DOE 22/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
O número de beneficiários de planos odontológicos apresentou crescimento
anual de 18,6% nas regiões Norte e Nordeste. O market share atingiu 25,5%,
com crescimento de 2,7p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior.
Vale ressaltar que a companhia busca oferecer os planos odontológicos a
todos os clientes corporativos que já possuem planos de saúde contratados,
o que favorece a venda desse produto nas regiões Norte e Nordeste e explica
o maior ganho de market share nas referidas regiões.
Rede própria de atendimento
A companhia continua ampliando a rede própria de atendimento, através
da inauguração de novas unidades, ampliação e reforma das já existentes
e investimentos em tecnologia da informação, garantindo a oferta de um
serviço com foco na eficiência do atendimento e satisfação dos beneficiários,
além da eficiência de custo, para manter a baixa taxa de sinistralidade. Ao
longo de 2018, entraram em operação dois novos hospitais (em Teresina/
PI e em Manaus/AM) e quatro unidades de pronto atendimento, sendo duas
unidades no estado de Pernambuco e duas unidades no estado da Bahia.
Nesse período 3 unidades foram fechadas ou substituídas por unidades com
maior capacidade, como foi o caso da Unidade de Pronto Atendimento Garcia
Dávila, que foi descontinuado por conta da abertura do hospital Rio Poty,
em Teresina/PI. Importa mencionar que a ampliação de capacidade da rede
própria de atendimento também se dá pela abertura de leitos em unidades
que já estão em funcionamento, como ocorreu no Hospital Vasco Lucena em
Recife/PE ao longo de 2018. Adicionalmente, a companhia costuma manter
uma capacidade estratégica disponível nos hospitais das grandes cidades para
permitir o crescimento e manter a qualidade de serviço aos beneficiários dos
planos de saúde, sem aumentar o custo.
Sinistralidade
A sinistralidade de 2018 atingiu 59,7%, um crescimento de 1,3p.p. em
relação a 2017, em virtude do (i) aumento do ressarcimento ao SUS e da
PEONA, ambos explicados na próxima página, (ii) do aluguel com partes
relacionadas, (iii) dos custos com abertura de novas unidades e (iv) do
período de virose ter apresentado custos superiores ao estimado, conforme
previamente comunicado. Adicionalmente, é importante destacar a queda
de 0,3 p.p. na sinistralidade ajustada de 2018 versus 2017. Variação da
PEONA(IBNR):o saldo de provisão de eventos ocorridos e não avisados em
2018 apresentou redução de 0,2p.p. com relação à 2017 para 5,5% dos custos
médico-hospitalares dos últimos 12 meses, mesmo com o aumento dos custos
com rede credenciada – decorrente da estratégia de expansão para o interior
de alguns estados das regiões Norte e Nordeste onde, a companhia não atua
com rede própria de atendimento, devido a menor escala.
Sinistralidade ajustada
*Não ajustado pelo custo das novas unidades do período.
Variação da provisão de ressarcimento ao SUS: essa rubrica independe
da gestão direta da companhia e os montantes divulgados pela ANS são
integralmente provisionados no resultado. O processo de cobrança do
ressarcimento ao SUS por parte da ANS não tem um cronograma definido,
e ocorre na dependência do fluxo de análise interna da agência. Esse
comportamento afetou todo o mercado, com as operadoras, em geral,
recebendo da ANS cobranças mais significativas, impactando a necessidade
incremento nas provisões de ressarcimento ao SUS. O prazo médio das
despesas enviadas pela ANS à companhia é de cerca de 20 meses após a
realização do procedimento pelo beneficiário. Diferencial de aluguel com
partes relacionadas: conforme divulgado desde o processo de abertura de
capital, foram ajustados os contratos de aluguel entre partes relacionadas para
refletir o valor de mercado calculado por consultorias especializadas, motivo
pelo qual esta rubrica apresentou elevação total de R$ 19,5 milhões em 2018.
Custo das novas unidades, inauguradas nos últimos 12 meses: a abertura
de novas unidades da rede própria de atendimento aumenta a sinistralidade
momentaneamente, uma vez que os custos fixos iniciais não são diluídos
inteiramente no mesmo período do início da operação. A Companhia tem
estrategicamente acelerado a expansão de sua rede de atendimento os valores
gastos no ano de 2018 foram 4 vezes superior aqueles de 2017, influenciando
os seus custos a curto prazo.
Desempenho financeiro
Receita líquida
A receita líquida de 2018 apresentou crescimento de 18,9% quando comparada
a 2017, principalmente influenciada pelo (i) crescimento de 5,9% no número
de beneficiários de planos de assistência médica com aumento de 12,2% no
ticket médio e pelo (ii) crescimento de 18,6% no número de beneficiários de
planos de odontológicos com redução de 1,8% no ticket médio.
Despesas de vendas
Composta por despesas relacionadas à publicidade e propaganda, comissões
e provisão para perdas sobre créditos, essa rubrica se manteve no mesmo
patamar de 2017 quando avaliada sob a representatividade da receita líquida.
Em 2018, as comissões dos contratos de planos de saúde foram ajustadas
em linha com os prazos médios dos contratos, passando a ser diferidas
em 32 meses para os contratos individuais e em 56 meses para os planos
corporativos. A companhia avalia periodicamente o prazo médio dos contratos,
em consonância com as regras contábeis vigentes.
Despesas administrativas
Assim como as despesas de vendas, em 2018 as despesas administrativas
mantiveram estáveis em relação à receita líquida em 2018 na comparação
com o ano anterior. Importante mencionar que isso ocorreu mesmo com (i)
a adição de R$ 15 milhões nas despesas com pessoal, relativa à remuneração
dos acionistas controladores que exercem papel executivo na companhia, tema
informado no IPO, (ii) com a ampliação do quadro de funcionários sobretudo
em áreas-chave, como na área responsável pela integração de novas unidades,
gestão das unidades de rede própria de atendimento e de M&A e (iii) com
R$ 5,4 milhões em cancelamentos de alguns clientes da carteira da Uniplam,
que representam o churn natural de planos individuais e de cancelamento
de clientes corporativos que prestavam serviços à Uniplam que, por motivo
da internalização dos serviços da Hapvida, deixaram de ser fornecedores,
155
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº056 | FORTALEZA, 22 DE MARÇO DE 2019
Fechar