DOE 15/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                              Diferido perdas de bens
 1.805 
 1.805 
 – 
 – 
Subtotal - impacto no resultado do período
 (12.023)
 13.206 
 (25.229)
 (27.997)
IR e CS diferidos sobre ajustes dos CPCs - Resultado abrangente 
 60.052 
 53.858 
 6.194 
 1.976 
  Plano de pensão
 62.397 
 54.383 
 8.014 
 2.501 
  Instrumentos financeiros derivativos
 (115)
 (525)
 410 
 (525)
  IFRS 9
 (2.230)
 – 
 
 
 (2.230)
 – 
Total
 48.029 
 67.064 
 (19.035)
 (26.021)
 Os valores dos ativos fiscais diferidos sobre diferenças temporárias, que 
poderão ser compensados com lucros tributáveis futuros, serão realizados 
pela Companhia em um prazo não superior a 5 anos, considerando as melhores 
estimativas da Administração. 31. Objetivos e políticas para a gestão de 
risco financeiro: Considerações gerais: A Companhia possui políticas de 
mitigação de riscos financeiros e adota estratégias operacionais e financeiras 
visando manter a liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Com 
essa finalidade, mantém sistemas gerenciais de controle e acompanhamento 
das suas transações financeiras e seus respectivos valores, com o objetivo 
de monitorar os riscos e oportunidades/condições de cobertura no mercado. 
Fatores de risco: A linha de negócio principal da Companhia está concentrada 
na distribuição de energia elétrica em toda a área de concessão do Estado do 
Ceará. Sua estratégia está sintonizada com a gestão financeira que aplica 
melhores práticas para minimização de riscos financeiros, observando também 
os aspectos regulatórios. A Companhia identifica os seguintes fatores de 
riscos que podem afetar seu negócio: a) Risco de crédito: Esse risco surge da 
possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade 
de recebimento de valores faturados a seus clientes ou de uma contraparte, 
em um instrumento financeiro, não cumprir com suas obrigações contratuais. 
Esses riscos são avaliados como de baixa probabilidade, considerando a 
pulverização do número de clientes, o comportamento estatístico dos níveis 
de arrecadação e as políticas que estabelecem regras e limites para realizar 
operações com contrapartes. No caso de transações financeiras, essas políticas 
levam em consideração, dentre outras variáveis, a classificação de risco de 
crédito (rating) e valor do patrimônio líquido da contraparte.
31/12/2018 31/12/2017
Caixa e equivalentes de caixa
 95.835 
 154.276 
Títulos e valores mobiliários
 67.980 
 82.206 
Instrumentos financeiros derivativos - swap
 86 
 1.465 
Consumidores e outras contas a receber
 974.642 
 892.615 
Ativos financeiros setoriais
 201.567 
 124.961 
Ativo indenizável (concessão)
 1.888.440  1.383.764 
 3.228.550  2.639.287
No caso dos créditos com Consumidores, a Companhia tem o direito de 
interromper o fornecimento de energia caso o cliente deixe de realizar o 
pagamento de suas faturas, dentro de parâmetros e prazos definidos pela 
legislação e regulamentação específicas. 
A provisão para créditos de liquidação 
duvidosa é estabelecida em montante julgado suficiente, pela Administração 
da Companhia, para cobrir prováveis riscos de realização das contas a receber. 
Os riscos relativos aos créditos setoriais e indenizáveis são considerados 
como bastante reduzidos, visto que os contratos firmados asseguram o direito 
incondicional de receber caixa ao final da concessão a ser pago pelo Poder 
Concedente, referente a custos não recuperados por meio de tarifa. Em 31 
de dezembro de 2018, para o saldo de caixa e equivalentes de caixa, títulos 
e valores mobiliárias e instrumentos financeiros derivativos, a Companhia 
possuía a seguinte exposição de ativos com as seguintes classificação de risco 
realizada pela 
Agencia Standard & Poor’s (escala nacional):
Instrumentos Financeiros Derivativos
31/12/2018 31/12/2017
AA-
 86 
 1.465 
Total geral
 86 
 1.465
Caixa e equivalentes de caixa e Titulos e 
 valores mobiliários
31/12/2018 31/12/2017
AA-
 – 
 
 
 133.398 
AAA
 114.790 
 78 
AA+
 36.294 
 100.934 
Banco Central do Brasil
 356 
 479 
Numerário em trânsito
 12.375 
 1.433 
Não avaliado
 – 
 
 
 160 
Total geral
 163.815 
 236.482
b) Risco da revisão e do reajuste das tarifas de fornecimento: Os processos 
de Revisão e Reajuste Tarifários são garantidos por contrato e empregam 
metodologias previamente definidas. Alterações na metodologia vigente 
podem afetar a tarifa de energia e consequentemente, a receita oriunda do 
fornecimento de energia da Companhia e ainda, o equilíbrio econômico–
financeiro da concessão. No caso de desequilíbrio econômico–financeiro da 
concessão, a Companhia pode requerer ao regulador a abertura de uma revisão 
tarifária extraordinária, ficando a realização desta a critério do regulador. A 
ANEEL também poderá proceder com revisões extraordinárias caso haja 
criação, alteração ou exclusão de encargos e/ou tributos, para repasse dos 
mesmos às tarifas. Os processos de reajuste e revisão tarifária de todas as 
concessionárias de distribuição de energia elétrica são efetuados segundo 
metodologia elaborada e publicada pela ANEEL e submetidos à avaliação 
pública. Alterações de metodologia nos reajustes ou nas revisões tarifárias 
propostos pelo regulador podem impactar de forma significativa a condição 
financeira e os resultados operacionais da Companhia. c) Risco de câmbio: 
Este risco é proveniente da possibilidade de flutuações na taxa de câmbio, que 
possam acarretar em perdas para Companhia, como por exemplo, a valorização 
COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE
CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 - Companhia Aberta
de moedas estrangeiras frente ao real, que aumentaria as despesas financeiras 
relativas a empréstimos e financiamentos indexados ao dólar. De forma a 
evitar este risco, sempre que aplicável, a Companhia contrata instrumentos 
derivativos (swaps) para as dívidas financeiras indexadas em moeda 
estrangeira (passando o custo para CDI, em Reais), com o objetivo estrito de 
proteção (Hedge). Em 31 de dezembro de 2018 a dívida em moeda estrangeira 
da Companhia não era significativa e não havia operações de derivativos 
vigentes em moeda estrangeira. d) Risco de encargos de dívida (taxas 
de juros e inflação): Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia 
vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros ou outros 
indexadores de dívida, como por exemplo, indicadores de inflação, que 
aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos 
captados no mercado. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía 
89% da dívida total indexada a taxas variáveis ou flutuantes, sendo que 6% 
eram atrelados a indicadores menos voláteis às oscilações do mercado, como 
a TJLP contraídos com recursos do BNDES. Com a baixa do CDI no início 
do período, a Companhia realizou operações de hedge de curto prazo fixando 
algumas operações as operações atreladas ao indexador (35% do total, sendo 
6,7% objeto de hedge), de forma a garantir um custo fixo, sem estar exposto a 
possíveis variações do mercado. Os ajustes a débito e a crédito dessas operações 
estão registrados nas demonstrações de resultados. Em 31 de dezembro de 
2018, a Companhia apurou um resultado positivo não realizado na operação de 
swap no montante de R$ 86 (resultado positivo no montante de R$ 1.465 em 31 
de dezembro 2017), e possui registrado o saldo das perdas com os instrumentos 
financeiros derivativos reconhecidos diretamente no patrimônio em outros 
resultados abrangentes no valor de R$ 1.206 em 31 de dezembro de 2018 
(saldo positivo no montante de R$ 1.541 em 31 de dezembro 2017). Em 31 de 
dezembro de 2018, a Companhia possuía a seguinte exposição:
Caixa e equivalentes de caixa e
  Titulos e valores mobiliários
31/12/2018
% 31/12/2017
%
Selic
 170 0,13%
 61 
0%
CDI
 131.646 99,85%
 157.787 
100%
Pré-Fixado
 34 0,03%
 129 
0%
Total
 131.850 100%
 157.977 
100%
Ativo Financeiro Indenizável
31/12/2018
% 31/12/2017
%
IPCA
 1.888.440 100%  1.383.764 
100%
Total
 1.888.440 100%  1.383.764 
100%
Empréstimos, Financiamentos, 
  Debêntures e Derivativos
31/12/2018
% 31/12/2017
%
Taxa fixa
 477.199 
25%
 350.050 
27%
TJLP
 94.103 
5%
 136.316 
11%
Selic
 64.887 
3%
 78.905 
6%
CDI
 550.316 
29%
 349.578 
27%
TR
 – 
0%
 75.848 
6%
IPCA
 697.311 
37%
 296.598 
23%
Libor
 4.455 
0%
 3.794 
0%
Total
 1.888.271 100%  1.291.089 
100%
Em relação à eventual exposição de ativos e passivos relevantes às variações 
de mercado (cambio, taxas de juros e inflação), a Companhia adota como 
estratégia a diversificação de indexadores e, eventualmente, se utiliza de 
instrumento financeiros derivativos para fins de proteção, à medida em que 
se identifique esta necessidade e haja condições de mercado adequadas que 
o permita. e) Risco de liquidez: Com o intuito de assegurar a capacidade 
dos pagamentos de suas obrigações de maneira conservadora, a gestão de 
aplicações financeiras tem foco em instrumentos de curtíssimos prazos, 
prioritariamente com vencimentos diários, de modo a promover máxima 
liquidez. A liquidez da Companhia é gerida através do monitoramento dos 
fluxos de caixa previstos e realizados com o objetivo de se precaver das 
possíveis necessidades de caixa no curto prazo. Com o intuito de assegurar 
a capacidade dos pagamentos de suas obrigações de maneira conservadora, 
a gestão de aplicações financeiras tem foco em instrumentos de curtíssimos 
prazos, prioritariamente com vencimentos diários, de modo a promover 
máxima liquidez. A Companhia mantém linhas de crédito bancárias para 
captação de recursos para capital de giro e para empréstimos que julgue 
adequados, incluindo commited credit lines e uncommited credit lines, 
através de contratos firmados, cujo montante em 31 de dezembro de 2018 
era de R$ 270.000. A estrutura de capital da Companhia é formada pelo 
endividamento líquido (empréstimos e debêntures detalhados nas Notas 
19 e 20, deduzidos pelo caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores 
mobiliários detalhados nas Notas 5 e 6, e pelo patrimônio líquido da 
Companhia (que inclui capital emitido, reservas e lucros acumulados 
conforme apresentado na Nota 26). O índice de endividamento em 31 de 
dezembro de 2018 é de 37% (29% em 2017), calculado pela razão entre 
dívida líquida e patrimônio líquido mais dívida líquida. As tabelas abaixo 
apresentam informações sobre os vencimentos futuros dos empréstimos, 
financiamentos e debêntures da Companhia que estão sendo considerados 
no fluxo de caixa projetado: 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº052  | FORTALEZA, 15 DE MARÇO DE 2019

                            

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