DOE 29/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Demonstração do Fluxo de Caixa - Exercícios findos  
em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)
Nota
explicativa
2018
2017
Fluxos de caixa das atividades operacionais
 Lucro (prejuízo) líquido do período
12.794
(19.812)
 Ajustes para reconciliar o lucro 
  (prejuízo) líquido aos fluxos de caixa
  Provisão (reversão) para riscos de crédito
5
3.429
–
  Depreciações e amortizações
8;9
13.280
7
  AVP/IPCA - Contribuição fixa outorga
13
40.223
16.769
  Margem de construção
9
(6.133)
–
  Despesa de juros sobre
   empréstimos e financiamentos
15
1.557
–
  Imposto de renda e contribuição
   social diferidos
6
(7.782)
(10.206)
57.368
(13.242)
 Redução (aumento) nos ativos operacionais
  Contas a receber
5
(29.729)
–
  Estoques
(446)
–
  Impostos a recuperar
6
(26.473)
(1.070)
  Despesas antecipadas
1.508
(2.817)
  Depósitos Vinculados
(5.905)
–
  Outros ativos
(526)
(118)
 Aumento (redução) nos passivos operacionais
  Fornecedores
10
54.965
3.652
  Fornecedores - partes relacionadas
(2.564)
3.534
  Salários, encargos sociais e benefícios
3.821
–
  Tributos a recolher
6
5.456
1.821
  Seguros a pagar
(2.327)
2.327
  Compromissos com o poder concedente
13
8.950
–
  Outros passivos
14
3.382
–
10.112
7.329
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais
67.480
(5.913)
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
  Aquisição de imobilizado e intangível
8;9 (317.777)
(11.772)
  Direito de concessão (Outorga)
9
– (426.914)
Caixa líquido consumido nas
 atividades de investimentos
(317.777) (438.686)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
  Captações de empréstimos e 
   financiamentos bancários
15
238.308
–
  Aumento de capital social
16
200.001
489.054
Caixa líquido gerado pelas
 atividades de financiamentos
438.309
489.054
Aumento (diminuição) do caixa
 e equivalentes de caixa
188.012
44.455
Caixa e equivalentes de caixa no início do período
44.455
–
Caixa e equivalentes de caixa no final do período
232.467
44.455
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Exercícios findos 
 
em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)
Capital social
Subscrito A integralizar
Prejuízos 
acumulados
Total
Saldo Inicial
–
–
–
–
Subscrição de capital
715.164
(715.164)
–
–
Integralização de capital
–
489.054
– 489.054
Prejuízo do período
–
–
(19.812) (19.812)
Saldos em 31.12.2017
715.164
(226.110)
(19.812) 469.242
Integralização de capital
–
200.001
– 200.001
Lucro líquido do exercício
–
–
12.794
12.794
Saldos em 31.12.2018
715.164
(26.109)
(7.019) 682.036
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras  
em 31 de Dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de reais)
1. Informações Gerais: A Fraport Brasil S.A. Aeroporto de Fortaleza 
(“Fraport Brasil - Fortaleza” ou “Companhia”) é uma sociedade por ações de 
capital fechado, controlada por Fraport AG Frankfurt Airport Services 
Worldwide, umas das empresas líderes no mercado global de aeroportos. A 
Fraport Brasil - Fortaleza foi constituída no início de 2017, tendo como 
objetivo exclusivo exercer as atividades de ampliação, manutenção e 
exploração do Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins. A sede 
está localizada na Av. Santos Dumond, 1.789, sala 1602, Aldeota, Fortaleza - 
CE. Em um processo de licitação internacional, no qual o Governo Federal 
concedeu quatro aeroportos brasileiros à iniciativa privada, a Fraport AG 
conquistou a concessão dos aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza. A partir 
de então, a Fraport Brasil - Porto Alegre e a Fraport Brasil - Fortaleza foram 
estabelecidas tendo como objetivo a criação de dois aeroportos modernos, 
eficientes e focados no cliente. Em 28 de julho de 2017 foi assinado o 
contrato de concessão com a Agência Nacional da Aviação Civil - ANAC. 
 
A concessão do Aeroporto de Fortaleza, se dará no prazo de 30 anos com 
data eficácia em 29 de agosto de 2017. O contrato é dividido em quatro 
fases: FASE I-A - fase de transferência das operações do Aeroporto da 
Infraero para a Concessionária; esta fase teve início em 29 de agosto de 
 
2017 (Concluído em 02/04/2018); FASE I-B - fase de ampliação do 
Aeroporto pela Concessionária para adequação da infraestrutura e melhoria 
do nível de serviço, (Início em 29/08/2017 e término em 29/10/2019); 
 
FASE I-C - demais fases de ampliação, manutenção e exploração do 
Aeroporto, para recomposição total do nível de serviço estabelecido no PEA 
(Plano de Exploração Aeroportuária), (Início em 30/10/2019); FASE II - 
demais fases de ampliação, manutenção, exploração do Aeroporto, para 
atendimento aos Parâmetros Mínimos de Dimensionamento previstos no 
PEA (Início em 29/10/2021). Em 02 de janeiro de 2018 a Fraport Brasil - 
Fortaleza assumiu a efetiva operação no Aeroporto de Fortaleza, ainda em 
janeiro assinou contrato com o Grupo formado pelas empresas Método 
Potencial Engenharia e Passarelli. Ao final de 2018 já possuia 47,5% de 
avanço do projeto estando dentro do planejado. Fraport Brasil - Fortaleza 
tem como obrigações estabelecidas no Contrato de Concessão o pagamento 
de Contribuição Fixa e Contribuição Variável ao Poder Concedente. 
 
2. Resumo das principais políticas contábeis: As principais políticas 
contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão 
definidas abaixo. 2.1 Base de Preparação: As presentes demonstrações 
financeiras foram aprovadas pelos administradores da Companhia em 01 de 
março de 2019. As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo 
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem a legislação 
societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as interpretações 
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e as normas 
internacionais de relatório financeiro - International Financial Reporting 
Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board 
(IASB), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das 
demonstrações financeiras, as quais estão consistentes com as utilizadas pela 
administração na sua gestão. As demonstrações financeiras foram elaboradas 
em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia, com base no custo 
histórico, exceto para os ativos financeiros mensurados ao valor justo. A 
preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas 
contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da 
administração da Companhia no processo de aplicação das ações e políticas 
contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem 
maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas 
são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na 
Nota 3. 2.2 Mudanças nas políticas contábeis e divulgações: As seguintes 
normas foram adotadas pela Companhia pela primeira vez para o exercício 
iniciado em 1º de janeiro de 2018: • IFRS 9/CPC 48 - “Instrumentos 
Financeiros”, aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de 
ativos e passivos financeiros e substitui a orientação no IAS 39/CPC 38, que 
diz respeito à classificação e à mensuração de instrumentos financeiros. As 
principais alterações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação 
de ativos financeiros; (ii) novo modelo de impairment para ativos financeiros, 
híbrido de perdas esperadas e incorridas (doravante denominado modelo de 
perdas esperadas), em substituição ao modelo atual de perdas incorridas; e 
(iii) flexibilização das exigências para adoção da contabilidade de hedge. A 
Companhia adotou as classificações dos ativos e passivos financeiros 
conforme requerido pela norma e não identificou impactos ao que se refere 
à mensuração. • IFRS 15/CPC 47 - “Receita de Contratos com Clientes”, 
essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar 
a mensuração da receita e quando ela é reconhecida. Essa norma baseia-se 
no princípio de que a receita é reconhecida quando o controle de um bem ou 
serviço é transferido a um cliente, assim, o princípio de controle substituirá 
o princípio de riscos e benefícios. Ela substitui o IAS 11/CPC 17 - “Contratos 
de Construção”, IAS 18/CPC 30 - “Receitas” e correspondentes 
interpretações. A alteração não trouxe impactos significativos para a 
Companhia. 2.3 Conversão de moeda estrangeira: As operações com 
moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as 
taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou nas datas da avaliação, 
quando os itens são remensurados. 2.4 Caixa e equivalentes de caixa: 
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e 
outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos 
originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor. 
2.5 Ativos Financeiros: Os principais ativos financeiros reconhecidos pela 
Companhia são: caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e 
recebíveis. 2.5.1 Classificação: A partir de 1º de janeiro de 2018, com a 
adoção do CPC 48, os ativos financeiros são classificados sob as seguintes 
categorias de mensuração: • Mensurados ao valor justo (seja por meio de 
outros resultados abrangentes ou por meio do resultado). • Mensurados ao 
custo amortizado. A classificação depende do modelo de negócio da entidade 
para gestão dos ativos financeiros e os termos contratuais dos fluxos de 
caixa. A Companhia não possui ativos financeiros classificados ao valor 
justo por meio de outros resultados abrangentes. a) Ativos financeiros ao 
valor justo reconhecido no resultado: Os ativos financeiros ao valor justo 
reconhecidos no resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. 
Os ativos financeiros ao valor justo reconhecido no resultado são, 
inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são 
debitados à demonstração do resultado. b) Ativos financeiros ao custo 
amortizado: A Companhia classifica os seguintes ativos financeiros ao 
custo amortizado: • Contas a receber de clientes; • Outros ativos. Para ativos 
financeiros demonstrados acima, os ganhos e perdas serão registrados no 
resultado. A Companhia reclassifica os investimentos em títulos de dívida 
somente quando o modelo de negócios para gestão de tais ativos é alterado. 
2.5.2 Reconhecimento e desreconhecimento: Compras e vendas regulares 
de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação, data na qual a 
Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos 
financeiros são desreconhecidos quando os direitos de receber fluxos de 
caixa tenham vencido ou tenham sido transferidos e a Companhia tenha 
transferido substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade. 
 
2.5.3 Mensuração: Valor justo por meio do resultado - os ativos que não 
atendem os critérios de classificação de custo amortizado ou de valor justo 
por meio de outros resultados abrangentes são mensurados ao valor justo por 
meio do resultado. Eventuais ganhos ou perdas em um investimento em 
título de dívida que seja subsequentemente mensurado ao valor justo por 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº060  | FORTALEZA, 29 DE MARÇO DE 2019

                            

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