno e do grupo;Destacar potencialidades e desafios de cada
aluno e do grupo;Contextualizar o perfil de cada aluno dentro do curso considerando o conteúdo
estudado;Definir as necessidades específicas para o desenvolvimento de materiais didáticos
personalizados.
2.4 JUSTIFICATIVA
Existe uma corrente de pensamento que discute o despreparo e a dificuldade de
abstração de conceitos complexos, especialmente nas áreas de ciências exatas, entre
alunos ingressantes no ensino médio e, particularmente, em cursos técnicos.Um dos
problemas enfrentados por esses alunos decorre de lacunas formativas que surgem no
ensino fundamental e das dificuldades em se adaptar às exigências de um novo nível de
ensino. Essas lacunas podem impactar diretamente o desempenho acadêmico dos
estudantes, especialmente nas áreas de exatas, onde a abstração e o pensamento crítico
se tornam cada vez mais exigidos. Segundo Silva e Rodrigues (2022), muitos estudantes
chegam ao ensino médio sem a base necessária em disciplinas fundamentais, o que
prejudica a compreensão de conteúdos mais avançados e complexos, gerando
desmotivação e até abandono. Essa observação reforça o que constatou o estudo de
Nascimento e Oliveira (2021), que revelou como a falta de uma transição estruturada e
de estratégias pedagógicas de suporte afeta o desenvolvimento cognitivo e
socioemocional dos jovens ao se depararem com as novas demandas do ensino médio,
que exigem maior autonomia e habilidades críticas.Esses estudos são exemplos que
evidenciam a necessidade de estratégias pedagógicas que considerem essas dificuldades
e promovam uma formação mais integrada e inclusiva para os estudantes do ensino
médio e técnico.Motivar a aprendizagem significativa é uma estratégia eficaz para
enfrentar as dificuldades de abstração e compreensão de conceitos complexos em cursos
técnicos
integrados
ao
ensino
médio.
Uma ferramenta
poderosa
para
isso
é
o
conhecimento tácito do professor, isto é, o saber construído a partir de sua experiência
prática ao longo da carreira, antes e durante sua atuação como docente. Esse
conhecimento permite ao professor contextualizar conteúdos complexos e conectá-los à
realidade dos futuros profissionais, funcionando como um catalisador que torna o
conteúdo científico mais acessível e relevante para os estudantes. Dessa forma, promove
um aprendizado significativo e contribui para uma formação integral dos alunos.O
conhecimento
tácito
do professor
nos
temas
que
trabalha
é essencial
para
a
compreensão e a aplicação de conceitos, pois possibilita fazer a relação do conteúdo
abstrato com situações práticas facilitando o entendimento dos alunos (POLANYI, 1966).
Essa prática quando colima com o conhecimento prévio do aluno vai ao encontro da
teoria da aprendizagem significativa de Ausubel (2003), que destaca a importância de
conectar novos conhecimentos a conceitos previamente conhecidos para facilitar a
assimilação e a retenção dos conteúdos.Mesmo com tantas mudanças no cenário escolar,
estudos recentes ainda apontam a eficácia dessaabordagem. Para Oliveira e Silva (2022),
o conhecimento tácito dos professores pode ser uma ferramenta valiosa para abordar os
conteúdos de áreas técnicas de forma a superar as dificuldades dos alunos em abstrair
e compreender teorias complexas. Segundo os autores, a capacidade do professor de
traduzir o conhecimento científico em exemplos e práticas próximas ao cotidiano dos
alunos contribui para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.Outro
estudo realizado por Gomes e outros (2021) em escolas técnicas do Brasil evidenciou que
professores que utilizam estratégias baseadas em seu conhecimento tácito conseguem
engajar mais os alunos, quando as práticas pedagógicas são associadas a situações reais
que relacionam o cotidiano profissional com a sala de aula, facilitando o processo de
ensino-aprendizagem e ajudando os estudantes a desenvolver uma compreensão mais
profunda dos conceitos, o que é essencial para cursos que preparam o indivíduo para o
mercado de trabalho. Estudos sobre educação técnica e integrada sugerem que esse tipo
de abordagem, ao envolver o professor como mediador de significados práticos e
teóricos, contribui para a formação integral dos alunos e para o desenvolvimento de
habilidades de pensamento crítico.Essas constatações tornam imperativo identificar
afinidades e pontos importantes no perfil dos alunos que ingressam em cursos técnicos.
Além disso, é fundamental mapear seus déficits e carências de aprendizagem para
destacar aspectos que possibilitem sua superação e promovam uma aprendizagem
significativa. Essa aprendizagem pode ser alcançada através de recursos didáticos
variados, como circuitos eletrônicos (implementados em hardware ou simulados) que
demonstram a aplicação prática dos conceitos, roteiros de experimentação e programas
de computador, entre outras opções. Esses recursos têm como objetivo nivelar o
conhecimento dos alunos, reduzir obstáculos e, assim, diminuir o índice de evasão nos
cursos.
2.4.1 METODOLOGIA
Para identificar afinidades, conhecimentos prévios específicos e pontos relevantes no
perfil dos alunos, bem como mapear seus déficits e carências de aprendizagem, é
essencial desenvolver uma metodologia robusta que leve em consideração tanto
aspectos qualitativos quanto quantitativos do ambiente educacional. Neste contexto,
propõe-se um conjunto de técnicas que visam categorizar e analisar as necessidades e
potencialidades dos alunos.A primeira etapa consiste na aplicação de questionários
diagnósticos
para
identificar
o
nível de
conhecimento
prévio
dos
alunos.
Esses
questionários serão elaborados a partir dos conteúdos a serem trabalhados, e os alunos
responderão sobre o grau de familiaridade com cada tópico. A proposta é aplicar
instrumentos que contenham tanto perguntas objetivas quanto abertas, permitindo a
triangulação dos dados obtidos (GIL, 2019).Ao lado dos questionários os alunos serão
observados em duas atividades em sala de aula, com anotações sendo feitas sobre o
comportamento, suas reações às atividades propostas e interações com o conteúdo
(LAKATOS; MARCONI, 2017). Esse método fornecerá indícios sobre os interesses,
preferências e dificuldades dos alunos.A observação participante como explica May
(2001) pode ser o recurso metodológico que melhor resultados entregará nesse
contexto, pois permite uma imersão profunda nas práticas e vivências da sala de aula,
colocando o "observador" em uma nova perspectiva. Isso possibilita que o observador
adote a ótica dos alunos, acompanhando-os de forma mais próxima e realizando
interações constantes nas atividades. Essa abordagem facilita a decodificação do
vocabulário, dos símbolos e das reações dos alunos, aproximando-se da forma como eles
próprios experimentam a dinâmica da sala de aula.Outra forma de identificar os pontos
onde apresentam maior dificuldade e as habilidades adquiridas ao longo do itinerário
discente é mediante a análise de produções realizadas pelos alunos nos anos anteriores
ao ingresso no curso. Assim serão solicitadas provas e redações que podem fornecer
uma perspectiva histórica do desempenho do aluno, ajudando a identificar padrões
recorrentes de déficits e competências adquiridas (LUCKESI, 2011).Os dados coletados
serão analisados de forma descritiva, organizando-os em categorias que facilitem a
compreensão dos perfis dos alunos (MINAYO, 2007). A ideia é que se crie um perfil
individual e coletivo de cada turma, permitindo identificar as necessidades comuns e
particulares de aprendizagem.Para o mapeamento dos déficits de aprendizagem, serão
utilizadas tabelas e relatórios para classificar e agrupar os déficits em categorias,
facilitando identificar as necessidades e potencialidades de cada grupo. Seguindo essa
abordagem, a execução do projeto pode ser sistematizada em três fases principais,
descritas a seguir:
2.4.4.1 Fase 1: Coleta e Análise de Dados
A primeira fase consiste na coleta e análise de dados, com o objetivo de identificar tanto
as potencialidades quanto as defasagens dos alunos. Esta etapa envolve o uso de
questionários diagnósticos, observação participante e análise das produções acadêmicas
dos alunos, possibilitando a criação de um perfil detalhado de cada aluno e do grupo
como um todo. Uma característica importante desta fase é a capacidade de gerar perfis
individuais que possibilitem a tomada de ações imediatas, ainda dentro do bimestre
corrente, sem precisar aguardar o início da Fase 3. Esta fase é repetida bimestralmente,
permitindo um aprimoramento constante do perfil do grupo, garantindo que esteja
sempre em alinhamento com o conteúdo estudado naquele momento.
2.4.1.1 Fase 2: Elaboração dos Materiais Didáticos Personalizados
A Fase 2 tem início no bimestre subsequente à análise realizada na Fase 1 e consiste na
elaboração dos materiais didáticos personalizados, que serão adaptados para atender às
necessidades e dificuldades identificadas dos grupos de alunos. O desenvolvimento
desses materiais é feito de forma criteriosa para garantir que cada grupo de alunos
possa ter acesso a conteúdo ajustados ao seu nível de compreensão e às suas
especificidades de aprendizagem. Ao final do primeiro período letivo, os materiais
personalizados estarão prontos para serem utilizados.
2.4.4.1 Fase 3: Implementação dos Materiais e Reinício do Ciclo
A Fase 3 se inicia no período letivo subsequente, com a aplicação dos materiais didáticos
personalizados em sala de aula. Nesta fase, busca-se verificar a eficácia dos materiais
produzidos e promover a consolidação dos conhecimentos por parte dos alunos.
Paralelamente, é dado início à repetição do ciclo, retornando-se à Fase 1, para realizar
novas coletas e análises de dados. Este ciclo contínuo visa manter o processo de
aprendizagem dinâmico, garantindo a atualização contínua dos perfis dos alunos e a
adaptação dos materiais conforme as necessidades identificadas ao longo do ano
letivo.
2.4.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUSUBEL, David Paul. The Acquisition and Retention of Knowledge: A Cognitive View.
Dordrecht: Springer. 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. Atlas. São Paulo. 2019.
GOMES, Ricardo; LIMA, Paulo; SOUZA, Mariana. O Papel do Conhecimento Tácito no
Ensino Técnico Profissionalizante: Um Estudo de Caso em Escolas Técnicas Brasileiras.
Revista Brasileira de Educação Profissional, v. 27, n. 3, p. 112-125, 2021.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de
dados. 8. ed. Atlas. São Paulo. 2017.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 22. ed. Cortez. São Paulo. 2011. MAY,
T. Pesquisa social. Questões, métodos e processos. Artemed. Porto Alegre. 2001.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed.
Hucitec. São Paulo. 2007.
NASCIMENTO, Carlos; OLIVEIRA, Maria. Transição e Desafios no Ensino Médio: Um Olhar
sobre as Lacunas Educacionais no Brasil. Revista Brasileira de Educação, v. 26, n. 3, p.
101-116, 2021.
OLIVEIRA, Amanda; SILVA, João. Conhecimento Tácito e Estratégias de Aprendizagem
Significativa no Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio. Educação & Formação, v. 7,
n. 14, p. 45-60, 2022.
POLANYI, Michael. The Tacit Dimension. Garden City, NY: Doubleday, 1966.
SILVA, João; RODRIGUES, Ana. Dificuldades na Base Formativa e o Impacto no Ensino
Médio: Um Estudo sobre o Desempenho Acadêmico nas Escolas Públicas. Educação em
Perspectiva, v. 10, n. 2, p. 223-238, 2022.

                            

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