DOE 03/07/2018 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Apresentação das informaçõ es contábeis e principais polí ticas contábeis 
adotadas - As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas 
demonstrações financeiras estão definidas abaixo. O exercício social da 
Companhia se encerra no dia 31 de dezembro de cada ano. 2.1 Base de 
preparação - As demonstrações financeiras foram preparadas considerando 
o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações 
financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o 
exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo 
de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível 
de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais 
premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras 
estão divulgadas na Nota 3. (a) Demonstraçõ es financeiras - As 
demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas conforme as 
práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comit� de Pronunciamentos 
Contábeis (CPCs) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das 
demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as 
utilizadas pela administração na sua gestão. (b) Moeda funcional e de 
apresentação - As demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que 
é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras 
apresentadas estão em milhares de Reais, exceto quando indicado em outra 
forma. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa 
incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e outros investimentos de 
curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até tr�s meses (com 
risco insignificante de mudança de valor). 2.3 Contas a receber - As contas 
a receber de clientes são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, 
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método 
da taxa efetiva de juros. Na prática, são reconhecidas pela valorização da 
energia fornecida, em M�h, pela tarifa vigente do Contrato de Energia de 
Reserva � CER (Nota 1). Caso a energia fornecida seja inferior � energia 
contratada no período de apuração do Contrato de Energia de Reserva - CER, 
o valor excedente recebido é registrado como adiantamento de clientes. 2.4 
Contas garantias - Conta corrente constituída exclusivamente em garantia 
do BNDES e BNB, não movimentável até a liquidação dos respectivos 
contratos. São classificados como ativos financeiros mantidos até o vencimento, 
e estão demonstrados ao custo amortizado, acrescido das remunerações 
contratadas, reconhecidas proporcionalmente até as datas base das 
demonstrações financeiras 2.5 Imobilizado - Os itens do imobilizado são 
demonstrados ao custo histórico de aquisição. O custo histórico inclui os gastos 
diretamente atribuíveis necessários para preparar o ativo para o uso pretendido 
pela administração, excluindo custos de financiamentos. A Companhia inclui 
no valor contábil de um item do imobilizado o custo de peças de reposição 
somente quando for provável que esse custo lhe proporcione futuros benefícios 
econômicos. A depreciação dos ativos é calculada usando o método linear 
considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada 
limitada ao prazo de concessão, a taxas anuais variáveis descritas na Nota 9, 
levando em consideração a vida útil estimada dos bens. O valor contábil de 
um ativo é imediatamente reduzido ao seu valor recuperável, quando o valor 
contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.6). 
�.� �rovis�es �ara �erdas �or im�airment em ativos n�o financeiros � Os 
ativos que estão sujeitos a amortização são revisados para a verificação de 
impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem 
que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é 
reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, 
o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus 
custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, 
os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos 
de caixa identificáveis separadamente (Unidades �eradoras de Caixa (U�C). 
Os ativos não financeiros que tenham sido ajustado por impairment, são 
revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão do 
impairment na data do balanço. 2.7 Fornecedores - As contas a pagar aos 
fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos 
no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes 
se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas 
a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, 
reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo 
amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. 2.8 Arrendamentos 
- Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são reconhecidos 
na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do 
arrendamento. �.� �m�r�stimos e financiamentos � Os empréstimos e 
financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos 
custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo 
custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos 
custos da transação) e o valor total a pagar é reconhecida na demonstração do 
resultado durante o período em que os financiamentos estejam em aberto, 
utilizando o método da taxa efetiva de juros. Os empréstimos e financiamentos 
são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha 
um direito incondicional de diferira liquidação do passivo por período superior 
a 12 meses, após a data do balanço. 2.10 Provisõ es - As provisões são 
reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não 
formalizada como resultado de eventos passados� (ii) é provável que uma 
saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação� (iii) e o valor possa 
ser estimado com segurança. �uando houver uma série de obrigações similares, 
a probabilidade de liquida-las é determinada levandose em consideração a 
classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que 
a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual 
incluído na mesma classe de obrigações seja pequena. As provisões são 
mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para 
liquidar a obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual 
reflita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos 
riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorr�ncia da 
passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira. 2.11 Capital 
social - As ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio 
líquido. 2.12 Distribuição de dividendos - A distribuição de dividendos para 
os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações 
financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social da Companhia. 
Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data 
em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia �eral. 2.13 
Reconhecimento de receita - A receita compreende o valor justo da 
contraprestação recebida ou a receber pelo fornecimento de energia no curso 
normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida de 
impostos. A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode 
ser mensurado com segurança� (ii) é provável que benefícios econômicos 
futuros fluam para a Companhia e (iii) quando critérios específicos tiverem 
sido atendidos para as atividades da Companhia. Na prática, a Companhia 
reconhece a receita decorrente do fornecimento de energia elétrica considerando 
o montante em M�h gerado e fornecido valorizados ao preço contratado. (a) 
Fornecimento de energia elétrica - A Companhia reconhece a receita 
decorrente do fornecimento de energia elétrica considerando o montante em 
M�h gerado e fornecido valorizados ao preço contratado. 2.14 Imposto de 
renda e contribuição social corrente e diferido - As despesas fiscais do 
exercício compreendem o imposto de renda e contribuição social corrente e 
diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado. Os encargos 
do imposto de renda e contribuição social corrente e diferido são calculados 
com base nas leis tributárias em vigor ou substancialmente promulgadas, na 
data do balanço. A companhia adota o regime do lucro real. Imposto diferido 
- Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação �s diferenças 
temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis 
e os usados para fins de tributação. As mudanças dos ativos e passivos fiscais 
diferidos no exercício são reconhecidas como despesa de imposto de renda e 
contribuição social diferida. Um ativo fiscal diferido é reconhecido em relação 
aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados, na 
extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros estarão 
disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos são 
revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que sua 
realização não seja mais provável. Ativos e passivos fiscais diferidos são 
mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar �s diferenças 
temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram 
decretadas até a data do balanço. A mensuração dos ativos e passivos fiscais 
diferidos reflete as consequ�ncias tributárias decorrentes da maneira sob a 
qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos. 2.15 
Subvençõ es governamentais - Subvenções governamentais são reconhecidas 
quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas 
as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere 
a um item de despesa, é reconhecido como receita ao valor justo ao longo do 
período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício 
objetiva compensar. As subvenções para investimento passaram a ser 
contabilizadas no resultado a partir da aplicação da Lei n� 11.638/07. 
Posteriormente são destinadas para reserva de incentivos fiscais. Incentivo 
Federal - A Sociedade é beneficiária de subvenções Federais obtidas por conta 
da realização de investimentos na implantação de unidades de produção de 
energia renovável sediadas na área de atuação da Superintend�ncia de 
Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, esse incentivo fiscal é concedido 
pelo prazo certo de 10 (Dez) anos, para os empreendimentos que comprovarem, 
junto � SUDENE, a realização de investimentos na Região Nordeste do Brasil, 
desde que atendidas todas as condições e obrigações exigidas na legislação 
pertinente para obter a contrapartida da União, dentro das políticas públicas 
de emprego de recursos federais no fomento ao desenvolvimento da região 
Nordeste do País. No ano de 2015 a Companhia obteve esse incentivo, válido 
até 2024. O valor a ser recebido da União durante o prazo certo de sua 
concessão consiste num montante equivalente ao resultado da aplicação do 
percentual de 75� (setenta e cinco por cento) sobre uma base de cálculo 
legalmente denominada de lucro da exploração (art. 1� da MP 2.199-14/01 e 
art. 1� do Decreto n� 6.539/2008). A Administração cumpre todas as exig�ncias 
para obtenção dessas subvenções, especialmente as relacionadas � comprovação 
dos investimentos, geração dos empregos, volume de produção, bem como, 
não distribui na forma de dividendos os valores deles decorrentes. Até então, 
entende-se que não foi descumprido qualquer condição que impeça a 
continuidade do direito de usufruir os benefícios das subvenções 
governamentais que lhe foram concedidas. 3 Estimativas e julgamentos 
contábeis crí ticos - A Companhia faz estimativas e estabelece premissas com 
relação ao futuro, baseada na experi�ncia histórica e em outros fatores, 
incluindo expectativas de eventos futuros. Por definição, as estimativas 
contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. 
As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo de causar 
um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo 
exercício estão divulgadas abaixo. (a) Vida útil econômica de ativos não 
financeiros � Conforme o OCPC 05 - Contratos de Concessão, para os bens 
integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos de concessão 
(uso do bem público) assinados após 2004, sob a égide da Lei n.� 10.848/04, 
que não tenham direito � indenização no final do prazo da concessão no 
processo de reversão dos bens ao poder concedente, esses bens, incluído 
terrenos, devem ser amortizados com base na vida útil econômica de cada 
bem ou no prazo da concessão, dos dois o menor, ou seja, a amortização está 
limitada ao prazo da concessão. A administração reconhece a depreciação de 
seus ativos imobilizados com base no menor prazo entre a concessão (Nota 
1) e nas vidas úteis estimadas de cada bem (Nota 9). (b) Conta de 
ressarcimento–CCEE - A Conta de ressarcimento � CCEE reflete os efeitos 
sobre a geração de energia fora dos limites de tolerância estabelecidos (energia 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO X Nº122  | FORTALEZA, 03 DE JULHO DE 2018

                            

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