DOE 16/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            do direito de usufruir os benefícios das subvenções 
governamentais que lhe foram concedidas. 2.16 
Normas novas que ainda não estão em vigor - A 
seguinte nova norma foi emitida pelo IASB mas 
não está em vigor para o exercício de 2018. A 
adoção antecipada de normas, embora encorajada 
pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê 
de Pronunciamento Contábeis (CPC). • IFRS 16 
- “Operações de Arrendamento Mercantil”: com 
essa nova norma, os arrendatários passam a ter que 
reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o 
direito de uso do ativo arrendado para praticamente 
todos os contratos de arrendamento mercantil, 
incluindo os operacionais, podendo ficar fora do 
escopo dessa nova norma determinados contratos 
de curto prazo ou de pequenos montantes. Os 
critérios de reconhecimento e mensuração dos 
arrendamentos nas demonstrações financeiras dos 
arrendadores ficam substancialmente mantidos. O 
IFRS 16 entra em vigor para exercícios iniciados 
em ou após 1º de janeiro de 2019 e substitui o IAS 
17/CPC 06 - “Operações de Arrendamento 
Mercantil” e correspondentes interpretações. • A 
Companhia definiu uma equipe para o projeto que 
revisou todos os contratos de arrendamento durante 
o último ano em face das novas regras contábeis 
de arrendamento no IFRS 16. A norma irá afetar, 
em especial, a contabilização dos arrendamentos 
operacionais da Companhia, referentes aos terrenos 
nos quais estão as instalações do seu parque eólico. 
• A Companhia espera reconhecer ativos de direito 
de uso, essencialmente relacionados ao direito de 
uso das terras onde está localizado o parque eólico, 
de aproximadamente R$ 3.150 em 1º de janeiro de 
2019. • A Companhia pretende aplicar a abordagem 
de transição simplificada e não irá reapresentar os 
valores comparativos para o ano anterior à primeira 
adoção. Ativos de direito de uso relativos a 
arrendamentos de propriedades serão mensurados 
na transição como se as novas regras sempre 
tivessem sido aplicadas. Todos os outros ativos de 
direito de uso serão mensurados ao valor do passivo 
de arrendamento no momento da adoção (ajustado 
em relação a quaisquer despesas de arrendamento 
pagas antecipadamente ou acumuladas). Não há 
outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que 
ainda não entraram em vigor que poderiam ter 
impacto significativo sobre as demonstrações 
financeiras da Companhia. 3 Estimativas e 
julgamentos contábeis críticos - A Companhia 
faz estimativas e estabelece premissas com relação 
ao futuro, baseada na experiência histórica e em 
outros fatores, incluindo expectativas de eventos 
futuros. Por definição, as estimativas contábeis 
resultantes raramente serão iguais aos respectivos 
resultados reais. As estimativas e premissas que 
apresentam um risco significativo de causar um 
ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e 
passivos para o próximo exercício estão divulgadas 
abaixo. (a) Vida útil econômica de ativos não 
financeiros - Conforme o OCPC 05 - Contratos de 
Concessão, para os bens integrantes da infraestrutura 
de geração vinculados aos contratos de concessão 
(uso do bem público) assinados após 2004, sob a 
égide da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito 
à indenização no final do prazo da concessão no 
processo de reversão dos bens ao poder concedente, 
esses bens, incluído terrenos, devem ser amortizados 
com base na vida útil econômica de cada bem ou 
no prazo da concessão, dos dois o menor, ou seja, 
a amortização está limitada ao prazo da concessão. 
A administração reconhece a depreciação de seus 
ativos imobilizados com base no menor prazo entre 
a concessão (Nota 1) e nas vidas úteis estimadas 
de cada bem (Nota 10). (b) Conta de ressarcimento–
CCEE - A Conta de ressarcimento – CCEE reflete 
os efeitos sobre a geração de energia fora dos 
limites de tolerância estabelecidos (energia 
efetivamente gerada e a energia contratada). Tais 
variações fora dos limites implicam no registro por 
estimativa de ativos ou passivos contratuais. A 
administração da Companhia entende que a análise 
do atendimento a estes limites é uma estimativa 
significativa. 4 Gestão de risco financeiro 4.1 
Fatores de risco financeiro - As atividades da 
Companhia a expõem a riscos financeiros e 
regulatórios. O programa de gestão de risco global 
da Companhia se concentra na imprevisibilidade 
dos mercados financeiros e busca minimizar 
potenciais efeitos adversos no desempenho 
financeiro da Companhia. Durante os exercícios 
findos em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, a 
Companhia não celebrou contratos que possam ser 
considerados como instrumentos derivativos. A 
gestão de risco é realizada pelo setor financeiro da 
Companhia, segundo as políticas aprovadas pela 
Diretoria. O setor financeiro da Companhia 
identifica, avalia e protege a Companhia contra 
eventuais riscos financeiros. A Diretoria estabelece 
princípios para a gestão de risco global, bem como 
para áreas específicas. Risco de mercado - Esse 
risco é oriundo da possibilidade de a Companhia 
incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas 
de juros que aumentem as despesas financeiras 
relativas a empréstimos e financiamentos captados 
no mercado. A Companhia monitora continuamente 
as taxas de juros de mercado com o objetivo de 
avaliar a eventual necessidade de contratação de 
operações para proteger-se contra o risco de 
volatilidade dessas taxas. Riscos regulatórios - As 
atividades da Companhia, assim como de seus 
concorrentes são regulamentadas e fiscalizadas pela 
ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório 
poderá exercer impacto sobre as atividades da 
Companhia. Risco de crédito - O risco de crédito 
decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos 
em bancos e outras instituições financeiras, bem 
como de exposições de crédito, incluindo contas a 
receber em aberto. Os recebíveis têm risco 
considerado baixo considerando as características 
do cliente da Companhia (CCEE). Risco de liquidez 
- É o risco de a Companhia não dispor de recursos 
líquidos suficientes para honrar seus compromissos 
financeiros, em decorrência de descasamento de 
prazo ou de volume entre os recebimentos e 
pagamentos previstos. Para administrar a liquidez 
do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos 
e recebimentos futuros, sendo monitoradas 
diariamente pela área de Tesouraria. A tabela abaixo 
analisa os passivos financeiros da Companhia, por 
faixas de vencimento, correspondentes ao período 
remanescente no balanço patrimonial até a data 
contratual do vencimento. Os valores divulgados na 
tabela são os saldos contábeis em 31 de dezembro 
de 2018 e 2017. 
 
Menos de Entre um e Entre um e
Em 31/12/2018 
um ano dois anos 
três anos
Emprésts.e financs.  3.487  
3.112  
53.623
Fornecedores  
1.694 
 
Partes relacionadas  
575 
 
Em 31/12/2017
Emprésts.e financs.  3.272  
3.294  
56.756
Fornecedores  
1.182 
 
Partes relacionadas  
456 
 
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia 
ao administrar seu capital são os de salvaguardar 
a capacidade de continuidade da Companhia para 
oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras 
partes interessadas, além de manter uma estrutura 
de capital ideal para reduzir esse custo. Para manter 
ou ajustar a estrutura de capital da Companhia, 
a administração pode, ou propõe, nos casos em 
que os acionistas têm de aprovar, rever a política 
de pagamento de dividendos, devolver capital 
aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou 
vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de 
endividamento. Condizente com outras companhias 
do setor, a Companhia monitora o capital com 
base no índice de alavancagem financeira. Esse 
índice corresponde à dívida líquida expressa como 
percentual do capital total. A dívida líquida, por 
sua vez, corresponde ao total de empréstimos 
(incluindo empréstimos de curto e longo prazos, 
conforme demonstrado no balanço patrimonial), 
subtraído do montante de caixa e equivalentes de 
caixa. O capital total é apurado através da soma 
do patrimônio líquido, conforme demonstrado 
no balanço patrimonial, com a dívida líquida. 
Os índices de alavancagem financeira em 31 de 
dezembro de 2018 e 2017:   
2018 
2017
Total dos empréstim.(Nota 12)  
60.222  63.322
Menos: caixa e equivalentes
 de caixa (Nota 6)  
 
(20.269)  
(14.446)
Dívida líquida (a)  
 
39.953  48.876
Total do patrimônio líquido  
36.546  40.731
Total do capital (b)  
 
76.499  89.607
Índice de alavancagem
 financeira - % (a / b)  
 
52%  
55%
4.3 Estimativa do valor justo - A Companhia 
não possui ativos ou passivos mensurados a valor 
justo. Entretanto, pressupõe-se que os saldos de 
caixa e equivalentes de caixa, das contas a receber 
de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo 
valor contábil, menos a perda (impairment) no 
caso de contas a receber, esteja próxima de seus 
valores justos.
5 Instrumentos financeiros 
2018  
2017
Ativos financeiros mensurados
 ao custo amortizado
Caixa e equivs.de caixa (Nota 6)  20.269  14.446
Contas garantias (Nota 8)  
3.371  7.510
Contas a receber (Nota 7)  
2.045  1.975
 
25.685  23.931
Outros passivos financeiros
Emprésts.e financs. (Nota 12)  
60.222  63.322
Fornecedores (Nota 11)  
1.694  1.182
 
61.916  64.504
6 Caixa e equivalentes de caixa 
2018  
2017
Disponibilidades:
Fundo fixo  
 
1
Bradesco S.A.  
75  
15
Banco do Nordeste do Brasil-BNB  
35 
 48
Santander S.A.  
1  
4
 
111  
68
Aplicações financeiras (a):
Bco.do Nordeste do Brasil-BNB  15.192 
Bradesco S.A  
4.425 
Santander S.A.  
541  14.378
 
20.158  14.378
Total caixa e equivals.de caixa  
20.269  14.446
(a) As aplicações financeiras são remuneradas 
a uma taxa média de 101% do CDI, e por não 
haver restrições ao resgate antecipado dos valores 
aplicados e sujeitas a um insignificante risco de 
mudança de valor, as aplicações foram consideradas 
equivalentes de caixa. 7 Contas a receber - De 
acordo com o contrato de energia de reserva – CER, 
o valor a ser faturado mensalmente é calculado 
linearmente em relação à quantidade anual 
contratada, independente da quantidade de energia 
efetivamente disponibilizada. A energia contratada 
é igual ao montante de energia associado ao leilão 
vencido pela Companhia. A partir do segundo 
quadriênio, a energia contratada será o valor 
médio anual do montante efetivamente produzido 
pela Companhia desde o primeiro quadriênio 
até o termino do quadriênio anterior, limitado ao 
montante de energia associado ao leilão vencido. 
Conforme o CER, a apuração do saldo acumulado da 
energia (energia faturada e o montante efetivamente 
disponibilizado) será feita em dois processos, um 
ao final de cada ano contratual e outro ao final de 
cada quadriênio, sendo que no último ano de cada 
quadriênio, ambos processos serão realizados. O 
saldo acumulado de energia, anualmente apurado, 
observará a faixa de tolerância a qual limita a 
geração a uma margem inferior a até 10% (dez 
por cento) abaixo do valor da energia contratada 
referente ao período considerado e uma margem 
superior de até 30% (trinta por cento) acima do 
valor da energia contratada aplicável no mesmo 
período. Sendo a geração que supere estes limites 
considerada fora da faixa de tolerância. Os valores 
a receber em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, 
estão assim compostos: 
 
2018 
2017
Contas a receber referente
 a venda de energia (a)  
2.045  
1.975
Total ativo circulante  
2.045  
1.975
(a) Refere-se à venda de energia elétrica para a 
CCEE relativa ao faturamento dos parques eólicos. 
Não existem valores de contas a receber vencidos nos 
períodos apresentados. Além disso, não há histórico 
de perdas com as contas a receber da Companhia, 
portanto não se faz necessária a constituição de 
provisão para créditos de liquidação duvidosa. 8 
Contas garantias - Esses valores referem-se as 
Contas Reservas do Serviço da Dívida do BNDES 
na qual consta o saldo de três vezes o valor da 
última prestação vencida do Serviço da Dívida do 
BNDES sendo entendido como prestação do serviço 
da dívida a soma da amortização do principal e 
dos acessórios da dívida (juros) decorrentes do 
contrato do BNDES, e também a Conta Reserva do 
Serviço da Dívida do BNB na qual consta o saldo 
equivalente ao valor da última prestação vencida. 
Em 31 de dezembro de 2018 a Companhia possuía 
o valor de R$ 3.371 (2017 - R$ 7.510) referente a 
contas de reserva, valor este registrado no ativo 
não circulante. 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº072  | FORTALEZA, 16 DE ABRIL DE 2019

                            

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