DOE 27/02/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
exterior; (ii) aplicações financeiras mantidas no exterior; (iii) saldo de
contas a receber (denominados em USD) de câmbios a contratar; (iv) até
25% das projeções de exportações anuais equivalente a aproximadamente
90 dias de exportações previstas (normalmente correspondente a pedidos em
carteira e negociações de vendas em andamento), menos (i) saldos de
fornecedores mantidos em moeda estrangeira, (ii) importações em
andamento, e (iii) ACC (Adiantamento de contrato de câmbio). Estes riscos
são monitorados diariamente e administrados através de controles internos,
que visam demonstrar os limites de exposição e adequá-los à política de
gestão de riscos da Companhia. Não é permitida a utilização de outras
formas de proteção cambial sem expressa autorização dos administradores
da Companhia. Até o presente momento, a Companhia não autorizou a
utilização de outras formas de proteção cambial diferentes das relatadas no
parágrafo anterior. As operações de proteção cambial são usualmente
efetuadas junto à BM&F através de corretoras especializadas, realizadas
sem margeamento. O valor da garantia é de R$54.835 em 31 de dezembro
de 2018 (R$52.236 em 2017), normalmente constituído por aplicações
financeiras da Companhia em títulos públicos, observando-se limites e
exposições ao risco de câmbio, conforme definido na política de gestão de
riscos de suas contrapartes. No quadro abaixo são demonstradas as posições
verificadas em 31 de dezembro de 2018 e 2017, com os valores nominais e
de mercado.
Valor de referência
(notional) - US$
Valor de
referência - R$
Saldo a Receber
(Pagar)
2018
2017
2018
2017
2018 2017
Contratos futuros
Compromisso
de venda
53.500 64.500 207.504 213.864
843
407
É importante salientar que estas operações estão associadas ao recebimento
das vendas e a ativos financeiros em moeda estrangeira, os quais estão
igualmente relacionados à variação da cotação do câmbio, compensando
eventuais ganhos ou perdas apuradas. O saldo a receber apresentado em 31
de dezembro de 2018 no valor de R$843 (R$407 em 2017), está classificado
na conta de títulos a receber. 18. Gestão de risco financeiro: As atividades
da Companhia e de suas controladas estão expostas a riscos financeiros,
entre eles: o risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado. Os
instrumentos financeiros afetados por riscos incluem: depósitos, títulos
disponíveis para venda, empréstimos e financiamentos e instrumentos
financeiros derivativos. As atividades de gerenciamento de riscos seguem a
política de gestão de risco da Companhia, sob a gestão dos seus diretores. A
administração destes riscos é efetuada com base na política de controle, que
estabelece as técnicas de acompanhamento, mensuração e monitoramento
contínuo da exposição. A Companhia não realiza operações com
instrumentos derivativos ou qualquer outro tipo de operação com propósito
especulativo. a) Fatores de riscos que podem afetar os negócios: a.1) Risco
de crédito: A Companhia e suas controladas estão expostas ao risco de
crédito pela possibilidade de não receber valores decorrentes do contas a
receber de clientes ou de créditos junto a instituições financeiras. As práticas
de gestão de riscos da Companhia e de suas controladas são as seguintes: (i)
análise de créditos concedidos a clientes e estabelecimento de limite de
vendas. Não há clientes que individualmente representem mais que 5% do
total do contas a receber de clientes da Companhia em 31 de dezembro de
2018 e 2017; e (ii) seletividade das instituições financeiras que são
considerados pelo mercado como de primeira linha (10 maiores bancos por
ativo do país) e diversificação de instrumentos financeiros de aplicações de
recursos da empresa, que estão aplicados a uma cesta de indicadores
composta por CDI, Taxas pré-fixadas ou corrigidos pela inflação. a.2) Risco
de liquidez: A Companhia monitora a política de geração de caixa das
atividades para evitar o descasamento entre as contas a receber e a pagar,
garantindo assim a liquidez para o cumprimento de suas obrigações. As
principais fontes de recursos financeiros utilizados pela Companhia residem
no próprio volume de recursos advindos da comercialização dos seus
produtos; com a característica de forte geração de caixa e baixa
inadimplência. Adicionalmente, mantém saldos em aplicações financeiras
passíveis de resgate a qualquer momento e apresenta sólidas condições
financeiras e patrimoniais para cumprir com suas obrigações de curto e
médio prazo. Apresentamos a seguir o quadro com os pagamentos
contratuais requeridos pelos passivos financeiros da Companhia:
Controladora/Consolidado
2018
2017
Até um
ano
De 1 a
9 anos
Total
Até um
ano
De 1 a
9 anos
Total
Financiamento
ativo fixo
10.727 20.681
31.408 10.834 31.390
42.224
Capital de giro e ACE
115.586
– 115.586 78.832
–
78.832
Financiamentos -
Provin e Proapi
–
5.933
5.933
–
2.571
2.571
126.313 26.614 152.927 89.666 33.961 123.627
Controladora/Consolidado
Projeção incluindo juros futuros
2018
2017
Até um
ano
De 1 a
9 anos
Total
Até um
ano
De 1 a
9 anos
Total
Financiamento
ativo fixo
11.811 21.566
33.377 12.363 33.577
45.940
Capital de giro e ACE
117.368
– 117.368 79.531
–
79.531
Financiamentos -
Provin e Proapi
–
7.170
7.170
–
3.241
3.241
129.179 28.736 157.915 91.894 36.818 128.712
a.3) Risco de mercado: Os riscos de mercado envolvem principalmente a
possibilidade de oscilação nas taxas de juros, taxas de câmbio e preço das
commodities. a. Risco da taxa de juros: Esse risco advém da possibilidade
da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de
juros que aumentem as suas despesas financeiras relativas a empréstimos e
financiamentos, ou reduzir o ganho com suas aplicações. A Companhia
monitora continuamente a volatilidade das taxas de juros do mercado. A
política da Companhia é de manter seus recursos aplicados em instrumentos
atrelados ao CDI, em taxas pré-fixadas ou corrigidos pela inflação; o que
garante redução dos impactos advindos de oscilações em taxas de juros de
mercado. b. Risco cambial: O risco da Companhia está atrelado as operações
do contas a receber de clientes originada das exportações, aplicações
financeiras e investimentos no exterior, para as quais são constituídas um
hedge natural para proteção das oscilações de câmbio. A gestão avalia seus
ativos e passivos sujeitos ao risco da variação cambial, e se necessário,
contratam instrumentos financeiros derivativos adicionais. A Companhia
mantém cobertura, para suas exposições a flutuações na conversão para
reais, de suas operações de vendas para o mercado externo no vencimento
dos contratos de exportação no valor de USD29.835 mil em 31 de dezembro
de 2018 (USD23.835 mil em 2017). Não há outros financiamentos e
empréstimos contratados ou indexados a qualquer moeda estrangeira.
c. Risco de preço das commodities: Esse risco está relacionado à
possibilidade de oscilação no preço das matérias-primas e demais insumos
utilizados no processo de produção. Em função de utilizar commodities
como matéria-prima, a Companhia poderá ter seus custos dos produtos
vendidos afetado por alterações nos preços internacionais destes materiais.
Para minimizar esse risco, a Companhia monitora permanentemente as
oscilações de preço nos mercados nacional e internacional e quando for o
caso, utiliza-se da formação de estoques estratégicos para manter suas
atividades comerciais. b) Análise de sensibilidade de variações na taxa de
juros: Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos indexadores das
aplicações financeiras e dos empréstimos que a Companhia possuía
exposição na data-base de 31 de dezembro de 2018, foram definidos três
cenários diferentes, e preparada uma análise de sensibilidade às oscilações
dos indicadores desses instrumentos. Com base na projeção do indexador de
cada contrato para o ano de 2018 (cenário provável), sendo que a partir deste
foram calculadas variações decrescentes de 25% e 50% para aplicações
financeiras e crescentes de 25% e 50%, respectivamente, para empréstimos.
Os cenários são elaborados desconsiderando o provável fluxo de caixa de
pagamentos de empréstimos e resgates de aplicações. Os rendimentos
oriundos das aplicações financeiras bem como as despesas financeiras
provenientes dos empréstimos e financiamentos da Companhia são afetados
pelas variações nas taxas de juros, tais como TJLP, IPCA, IGPM e CDI. No
quadro a seguir são apresentadas as posições em aberto em 31 de dezembro
de 2018, com os valores nominais e juros de cada instrumento contratado, a
saber:
Determinação das
receitas financeiras
Aumento das
despesas financeiras
Referência
para
receitas
financeiras
Juros
aplicações
financeiras
Referência
para
passivo
financeiro
Encargos de
financiamento
Proapi e Provin
CDI % IPCA
TJLP
Cenário Provável -
Valor contábil 6,40% 4,05%
92.658
6,98%
414
Cenário
Possível - 25% 4,80% 3,03%
74.602
8,73%
518
Cenário
Remoto - 50%
3,20% 2,02%
56.500
10,47%
621
c) Análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos
contratados: c.1) Instrumentos de proteção cambial: A Companhia projetou
o impacto das operações destinadas à proteção de taxa de câmbio em três
cenários, considerando que as operações seriam liquidadas, na posição com
vencimento em 31 de janeiro de 2019, conforme demonstrado a seguir:
Valores de referência
Posição vendida
em US$
Cotação do
dólar - R$
Valor
- R$
Impacto
- R$
Cenário Provável - Valor contábil
53.500
3,8786 207.504
843
Cenário Possível - 25%
53.500
4,8482 259.379
(51.875)
Cenário Remoto - 50%
53.500
5,8179 311.258 (103.754)
d) Gestão de capital: A Administração tem por objetivo assegurar a
continuidade dos negócios da Companhia, protegendo o capital das
mudanças e condições econômicas, a fim de apoiar a redução de custos de
capital e maximizar o retorno aos acionistas. Para manter ou ajustar a
estrutura do capital, a Companhia pode adequar a política de pagamento dos
dividendos, efetuar captações de empréstimos e emissão de valores
mobiliários no mercado financeiro, dentre outros. A política de baixo nível
de alavancagem da Companhia, é monitorada através do índice de
alavancagem financeira, conforme demonstrado abaixo.
Controladora
Consolidado
2018
2017
2018
2017
Empréstimos e financiamentos
de curto e longo prazos
152.927
123.627
152.927
123.627
(–) Caixa e equivalentes
(3.081)
(18.240)
(16.562)
(30.119)
Dívida líquida
149.846
105.387
136.365
93.508
Patrimônio líquido
3.465.042 3.217.609 3.465.042 3.217.609
Índice de
alavancagem financeira
4,3%
3,3%
3,9%
2,9%
Em 31 de dezembro de 2018, o índice de alavancagem aumentou em
comparação a 31 de dezembro de 2017, principalmente em decorrência da
captação de empréstimos e financiamentos, os quais objetivam os
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº042 | FORTALEZA, 27 DE FEVEREIRO DE 2019
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