DOE 27/02/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
R$
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var. 18/17
CAGR1 18/13
Receita bruta por par
12,54
13,27
14,58
15,18
15,92
16,33
2,6%
5,4%
Mercado interno
12,96
13,60
14,12
15,13
16,67
16,36
(1,9%)
4,8%
Exportação
11,17
12,29
15,91
15,33
13,81
16,22
17,5%
7,7%
Exportação em US$
5,18
5,22
4,78
4,39
4,33
4,44
2,5%
(3,0%)
R$
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var. 18/17
CAGR1 18/13
Lucro básico por ação
0,4807
0,5443
0,6114
0,7034
0,7328
0,6501
(11,3%)
(6,2%)
Lucro diluído por ação
0,4789
0,5431
0,6102
0,7019
0,7306
0,6483
(11,3%)
(6,2%)
Dividendo por ação
0,3328
0,2450
0,3059
0,3895
0,4188
0,3500
(16,5%)
1,0%
Milhões de pares
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var. 18/17
CAGR1 18/13
Volumes
216,2
204,9
180,4
163,6
171,4
173,0
1,0%
(4,4%)
Mercado interno
165,7
152,7
134,5
123,6
126,4
132,5
4,9%
(4,4%)
Exportação
50,5
52,2
45,9
40,0
45,0
40,5
(9,9%)
(4,3%)
Margem %
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var. p.p.2 18/17
Var. p.p.2 18/13
Bruta
45,4%
45,9%
48,5%
48,7%
48,9%
47,4%
(1,5 p.p.)
2,0 p.p.
EBIT
18,3%
17,4%
18,2%
19,5%
20,7%
19,6%
(1,1 p.p.)
1,3 p.p.
EBITDA
19,9%
19,6%
20,6%
22,4%
23,4%
22,4%
(1,0 p.p.)
2,5 p.p.
Líquida
19,8%
22,0%
25,0%
31,0%
29,3%
25,1%
(4,2 p.p.)
5,3 p.p.
R$
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var. 18/17
CAGR1 18/17
Dólar final
2,3426
2,6562
3,9048
3,2591
3,3080
3,8748
17,1%
10,6%
Dólar médio
2,1576
2,3536
3,3315
3,4901
3,1920
3,6545
14,5%
11,1%
Notas: 1) CAGR (Compound annual growth rate): Taxa composta de
crescimento anual. 2) p.p.: pontos percentuais. III. Mercado e Condições
Macroeconômicas: No Relatório de Administração de 2017 já alertávamos
que os graves problemas fiscais do país poderiam interromper ou retardar a
recuperação econômica que todos esperavam para 2018. De fato, o ano
iniciou com um crescimento razoável na economia no 1T, mas logo veio
uma perda de impulso muito provavelmente provocada pela paralisia
política e consequente perda de capacidade do governo aprovar quaisquer
uma das reformas esperadas, situação agravada pela greve nos transportes e
uma deterioração no ambiente econômico internacional com escalada de
tensões comerciais entre China e Estados Unidos. No mercado interno,
embora o nível de desemprego tenha começado a cair, isto se deu muito
lentamente, incapaz de impulsionar o consumo no país. Em nossa estimativa,
novamente, pelo quinto ano consecutivo, o consumo de calçados no país
caiu ou no máximo, ficou estável em um patamar baixo, em torno de 3,5
pares de consumo aparente por habitante. A inflação foi controlada durante
todo o ano de 2018, permanecendo abaixo do centro da meta, entretanto
fatores como a baixíssima popularidade do governo em final de mandato,
uma acirrada e polarizada eleição presidencial, a greve nos transportes e
tensões internacionais antes mencionadas, combinados com uma volatilidade
na taxa de câmbio, resultaram em pressões em vários custos, afetando as
nossas margens. Compõe ainda o quadro econômico de 2018 a manutenção
dos juros baixos, o que penalizou nossos resultados financeiros e, por outro
lado, conforme já mencionado, ainda não foi capaz de estimular a economia
e a recuperação da demanda. Sem dúvida, uma combinação perversa de
variáveis que ainda não tinha acontecido nesta crise: demanda fraca, juros
baixos, volatilidade no câmbio e pressão de custos. Em 2019, o Brasil inicia
com novo governo e com grandes e renovadas expectativas. A nova situação
política e os propósitos do novo governo nos ensejam a novamente esperar
uma retomada na economia brasileira, com queda de desemprego, aumento
de renda e recuperação no consumo. Entretanto, a conjuntura exige cautela.
O trabalho de reformas econômicas a ser feito é desafiador para equacionar
a situação fiscal do país ao mesmo tempo que a economia internacional dá
sinais de desaceleração que pode ter reflexo negativo na retomada da
economia brasileira. Na Grendene temos feito grandes esforços para
compensar o baixo nível de atividades e o mercado adverso e conseguimos
crescer as receitas durante este período e elevar as margens que em 2018
foram todas superiores às margens obtidas em 2013, apesar de uma redução
de 43 milhões de pares vendidos neste período. Portanto, uma recuperação
de consumo no Brasil, como esperamos que vá iniciar em 2019, deve nos
encontrar em muito melhor forma para aproveitar as oportunidades.
Produção brasileira de calçados e consumo aparente
Brasil
(milhões
de pares)
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var.
18/17
CAGR
18/13
Produção
1.036
998
944
868*
845*
826*
(2,2%)
(4,4%)
Importação
39
37
33
23
24
27
11,8%
(7,0%)
Exportação
123
130
124
126
127
113 (10,8%)
(1,2%)
Consumo
aparente
952
905
853
765*
742*
740*
(0,3%)
(4,9%)
Consumo
per capita
(par)
4,7
4,5
4,2
3,7*
3,6*
3,5*
(2,8%)
(5,7%)
Fonte: IBGE / Secex / Abicalçados / (*) Números estimados pela Grendene.
Grendene
Milhões
de pares
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Var.
18/17
CAGR
%/Var.
p.p.
18/13
Volumes
216,2 204,9 180,4 163,6 171,4 173,0
1,0%
(4,4%)
Share
volume -
Produção 20,9% 20,5% 19,1% 18,8% 20,3% 20,9% 0,6 p.p.
–
Mercado
interno
165,7 152,7 134,5 123,6 126,4 132,5
4,9%
(4,4%)
Share volu-
me - M.
interno
17,4% 16,9% 15,8% 16,2% 17,0% 17,9% 0,9 p.p.
0,5 p.p.
Exportação
50,5
52,2
45,9
40,0
45,0
40,5 (9,9%)
(4,3%)
Share volu-
me - ex-
portação 41,1% 40,3% 37,0% 31,8% 35,4% 36,3% 0,7 p.p. (4,8 p.p.)
Fonte: Grendene S.A.
IV. Desempenho Econômico-Financeiro: 1. Receita bruta de vendas: A
evolução da receita e principalmente dos volumes de pares no mercado
interno ilustram bem o que aconteceu no mercado brasileiro de calçados
durante a pior crise já enfrentada em nossa economia. Se tomarmos os
números da Grendene entre o pico de volume em 2013 (165,7 milhões de
pares no mercado interno) e 2018 (132,5 milhões de pares), perdemos 33,2
milhões de pares no mercado doméstico; neste período esta redução
representa uma queda de 4% a.a., um pouco abaixo do que a queda no
consumo aparente de calçados no país. Além disso, no mesmo período
perdemos 10,0 milhões de pares na exportação, totalizando queda de 43,2
milhões de pares. Em 2018, a receita da Grendene no mercado interno teve
crescimento de 3% comparado com 2017, sustentada por pequena retomada
na economia e, segundo nossa avaliação, ganhos de market share. Já no
período 2013-2018, em que o consumo de calçados no Brasil caiu fortemente,
nossa receita no mercado interno cresceu 0,2% a.a. mais do que o mercado
mas inferior aos índices de inflação deste período. Além da grande queda de
consumo no país, durante este período tivemos ainda a variação da alíquota
de reintegra - 3% no período de janeiro/2013 a fevereiro/2015; 1% de
março/2015 a novembro/2015; 0,1% de dezembro/2015 a dezembro/2016;
2% de janeiro/2017 a maio/2018 e de 0,1% de junho/2018 até dezembro/2018
- à exportação (Proapi), que representava um aumento de 10% no valor
da receita de exportação, extinto em março de 2017 e a grande
volatilidade cambial. A evolução destes números é melhor entendida com os
gráficos a seguir:
Receita bruta de vendas
Mercado interno
Exportação
(R$ milhões)
2015
2.078
2.720,3
2016
1.900
2.632,0
2013
2014
565
2.147
2.711,4
643
2017
1.870
2.483,0
613
2018
2.107
2.727,7
621
732
2.168
2.825,0
657
Participação % na receita bruta de vendas
Mercado interno
Exportação
2014
76%
24%
2016
75%
25%
2017
77%
23%
2015
72%
28%
2013
79%
21%
2018
77%
23%
79
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº042 | FORTALEZA, 27 DE FEVEREIRO DE 2019
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