DOE 16/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            de uso serão mensurados ao valor do passivo de 
arrendamento no momento da adoção (ajustado em 
relação a quaisquer despesas de arrendamento pagas 
antecipadamente ou acumuladas). Não há outras 
normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não 
entraram em vigor que poderiam ter impacto 
significativo sobre as demonstrações financeiras da 
Companhia. 3 Estimativas e julgamentos contábeis 
críticos - A Companhia faz estimativas e estabelece 
premissas com relação ao futuro, baseada na 
experiência histórica e em outros fatores, incluindo 
expectativas de eventos futuros. Por definição, as 
estimativas contábeis resultantes raramente serão 
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas 
e premissas que apresentam um risco significativo 
de causar um ajuste relevante nos valores contábeis 
de ativos e passivos para o próximo exercício estão 
divulgadas abaixo. (a) Vida útil econômica de 
ativos não financeiros - Conforme o OCPC 05 - 
Contratos de Concessão, para os bens integrantes 
da infraestrutura de geração vinculados aos contratos 
de concessão (uso do bem público) assinados após 
2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não 
tenham direito à indenização no final do prazo da 
concessão no processo de reversão dos bens ao 
poder concedente, esses bens, incluído terrenos, 
devem ser amortizados com base na vida útil 
econômica de cada bem ou no prazo da concessão, 
dos dois o menor, ou seja, a amortização está 
limitada ao prazo da concessão. A administração 
reconhece a depreciação de seus ativos imobilizados 
com base no menor prazo entre a concessão (Nota 
1) e nas vidas úteis estimadas de cada bem. (b) 
Conta de ressarcimento – CCEE - A Conta de 
ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a 
geração de energia fora dos limites de tolerância 
estabelecidos (energia efetivamente gerada e a 
energia contratada). Tais variações fora dos limites 
implicam no registro por estimativa de ativos ou 
passivos contratuais. A administração da Companhia 
entende que a análise do atendimento a estes limites 
é uma estimativa significativa. 4 Gestão de risco 
financeiro - 4.1 Fatores de risco financeiro - As 
atividades da Companhia a expõem a riscos 
financeiros e regulatórios. O programa de gestão de 
risco global da Companhia se concentra na 
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca 
minimizar potenciais efeitos adversos no 
desempenho financeiro da Companhia. Durante os 
exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 
2017, a Companhia não celebrou contratos que 
possam ser considerados como instrumentos 
derivativos. A gestão de risco é realizada pelo setor 
financeiro da Companhia, segundo as políticas 
aprovadas pela Diretoria. O setor financeiro da 
Companhia identifica, avalia e protege a Companhia 
contra eventuais riscos financeiros. A Diretoria 
estabelece princípios para a gestão de risco global, 
bem como para áreas específicas. Risco de mercado 
- Esse risco é oriundo da possibilidade de a 
Companhia incorrer em perdas por causa de 
flutuações nas taxas de juros que aumentem as 
despesas financeiras relativas a empréstimos e 
financiamentos captados no mercado. A Companhia 
monitora continuamente as taxas de juros de 
mercado com o objetivo de avaliar a eventual 
necessidade de contratação de operações para 
proteger-se contra o risco de volatilidade dessas 
taxas. Riscos regulatórios - As atividades da 
Companhia, assim como de seus concorrentes são 
regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. 
Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá 
exercer impacto sobre as atividades da Companhia. 
Risco de crédito - O risco de crédito decorre de 
caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos 
e outras instituições financeiras, bem como de 
exposições de crédito, incluindo contas a receber 
em aberto. Os recebíveis tem risco considerado 
baixo considerando as características do cliente da 
Companhia (CCEE). Risco de liquidez - É o risco 
de a Companhia não dispor de recursos líquidos 
suficientes para honrar seus compromissos 
financeiros, em decorrência de descasamento de 
prazo ou de volume entre os recebimentos e 
pagamentos previstos. Para administrar a liquidez 
do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos 
e recebimentos futuros, sendo monitoradas 
diariamente pela área de Tesouraria. A tabela abaixo 
analisa os passivos financeiros da Companhia, por 
faixas de vencimento, correspondentes ao período 
remanescente no balanço patrimonial até a data 
contratual do vencimento. Os valores divulgados 
na tabela são os saldos contábeis em 31 de 
dezembro de 2018 e 2017.
 
Menos de Entre um e Acima de
Em 31/12/2018 
um ano dois anos três anos
Fornecedores 
1.126
Partes relacionadas  
11.566 
10.317 
42.408
Em 31/12/2017
Fornecedores 
576 
784
Partes relacionadas  
11.846 
12.021 
49.410
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia 
ao administrar seu capital são os de salvaguardar 
a capacidade de continuidade da Companhia para 
oferecer retorno aos acionistas e benefícios às 
outras partes interessadas, além de manter uma 
estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. 
Para manter ou ajustar a estrutura de capital da 
Companhia, a administração pode, ou propõe, nos 
casos em que os acionistas têm de aprovar, rever 
a política de pagamento de dividendos, devolver 
capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas 
ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, 
o nível de endividamento. Condizente com outras 
empresas do setor, a Companhia monitora o capital 
com base no índice de alavancagem financeira. 
Esse índice corresponde à dívida líquida expressa 
como percentual do capital total. A dívida líquida, 
por sua vez, corresponde ao total de empréstimos 
(incluindo empréstimos de curto e longo prazos, 
conforme demonstrado no balanço patrimonial), 
subtraído do montante de caixa e equivalentes de 
caixa. O capital total é apurado através da soma 
do patrimônio líquido, conforme demonstrado 
no balanço patrimonial, com a dívida líquida. 
Os índices de alavancagem financeira em 31 de 
dezembro: 
2018 
2017
Total das obrigações partes
 relacionadas (Nota 8) 
64.291 73.277
Menos: caixa e equivalentes
 de caixa (Nota 6) 
(3.211) (2.291)
Dívida líquida (a)  
61.080 70.986
Total do patrimônio líquido  
36.724 35.749
Total do capital (b)  
97.804 106.735
Índice de alavancagem
 financeira - % (a / b) 
62% 
66%
4.3 Estimativa do valor justo - A Companhia 
não possui ativos ou passivos mensurados a valor 
justo. Entretanto, pressupõe-se que os saldos de 
caixa e equivalentes de caixa, das contas a receber 
de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo 
valor contábil, menos a perda (impairment) no 
caso de contas a receber, esteja próxima de seus 
valores justos. 
5 Instrumentos financeiros 
2018 
2017
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equival.de caixa (Nota 6) 3.211 
2.291
Contas a receber (Nota 7) 
1.789 
1.625
Partes relacionadas (Nota 8) 
2.078 
1.503
 
7.078 
5.419
Outros passivos financeiros
Partes relacionadas (Nota 8) 
64.291 73.277
Fornecedores (Nota 10) 
1.126 
1.360
 
65.417 74.637
6 Caixa e equivalentes de caixa
 
2018 
2017
Disponibilidades:
Bradesco S.A.  
14 
8
Santander S.A.  
5 
2
 
19 
10
Aplicações financeiras (a):
Santander S.A.  
3.192 
2.281
 
3.192 
2.281
Total caixa e equival. de caixa 
3.211 
2.291
(a) As aplicações financeiras são remuneradas 
a uma taxa média de 101% do CDI, e por não 
haver restrições ao resgate antecipado dos 
valores aplicados e sujeitas a um insignificante 
risco de mudança de valor, as aplicações foram 
consideradas equivalentes de caixa. 7 Contas a 
receber - De acordo com o contrato de energia de 
reserva – CER, o valor a ser faturado mensalmente 
é calculado linearmente em relação à quantidade 
anual contratada, independente da quantidade de 
energia efetivamente disponibilizada. A energia 
contratada é igual ao montante de energia associado 
ao leilão vencido pela Companhia. A partir do 
segundo quadriênio, a energia contratada será 
o valor médio anual do montante efetivamente 
produzido pela Companhia desde o primeiro 
quadriênio até o termino do quadriênio anterior, 
limitado ao montante de energia associado ao 
leilão vencido. Conforme o CER, a apuração do 
saldo acumulado da energia (energia faturada e 
o montante efetivamente disponibilizado) será 
feita em dois processos, um ao final de cada ano 
contratual e outro ao final de cada quadriênio, 
sendo que no último ano de cada quadriênio, ambos 
processos serão realizados. O saldo acumulado de 
energia, anualmente apurado, observará a faixa de 
tolerância a qual limita a geração a uma margem 
inferior a até 10% (dez por cento) abaixo do 
valor da energia contratada referente ao período 
considerado e uma margem superior de até 30% 
(trinta por cento) acima do valor da energia 
contratada aplicável no mesmo período. Sendo a 
geração que supere estes limites considerada fora 
da faixa de tolerância. Os valores a receber em 
31 de dezembro de 2018 e de 2017, estão assim 
compostos:
 
2018 
2017
Contas a receber referente a 
venda de energia (a) 
1.558 
1.496
Outras contas a receber (b) 
231 
129
Total circulante 
1.789 
1.625
(a) Refere-se à venda de energia elétrica para a 
CCEE relativa ao faturamento do parque eólico, 
à vencer em janeiro de 2019. (b) Refere-se 
substancialmente à contas a receber junto a Gamesa 
decorrente de penalização por descumprimento 
da garantia de disponibilidade. Esses valores 
serão recebidos no decorrer de 2019. Não existem 
valores de contas a receber vencidos nos períodos 
apresentados. Além disso, não há histórico de 
perdas com as contas a receber da Companhia, 
portanto não se faz necessária a constituição de 
provisão para créditos de liquidação duvidosa.
8 Partes Relacionadas
Ativo circulante 
Operação 
2018 
2017
MS Participações Societárias S.A 
Nota de débito (a) 
1
Cubico Brasil 
Nota de débito (a) 
1.128 
554
 
 
1.129 
554
Ativo não circulante 
Operação 
2018 
2017
Ventos de Santo Onofre I 
Nota de débito (a) 
949 
949
Passivo circulante 
Operação 
2018 
2017
Ventos de São Tito Holding S.A. 
Nota de débito (a) 
10 
46
Ventos de Santa Brígida VII 
Nota de débito (a) 
 
3
Ventos de Santo Onofre I 
Nota de débito (a) 
15 
2
MS Participações Societárias S.A 
Nota de débito (a) 
153 
115
Eólica Bela Vista Ger e Com de Energia S.A 
Nota de débito (a) 
 
8
Embuaca Ger e Com de Energia S.A 
Nota de débito (a) 
 
5
Eólica Icaraí Ger e Com de Energia S.A 
Nota de débito (a) 
 
1
Eólica Mar e Terra Ger e Com de Energia S.A 
Nota de débito (a) 
 
1
Ventos de São Tito Holding S.A 
Cessão de recebíveis (b) 
11.388 
11.665
 
 
11.566 
11.846
Passivo não circulante 
Operação 
2018 
2017
Ventos de São Tito Holding S.A. 
Cessão de recebíveis (b) 
52.725 
61.431
(a) Refere-se a saldo da Companhia decorrente do compartilhamento de despesas entre as empresas do 
mesmo grupo econômico. (b) Refere-se a cessão de recebíveis pela controladora Ventos de São Tito 
Holding S.A. para a Companhia, para permitir os investimentos necessários à construção dos parques 
eólicos, com prazo de pagamento de 14 anos e taxa de juros de 0,23% a.m. A taxa praticada entre as 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº072  | FORTALEZA, 16 DE ABRIL DE 2019

                            

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