DOE 16/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            recuperável (impairment): A Administração revisa anualmente o valor 
contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças 
nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam 
indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável.  Sendo tais evidências 
identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é 
constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido 
ao valor recuperável. O valor recuperável de um ativo ou de determinada 
unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor em 
uso e o valor líquido de venda. Na estimativa do valor em uso do ativo, os 
fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor presente, 
utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflita o custo 
médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade 
geradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que 
possível, com base em contrato de venda firme em uma transação em bases 
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas 
atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com 
base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação 
mais recente com ativos semelhantes. 2.7 Ativo imobilizado: Os itens do 
imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção. 
O custo de ativos construídos inclui o custo de materiais e mão de obra 
direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local, custos de 
empréstimos sobre ativos qualificáveis e condição necessários para que 
esses sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração. O 
custo de reposição de um componente do imobilizado é reconhecido no 
valor contábil do item caso seja provável que os benefícios econômicos 
incorporados dentro do componente irão gerar benefícios futuros e que o seu 
custo possa ser medido de forma confiável. O valor contábil do componente 
que tenha sido reposto por outro é baixado. Os custos de manutenção no 
dia-a-dia do imobilizado são reconhecidos no resultado conforme incorridos. 
Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são apurados pela 
comparação entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil do 
imobilizado, e são reconhecidos líquidos dentro de outras receitas no 
resultado. Depreciações: Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir 
da data em que estão disponíveis para uso, ou no caso de ativos construídos 
internamente, a partir do dia em que a construção é finalizada e o ativo está 
disponível para uso. A depreciação é calculada sobre o custo dos ativos 
imobilizados ou outro valor substituto do custo. A depreciação é reconhecida 
no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas úteis 
estimadas já que esse método é o que mais reflete o padrão de consumo de 
benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Terrenos não são 
depreciados. As taxas utilizadas estão de acordo com o Manual de Controle 
Patrimonial do Setor Elétrica (“MCPSE”), aprovado pelas Resoluções 
Normativas nº 367/2009 e 474/2012 pela ANEEL. Os métodos de 
depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada 
encerramento de exercício e eventuais ajustes são reconhecidos como 
mudança de estimativas contábeis. 2.8 Receitas e despesas financeiras: Para 
todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos 
financeiros que rendem juros, classificados como ativos financeiros ao valor 
justo, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de 
juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos 
futuros estimados de caixa ao longo da vida estimada do instrumento 
financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao 
valor contábil liquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é 
incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado. As 
despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos, 
ajustes de desconto a valor presente das provisões e, variações no valor justo 
de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. 
Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à aquisição, 
construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados no 
resultado pelo método de juros efetivos. 2.9 Normas, alterações e 
interpretações que entraram em vigor em 2018: Adoção CPC 47 / IFRS 15 
- Receitas de Contratos com Clientes: Substitui o CPC 30 / IAS 18 Receitas, 
o CPC 17 / IAS 11 Contratos de Construção e interpretações relacionadas. A 
Companhia adotou o CPC 47 / IFRS 15 a partir de 1º de janeiro de 2018, 
usando o método de efeito cumulativo (sem expedientes práticos), com 
efeito de adoção inicial da norma reconhecida na data da aplicação inicial 
(ou seja, 1º de janeiro de 2018). A adoção do CPC 47 / IFRS 15 não teve um 
efeito significativo nas políticas contábeis da Companhia visto que a 
Companhia encontra-se em fase pré-operacional. Adoção CPC 48 / IFRS 9 
- Instrumentos Financeiros: A Companhia adotou inicialmente o CPC 48 / 
IFRS 9 Instrumentos financeiros, a partir de 1º de janeiro de 2018. O CPC 
48 / IFRS 9 estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos 
financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra ou venda de 
itens não financeiros. Esta norma substitui o CPC 38 / IAS 39 Instrumentos 
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. O CPC 48 / IFRS 9 retém em 
grande parte os requerimentos existentes no CPC 38 / IAS 39 para a 
classificação e mensuração de passivos financeiros. No entanto, ele elimina 
as antigas categorias do CPC 38 / IAS 39 para ativos financeiros: mantidos 
até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. A 
adoção do CPC 48 / IFRS 9 não teve um efeito significativo nas políticas 
contábeis da Companhia. A Companhia não possui instrumentos financeiros 
derivativos. Adicionalmente, não se espera que as seguintes novas normas 
ou modificações possam ter um impacto significativo nas demonstrações 
contábeis da Companhia: • IFRS 16 Operações de arrendamento mercantil; 
• IFRS 17 Contratos de seguro; • Interpretação IFRIC 22 Transações em 
moeda estrangeira e adiantamento de contraprestação; e • Interpretação 
IFRIC 23 Incerteza sobre o tratamento dos tributos sobre a renda. O Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil 
ou alteração nos pronunciamentos vigentes correspondentes a todas as 
novas IFRS. Portanto, a adoção antecipada dessas IFRS não é permitida 
para entidades que divulgam as suas demonstrações contábeis de acordo 
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
3. Gerenciamento de riscos: A Administração é responsável pelo 
estabelecimento e supervisão da estrutura de gerenciamento de risco da 
Companhia. As políticas de gerenciamento de risco são estabelecidas para 
identificar, analisar e definir limites e controles apropriados, e para monitorar 
riscos e aderência aos limites. (i) Risco operacional: O risco operacional está 
relacionado com a paralisação de parte ou de todo o fornecimento esperado 
relacionado ao parque eólico. (ii) Risco de crédito: O risco de crédito de 
saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela tesouraria 
da Companhia de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos 
excedentes são investidos apenas em instituições financeiras autorizadas 
e aprovadas pela controladoria, avalizadas pela Diretoria Executiva, 
respeitando limites de crédito definidos, os quais são estabelecidos a fim de 
minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro 
no caso de potencial falência de uma contraparte. (iii) Risco de liquidez: 
Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar dificuldades 
em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos financeiros 
que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. 
A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de garantir, 
o máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir 
com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais e de estresse, 
sem causar perdas inaceitáveis ou com risco de prejudicar a reputação da 
Companhia. A Companhia possui ativos financeiros representados por caixa 
que resultam diretamente das integralizações dos acionistas. A Companhia 
não efetua aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer 
outros ativos de risco. A Companhia não possui em 31 de dezembro de 2018 
e 2017 exposições financeiras atreladas à moeda estrangeira. (iv) Risco de 
mercado: Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado, 
tais como as taxas de câmbio, taxas de juros e preços de ações, têm nos 
ganhos da Companhia ou no valor de suas participações em instrumentos 
financeiros. O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é gerenciar 
e controlar as exposições a riscos de mercados, dentro de parâmetros 
aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o retorno. A Administração da 
Companhia não efetua investimentos em ativos financeiros que possam 
gerar oscilações relevantes nos seus preços de mercado.
4. Caixas e equivalentes de caixa 
 
2018 
2017
 Bancos 
 
3.719 
1.617
 Aplicações financeiras 
 
402 
100.446
 Total 
 
4.121 
102.063
Aplicações financeiras correspondem a operações realizadas junto às 
instituições financeiras que operam no mercado financeiro nacional 
e possuem baixo risco de crédito, são remuneradas pela variação do 
Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e estão disponíveis para 
utilização nas operações da Companhia, ou seja, são ativos financeiros com 
liquidez imediata. Estas operações têm vencimentos inferiores a 3 meses da 
data de contratação e com compromisso de recompra pelo emissor.
5. Imobilizado: Composição do imobilizado 
 
2018 
2017
 Imobilizado em andamento 
 163.353 
90.500
 Torres anemométricas 
 
1.629.958 
378.787
 Total 
 
1.793.311 
469.287
Movimentação do imobilizado
   
 
 
 
Depre- 
   
 
2017 
Adições 
ciação 
2018
 Imobilizado em andamento (a)  90.500 
72.853 
- 
163.353
 Torres anemométricas (b) 
 
378.787 1.308.078 (56.907) 
1.629.958
 Total 
 
469.287 1.380.931 (56.907) 
1.793.311
(a) Refere-se à prestação de serviço de consultoria para certificação da 
energia eólica durante a fase pré-operacional da Companhia. (b) Refere-se à 
compra de torres anemométricas para estudos e medições da energia eólica.
6. Investimento: A Companhia possui investimentos em empresas eólicas 
realizados através de aportes de capital. Abaixo estão relacionados os 
investimentos nas investidas:
Investidas 
% de participação
Ventos de Santo Eloy Energias Renováveis S.A 
 
0,1%
Ventos de São Galvão Energias Renováveis S.A 
 
0,1%
Ventos de São Bento Energias Renováveis S.A 
 
0,1%
Ventos de Santo Abelardo Energias Renováveis S.A 
 
0,1%
Outros investimentos 
 
0,01%
   
 
2018
Ventos de Santo Eloy Energias Renováveis S.A 
 
18.719
Ventos de São Galvão Energias Renováveis S.A 
 
19.379
Ventos de São Bento Energias Renováveis S.A 
 
24.226
Ventos de Santo Abelardo Energias Renováveis S.A 
 
47
Outros investimentos 
 
1
Total  
 
62.372
A Companhia optou por não aplicar o método de equivalência patrimonial 
sobre seus investimentos de acordo com o item 17 do CPC 18 (R2).
7. Patrimônio líquido: Em 31 de dezembro de 2018, o capital social 
subscrito é de R$ 7.068.786 (R$ 5.135.000 em 2017) e está representado 
por 7.068.786 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. O 
capital social integralizado é de R$ 6.907.786 (R$ 3.006.500 em 2017) 
e está representado por 6.907.786 ações ordinárias nominativas e sem 
valor nominal. a. Aumento de capital: De acordo com Assembleia Geral 
Extraordinária - AGE de 26 de outubro de 2018, foi subscrito capital no 
montante de R$ 2.000.000 e integralizado capital no montante de R$ 
1.470.000 em sua totalidade com moeda funcional da Companhia com 
entrada em caixa e equivalente de caixa. No exercício de 2018, foram 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº072  | FORTALEZA, 16 DE ABRIL DE 2019

                            

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