DOE 27/02/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            IX. Considerações Finais e Perspectivas: Esperamos que em 2019 a 
recuperação de consumo esperada em anos anteriores finalmente se 
concretize. Isto depende de ações do governo para estancar o deficit fiscal, 
reativar investimentos e reduzir desemprego. Em 2013, vendemos no 
mercado interno 82,5 pares para cada 100 brasileiros, e em 2018 este número 
caiu para 58,6 pares para cada 100 brasileiros. Obviamente estes números só 
são possíveis vendendo para todas as classes sociais e em todos os estados 
da federação sendo difícil mantê-lo e mais ainda crescer quando temos 12 
milhões de desempregados. Em nossa opinião, os principais “drivers” de 
crescimento para os próximos anos serão a redução de desemprego e 
crescimento do PIB. No mercado externo a situação deve piorar. Em nossa 
avaliação será mais difícil exportar uma vez que os sinais de desaceleração 
em mercados importantes como Estados Unidos e China começam a 
aparecer sem que outros mercados tenham se recuperado como é o caso da 
América Latina, África e Europa. Estes países, além da demanda reduzida 
têm adotado diferentes formas de barreiras para dificultar as importações. 
Na Grendene vamos continuar com a estratégia que vem dando certo ao 
longo dos anos, tanto nas recessões quanto nos períodos de crescimento. Há 
muito tempo percebemos que o design de qualidade com custo acessível é o 
sonho de consumo da classe média. Nossas marcas e produtos têm se 
destacado nestes quesitos e proporcionado resultados muito bons. Entregar 
valor ao cliente com baixo custo; designers famosos acessíveis a todas as 
classes; “Affordable Luxury” definem a proposta de valor que a Grendene 
vem entregando aos consumidores de todo mundo. Em 2019, nossa previsão 
é investir em torno de R$100 milhões na manutenção de nossa capacidade 
produtiva. É claro que este valor é apenas uma referência e não hesitaremos 
em investir em boas oportunidades, que neste momento não vislumbramos, 
se elas aparecerem. Provavelmente, o setor de calçados deverá fortalecer a 
sua recuperação dentro do quadro econômico mais amplo. Esperamos para 
2019 um aumento de consumo no Brasil que não veio em 2018, frustrando 
nossas expectativas. No setor de calçados consideramos a possibilidade de 
um crescimento do número de pares da ordem de 3% a 5%, mesmo número 
que tínhamos previsto no ano passado e não se realizou, e da mesma forma 
que no ano anterior não temos expectativas concretas de voltar neste ano ao 
volume recorde de pares apresentado em 2013. Continuamos acreditando 
que nos próximos anos com a melhoria da situação econômica no país que 
os cerca de 210 milhões de pares de consumo/ano que foram perdidos 
durante a crise possam retornar gradativamente. Evidentemente que isto não 
acontecerá em um único ano. Seja qual for a situação do mercado, 
buscaremos obter resultados maiores que os do ano passado, como vimos 
fazendo repetidamente. Nossa expectativa é que o aumento de margens 
poderá vir com a retomada dos volumes, mas não descuidaremos da busca 
pelo aumento na produtividade e racionalização da produção. No mercado 
interno o desejo dos consumidores por nossos produtos não diminuiu, e seu 
poder de compra está se recuperando. Menos endividado e com dinheiro no 
bolso, com menor receio de perder o emprego num cenário de retomada 
econômica o consumidor deve retomar aos poucos a seu patamar de 
consumo atingido em anos passados. Desta forma, nosso desafio será 
continuar a atender às expectativas dos nossos consumidores com produtos 
que caibam em seu orçamento, ao mesmo tempo, que ofertamos variedade 
àqueles que demandam novidades. Temos confiança que não vamos 
decepcioná-los. Devemos reforçar a execução de nossa estratégia em 2019 
com especial atenção ao crescimento de market share, aproveitamento de 
oportunidades de crescimento que devem vir com a retomada do consumo 
brasileiro e elevação de margens que serão possíveis com a melhor utilização 
da capacidade instalada, melhorando nossa comunicação com o mercado, 
entendendo as necessidades dos canais de distribuição, inovando em 
produtos, reforçando nossas marcas com marketing agressivo através de 
múltiplas mídias e buscando a excelência na operação por meio das 
melhorias contínuas. O objetivo é reforçar nosso relacionamento com os 
clientes e atender de uma forma cada vez mais focada às suas necessidades. 
Entendemos que a remuneração dos acionistas depende disto.
em ambientes de trabalho relacionados a máquinas e equipamentos, estruturas físicas e insumos, assim como em qualificação e capacitação das nossas 
equipes para a prática do comportamento seguro fazem parte do nosso esforço de tornar o ambiente de trabalho mais seguro. Mais do que isso, incentivamos 
que os aprendizados adquiridos na Grendene sejam levados para casa e compartilhados com a família e com a comunidade.
Dados sociais e corporativos
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Funcionários (média/ano)
24.084
28.085
26.543
24.176
20.401
20.080
20.240
Treinamento (hora/funcionário)
20
32
50
67
79
86
65
Refeições (ano)
5.955.479
6.867.415
4.990.607
4.815.696
5.046.305
5.247.901
5.147.132
Funcionários com necessidades especiais (ano)
1.016
1.288
1.146
1.088
971
1.012
1.001
Assistência odontológica (atendimentos/ano)
20.485
19.875
17.818
17.555
15.391
17.822
13.530
Absenteísmo
1,73%
2,08%
2,47%
2,17%
1,88%
1,83%
2,01%
Turnover (mês)
2,12%
2,00%
1,66%
1,58%
1,72%
1,49%
1,53%
Cestas básicas distribuídas (unidades/ano)*
292.398
330.814
317.514
290.269
243.229
233.419
244.012
(*) A política de distribuição de cestas básicas da Grendene objetiva reforçar a segurança alimentar do trabalhador e é adotada desde 1990. Ao longo do 
tempo, o valor nutricional da cesta é mantido, oferecendo diversas opções de itens. Todos os funcionários e estagiários da Grendene, sem distinção, 
recebem este benefício desde o primeiro mês de trabalho na Companhia.
VIII. Demonstração do Valor Adicionado
O valor adicionado, que é um indicador da riqueza agregada à sociedade pela Companhia em sua atividade econômica, totalizou R$1.632,6 milhões 
(R$1.567,5 milhões em 2017). O demonstrativo completo faz parte das demonstrações financeiras.
Demonstração do Valor Adicionado (em milhares de reais)
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Pessoal
515.243
521.449
531.099
518.382
538.554
584.544
Impostos, taxas e contribuições
271.920
240.918
240.350
254.994
285.628
272.567
Remuneração de capitais de terceiros
86.700
95.615
246.601
135.728
82.396
189.997
Remuneração de capitais próprios
433.540
490.244
539.311
633.955
660.903
585.530
Total
1.307.403
1.348.226
1.557.361
1.543.059
1.567.481
1.632.638
Distribuição do valor adicionado 
Pessoal 
Impostos, taxas e contribuições 
Remuneração de capitais de terceiros 
Remuneração de capitais próprios 
%
100%
50%
75%
25%
0%
2018
35,8%
16,7%
35,9%
11,6%
2014
38,7%
17,9%
36,3%
7,1%
2015
34,1%
15,4%
34,7%
15,8%
2016
33,6%
16,5%
41,1%
8,8%
2013
39,4%
20,8%
33,2%
6,6%
2017
34,4%
18,2%
42,1%
5,3%
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº042  | FORTALEZA, 27 DE FEVEREIRO DE 2019

                            

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