DOE 21/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2018
NOTA 1 - ATIVIDADES OPERACIONAIS
A Sociedade tem como objetivo a industrialização, o comércio, a importação 
e exportação de calçados, partes e seus componentes.
NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis foram elaboradas, em seus aspectos relevantes, 
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem 
a legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, as Orientações e 
as Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(“CPC”) homologadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, nos seus 
aspectos matérias. Para fins de apresentação destas demonstrações, esse 
conjunto de regras é também denominado “BR GAAP”
NOTA 3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
As principais práticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas de forma 
consistente para as demonstrações financeiras da Companhia (BR GAAP): 
a) Base de Elaboração: As demonstrações financeiras foram elaboradas com 
base no custo histórico. O custo histórico geralmente é baseado no valor 
justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
b) Moeda Funcional e de Apresentação: Os itens incluídos nas 
demonstrações financeiras da Companhia são mensurados usando a moeda 
do ambiente econômico no qual a Sociedade atua (“moeda funcional”). 
As demonstrações financeiras são apresentadas em reais (R$), a moeda 
funcional da Companhia.
c) Caixa  Equivalentes de Caixa: Incluem dinheiro em caixa, depósitos 
bancários à vista, investimentos temporários de curto prazo considerados 
de liquidez imediata ou conversíveis em um montante conhecido de caixa 
e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, os quais 
são registrados pelos valores de custo acrescidos dos rendimentos auferidos 
até as datas dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de 
realização.
d) Estoques: Os Estoques de Produtos Prontos e Produtos em Elaboração 
foram avaliados por critérios aceitos pela legislação tributária brasileira, 
sendo que as matérias primas e demais materiais são avaliados pelo custo 
médio ponderado, apurado mediante controle permanente de movimentação 
de materiais.
e) Investimentos: Refere-se o investimento não relevante, registrado pelo 
valor de custo de aquisição.
f) Imobilizado/Intangível: Registrados ao custo de aquisição, formação 
ou construção, deduzido de depreciação e amortização. A depreciação e 
amortização são reconhecidas com base na vida útil estimada de cada ativo 
pelo método linear. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos 
de depreciação e amortização estão em processo de revisão e o efeito de 
quaisquer mudanças nas estimativas será contabilizado prospectivamente.
g) Demais Ativos: Os demais ativos são apresentados ao valor de custo 
ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações 
monetárias e cambiais auferidos.
h) Passivos Circulante e Não Circulante: Os passivos circulante e não 
circulante são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, 
acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações 
monetárias e cambiais devidos.
i) Avaliação do Valor Recuperável de Ativos: Os bens do imobilizado, 
intangível e, quando aplicável, outros ativos não circulantes estão em 
processo de formalização de procedimento de "internal evaluation" para 
identificar evidências de perdas não recuperáveis ou, ainda, eventos ou 
alterações significativas que indiquem que o valor contábil pode não ser 
recuperável.
j) Ajuste a Valor Presente: Os ativos e passivos monetários devem ser 
ajustados pelo seu valor presente na data das transações, desde que o efeito 
líquido tenha impacto relevante nas demonstrações financeiras. O cálculo 
do ajuste a valor presente deve ser efetuado com base em taxa de juros que 
reflete o prazo e o risco de cada transação. A companhia encontra-se ainda 
em processo de avaliação de efeitos e formalização interna de procedimentos 
para identificar os possíveis efeitos que os ajustes a valor presente poderão 
impactar nas demonstrações financeiras.
k) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: A 
Sociedade adotou o cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido aplicando as regras do regime de tributação com 
base no Lucro Real, efetuando pagamento mensal baseado na prerrogativa 
de suspensão/redução, evidenciado por meio de balancetes mensais 
acumulados. Considerando-se que o segmento fabril da empresa está 
amparado no Decreto nº 1.598/77 e na Lei nº 7.959/89, esta beneficia-se do 
incentivo fiscal SUDENE, apurado com base no lucro da exploração.
l) Conversão de Moeda Estrangeira: Ativos e passivos monetários 
denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa 
de câmbio da data de fechamento do balanço. As diferenças decorrentes 
de conversão de moeda foram reconhecidas na demonstração do resultado.
m) Provisões: Constitui-se uma provisão quando a Sociedade possui 
obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é 
provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. 
As provisões são registradas tendo como base estimativas dos riscos 
envolvidos, se possível, de forma calculatória, e quando aplicável, após a 
oitiva de profissionais específicos alocados a cada caso.
n) Apuração do Resultado: As receitas e despesas são apropriadas de acordo 
com o Regime de Competência.
NOTA 4 - PRINCIPAIS FONTES DE JULGAMENTO E ESTIMATIVAS
As estimativas e as premissas contábeis são continuamente avaliadas 
e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo 
expectativas de eventos futuros consideradas razoáveis para as circunstâncias. 
A Administração da Companhia realiza estimativas e premissas com relação 
ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente 
são iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas 
que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um 
ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo 
exercício financeiro, estão contempladas a seguir:
a) Redução dos Valores de Recuperação dos Ativos: A cada encerramento 
de exercício social, a Companhia revisa os saldos dos ativos intangíveis 
e imobilizados, avaliando a existência de indicativos de que esses ativos 
têm sofrido redução em seus valores de recuperação (valor em uso). Na 
existência de tais indicativos, a Administração efetua uma análise detalhada 
do valor recuperável para cada ativo através do cálculo do fluxo de caixa 
futuro individual descontado a valor presente, ajustando o saldo do 
respectivo ativo, se necessário.
b) Provisão para Perdas de Inventário: A provisão para perdas dos estoques 
é estimada com base no histórico de perdas na execução do inventário 
físico, para que esta seja considerada suficiente pela Administração para 
cobrir as prováveis perdas quando da realização dos procedimentos de 
inventário físico. Por decisão da Companhia e tendo em vista os valores 
pouco expressivos de perdas possíveis, não foi constituída provisão em 
31/12/2018.
c) Provisão para Desvalorização dos Estoques: A desvalorização dos saldos 
dos estoques é ocasionada basicamente por itens vendidos abaixo do preço 
de aquisição. A Companhia estima o valor da provisão para desvalorização 
dos estoques com base nos preços de venda a serem praticados, líquidos 
dos impostos e das despesas com vendas, comparados com o custo 
registrado. Em 31/12/2018 não foi constituída a referida provisão, visto que 
a Administração não identificou estoques expressivos com valores de venda 
abaixo do custo registrado.
d) Provisão para Perdas com Inadimplência: As contas a receber de clientes 
são controladas por faixa de vencimento, sendo efetuado acompanhamento 
da evolução da carteira de recebíveis entre a data de venda ao cliente 
(constituição das contas a receber) e a perda efetiva pelo seu não pagamento. 
Com base nessa análise, deverá ser verificado o histórico de perdas por faixa 
de vencimento, aplicando-se um percentual especificamente determinado 
sobre os valores vencidos, considerados como críticos para a Companhia, 
balizando-se a Empresa, ainda por ora, nos parâmetros da legislação fiscal. 
Foram reconhecidas, no exercício, perdas com devedores eventualmente 
inadimplentes, considerados incobráveis, no montante de R$ 1.777.803,98 
(em 2017 R$ 1.912.978,45), considerando os critérios determinados pela 
legislação fiscal em vigor. A Administração considera tal estimativa 
suficiente para fazer frente a eventuais perdas.
e) Provisão para Riscos Tributários, Cíveis e Trabalhistas: A Companhia 
é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são 
constituídas para as contingências referentes a processos judiciais que 
representem perdas prováveis e estimadas com certo grau de segurança. 
A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências 
disponíveis, a hierarquia das leis, a jurisprudência disponível, as decisões 
mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem 
como a avaliação dos advogados externos. A Administração, baseada na 
opinião de seus consultores jurídicos, possui firme expectativa de desfecho 
favorável na maior parte dos feitos, o que, aliado à existência parcial de 
depósitos judiciais, torna dispensável a necessidade de provisionamentos em 
31/12/2018.
NOTA 5 - ESTOQUES
Contas 
 
31.12.2018 em R$  
31.12.2017 em R$
 Produtos Prontos 
 
34.084.691,93  
28.362.406,41
 Produtos em Elaboração 
 
1.033.534,91  
1.182.362,57
 Matéria-Prima 
 
47.371.674,01  
48.328.387,97
 Material de Consumo 
 
406.190,91  
329.395,28
 Material Secundário 
 
318.204,85  
297.059,91
 Material de Matrizaria 
 
291.513,77  
390.308,75
 Material de Expediente 
 
27.923,36  
39.894,76
 Material de Propaganda 
 
324.637,56  
225.410,66
 TOTAIS 
 
83.858.371,30  
79.155.226,31
Os estoques foram avaliados conforme descrito na Nota N° 3 letra "d", e os 
valores contabilizados não excedem ao valor de mercado.
NOTA 6 - TRIBUTOS A RECUPERAR
Circulante 
 
31.12.2018 em R$  
31.12.2017 em R$
 ICMS e IPI (a) 
 
235.226,68  
316.394,81
 IRPJ e CSLL (b) 
 
7.053.287,28  
3.777.962,04
 IRRF e IOF s/Aplicações Financeiras
  Compromissadas (c) 
 
3.019.308,96  
10.989.870,12
 Outros Impostos (d)  
 
505.999,54  
505.999,54
TOTAIS 
 
10.813.822,46  
15.590.226,51
Não Circulante 
 
 ICMS s/Ativo Imobilizado (e) 
 
176.990,37  
135.681,66
TOTAIS 
 
176.990,37  
135.681,66
a) Correspondem a créditos de ICMS e IPI nas aquisições de insumos 
aplicados na atividade operacional da Empresa. b) Decorrem dos montantes 
recolhidos (antecipados), quando das apurações tributárias mensais, nos 
termos do artigo 2º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, além das 
antecipações retidas na fonte. c) Correspondem a valores de IRRF e IOF 
sobre as aplicações financeiras que se encontram vigentes, porém pela sua 
modalidade, a retenção efetiva ocorre somente no resgate. d) Correspondem 
a valores decorrentes da desoneração da folha de pagamento. e) Com base 
na Lei Complementar n° 102, de 11 de julho de 2000, a Sociedade registrou 
ICMS a Recuperar (CIAP) decorrente das aquisições de bens destinados ao 
Ativo Imobilizado.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº055  | FORTALEZA, 21 DE MARÇO DE 2019

                            

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