DOMCE 27/08/2018 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 27 de Agosto de 2018   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO IX | Nº 2016 
 
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PROJETO DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA DIA “D” 
  
PÚBLICO ALVO: pais ou responsáveis, alunos, professores, 
gestores, funcionários e etc. 
RESPONSÁVEIS: SME e unidades escolares. 
PERÍODO: Mês de maio 
  
CONTEXTO HISTÓRICO 
Vida escolar e a participação da família 
Ao pensarmos nessa temática, a primeira reflexão que nos vem à 
mente, provavelmente, seja a dos papéis de cada uma destas 
instituições: família e escola. O intuito dessa reflexão é pensarmos na 
importância da parceria entre elas, independentemente de qual seja o 
papel de uma ou de outra. 
Escola e família em âmbito geral devem trabalhar com os mesmos 
objetivos, que é fazer com que os estudantes se desenvolvam em todos 
os aspectos e tenha sucesso na sua aprendizagem. É nesse sentido que 
se justifica a importância de propor uma parceria família – escola para 
o melhor desenvolvimento emocional e intelectual. 
O incentivo da família faz toda a diferença no processo de ensino – 
aprendizagem. O acompanhamento da família é muito importante em 
todos os momentos e afeta positivamente a autoestima. 
Quando a família acompanha o desenvolvimento escolar dos seus 
filhos, as habilidades sociais, comportamentais e intelectuais são 
incentivadas e ampliadas, pois partem de trocas de experiências que 
acontecem tanto na sala de aula quanto na mesa de jantar. E elas vão 
aparecer nos diversos momentos em que ocorre o intercâmbio de 
informações, seja em uma boa e animada conversa com colegas ou em 
uma conversa mais séria em uma situação importante. 
Quando a parceria é verdadeira, ambos são beneficiados pelo 
conhecimento que adquirem um com outro, visto que ao se 
conhecerem melhor conseguirão resolver com maior facilidade 
situações desafiantes que aparecem no dia a dia. 
No momento em que os pais procuram a escola para conhecer 
otrabalho da direção, da coordenação e do corpo docente, passam 
também a conhecer o contexto em que seus filhos estão inseridos, e 
isso é fundamental para ajudá-los nas lições de casa, pois a partir 
desse momento sentem-se mais aptos e seguros para exporem suas 
opiniões. 
Segundo Delors (1998) é importante que a família participe 
constantemente 
das 
atividades 
proporcionadas 
pela 
escola, 
incentivando seus filhos para o mesmo, pois esta união de esforços 
enriquecerá todo o processo de aprendizagem; a família deve dar 
continuidade a esse processo iniciado. 
  
MUDANÇA DE ATITUDE 
Para que a participação da família se torne realmente positiva e 
significativa na escola, é necessária antes de tudo uma mudança de 
atitude por parte de todos. É comum pais acharem que cabe à escola 
tomar a iniciativa de procurá-los, enquanto a escola, por sua vez, 
coloca toda a responsabilidade sobre os pais. Em muitas delas, 
famílias só são chamadas para falar sobre os filhos quando ocorre 
algum problema. Quando os pais ou responsáveis tomam a iniciativa 
de procurar a escola, esta nem sempre se mostra preparada para 
acolhê-los. E o inverso também ocorre: A gestão que tenta atrair as 
famílias, mas não consegue. O desafio é romper essa inércia e criar 
uma relação positiva, que busque estratégias de aproximação em todos 
os momentos. Esse deve ser um compromisso tanto dos formuladores 
de políticas públicas quanto de diretores, professores, funcionários e 
pais ou responsáveis no cotidiano. 
Em artigo publicado em fevereiro de 2016 no site do Harvard Family 
Research Project (Centro de Pesquisas sobre Famílias de Harvard), a 
pesquisadora Elena Lopez defende que é preciso, antes de tudo, gerar 
empatia entre pais e os atores da escola: “Uma abordagem centrada no 
ser humano começa com empatia, que é a capacidade de se colocar no 
lugar do outro e imaginar o que aquela pessoa sente e vivencia. 
Desenvolver essa atitude é uma maneira de trocar um modelo baseado 
apenas no que os educadores pensam que as famílias querem e 
precisam por uma abordagem que considere aquilo que as famílias 
efetivamente desejam e valorizam”. 
Para que isso ocorra, é necessário criar nas escolas uma cultura de 
diálogo com os pais ou responsáveis. O diretor tem papel central nessa 
tarefa, mas ela não cabe apenas a ele. Tanto funcionários quanto os 
professores, dos mais novatos aos mais experientes, precisam estar 
abertos a ouvir as famílias. Estas, por sua vez, necessitam também 
entender o esforço que a equipe da escola realiza para o 
desenvolvimento de seus filhos. Todos precisam ser instados a sair de 
suas zonas de conforto em busca de um atendimento sobre o que é 
melhor para os estudantes. 
Quanto mais as famílias se envolvem com a educação dos filhos e 
participam ativamente da vida escolar, melhores são os resultados de 
aprendizagem dos alunos. Tem também impactos positivos na 
melhoria do clima escolar e redução da indisciplina. Diante de tantas 
evidências, não resta dúvida da importância de engajar mais a família 
no cotidiano escolar. O desafio é como fazer isso. 
Há farta evidência dos impactos positivos em todas as dimensões do 
fortalecimento da parceria entre escolas e famílias. Não há, porém, 
uma receita única de sucesso. A experiência de algumas redes ou 
escolas pode, porém, servir de inspiração. E é possível também 
identificar algumas características gerais em comum nas escolas bem-
sucedidas nesse aspecto. 
Uma atitude concreta para fortalecer esse diálogo pode ser a 
designação de um profissional da escola para ser o responsável pelo 
relacionamento com os pais e a comunidade. Esse modelo foi 
implementado em Nova York, e no Brasil inspirou o programa 
Coordenador de Pais, da Fundação Itaú Social. Entre as ações que 
podem ser atribuídas a este profissional estão: desenvolvimento de 
práticas que contribuam ativamente para intensificar a participação 
das famílias em reuniões; atendimento de pais ou responsáveis que 
procuram a escola com dúvidas; visitas domiciliares para agir 
preventivamente no caso de alunos com maior risco de evasão; 
estímulo ao trabalho voluntário de pais e alunos; e apoio à gestão da 
escola na busca de parcerias externas. 
Outro exemplo de ação interessante nesse sentido e já desenvolvida 
por algumas escolas é a criação de grupos de formação para pais em 
temas relacionados à escola, aos estudantes e mesmo a conteúdos do 
currículo, permitindo que os pais possam apoiar e orientar melhor os 
filhos. 
A experiência internacional e no Brasil mostra que, para que esse 
trabalho seja mais efetivo, é fundamental o apoio das secretarias de 
governo para facilitar a articulação entre diferentes áreas. Muitas 
vezes, no atendimento a uma família, pode ser verificada uma 
necessidade de conectar aquele aluno ou responsável a outros serviços 
públicos fora do âmbito da educação. 
  
JUSTIFICATIVA 
O Dia da Família na Escola destina-se a participação efetiva e 
colaborativa dos pais na escola. 
Através deste Projeto, esperamos promover a integração, troca de 
experiências, bem como atualização e discussões sobre a importância 
e aproveitamento do mesmo. 
Neste sentido, a relação Escola X Família é imprescindível à melhoria 
dos índices da qualidade da educação. A família como espaço de 
construção da identidade dos cidadãos firmando parceria com a escola 
para juntas promoverem o desenvolvimento pleno da criança e do 
adolescente, é através dessa participação que se desenvolve a 
consciência social crítica e também o sentido da cidadania para que 
juntos – Família-Escola possam fazer da escola um espaço 
democrático. 
A implementação desse projeto surgiu também de inúmeras 
colocações exposta nas visitas pedagógicas e conversas com gestores 
e professores. Nas rodas de conversas é muito expressiva a ausência 
da família no contexto escolar. No que se trata do nosso município 
Mombaça é emergente essa aproximação família- escola por diversos 
motivos como: infrequência, desmotivação, indisciplina, baixo 
rendimento da aprendizagem, insatisfação dos alunos e professores, 
falta de acompanhamento nas atividades escolares e etc. 
Quando os pais passam a serem participantes ativos das reuniões e 
encontros realizados, são estimulados e passam a participar e 
contribuir da vida escolar e melhoria da qualidade de ensino-
aprendizagem de seus filhos. Quanto maior a participação dos pais na 
escola, maior é a formalização das relações entre os profissionais da 
educação e dos educandos. 
Espera-se que as escolas abracem esse projeto e promovam atividades 
relevantes para que despertem um olhar positivo da importância da 
escola na vida dos filhos. 
  
OBJETIVO GERAL 

                            

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