DOE 12/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Aos Administradores e Acionistas Transnordestina Logística S.A.
Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Transnordestina 
Logística S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial 
em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, 
do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos 
de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes 
notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. 
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam 
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e 
financeira da Transnordestina Logística S.A. em 31 de dezembro de 2018, 
o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício 
findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil 
e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo 
International Accounting Standards Board (IASB).
Base para opinião: Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as 
normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, 
em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, 
intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações 
financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com 
os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional 
do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal 
de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas 
conforme essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é 
suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais Assuntos de Auditoria: Principais Assuntos de Auditoria 
(PAA) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais 
significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos 
foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras 
como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações 
financeiras e, portanto, não expressamos uma opinião 
separada sobre esses assuntos. Nossa auditoria para o 
exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foi planejada 
e executada considerando que as operações da Companhia 
não apresentaram modificações significativas em relação ao 
exercício anterior. Nesse contexto, os Principais Assuntos 
de Auditoria, bem como nossa abordagem de auditoria, 
mantiveram-se substancialmente alinhados àqueles do 
exercício anterior.
Assuntos
Porque
é um PAA
Como o
assunto foi
conduzido
Porque é um PAA
Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria
Situação financeira da Companhia (Nota 1 às demonstrações  
financeiras)
A Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2018, excesso de passivos 
circulantes sobre ativos circulantes no montante de R$ 228.428 mil.
Para equalização da situação do capital circulante negativo, a administração 
da Companhia trabalha com ações contendo os seguintes principais 
elementos: (i) liberação de recursos por parte de seus acionistas e de 
terceiros para a retomada e conclusão da obra de construção da ferrovia 
Transnordestina; (ii) revogação da decisão cautelar imposta pelo Tribunal 
de Contas da União - TCU que proibiu novos repasses de recursos públicos 
para a Companhia; (iii) conclusão do processo de readequação orçamentária, 
com previsão de conclusão das entregas de engenharia até julho de 2019; 
(iv) aprovação do novo cronograma que prevê o término da obra e entrada 
em operação da Companhia; e (v) renegociação do fluxo de pagamentos das 
debêntures em linha com o processo de readequação orçamentária e novo 
prazo para entrada em operação.
Entre outros, realizamos os procedimentos de auditoria descritos a seguir: 
• Obtivemos a avaliação da capacidade financeira preparada pela 
administração com base nas projeções de geração de caixa e resultados 
futuros (“Projeções”) aprovadas pelo Conselho de Administração.
• Avaliamos e testamos, com o apoio de nossos especialistas, as 
razoabilidades: (i) do modelo de cálculo utilizado pela administração 
para preparar as Projeções; (ii) das premissas-chave utilizadas nas 
Projeções, tais como taxa de desconto, projeções de inflação, volume a ser 
transportado, tarifa bruta e custo;
• Comparamos as premissas-chave com o Plano de Negócios 2019-2057; 
e (iv) avaliação da competência técnica dos responsáveis pela estimativa 
independente dos volumes a serem transportados.
• Adicionalmente, realizamos análises de sensibilidade para as principais 
premissas das Projeções, para analisar diferentes cenários possíveis de 
geração de resultados.
Dada as circunstâncias acima, muitas das quais fora do controle 
da companhia, além da necessidade de aferição e remediação dos 
questionamentos levantados pelas autoridades competentes, consideramos 
este assunto como uma área de foco em nossa auditoria.
• Solicitamos e efetuamos leitura do Acordo de Investimentos onde está 
estabelecida a responsabilidade de aportar recursos extraordinários, em caso 
de necessidade, e observamos que os responsáveis tem realizado os aportes 
recursos para manutenção do estágio atual da Companhia.
• Obtivemos a decisão cautelar do TCU e com o apoio de nossos especialistas 
internos, realizamos reuniões com a administração onde nos foram 
apresentados a evolução atual do avanço físico, cronogramas revisados, 
bem como, orçamento necessário para finalização dos trechos, que por
estratégia da Companhia foram segregados em prioridades.
Porque é um PAA
Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria
Com base nas evidências obtidas, observamos que as ações planejadas pela 
administração da Companhia vem sendo executadas e que as divulgações 
efetuadas pela administração nas notas explicativas estão consistentes com 
as informações e dados obtidos.
Valor recuperável do ativo imobilizado (Nota 10 às demonstrações 
financeiras)
Em 31 de dezembro de 2018, o valor do ativo imobilizado da Companhia 
totalizava R$ 8.439.063 mil.
Identificamos indicadores de perda no valor recuperável (“impairment”) 
dos itens do ativo imobilizado da Companhia, conforme prescrito no 
pronunciamento técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. 
A administração determina o valor recuperável com base no valor em uso 
desses ativos.
O cálculo do valor em uso requer o exercício de julgamentos relevantes 
sobre determinadas premissas, tais como: (i) estimativa do volume a ser 
transportado; (ii) estimativa de preços futuros (tarifa bruta); (iii) custos e 
(iv) taxa de desconto.
Efetuamos, entre outros, os seguintes procedimentos de auditoria com o 
apoio da nossa equipe de especialistas em avaliação de ativos:
• Revisão da coerência geral, lógica e aritmética das projeções elaboradas 
pela Administração;
• Comparação das premissas-chave com o Plano de Negócios 2019-2057 e 
análise de sensibilidade dessas premissas;
• Avaliação da razoabilidade das
premissas-chave, incluindo comparações com benchmarks de margem bruta 
e taxa de desconto utilizadas no segmento e entendimento das principais 
variações;
• Discussão dos critérios usados para determinação da taxa de desconto e 
projeções de inflação;
• Comparação das estimavas internas de volume a ser transportado e 
tarifa bruta com estimativas preparadas por especialistas independentes 
contratados pela administração; e
• Avaliação da competência técnica dos responsáveis pela estimativa 
independente dos volumes a serem transportados.
Esse assunto foi considerado como um dos principais assuntos de auditoria 
em virtude: (i) da relevância do ativo imobilizado da Companhia; e (ii) dos 
julgamentos e estimativas relevantes envolvidos no processo de cálculo do 
valor em uso dos ativos.
Consideramos que os critérios e premissas adotados pela administração 
para a determinação do valor recuperável, bem como as divulgações na 
Nota explicativa 10 estão consistentes com as informações e dados obtidos.
Outros assuntos: Demonstração do Valor Adicionado: A Demonstração 
do Valor Adicionado (DVA) referente ao exercício findo em 31 de dezembro 
de 2018, elaborada sob a responsabilidade da administração da Companhia e 
apresentada como informação suplementar para fins de IFRS, foi submetida 
a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das 
demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, 
avaliamos se essa demonstração está conciliada com as demonstrações 
financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e 
conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento 
Técnico CPC 09 - “Demonstração do Valor Adicionado”. Em nossa opinião, 
essa demonstração do valor adicionado foi adequadamente elaborada, 
em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse 
Pronunciamento Técnico e é consistente em relação às demonstrações 
financeiras tomadas em conjunto.
Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e 
o relatório do auditor: A administração da Companhia é responsável por 
essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. 
Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da 
Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria 
sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações 
financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, 
ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente 
com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na 
auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. 
Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante 
no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. 
Não temos nada a relatar a este respeito.
Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Financeiras
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº070  | FORTALEZA, 12 DE ABRIL DE 2019

                            

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