DOU 10/10/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 194, sexta-feira, 10 de outubro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
Do Fluxo de Caixa, Retorno sobre Investimentos e Capacidade de Captar Recursos
[CONFIDENCIAL] / [RESTRITO]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
.P5
P1 - P5
Fluxo de Caixa
.A. Fluxo de Caixa
.100,0
.(50,3)
.46,7
.(56,8)
.38,8
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.-
.(150,3%)
.192,8%
.(221,6%)
.168,4%
(61,2%)
Retorno sobre Investimento
.B. Lucro Líquido
.100,0
.266,9
.173,8
.126,7
.121,1
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.-
.166,9%
.(34,9%)
.(27,1%)
.(4,4%)
+ 21,0%
.C. Ativo Total
.100,0
.126,9
.111,5
.103,5
.106,8
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.-
.26,9%
.(12,1%)
.(7,3%)
.3,2%
+ 6,8%
.D. Retorno sobre Investimento Total (ROI)
.100,0
.210,4
.155,7
.122,4
.113,5
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
[ CO N F I D E N C I A L ]
Capacidade de Captar Recursos
.E. Índice de Liquidez Geral (ILG)
.(100,0)
.(125,0)
.(155,0)
.(170,0)
.(150,0)
.Variação
.-
.(22,7%)
.(23,3%)
.(9,4%)
.10,1%
(48,8%)
.F. Índice de Liquidez Corrente (ILC)
.(100,0)
.(125,0)
.(160,0)
.(150,0)
.(135,0)
.Variação
.-
.(24,1%)
.(27,9%)
.6,0%
.10,4%
(33,7%)
Obs.: ROI = Lucro Líquido / Ativo Total; ILC = Ativo Circulante / Passivo Circulante;
ILG = (Ativo Circulante + Ativo Realizável Longo Prazo)/(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
196. Observou-se uma volatilidade do fluxo de caixa, que alternou entre crescimento e retração ao longo dos períodos sob análise, resultando em uma queda de 61,2% entre
P1 e P5.
197. Quanto ao retorno sobre investimento, verificou-se um crescimento de [CONFIDENCIAL] p.p. no início da série (entre P1 e P2) e queda nos demais períodos, consolidando
um crescimento de [CONFIDENCIAL] p.p. para todo o período (entre P1 e P5).
198. O índice de liquidez geral (ILG) apresentou oscilações, acumulando queda de 48,8% de P1 a P5. Já o índice de liquidez corrente também oscilou ao longo do período, tendo
apresentado queda acumulada de 33,7% de P1 a P5.
6.1.2.4. Do crescimento da indústria doméstica
199. As vendas internas da indústria doméstica aumentaram 40,8% de P1 a P5. Ao longo desse período, observou-se retração em P4, relativamente a P3, de 8,6%. Todos os
demais períodos registraram aumentos, sendo que a indústria doméstica obteve o seu melhor resultado em P3, quando foram vendidas [RESTRITO] t.
200. Já o mercado brasileiro registrou expansão de 70,4% em P5, relativamente a P1. Ao longo dos intervalos, o mercado brasileiro aumentou em todos os períodos,
comparativamente ao período anterior, à exceção de P4, quando diminuiu 17,7% em relação a P3. Em P3, o mercado brasileiro registrou o maior volume, com [RESTRITO] t.
201. A participação da indústria doméstica no mercado brasileiro, em contrapartida, aumentou apenas de P3 para P4, quando aumentou [RESTRITO] p.p. Este aumento, contudo,
não foi suficiente para neutralizar a perda de participação da indústria doméstica no mercado brasileiro, a qual diminuiu em todos os demais intervalos, tendo decrescido [RESTRITO] p.p.
em P5, comparativamente a P1.
202. Diante da evolução dos indicadores acima apresentados, conclui-se que a indústria doméstica teve crescimento ao longo do período de análise de dano em termos absolutos,
embora tenha apresentado retração em termos relativos ao mercado brasileiro.
6.1.3. Dos fatores que afetam os preços domésticos
6.1.3.1. Dos custos e da relação custo/preço
203. A tabela a seguir apresenta o custo de produção unitário e a relação entre custo e preço associados à fabricação do produto similar pela indústria doméstica, ao longo do
período de análise.
Dos Custos e da Relação Custo/Preço
[CONFIDENCIAL] / [RESTRITO]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
.P5
P1 - P5
Custos de Produção (em R$/t)
.Custo de Produção (em R$/t)
{A + B}
.100,0
.97,5
.112,8
.109,6
.95,6
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.-
.(2,5%)
.15,8%
.(2,9%)
.(12,8%)
(4,5%)
.A. Custos Variáveis
.100,0
.102,8
.121,1
.115,4
.98,1
[ CO N F I D E N C I A L ]
.A1. Matéria Prima
.100,0
.109,8
.132,5
.122,7
.99,1
[ CO N F I D E N C I A L ]
.A2. Outros Insumos
.100,0
.40,1
.24,7
.30,7
.29,5
[ CO N F I D E N C I A L ]
.A3. Utilidades
.100,0
.55,1
.54,0
.58,7
.63,6
[ CO N F I D E N C I A L ]
.A4. Outros Custos Variáveis
.100,0
.85,6
.81,2
.117,9
.162,7
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B. Custos Fixos
.100,0
.67,8
.66,2
.76,4
.81,0
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B1. Mão de Obra Indireta
.100,0
.385,4
.414,4
.475,5
.491,7
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B2. Mão de Obra Direta
.100,0
.16,6
.15,0
.15,8
.16,6
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B3. Serviços Gerais e Outros
.100,0
.69,9
.72,6
.106,1
.114,2
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B4. Depreciação
.100,0
.58,4
.45,6
.41,2
.43,6
[ CO N F I D E N C I A L ]
.B5. Manutenção
.100,0
.72,6
.69,1
.77,0
.88,8
[ CO N F I D E N C I A L ]
Custo Unitário (em R$/t) e Relação Custo/Preço (%)
.C.
Custo
de
Produção
Unitário
.100,0
.97,5
.112,8
.109,6
.95,6
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.-
.(2,5%)
.15,8%
.(2,9%)
.(12,8%)
(4,5%)
.D. Preço no Mercado Interno
.100,0
.109,1
.130,7
.121,8
.98,6
[ R ES T R I T O ]
.Variação
.-
.9,1%
.19,8%
.(6,9%)
.(19,0%)
(1,4%)
.E. Relação Custo / Preço
{C/D}
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
[ CO N F I D E N C I A L ]
.Variação
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
.[ CO N F I D E N C I A L ]
[ CO N F I D E N C I A L ]
204. O custo de produção unitário apresentou queda em quase todos os períodos analisados, com exceção do período entre P2 e P3, em que registrou alta de 15,8%. Porém,
considerando todo o período de P1 a P5, esse indicador teve queda de 4,5%, refletindo a queda acumulada dos demais intervalos, correspondentes a 2,5% de P1 para P2, 2,9% de P3 para
P4 e 12,8% de P4 para P5. Os componentes que mais reduziram no período foram [CONFIDENCIAL].
205. O preço unitário no mercado interno cresceu até P3 e passou a cair nos intervalos seguintes, até P5, resultando em queda de 1,4% ao longo do período analisado (entre
P1 e P5). Diante das variações no custo de produção unitário e no preço, a relação entre esses indicadores caiu nos dois primeiros intervalos e cresceu nos dois últimos, porém acabou
totalizando em queda de [CONFIDENCIAL] p.p. entre P1 e P5.
6.1.3.2. Da comparação entre o preço do produto sob análise e o similar nacional
206. O efeito das importações a preços com indícios de dumping sobre os preços da indústria doméstica deve ser avaliado sob três aspectos, conforme disposto no § 2º do art.
30 do Decreto nº 8.058, de 2013. Inicialmente deve ser verificada a existência de subcotação significativa do preço do produto importado a preços com indícios de dumping em relação ao
produto similar no Brasil, ou seja, se o preço internado do produto sob investigação é inferior ao preço do produto brasileiro. Em seguida, examina-se eventual depressão de preço, isto
é, se o preço do produto importado teve o efeito de rebaixar significativamente o preço da indústria doméstica. O último aspecto a ser analisado é a supressão de preço. Esta ocorre quando
as importações investigadas impedem, de forma relevante, o aumento de preços, devido ao aumento de custos, que ocorreria na ausência de tais importações.
207. A fim de se comparar o preço dos fios de aço importados das origens investigadas com o preço médio de venda da indústria doméstica no mercado interno, procedeu-se
ao cálculo do preço CIF internado dos produtos importados dessas origens no mercado brasileiro. Já o preço de venda da indústria doméstica no mercado interno foi obtido pela razão entre
a receita líquida, em reais atualizados, e a quantidade vendida, em toneladas, no mercado interno durante o período de investigação de indícios de dano.
208. Para o cálculo dos preços internados no Brasil dos produtos importados da Espanha, do Egito e da Malásia, foram considerados os valores totais de importação dos produtos
objetos da investigação, na condição CIF, em reais, obtidos dos dados brasileiros de importação, fornecidos pela RFB. A esses valores foram somados: a) o Imposto de Importação (II),
considerando-se os valores efetivamente recolhidos; b) o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), aplicando-se o percentual de 25% sobre o frete marítimo e,
a partir de 7 de janeiro de 2022, por força da Lei nº 14.301/2022, o percentual de 8%, tendo sido, para tanto, considerada a data de desembaraço das declarações de importação constantes
dos dados oficiais de importação; e c) os valores unitários das despesas de internação, considerando-se o percentual de 3,0% sobre o valor CIF.
209. Cumpre registrar que foi levado em consideração que o AFRMM não incide sobre determinadas operações de importação, como, por exemplo, aquela via transporte aéreo,
as destinadas à Zona Franca de Manaus e as realizadas ao amparo do regime especial de drawback.
210. Por fim, dividiu-se cada valor total supramencionado pelo volume total de importações objeto da investigação, a fim de se obter o valor por tonelada de cada uma dessas
rubricas e se realizou o somatório das rubricas unitárias, chegando-se ao preço CIF internado das importações investigadas.
211. Os preços internados dos produtos das origens investigadas, assim obtidos, foram atualizados com base no IPA-OG-Produtos Industriais, a fim de se obterem os valores em
reais atualizados e compará-los com os preços da indústria doméstica.
212. A tabela a seguir demonstra os cálculos efetuados e os valores de subcotação obtidos para cada período de investigação de indícios de dano.
Preço médio CIF internado e subcotação - Espanha, Egito e Malásia
[ R ES T R I T O ]
.
.P1
.P2
.P3
.P4
P5
.Preço CIF (R$/t)
.100,0
.143,9
.210,5
.152,0
125,7
.Imposto de Importação (R$/t)
.100,0
.143,9
.178,8
.120,2
69,8
.AFRMM (25% e 8%) (R$/t)
.100,0
.207,2
.134,8
.151,3
71,0
.Despesas de internação (R$/t) [3%]
.100,0
.143,9
.210,5
.152,0
125,7
.CIF Internado (R$/t)
.100,0
.144,4
.206,7
.148,7
119,5
.CIF Internado atualizado (R$/t) (A)
.100,0
.107,0
.133,3
.98,3
79,9
.Preço da Indústria Doméstica (R$/t) (B)
.100,0
.109,1
.130,7
.121,8
98,6
.Subcotação (B-A)
.100,0
.306,5
.(118,2)
.2.379,1
1.895,8
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