DOU 06/11/2025 - Diário Oficial da União - Brasil
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Nº 212, quinta-feira, 6 de novembro de 2025
ISSN 1677-7042
Seção 1
CIRCULAR Nº 87, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2025
A SECRETÁRIA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MINISTÉRIO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS, nos termos do Acordo sobre a Implementação do Art.
VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994, aprovado pelo Decreto
Legislativo no 30, de 15 de dezembro de 1994 e promulgado pelo Decreto no 1.355, de 30
de dezembro de 1994, de acordo com o disposto no § 5o do art. 65 do Decreto no 8.058,
de 26 de julho de 2013, e tendo em vista o que consta dos Processos de Defesa Comercial
SEI nos 19972.000156/2025-98 restrito e 19972.000155/2025-43 confidencial do
Departamento de Defesa Comercial - DECOM desta Secretaria, referentes à revisão da
medida antidumping de que trata a Resolução CAMEX nº 63, de 23 de junho de 2020,
publicada em 25 de junho de 2020, aplicada às importações brasileiras de vidros de
segurança para uso em eletrodomésticos de refrigeração - vidros para linha fria,
comumente classificadas no subitem 7007.19.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul -
NCM, originárias da China, decide:
1. Tornar públicos os prazos que servirão de parâmetro para o restante da
referida revisão, iniciada pela Circular SECEX no 47, de 24 de junho de 2025:
.Disposição
legal
-
Decreto no 8.058, de
2013
.Prazos
Datas previstas
.art.59
.Encerramento da
fase probatória
da
revisão
6 de março de 2026
.art. 60
.Encerramento da fase de manifestação
sobre
os
dados
e
as
informações
constantes dos autos
30 de março de 2026
.art. 61
.Divulgação da nota técnica contendo os
fatos essenciais que se encontram em
análise
e
que serão
considerados
na
determinação final
29 de abril de 2026
.art. 62
.Encerramento
do
prazo
para
apresentação das
manifestações finais
pelas partes interessadas e Encerramento
da fase de instrução do processo
19 de maio de 2026
.art. 63
.Expedição, pelo DECOM, do parecer de
determinação final
8 de junho de 2026
2. Prorrogar para doze meses, contado da data de seu início, o prazo para
conclusão da revisão mencionada no caput, iniciada por intermédio da Circular SECEX no
47, de 24 de junho de 2025, publicada no Diário Oficial da União - D.O.U. de 25 de junho
de 2025, nos termos dos arts. 5o e 112 do Decreto no 8.058, de 26 de julho de 2013. De
acordo com o contido no § 2o do art. 112 do Decreto no 8.058, de 2013, as medidas
antidumping de que trata a Resolução CAMEX nº 63, de 2025, permanecerão em vigor, no
curso desta revisão.
TATIANA PRAZERES
SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS
PORTARIA SUFRAMA Nº 2.232, DE 30 DE OUTUBRO DE 2025
Institui
o
Protocolo
Operacional
de
Proteção
Patrimonial, estabelece diretrizes para as ações de
respostas a ocupações irregulares e cria o Comitê
Operacional de Proteção das Áreas da Suframa
( CO P A S ) .
O SUPERINTENDENTE SUBSTITUTO DA SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE
MANAUS - SUFRAMA, no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto-Lei nº 288, de 28 de
fevereiro de 1967, a Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009 (com redação dada pela Lei nº
13.465, de 11 de julho de 2017), a Resolução CAS nº 71, de 2019, o Decreto nº 12.002, de 12 de
maio de 2024, e demais normas aplicáveis, resolve:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Fica instituído, no âmbito da Suframa, o Protocolo Operacional de Proteção
de Áreas, com a finalidade de disciplinar o rito processual, as competências e os procedimentos
administrativos voltados à prevenção e desocupação de áreas sob sua administração que se
encontrem objeto de ocupação irregular.
Art. 2º. Para os fins desta Portaria, considera-se:
I - Ocupação Irregular: toda forma de apossamento, uso ou permanência de
pessoas, edificações ou bens em áreas de propriedade da União sob administração da Suframa,
sem amparo em título jurídico válido ou autorização administrativa regularmente expedida.
II - Desocupação Administrativa: medida de autotutela administrativa, de caráter
compulsório e restaurador da posse pública, pela qual a Suframa, observadas as garantias do
devido processo legal, promove a retirada de ocupantes irregulares e a recomposição da área,
podendo, quando necessário, requisitar apoio das forças de segurança competentes.
CAPÍTULO II
DO COMITÊ OPERACIONAL DE PROTEÇÃO DAS ÁREAS DA SUFRAMA (COPAS)
Seção I - Da Instituição do COPAS
Art. 3º. Fica criado o Comitê Operacional de Proteção das Áreas da Suframa
(COPAS), órgão colegiado de caráter permanente, com a finalidade de coordenar, supervisionar
e deliberar sobre estratégias e medidas destinadas à proteção e desocupação de áreas sob
administração da Autarquia.
Art. 4º. O COPAS terá a seguinte composição:
I - o Superintendente da Suframa, que o presidirá;
II - o Superintendente Adjunto de Projetos (SPR);
III - o Superintendente Adjunto de Administração (SAD);
IV - o Procurador-Chefe da Procuradoria Federal junto à Suframa (PF- Suframa), ou
representante por ele designado;
V - o Coordenador-Geral de Análise de Projetos Industriais (CGPRI);
VI - o Coordenador-Geral de
Análise e Acompanhamento de Projetos
Agropecuários (CGPAG);
VII - o Coordenador de Engenharia, Manutenção Predial e Patrimônio (COEMP).
§1º Os membros previstos nos incisos I a VII serão representados, em suas
ausências ou impedimentos, por seus substitutos legais ou por servidores formalmente
designados da mesma unidade.
§2º O Presidente do Comitê poderá convidar, sem direito a voto, representantes de
outras unidades da Suframa, inclusive CGPRI e CGPAG, bem como de órgãos e entidades
externas, quando a participação for relevante ao esclarecimento técnico, jurídico ou
operacional da matéria.
Art. 5º. Compete ao COPAS:
I - propor as providências estratégicas a serem adotadas em casos de invasão de
áreas sob administração da Suframa;
II - recomendar planos de ação e sugerir as responsabilidades específicas de cada
unidade envolvida para a aprovação do Superintendente;
III - analisar processos sobre ocupação irregular e deliberar sobre a modalidade de
execução cabível (administrativa direta ou judicial);
IV - aprovar plano de ação e propor as responsabilidades específicas de cada
unidade envolvida;V - promover a articulação interinstitucional com órgãos de segurança
pública, fiscalização ambiental, MPF, DPU e demais entidades competentes;
VI - acompanhar a execução
das operações, zelar pela legalidade,
proporcionalidade e eficiência, e requisitar informações às unidades responsáveis;
VII - avaliar relatórios finais de desocupação e propor medidas preventivas para
evitar novas ocupações.
Art. 6º. O COPAS será convocado pelo Presidente sempre que houver processo
plenamente instruído e apto à deliberação, preferencialmente no prazo de até 48 (quarenta e
oito) horas a contar da ciência do fato.
Parágrafo único. As reuniões serão formalizadas em ata circunstanciada, lavrada
pela unidade designada pelo Gabinete, juntada ao processo administrativo correspondente.
Seção II - Da Deliberação Superior
Art. 7º. A deliberação superior constitui a fase decisória do procedimento, cabendo
ao Superintendente, na qualidade de autoridade máxima da Autarquia e Presidente do COPAS,
decidir sobre a realização da desocupação administrativa com base nas deliberações do Comitê
e na manifestação jurídica da Procuradoria Federal junto à Suframa.
Art. 8º. Compete ao Superintendente:
I - presidir as reuniões do COPAS, orientando os trabalhos para a produção de
recomendações estratégicas, claras e exequíveis;
II - analisar as deliberações do COPAS e o parecer da PF-Suframa, decidindo, de
forma fundamentada, pela realização, adiamento ou suspensão da operação;
III - expedir e assinar a Portaria de Desocupação Compulsória e demais atos formais
de sua competência;
IV - promover a articulação institucional com o Poder Judiciário, o Ministério
Público, os órgãos de segurança e demais entes federativos, quando necessário; e
V - avocar, a qualquer tempo e de forma justificada, a prática de atos previstos
neste Protocolo, quando a urgência ou a relevância da situação assim o exigirem.
Parágrafo único. A decisão proferida pelo Superintendente será devidamente
motivada, juntada ao processo administrativo e, quando couber, publicizada no Diário Oficial
da União.
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Seção I - Da Instrução Preliminar
Art. 9º. O procedimento administrativo destinado à proteção das áreas sob
administração da Suframa, quando constatada ocupação irregular, observará, de forma
sequencial e integrada, as seguintes fases:
I - Fase de Instauração e Subsídio Técnico: conduzida pela SPR, por meio de suas
unidades técnicas (a exemplo de CGPRI e CGPAG, conforme a natureza da área),
compreendendo:
a) constatação in loco da ocupação irregular;
b) instauração de processo administrativo específico no SEI;
c) instrução inicial;
d) relatório circunstanciado;
e) matrícula ou documento de dominialidade;
f) planta de locação do imóvel ou croqui;
g) registros fotográficos e audiovisuais;
h) eventuais comunicações ou denúncias recebidas sobre a invasão; e
i) demais elementos técnicos indispensáveis.
II - Fase de Análise Administrativa e Notificação: coordenada pela SPR, consistindo
na verificação da suficiência da instrução técnica, na expedição da Notificação de Desocupação
Voluntária, assegurados o contraditório e a ampla defesa, e no acompanhamento das
diligências realizadas.
III - Fase de Análise Técnica Conclusiva: sob responsabilidade da SPR, com
elaboração de Nota Técnica conclusiva quando esgotado o prazo da notificação sem êxito,
consolidando o diagnóstico técnico-operacional e recomendando, de forma fundamentada, a
medida cabível.
IV - Fase de Análise Jurídica: de competência da PF- Suframa, que emitirá parecer
jurídico sobre legalidade, adequação e proporcionalidade das medidas propostas, inclusive
quanto à escolha entre desocupação administrativa direta ou ajuizamento de ação judicial de
reintegração de posse.
V - Fase de Deliberação Colegiada e Formalização da Decisão: conduzida pelo
COPAS, sob a presidência do Superintendente, compreendendo:
a) análise do processo, à luz da Nota Técnica e das recomendações constantes do
parecer jurídico, se houver;
b) deliberação sobre a modalidade de execução mais adequada (administrativa ou
judicial); e
c) submissão ao Superintendente para assinatura e publicação, da Portaria de
Desocupação Compulsória ou determinação de adoção de medidas judiciais cabíveis.
Seção II - Do Planejamento Operacional
Art. 10. O Planejamento Operacional consiste na tradução das diretrizes
estratégicas aprovadas pelo COPAS em um conjunto ordenado de medidas táticas, logísticas e
jurídicas que viabilizarão a execução da desocupação.
Art. 11. Ao Gabinete da Superintendência compete:
I - convocar reunião emergencial, presidida pelo Superintendente, com as unidades
administrativas competentes (SPR, SAD e PF- Suframa), para deliberar sobre as providências
imediatas, estabelecer o plano de ação e definir as responsabilidades de cada área, devendo
ser lavrada ata circunstanciada de planejamento da operação para fins de registro, controle e
acompanhamento;
II - proceder à expedição de ofícios de ciência aos órgãos de fiscalização ambiental
(SEMA, IPAAM, IBAMA, DEMA) e de segurança pública (Polícia Federal, Polícia Militar e Ronda
Ostensiva Cândido Mariano - ROCAM), comunicando a data e o escopo da operação, conforme
determinado pelo COPAS e pelo Superintendente.
Art. 12. Compete à Superintendência Adjunta de Projetos (SPR), na qualidade de
coordenadora executiva do protocolo.
I - Consolidar o Plano de Ação, detalhando o cronograma, as equipes e as fases da
operação;
II - Promover a articulação institucional com os comandos da Polícia Militar e da
Polícia Federal, apresentando-lhes as necessidades operacionais da medida, a fim de alinhar as
estratégias e viabilizar a elaboração, por parte daquelas corporações, do plano de segurança
específico para a operação;
III - Requisitar formalmente à SAD os recursos logísticos e de infraestrutura
previstos no Plano de Ação; e
IV - Elaborar Nota Técnica conclusiva, consolidando a análise de viabilidade, o
planejamento tático e a proposta de alocação de recursos, para subsidiar a análise do COPAS e
a deliberação final do Superintendente.
Art. 13. Compete à Superintendência Adjunta de Administração - SAD, mediante
solicitação da SPR.
I - providenciar, com base na Ordem de Serviço, todos os recursos logísticos e de
infraestrutura requisitados, incluindo veículos, maquinário e equipes de apoio; e
II - assegurar que os recursos estejam disponíveis e em condições de uso conforme
o cronograma estabelecido no Plano de Ação.
Parágrafo único. A Ordem de Serviço deverá ser formalmente registrada no
processo SEI correspondente, contendo cronograma de execução, designação de responsáveis
e previsão de acompanhamento in loco pelos gestores da SAD.
CAPÍTULO IV
DA FASE PREPARATÓRIA DA DESOCUPAÇÃO
Seção I - Do Procedimento de Notificação Administrativa
Art. 14. A desocupação administrativa será precedida de notificação para
desocupação voluntária, como medida que assegura o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º. A notificação será preferencialmente individual, quando possível a
identificação nominal dos ocupantes, devendo conter, no mínimo:
I - identificação do ocupante e caracterização da área ocupada;
II - menção expressa de tratar-se de bem público sob administração da Suframa,
insuscetível de posse, usucapião ou retenção por particulares;
III - prazo para desocupação voluntária, não inferior a 48 horas;
IV - advertência de que, em caso de descumprimento, será promovida a
desocupação compulsória, com o apoio das forças de segurança competentes;
V - referência às sanções civis, administrativas e penais aplicáveis.
§ 2º. Quando inviável a identificação individual dos ocupantes, conforme relatório
técnico, a Suframa adotará notificação coletiva, mediante:
I - afixação de placa em local de ampla visibilidade, informando tratar-se de bem
público e estabelecendo prazo de desocupação;
II - publicação de edital de notificação coletiva no Diário Oficial da União;
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