DOE 03/07/2018 - Diário Oficial do Estado do Ceará
custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment,
os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos
de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC).
Os ativos não financeiros que tenham sido ajustados por impairment, são
revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do
impairment na data do balanço. 2.6 Fornecedores - As contas a pagar aos
fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos
no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes
se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas
a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente,
reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo
amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. 2.7 Arrendamentos
- Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são reconhecidos
na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do
arrendamento. 2.8 Empréstimos, financiamentos e debêntures - Os
empréstimos, financiamentos e debêntures são reconhecidos, inicialmente,
pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são,
subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença
entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor total a
pagar é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que
os financiamentos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de
juros. Os empréstimos, financiamentos e debêntures são classificados como
passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional
de diferir a liquidação do passivo por período superior a 12 meses, após a data
do balanço. 2.9 Provisões - As provisões são reconhecidas quando: (i) a
Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado
de eventos passados; (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária
para liquidar a obrigação; (iii) e o valor possa ser estimado com segurança.
Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquida-
las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como
um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação
relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de
obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor presente
dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma
taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita as avaliações atuais de mercado
do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos da obrigação. O aumento
da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como
despesa financeira. 2.10 Capital social - As ações ordinárias e preferenciais
são classificadas no patrimônio líquido. 2.11 Distribuição de dividendos - A
distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida
como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com
base no estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo
obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos
acionistas, em Assembleia Geral. 2.12 Reconhecimento de receita - A receita
compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo
fornecimento de energia no curso normal das atividades da Companhia. A
receita é apresentada líquida de impostos. A Companhia reconhece a receita
quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é
provável que benefícios econômicos futuros fluam para a Companhia e (iii)
quando critérios específicos tiverem sido atendidos para as atividades da
Companhia. Na prática, a Companhia reconhece a receita decorrente do
fornecimento de energia elétrica considerando o montante em MWh gerado
e fornecido valorizados ao preço contratado. (a) Fornecimento de energia
elétrica A Companhia reconhece a receita decorrente do fornecimento de
energia elétrica considerando o montante em MWh gerado e fornecido
valorizados ao preço contratado. 2.13 Imposto de renda e contribuição social
corrente e diferido - As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto
de renda e contribuição social corrente e diferido. O imposto é reconhecido
na demonstração do resultado. Os encargos do imposto de renda e contribuição
social corrente e diferido são calculados com base nas leis tributárias em vigor
ou substancialmente promulgadas, na data do balanço. No exercício de 2017
e 2016, a Companhia e todas as suas controladas eram optantes pelo regime
de lucro real. Imposto diferido - Ativos e passivos fiscais diferidos são
reconhecidos com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis
de ativos e passivos para fins contábeis e os usados para fins de tributação. As
mudanças dos ativos e passivos fiscais diferidos no exercício são reconhecidas
como despesa de imposto de renda e contribuição social diferida. Um ativo
fiscal diferido é reconhecido em relação aos prejuízos fiscais e diferenças
temporárias dedutíveis não utilizados, na extensão em que seja provável que
lucros tributáveis futuros estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados.
Ativos fiscais diferidos são revisados a cada data de balanço e são reduzidos
na extensão em que sua realização não seja mais provável. Ativos e passivos
fiscais diferidos são mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar
às diferenças temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas
alíquotas que foram decretadas até a data do balanço. A mensuração dos ativos
e passivos fiscais diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da
maneira sob a qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e
passivos. 2.14 Subvenções governamentais - Subvenções governamentais
são reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será
recebido e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando
o benefício se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao
valor justo ao longo do período do benefício, de forma sistemática em relação
aos custos cujo benefício objetiva compensar. As subvenções para investimento
passaram a ser contabilizadas no resultado a partir da aplicação da Lei nº
11.638/07. Posteriormente são destinadas para reserva de incentivos fiscais.
Incentivo Federal - As subsidiárias da Companhia são beneficiárias de
subvenções Federais obtidas por conta da realização de investimentos na
implantação de unidades de produção de energia renovável sediadas na área
de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE,
esse incentivo fiscal é concedido pelo prazo certo de 10 (Dez) anos, para os
empreendimentos que comprovarem, junto à SUDENE, a realização de
investimentos na Região Nordeste do Brasil, desde que atendidas todas as
condições e obrigações exigidas na legislação pertinente para obter a
contrapartida da União, dentro das políticas públicas de emprego de recursos
federais no fomento ao desenvolvimento da região Nordeste do País. No ano
de 2016 o Grupo obteve esse incentivo, válido até 2025. O valor a ser recebido
da União durante o prazo certo de sua concessão consiste num montante
equivalente ao resultado da aplicação do percentual de 75% (setenta e cinco
por cento) sobre uma base de cálculo legalmente denominada de lucro da
exploração (art. 1º da MP 2.199-14/01 e art. 1º do Decreto nº 6.539/2008).
A Administração cumpre todas as exigências para obtenção dessas subvenções,
especialmente as relacionadas à comprovação dos investimentos, geração
dos empregos, volume de produção, bem como, não distribui na forma de
dividendos os valores deles decorrentes. Até então, entende-se que não foi
descumprido qualquer condição que impeça a continuidade do direito de
usufruir os benefícios das subvenções governamentais que lhe foram
concedidas. 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos - A Companhia
faz estimativas e estabelece premissas com relação ao futuro, baseada na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos
futuros. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que
apresentam um risco significativo de causar um ajuste relevante nos valores
contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício estão divulgadas
abaixo. (a) Vida útil econômica de ativos não financeiros - Conforme o
OCPC 05 - Contratos de Concessão, para os bens integrantes da infraestrutura
de geração vinculados aos contratos de concessão (uso do bem público)
assinados após 2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito
à indenização no final do prazo da concessão no processo de reversão dos
bens ao poder concedente, esses bens, incluído terrenos, devem ser
amortizados com base na vida útil econômica de cada bem ou no prazo da
concessão, dos dois o menor, ou seja, a amortização está limitada ao prazo
da concessão. A administração reconhece a depreciação de seus ativos
imobilizados com base no menor prazo entre a concessão (Nota 1) e nas vidas
úteis estimadas de cada bem (Nota 11). (b) Conta de ressarcimento – CCEE
- A Conta de ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a geração de
energia fora dos limites de tolerância estabelecidos (energia efetivamente
gerada e a energia contratada). Tais variações fora dos limites implicam no
registro por estimativa de ativos ou passivos contratuais. A administração da
Companhia entende que a análise do atendimento a estes limites é uma
estimativa significativa. 4 Gestão de risco financeiro 4.1 Fatores de risco
financeiro - As atividades da Companhia a expõem a riscos financeiros e
regulatórios. O programa de gestão de risco global da Companhia se concentra
na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais
efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia. Durante os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, a Companhia não
celebrou contratos que possam ser considerados como instrumentos
derivativos. A gestão de risco é realizada pelo setor financeiro da Companhia,
segundo as políticas aprovadas pela Diretoria. O setor financeiro da
Companhia identifica, avalia e protege a Companhia contra eventuais riscos
financeiros. A Diretoria estabelece princípios para a gestão de risco global,
bem como para áreas específicas. Risco de mercado - Esse risco é oriundo
da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas por causa de flutuações
nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a
empréstimos e financiamentos captados no mercado. A Companhia monitora
continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a
eventual necessidade de contratação de operações para proteger-se contra o
risco de volatilidade dessas taxas. Riscos regulatórios - As atividades da
Companhia, assim como de seus concorrentes são regulamentadas e
fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá
exercer impacto sobre as atividades da Companhia. Risco de crédito - O
risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos
e outras instituições financeiras, bem como de exposições de crédito, incluindo
contas a receber em aberto. Os recebíveis tem risco considerado baixo
considerando as características do cliente da Companhia (CCEE). Risco de
liquidez - É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes
para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento
de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para
administrar a liquidez do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos
e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de
Tesouraria. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros da Companhia,
por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no
balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os valores
divulgados na tabela são os saldos contábeis em 31 de dezembro de 2017 e
2016.
Consolidado:
Menos de Entre um e Acima de três
um ano
dois anos
anos
Em 31 de dezembro de 2017
Empréstimos e financiamentos
28.141
43.162
645.042
Fornecedores
4.259
5.548
Em 31 de dezembro de 2016
(Reapresentado – Nota 1(b))
Empréstimos e financiamentos
83.255
43.035
610.234
Fornecedores
6.130
5.548
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia ao administrar seu
capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia
para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas,
além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para
manter ou ajustar a estrutura de capital da Companhia, a administração
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO X Nº122 | FORTALEZA, 03 DE JULHO DE 2018
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