DOMCE 04/12/2018 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 04 de Dezembro de 2018   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO IX | Nº 2083 
 
www.diariomunicipal.com.br/aprece                                                                               12 
 
Art. 4º. Os bens móveis, imóveis e intangíveis adquiridos após de 31 
de dezembro de 2013 (data de corte), registrados no ativo imobilizado, 
serão avaliados com base no valor de aquisição, produção ou 
construção. 
Art. 5º. Sofrerá ajuste inicial ao valor justo, os bens móveis, imóveis e 
intangíveis adquiridos antes da data de corte. 
§ 1º O ajuste ao valor justo dos bens adquiridos antes da data de corte 
será realizado utilizando-se os grupos e aplicando-se as Taxas Anuais 
de Depreciação estabelecidos no Anexo I, ou outro valor que a 
Comissão, justificadamente, venha a definir. 
§ 2º Após o ajuste inicial dos bens adotar-se-á o método contábil de 
reavaliação. 
Art. 6º. A reavaliação de bens móveis e imóveis poderá ser feita por 
lotes quando se referir a um conjunto de bens similares com vida útil 
idêntica e utilizada em condições semelhantes. 
Art. 7º. Quando um item do ativo imobilizado for reavaliado, é 
necessário que todo o grupo semelhante do ativo seja também 
reavaliado. 
Art. 8º. O Balanço Patrimonial levantado em 31 de dezembro deverá 
ser acompanhado de nota explicativa contendo: 
I - Os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor 
contábil bruto; 
II - Os métodos de depreciação utilizados; 
III- As vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas; 
IV - O valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas 
por redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do 
período; 
Art.9º. A apuração da depreciação, amortização e exaustão devem ser 
feitas mensalmente, a partir do momento em que o bem estiver em 
condições de uso, não cessando quando o mesmo for retirado 
temporariamente de operação. 
Art. 10º. Os bens que entrem em condições de uso no decorrer do 
mês, a depreciação, a amortização e a exaustão iniciam-se no mês 
seguinte à colocação do bem em condições de uso, não havendo para 
os bens, depreciação, amortização e exaustão em fração menor que 
um mês. 
Art. 11º. Nos casos dos bens imóveis, somente a parcela 
correspondente à edificação deve ser depreciada, não se depreciando o 
terreno os quais deveram ser controlador individualmente. 
Art. 12º. Não estão sujeitos ao regime de depreciação, amortização ou 
exaustão: 
I – Bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, 
antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens 
integrados em coleções, entre outros; 
II – Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos 
públicos considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada; 
III – Animais destinados à exposição e preservação; 
IV – Terrenos rurais e urbanos; 
Art.13º. O método de cálculo dos encargos da depreciação deverá ser 
o de cotas constantes, observando as taxas e vidas úteis estabelecidas 
no Anexo I deste Decreto. 
Art.14º. O valor residual e a vida útil dos bens móveis imóveis e 
intangíveis serão revisados ao final de cada exercício e alterados caso 
seja necessário. 
Art. 15º. Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a 
vida útil de um ativo: 
I – Capacidade de geração de benefícios futuros; 
II – Desgaste físico decorrente de fatores operacionais ou não; 
III – Obsolescência tecnológica; 
IV – Limites legais ou contratuais sobre o uso ou a exploração do 
ativo. 
Art. 16º. Nos casos de bens reavaliados, a depreciação, a amortização 
ou a exaustão devem ser calculadas e registradas sobre o novo valor, 
considerada a vida útil indicada no laudo técnico elaborado pela 
Comissão. 
Art.17º. Quando o valor líquido contábil do ativo for igual ao valor 
residual, o bem somente continuará a ser depreciado, amortizado ou 
exaurido se houver uma reavaliação redefinindo o seu tempo de vida 
útil restante. 
Art.18.º A Comissão deve avaliar, observando-se a relação custo-
benefício, se há alguma indicação de que um ativo imobilizado ou 
intangível possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade, caso isto 
aconteça, deverá estimar o valor da perda por meio de testes de 
recuperabilidade. 
Art.19º. Nos casos omissos neste decreto deve-se considerar as 
orientações contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade e no 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da Secretaria do 
Tesouro Nacional. 
Art. 20º. Ficam dispensados dos procedimentos a que se refere este 
Decreto os bens: 
I - Que durante o uso normal perde ou tem reduzidas as suas 
condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
II - Cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou 
deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de 
sua identidade; 
III - Sujeitos a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora 
ou perde sua característica normal de uso; 
III - Que são destinados à incorporação a outro bem, não podendo ser 
retirado sem prejuízo das características do principal; e 
IV - Quando adquirido para fim de transformação. 
Art. 21º. Compete à Secretaria XXX, o acompanhamento da execução 
das medidas constantes neste Decreto. 
Art. 22º. O Setor de Patrimônio encaminhará mensalmente à 
contabilidade um relatórios contendo a síntese de todas as variações 
ocorridas no patrimônio, bem como o saldo inicial e final de cada 
conta patrimonial, para que sejam realizados os devidos registros e 
conciliações no sistema de contabilidade. 
Art.23º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 24º. Revogam-se as disposições em contrário. 
  
PAÇO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ICAPUÍ, aos 30 de 
novembro de 2018 
  
RAIMUNDO LACERDA FILHO  
Prefeito Municipal de Icapuí 
  
Anexo I  
  
VALOR RESIDUAL (%)  
BENS 
COM 
DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO 
NORMAL  
VIDA ÚTIL (EM MESES)  
TAXA MENSAL DE DEPRECIAÇÃO 
(%)  
BENS MÓVEIS  
AERONAVES 
10 
120 
0,833 
APARELHOS DE MEDIÇÃO 
10 
120 
0,833 
APARELHOS 
E 
EQUIPAMENTOS 
DE 
COMUNICAÇÃO 
10 
60 
1,667 
APARELHOS, 
EQUIPAMENTOS 
E 
UTENSÍLIOS 
MÉDICOS, ODONTOLÓGICOS, LABORATORIAIS E 
HOSPITALARES 
10 
120 
0,833 
APARELHOS E EQUIPAMENTOS PARA ESPORTES 
E DIVERSÕES 
10 
120 
0,833 
APARELHO E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS 
10 
120 
0,833 
ARMAMENTOS 
10 
120 
0,833 
BANDEIRAS, FLÂMULAS E INSÍGNIAS 
10 
120 
0,833 
COLEÇÕES E MATERIAIS BIBLIOGRÁFICOS 
10 
120 
0,833 
EMBARCAÇÕES 
10 
240 
0,417 
EQUIPAMENTOS 
DE 
MANOBRAS 
E 
PATRULHAMENTO 
10 
60 
1,667 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO, SEGURANÇA E 
SOCORRO 
10 
120 
0,833 
INSTRUMENTOS MUSICAIS E ARTÍSTICOS 
10 
60 
1,667 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE NATUREZA 
INDUSTRIAL 
10 
120 
0,833 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ENERGÉTICOS 
10 
120 
0,833 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICOS 
10 
120 
0,833 
EQUIPAMENTOS PARA ÁUDIO, VÍDEO E FOTO 
10 
120 
0,833 
MÁQUINAS, 
UTENSÍLIOS 
E 
EQUIPAMENTOS 
DIVERSOS 
10 
60 
1,667 
EQUIPAMENTOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS 10 
60 
1,667 
MÁQUINAS, INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS DE 
ESCRITÓRIO 
10 
120 
0,833 
MÁQUINAS, FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS DE 
OFICINA 
10 
60 
1,667 
EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS E ELÉTRICOS 
10 
120 
0,833 
MÁQUINAS, 
EQUIPAMENTOS 
E 
UTENSÍLIOS 
AGROPECUÁRIOS 
10 
60 
1,667 
MÁQUINAS, 
EQUIPAMENTOS 
E 
UTENSÍLIOS 
RODOVIÁRIOS 
10 
120 
0,833 
MOBILIÁRIO EM GERAL 
10 
120 
0,833 
OBRAS DE ARTE E PEÇAS PARA MUSEU 
10 
120 
0,833 
VEÍCULOS DIVERSOS 
10 
60 
1,667 
VEÍCULOS FERROVIÁRIOS 
10 
240 
0,417 
VEÍCULOS DE TRAÇÃO MECÂNICA 
10 
60 
1,667 
CARROS DE COMBATE 
10 
48 
2,083 
EQUIPAMENTOS, 
PEÇAS 
E 
ACESSÓRIOS 
MARÍTIMOS 
10 
60 
1,667 
EQUIPAMENTOS DE MONTARIA 
10 
60 
1,667 

                            

Fechar