DOE 09/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continua...
...continuação (i) Adiantamento a fornecedores: Durante o exercício findo em 
31/12/2017, a Companhia reconheceu no resultado custos com geração 
de energia em desacordo com o período de competência que incorreram. 
Desta forma, a Companhia ajustou o resultado de 2017 em contrapartida 
ao Ativo. (ii) Investimentos e dividendos a receber: Em decorrência aos 
ajustes realizados nas controladas a controladora precisou ajustar de forma 
equivalente o saldo de investimentos e equivalência patrimonial, o que 
ocasionou também ajuste nos dividendos a receber. 
5. Principais políticas contábeis: As principais políticas contábeis 
aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas 
abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios 
apresentados, salvo disposição em contrário, e evidenciam todas as 
informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente 
elas, as quais são consistentes com as utilizadas pela administração em sua 
gestão. a. Instrumentos financeiros: (i) Reconhecimento e mensuração 
inicial: O contas a receber de clientes e os títulos de dívida emitidos são 
reconhecidos inicialmente na data em que foram originados. Todos os 
outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos inicialmente quando 
a Companhia e se torna parte das disposições contratuais do instrumento. 
Um ativo financeiro (a menos que seja um contas a receber de clientes 
sem um componente de financiamento significativo) ou passivo financeiro 
é inicialmente mensurado ao valor justo, acrescido, para um item não 
mensurado ao VJR, os custos de transação que são diretamente atribuíveis 
à sua aquisição ou emissão. Um contas a receber de clientes sem um 
componente significativo de financiamento é mensurado inicialmente ao 
preço da operação. (ii) Classificação e mensuração subsequente: (Política 
aplicada a partir de 1º/01/2018): No reconhecimento inicial, um ativo 
financeiro é classificado como mensurado: ao custo amortizado; ou ao 
valor justo por meio do resultado - VJR. Os ativos financeiros não são 
reclassificados subsequentemente ao reconhecimento inicial, a não ser que a 
Companhia mude o modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros, 
e neste caso todos os ativos financeiros afetados são reclassificados no 
primeiro dia do período de apresentação posterior à mudança no modelo de 
negócios. Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender 
ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado ao VJR: 
- é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo seja manter 
ativos financeiros para receber fluxos de caixa contratuais; e - seus termos 
contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos 
somente ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto. 
(iii) Desreconhecimento: Ativos financeiros: A Companhia desreconhe 
um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do 
ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos contratuais 
de recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro 
em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da 
titularidade do ativo financeiro são transferidos ou na qual a Companhia 
nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e benefícios 
da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle sobre 
o ativo financeiro. Passivos financeiros: A Companhia desreconhece um 
passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada 
ou expira. A Companhia também desreconhece um passivo financeiro 
quando os termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo 
modificado são substancialmente diferentes, caso em que um novo passivo 
financeiro baseado nos termos modificados é reconhecido a valor justo. 
No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor 
contábil extinto e a contraprestação paga (incluindo ativos transferidos que 
não transitam pelo caixa ou passivos assumidos) é reconhecida no resultado. 
(iv) Compensação: Os ativos ou passivos financeiros são compensados 
e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente 
quando, a Companhia tem atualmente um direito legalmente executável 
de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base 
líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. (v) 
Instrumentos financeiros derivativos: A Companhia não celebrou e não tem 
como política celebrar contratos de instrumentos financeiros derivativos. b. 
Receitas de venda de energia elétrica: A receita compreende o valor pela 
venda de energia elétrica. A receita pela venda de energia é reconhecida de 
acordo com o CPC 47 Receita de Contratos com Clientes, o qual estabelece 
os seguintes 5 passos para o reconhecimento de uma receita: 1. Identificar 
o contrato com o cliente. 2. Identificar as obrigações de desempenho no 
contrato. 3. Determinar o preço das transações. 4. Alocar o preço da transação 
às obrigações de desempenho. 5. Reconhecer a receita quando cumpridas 
as obrigações de desempenho. Toda energia produzida pela Companhia é 
vendida através de Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no 
Ambiente Regulado - CCEAR. Durante o ano de 2018 a Companhia aderiu 
ao sistema MCSD. Todos os contratos da Companhia possuem características 
similares, descritas a seguir: (i) Quantidades de energia por MWh mensais 
determinadas, ou seja, a Companhia tem a obrigação de entregar a energia 
contratada aos seus clientes; (ii) Preços fixos da energia por MWh durante 
toda vigência do contrato; (iii)As obrigações de desempenho são atendidas 
mensalmente, uma vez que é dessa forma que os contratos são firmados 
e controlados; (iv) A Companhia não possui histórico de inadimplência, 
ou seja, o recebimento da contraprestação da obrigação de desempenho 
não é afetado em função do risco de crédito. Dessa forma, com base nas 
características dos contratos descritas acima, a Companhia entende que suas 
obrigações de desempenho são identificáveis, precificáveis e realizáveis 
mensalmente. c. Imobilizado: (i) Reconhecimento e mensuração: Itens do 
imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, formação ou 
construção. O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição 
de um ativo. O custo de ativos construídos pela própria Companhia inclui o 
custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar 
o ativo no local e condições necessárias para que esses sejam capazes de 
operar de forma pretendida pela Administração, os custos de desmontagem 
e de restauração do local onde esses ativos estão localizados, e custos de 
empréstimos sobre ativos qualificáveis. Quando partes de um item do 
imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens 
individuais (componentes principais) de imobilizado. (ii) Depreciação: A 
depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, 
ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual. A depreciação 
é reconhecida no resultado baseando-se no método linear em relação às vidas 
úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método 
é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos 
futuros incorporados no ativo. Terrenos não são depreciados. As taxas 
utilizadas estão de acordo com o Manual de Controle Patrimonial do Setor 
Elétrica (“MCPSE”), aprovado pela Resolução Normativa nº 674/2015 pela 
ANEEL. Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais 
serão revistos a cada encerramento de exercício financeiro e eventuais 
ajustes serão reconhecidos como mudança de estimativas contábeis.
Unidade de geração eólica - Pás 
 
15 anos
Unidade de geração eólica - Gerador 
 
20 anos
Unidade de geração eólica - Nacelle 
 
25 anos
Unidade de geração eólica - Torre 
 
30 anos
Benfeitorias 
 
30 anos
Móveis e utensílios 
 
16 anos
Equipamentos móveis e portáteis de comunicação 
 
16 anos
Comunicação 
 
16 anos
Outros equipamentos 
 
16 anos
Veículos 
 
7 anos
Equipamento geral de informática 
 
6 anos
Software 
 
5 anos
Licença de uso 
 
5 anos
d. Intangível: Ativos intangíveis que são adquiridos pela Companhia e que 
possuem vidas úteis finitas são mensurados pelo custo, deduzido da 
amortização acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor 
recuperável. Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há 
benefícios econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos 
ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como 
a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, 
são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado. e.  Redução ao 
valor recuperável (Impairment): (i) Ativos financeiros não derivativos: A 
Companhia, quando aplicável, reconhece provisões para perdas esperadas 
de crédito sobre: - ativos financeiros mensurados ao custo amortizado. A 
provisão para perdas com contas a receber de clientes deve ser mensurada a 
um valor igual à perda de crédito esperada para a vida inteira do instrumento. 
Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou 
significativamente desde o reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de 
crédito esperadas, a Companhia deve considerar informações razoáveis e 
passíveis de suporte que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço 
excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, 
com base na experiência histórica da Companhia. A Companhia deve 
presumir que o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou 
significativamente se este estiver com mais de 180 dias de atraso. A 
Companhia deve considerar um ativo financeiro como inadimplente quando: 
- é pouco provável que o devedor pague integralmente suas obrigações de 
crédito a Companhia, sem recorrer a ações como a realização da garantia (se 
houver alguma); ou - o ativo financeiro estiver vencido há mais de 180 dias. 
A Companhia não tem histórico de inadimplência de seus ativos financeiros, 
adicionalmente, com relação às aplicações financeiras, a Companhia 
somente aplica em bancos de primeira linha e em aplicações que não 
apresentam risco significativo de perda por estarem garantidas pelo Fundo 
Garantidor de Crédito. Ativos financeiros com problemas de recuperação: 
Em cada data de balanço, a Companhia deve avaliar se os ativos financeiros 
contabilizados pelo custo amortizado estão com problemas de recuperação. 
Um ativo financeiro possui “problemas de recuperação” quando ocorrem um 
ou mais eventos com impacto prejudicial nos fluxos de caixa futuros 
estimados do ativo financeiro. Evidência objetiva de que ativos financeiros 
tiveram problemas de recuperação inclui os seguintes dados observáveis: - 
quebra de cláusulas contratuais, tais como inadimplência ou atraso de mais 
de 180 dias; - reestruturação de um valor devido a Companhia em condições 
que não seria aceita em condições normais; - a probabilidade que o devedor 
entrará em falência ou passará por outro tipo de reorganização financeira; ou 
- o desaparecimento de mercado ativo para o título por causa de dificuldades 
financeiras. (ii) Ativos não financeiros: O valor recuperável de um ativo ou 
unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em uso e o valor justo 
menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa 
futuros estimados são descontados aos seus valores presentes através da taxa 
de desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado 
quanto ao período de recuperabilidade do capital e os riscos específicos do 
ativo. Para a finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não 
podem ser testados individualmente são agrupados juntos no menor grupo 
de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo que são em grande parte 
independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupo de Ativos. Uma 
perda por redução ao valor recuperável é reconhecida caso o valor contábil 
de um ativo ou sua unidade operadora de caixa exceda seu valor recuperável 
estimado. Perdas de valor são reconhecidas no resultado. A Companhia não 
identificou nenhum indicador para ativos não financeiros com vida útil 
definida para o qual devesse reconhecer provisão para redução ao valor 
recuperável. f. Imposto de renda e contribuição social correntes: O 
imposto de renda e a contribuição social do exercício são calculados com 
base no lucro presumido. Lucro presumido: Calculado com base na 
presunção de lucro sobre a receita bruta, nas alíquotas de 8% para IRPJ e 
12% para CSLL para geração de energia. Sobre a presunção de 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº067  | FORTALEZA, 09 DE ABRIL DE 2019

                            

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