DOE 15/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            A venda de energia no mercado cativo da Companhia apresentou uma 
evolução de 2,0% no ano de 2018 quando comparado com 2017. O principal 
fator que ocasionou essa evolução no consumo foi o crescimento vegetativo do 
mercado cativo que adicionou 63.409 novos consumidores* à base comercial 
cativa da Companhia.
Em 31 de Dezembro
Indicadores Operacionais e
  de Produtividade*
2018
2017 Variação Var. %
DEC 12 meses (horas)
 10,14 
 8,78 
 1,36 15,5%
FEC 12 meses (vezes)
 5,57 
 5,37 
 0,20 
3,7%
Perdas de Energia 12 meses (%)
14,25%13,95%
- 0,30 p.p
Índice de Arrecadação 12 meses (%)
99,30%98,86%
- 0,44 p.p
MWh/Colaboradores Próprios e 
  Terceiros
 1.423  1.540 
 (117) -7,6%
Consumidor/Colaboradores Próprios e 
  Terceiros
 497 
 540 
 (42) -8,0%
PMSO (1)/Consumidor
 153 
 150 
 3 
2,0%
Número Total de Colaboradores -
  Próprios e Terceiros 
 8.281  7.444 
 837 11,2%
(1) PMSO: Pessoal, Material, Serviços e Outros. Os indicadores DEC 
(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC 
(Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) medem 
a qualidade do fornecimento de energia do sistema de distribuição da 
Companhia. Ambos os indicadores apresentaram um incremento em 2018 
comparado a 2017, explicados, principalmente, por fatores externos, como a 
interrupção no Sistema Interligado Nacional, que afetou o Norte e Nordeste 
do País em março/2018 e em função de diversas obras ocorridas no estado do 
Ceará, que implicaram em desligamentos do sistema para permitir a execução 
das mesmas. A ocorrência de muitas descargas atmosféricas, observadas 
principalmente no mês de dezembro/18 também impactaram esses indicadores 
de qualidade. A Companhia investiu R$ 257 milhões* em qualidade do 
sistema nos últimos 12 meses, e segue mantendo os indicadores melhores que 
os níveis exigidos pela Aneel (10,90 horas para o DEC e 7,79 vezes para o 
FEC). As perdas de energia TAM – Taxa Anual Móvel (medição acumulada 
em 12 meses) alcançaram o valor de 14,25%* em 2018, um acréscimo de 0,30 
p.p. em relação às perdas registradas em 2017, de 13,95%*. Este aumento é 
explicado, principalmente, pela retração da economia do estado que gerou 
um aumento no furto de energia, em conjunto com o efeito do aumento de 
perdas técnicas em função da maior carga requerida com o crescimento da 
demanda. Em 2018, foi iniciado um plano de combate aos furtos de energia, 
com o objetivo de reduzir as perdas. Nos últimos 12 meses, foram investidos 
R$ 54 milhões* no combate às perdas.
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Principais Contas de
Em 31 de Dezembro
  Resultado e Margens
2018
2017 Variação
Var. %
(R$ Mil)
Receita Operacional Bruta
7.510.323 6.858.949
651.374
9,5%
Deduções à Receita Operacional(2.408.079)(2.264.530) (143.549)
6,3%
Receita Operacional Líquida
5.102.244 4.594.419
507.825
11,1%
Custos do Serviço e Despesas 
  Operacionais
(4.584.391)(3.975.970) (608.421)
15,3%
EBITDA(1)
722.882
792.824
(69.942)
-8,8%
Margem EBITDA
14,17%
17,26%
- -3,09p.p
Margem EBITDA ex-Receita 
  de Construção*
17,15%
20,33%
- -3,18p.p
EBIT(2)
517.853
618.449 (100.596) -16,3%
Margem EBIT
10,15%
13,46%
- -3,31p.p
Imposto de Renda,
  Contribuição Social e Outros
(89.790)
(106.702)
16.912
-15,8%
Lucro Líquido
364.520
435.779
(71.259) -16,4%
Margem Líquida
7,14%
9,48%
- -2,34p.p
Margem Líquida ex-Receita 
  de Construção
8,65%
11,17%
- -2,52p.p
Lucro por Ação (R$/ação)*
4,68
5,60
(0,92) -16,7%
(1) EBITDA: EBIT + Depreciações e Amortizações, (2) EBIT: Resultado 
do Serviço. Receita Operacional Bruta: A receita operacional bruta da 
Companhia alcançou um incremento de R$ 651 milhões em relação ao ano 
de 2017. Excluindo-se o efeito da receita de construção, a receita operacional 
bruta da Companhia, em 2018, alcançou o montante de R$ 6,62 bilhões, o 
que representa um aumento de 7,4% (R$ 459 milhões) em relação ao ano 
anterior, cujo montante foi de R$ 6,16 bilhões. Este aumento é o efeito
líquido dos seguintes fatores:
Em 31 de Dezembro
Receita Operacional Bruta
2018
2017 Variação
Var. %
(R$ Mil)
Fornecimento de Energia Elétrica 5.561.762 5.320.535 241.227
4,5%
Ativos e passivos financeiros
  setoriais
61.725
137.222
(75.497)
-55,0%
Subvenção Baixa Renda
210.102
200.012
10.090
5,0%
Subvenção CDE - Desconto 
  Tarifário
250.483
249.949
534
0,2%
Em 31 de Dezembro
Receita Operacional Bruta
2018
2017 Variação
Var. %
(R$ Mil)
Receita de uso da rede elétrica - 
  consumidores livres - revenda
279.722
183.110
96.612
52,8%
Receita de Construção
885.970
693.883 192.087
27,7%
Outras Receitas
260.559
74.238 186.321 >100,0%
Total - Receita Operacional 
  Bruta
7.510.323 6.858.949 651.374
9,5%
Variações relevantes: Fornecimento de Energia Elétrica (incremento de R$ 
241 milhões): este aumento está associado, principalmente, aos seguintes 
fatores: (i) efeito do Reajuste Tarifário Anual de 2018, aplicado a partir de 
22 de abril de 2018, que incrementou as tarifas da Companhia em 4,96% em 
média; e (ii) aumento de 2,0% no volume de energia vendida para o mercado 
cativo da Companhia (9.785 GWh em 2018 versus 9.594 GWh em 2017). 
Receita de uso da rede elétrica – consumidores livres - revenda (incremento 
de R$ 97 milhões): deve-se, principalmente, ao aumento de 7,0% no volume 
de energia vendida para o mercado livre da Companhia (1.998 GWh em 2018 
versus 1.868 GWh em 2017). Outras Receitas (incremento de R$ 186 milhões): 
em função, principalmente, da reclassificação da receita proveniente dos 
recursos de bandeiras tarifárias, de modo a atender o despacho Nº 4.356/2017. 
No ano anterior esta receita estava registrada na rubrica de ativos e passivos 
financeiros setoriais, aliado ao aumento dessas receitas para cobrir maiores 
custos de energia em 2018. Esses efeitos foram parcialmente compensados 
por: Ativos e passivos financeiros setoriais (redução de R$ 75 milhões): esta 
redução deve-se, principalmente, a reclassificação da receita proveniente dos 
recursos de bandeiras tarifárias, de modo a atender o despacho Nº 4.356/2017. 
Deduções da Receita: As deduções da receita em 2018 apresentaram um 
incremento de R$ 144 milhões em relação ao ano anterior. Este aumento é o 
efeito das seguintes variações:
Em 31 de Dezembro
Deduções da Receita
2018
2017 Variação
Var. %
(R$ Mil)
ICMS
 (1.382.420) (1.314.438)  (67.982)
5,2%
COFINS
 (502.785)  (474.222)  (28.563)
6,0%
PIS
 (109.157)  (102.956)
 (6.201)
6,0%
Total - Tributos
 (1.994.362) (1.891.616)  (102.746)
5,4%
P&D
 (41.166)
 (38.354)
 (2.812)
7,3%
Encargo Setorial CDE
 (398.235)  (327.710)  (70.525)
21,5%
Outros impostos e 
contribuições a receita
 (7.186)
 (6.850)
 (336)
4,9%
Ressarcimento P&D 
 32.870 
 - 
 
 
 32.870 
-
Total - Encargos Setoriais
 (413.717)  (372.914)  (40.803)
10,9%
Total - Deduções da Receita  (2.408.079) (2.264.530)  (143.549)
6,3%
Variações relevantes: Tributos (incremento de R$ 103 milhões): Esta 
variação é resultado, principalmente, do aumento da base de cálculo para 
estes tributos, em função do incremento observado na receita bruta da 
Companhia entre os períodos analisados.  Encargos Setoriais (incremento de 
R$ 40 milhões): Variação decorrente do aumento da quota de CDE, no qual 
destaca-se o incremento do orçamento da CDE – USO, conforme Resolução 
Homologatória Nº 2.368, de 9/2/2018, que aprovou as cotas anuais da CDE 
para o ano de 2018. Este efeito foi parcialmente compensado pela rubrica 
de Ressarcimento P&D, em função de devolução, pela União, do excedente 
de arrecadação do adicional de 0,3% sobre a Receita Operacional Líquida 
– ROL, instituído pela Lei nº 12.111/2009, que foi repassado às tarifas de 
energia elétrica, e recolhido ao Tesouro Nacional, no período de janeiro 
de 2010 a dezembro de 2012, visando ressarcir estados e municípios pela 
eventual perda de recolhimento do ICMS incidente sobre combustíveis fósseis 
utilizados na geração de energia elétrica, nos 24 meses seguintes à interligação 
dos respectivos Sistemas Isolados ao Sistema Interligado Nacional – SIN. 
Custos e Despesas Operacionais: Os custos e despesas operacionais em 
2018 alcançaram R$ 4.584 milhões, um incremento de R$ 608 milhões em 
relação ao ano de 2017. Excluindo-se o efeito do custo de construção, os 
custos do serviço e despesa operacional da Companhia, em 2018, alcançaram 
o montante de R$ 3,70 bilhões, o que representa um aumento de 12,7% (R$ 
416 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi de R$ 3,28 bilhões. 
Este incremento é o efeito das seguintes variações: 
Custos do Serviço e
Em 31 de Dezembro
  Despesas Operacionais
2018
2017
Variação
Var. %
(R$ Mil)
Energia elétrica comprada 
  para revenda
 (2.599.577) (2.385.638)  (213.939)
9,0%
Encargos do uso do sistema 
  de transmissão
 (278.178)  (144.647)  (133.531)
92,3%
Total - Custos e Despesas 
  Não Gerenciáveis
 (2.877.755) (2.530.285)  (347.470)
13,7%
Pessoal
 (167.017)  (161.338)
 (5.679)
3,5%
Material e Serviços de 
  Terceiros
 (361.955)  (342.888)
 (19.067)
5,6%
Depreciação e Amortização
 (205.029)  (174.375)
 (30.654)
17,6%
Custos de Desativação de 
  Bens
 (33.553)
 (22.165)
 (11.388)
51,4%
Prov. para Créditos de
  Liquidação Duvidosa
 (49.429)
 (33.044)
 (16.385)
49,6%
Custo de Construção
 (885.970)  (693.883)  (192.087)
27,7%
COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE
CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 - Companhia Aberta
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº052  | FORTALEZA, 15 DE MARÇO DE 2019

                            

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