DOE 13/06/2018 - Diário Oficial do Estado do Ceará
lor justo. A seleção dos ativos e passivos apresenta-
dos nesta nota ocorreu em razão de sua relevância.
Não é prática da Sociedade contratar instrumentos
financeiros para fins especulativos. Em 31/12/17 e
de 2016, a Sociedade não detinha instrumentos fi-
nanceiros derivativos ou outros instrumentos de
riscos semelhantes. A classificação dos principais
instrumentos financeiros da Sociedade é apresenta
da conforme a seguir:
Valor contábil
e valor justo
Categoria 31/12/17 31/12/16
Ativos Financeiros
46.817
42.718
Caixa
e
equivalentes
de caixa
a
35.373
17.748
Contas a receber de cliente
a
4.010
3.859
Partes
relacionadas
a
843
15.048
Depósitos vinculados
b
6.591
6.063
Passivos Financeiros
70.673
74.992
Fornecedores
c
573
804
Empréstimos e
financiamentos
c
59.140
69.609
Contas a pagar - Eletrobras
c
10.432
2.821
Dividendos a pagar
c
446
1.758
Partes relacionadas
c
82
–
Categoria: a - Empréstimos e recebíveis; b - Manti-
dos até o vencimento; c - Mensurados ao custo
amortizado. Classificação dos instrumentos finan-
ceiros: Os instrumentos financeiros da Sociedade
estão classificados como: a) Ativos financeiros,
tendo como categorias: (I) empréstimos e recebí-
veis e (II) mantidos até o vencimento. A classifica-
ção é realizada com base nos seguintes critérios: (I)
Empréstimos e recebíveis: São ativos financeiros
com pagamentos fixos ou determináveis que não
são cotados em mercado ativo. Tais ativos financei-
ros são registrados ao custo histórico pelo método
do custo amortizado. (II) Mantidos até o vencimen-
to: Correspondem aos ativos financeiros não deri-
vativos com pagamentos fixos ou determináveis
com vencimentos definidos e para os quais a Socie-
dade tem a intenção de manter até o vencimento. Os
ativos financeiros referentes a essa classificação
são registrados ao custo histórico pelo método do
custo amortizado. b) Passivos financeiros, tendo
como categoria: (I) mensurados ao custo amorti-
zado. A classificação é realizada conforme os se-
guintes critérios: (I) Mensurados ao custo amorti-
zado: São os demais passivos financeiros que não
se enquadram na classificação supramencionada.
Os passivos financeiros referentes a essa classifica-
ção são reconhecidos e amortizados seguindo es-
sencialmente o método do custo amortizado. c)
Exposição a riscos de taxas de juros: A Sociedade
está exposta a riscos normais de mercado, relacio-
nados às variações da TJLP e CDI, relativos a em-
préstimos em reais.
As taxas de juros das aplicações
financeiras são vinculadas à variação do CDI. Os
instrumentos financeiros sujeitos ao risco da taxa
de flutuação da CDI e fundos de investimento, em
31/12/17 e em 31/12/16, eram os seguintes:
Ativos financeiros
31/12/17 31/12/16
Aplicação financeira CDB
e fundos de investimento
35.373
16.796
Depósitos vinculados
6.591
6.063
Total
41.964
22.859
As aplicações financeiras possuem condições de
contratação atuais semelhantes àquelas em que os
mesmos se originaram, portanto, os valores de mer-
cado são similares aos valores contábeis. Essas
aplicações financeiras foram consideradas como
equivalentes de caixa. O montante dos
empréstimos
e financiamentos sujeitos ao risco da taxa de flutu-
ação da TJLP em 31/12/17 e de 2016 eram os se-
guintes:
Passivos financeiros
31/12/17 31/12/16
Caixa Econômica
Federal (TJLP + 2,5 % a.a.)
59.140
69.609
d) Concentração de risco de crédito: Decorre da
possibilidade de a Sociedade sofrer perdas decor-
rentes de inadimplência de sua contraparte ou de
instituições financeiras depositárias de recursos ou
de investimentos financeiros. A principal fonte de
receitas da Sociedade advém da venda de energia a
Eletrobras.
As contas a receber e outros créditos são
reconhecidos ao seu valor nominal. O risco surge da
possibilidade de a Sociedade vir a incorrer em per-
das resultantes da dificuldade de recebimento de
valores faturados a seu cliente. Para reduzir esse
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras da Central Eólica Praias de Parajuru S.A.
tipo de risco e para auxiliar no gerenciamento do
risco de inadimplência, a Sociedade monitora rigo-
rosamente a contas a receber de cliente e não apre-
senta histórico de perdas. No que tange às institui-
ções financeiras, a Sociedade somente realiza
operações com instituições financeiras de baixo
risco avaliadas por agências de “rating”. e) Risco
de estrutura de capital (ou risco financeiro): De-
corre da escolha entre capital próprio (aportes de
capital e retenção de lucros) e capital de terceiros
que a Sociedade faz para financiar suas operações
(estrutura de capital). Para mitigar os riscos de li-
quidez e otimizar o custo médio ponderado do ca-
pital, a Sociedade monitora permanentemente os
níveis de endividamento de acordo com os padrões
de mercado e o cumprimento de cláusulas contratu-
ais previstos em contratos de empréstimos e finan-
ciamentos. f) Valor contábil e valor justo dos
instrumentos financeiros: Os valores contábeis
dos instrumentos financeiros da Sociedade em
31/12/17 e 31/12/16 aproximam-se do valor justos
dos ativos e passivos correspondentes, tendo em
vista os prazos e a natureza das transações. Risco de
vencimento antecipado de empréstimos e financia-
mentos: Risco proveniente do descumprimento de
cláusulas contratuais restritivas, presentes nos con-
tratos de empréstimos da Sociedade com a Caixa
Econômica Federal, as quais estão mencionadas na
nota nº 10. g) Risco de liquidez: A previsão de flu-
xo de caixa é preparada pela Sociedade onde são
monitoradas as previsões contínuas das exigências
de liquidez para assegurar que a Sociedade tenha
caixa suficiente para atender às necessidades ope-
racionais. Essa previsão leva em consideração os
planos de financiamento da dívida e geração de
caixa da Sociedade. A tabela a seguir mostra em
detalhes o prazo de vencimento contratual restante
dos principais ativos e passivos financeiros não de-
rivativos da Sociedade e os prazos de amortização
contratuais. A tabela foi elaborada de acordo com
os fluxos de caixa não descontados dos ativos e pas-
sivos financeiros com base na data mais próxima
em que a Sociedade deve realizar e/ou quitar os
respectivos saldos. A tabela inclui os fluxos de cai-
xa dos juros e do principal. Na medida em que os
fluxos de juros são pós-fixados, o valor não descon-
tado foi obtido com base nas curvas de juros no
encerramento do exercício. O vencimento contra-
tual baseia-se na data mais recente em que a Socie-
dade deve realizar e/ou quitar os respectivos saldos.
Ativos financeiros
Saldo em
31/12/17
Taxa
Menos
de um
mês
De um
a três
meses
De três
meses a
um ano
De um
a cinco
anos
Mais de
cinco
anos
Total
Caixa e equivalentes
de caixa
35.373
98% a 100% CDI e
FI (9,61% a 9,89%) 35.373
–
–
–
– 35.373
Contas a receber de cliente4.010
n/a
3.008
1.003
–
–
–
4.010
Depósitos vinculados
6.591
93% a 101% CDI
e FI (9,61%)
–
–
– 10.022
– 10.022
Partes relacionadas
843
2%
843
–
–
–
–
843
Passivos financeiros
Fornecedores
573
n/a
573
–
–
–
–
573
Empréstimos e
financiamentos
59.140
TJLP + 2,5%
1.296
2.614 12.468 57.962
– 74.340
Contas a pagar -
Eletrobras
10.432
n/a
782
2.337
6.260
384
670 10.432
h) Índice de endividamento: A estrutura de capital
da Sociedade é formada pelo endividamento líqui-
do (empréstimos detalhados na nota nº 10, deduzi-
dos pelo caixa e equivalentes de caixa e depósitos
vinculados) e pelo patrimônio líquido da Sociedade
(que inclui capital emitido e reservas, conforme
apresentado na nota nº 15). O índice de endivida-
mento no final do exercício findo é o seguinte:
31/12/17 31/12/16
Dívida
59.140
69.609
Caixa e equivalentes de caixa (35.373) (17.748)
Depósitos vinculados
(6.591)
(6.063)
Dívida líquida
17.176
45.798
Patrimônio líquido
88.973
88.897
Índice de endividamento líquido
0,19
0,52
i) Análise de sensibilidade para exposição de
taxa de juros: A Sociedade possui exposição a ta-
xas de juros em suas aplicações financeiras equiva-
lentes de caixa e vinculadas (classificadas como
não equivalentes de caixa), vinculados ao CDI e
empréstimos e financiamentos vinculados a TJLP,
além de aplicações financeiras equivalentes de cai-
xa e vinculadas (classificadas como não equivalen-
tes de caixa) em fundos de investimento amplo,
referenciados pelo CDI. Foram realizadas análises
de sensibilidade em relação a possíveis variações
nesta taxa de juros. Na data de encerramento do
exercício findo em 31/12/17, a Administração esti-
mou cenários de variação na CDI, TJLP e dos ren-
dimentos dos fundos de investimento. Para o cená-
rio atual, foram utilizadas as taxas vigentes na data
de encerramento do exercício findo em 31/12/17 e
para provável foram utilizadas taxas de acordo com
as expectativas de mercado. Tais taxas foram es-
tressadas com aumento e redução em 25% e 50%,
servindo de parâmetro para os testes de sensibilida-
de dos cenários adversos, conforme demonstrado
abaixo. Simulação com expectativa do CDI, TJLP
e dos rendimentos dos fundos de investimentos
para 31/12/17, considerando as taxas de 9,93%,
7,5% e 9,68% a.a. respectivamente:
Cenário
atual
Cenário II
(-50%)
Cenário I
(-25%)
Cenário
provável
Cenário I
(+25%)
Cenário II
(+50%)
Saldo de aplicações financeiras
29.735
31.185
31.911
32.636
33.361
34.086
Taxa média (% do CDI)
99,14%
99,14%
99,14%
99,14%
99,14%
CDI projetado
4,92%
7,38%
9,84%
12,30%
14,76%
Saldo de aplicações financeiras
5.638
5.912
6.049
6.187
6.324
6.461
Rendimento dos fundos
de investimento projetado
4,87%
7,31%
9,75%
12,19%
14,62%
Saldo dos depósitos vinculados
5.876
6.158
6.300
6.441
6.582
6.723
Taxa média (% do CDI)
98,36%
98,36%
98,36%
98,36%
98,36%
CDI projetado
4,89%
7,33%
9,77%
12,21%
14,66%
Saldo dos depósitos vinculados
715
749
767
784
801
818
Rendimento dos fundos
de investimento projetado
4,81%
7,21%
9,61%
12,01%
14,42%
Saldo de empréstimos
e financiamentos
59.140
62.835
63.944
65.053
66.162
67.271
Juros projetados (TJLP + 2,5%)
6,25%
8,13%
10,00%
11,88%
13,75%
j) Risco da escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da falta de vento ocasionada por fa-
tores naturais, o qual é minimizado em função das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores
do mundo, pois, além de contar com alta velocidade, os ventos são considerados bem estáveis, diferentes
de certas regiões da Ásia e dos Estados Unidos, sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências. k) Riscos
regulatórios: As atividades da Sociedade, assim como de seus concorrentes são regulamentadas e
fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre as
atividades da Sociedade. 21. Compromissos: Arrendamentos: A Sociedade possui compromisso refe-
rente ao contrato de arrendamentos de terras. Os pagamentos efetuados para arrendamento são reconhe-
cidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. Os arrenda-
mentos se referem, preponderantemente, ao terreno onde estão instaladas as torres eólicas da Sociedade
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO X Nº109 | FORTALEZA, 13 DE JUNHO DE 2018
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