DOE 17/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            CSP - Companhia Siderúrgica do Pecém 
b. CPC 48/IFRS 9 Financial Instruments (Instrumentos financeiros) - (i) Classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros - A IFRS 9/ 
CPC 48 substituiu as orientações existentes na IAS 39 (CPC 38) Instrumentos financeiros: Reconhecimento e Mensuração. A IFRS 9 inclui novos modelos 
para a classificação e mensuração de instrumentos financeiros e a mensuração de perdas esperadas de crédito para ativos financeiros e contratuais, como 
também novos requisitos sobre a contabilização de hedge. A nova norma mantém as orientações existentes sobre o reconhecimento e desreconhecimento 
de instrumentos financeiros da IAS 39. Como resultado da adoção do CPC 48 que exigem que a redução ao valor recuperável dos ativos financeiros 
seja apresentada em linha separada na demonstração do resultado, a Companhia não adotou as alterações consequentes ao CPC 26 - Apresentação 
de Demonstrações Financeiras, devido a imaterialidade dos montantes. Adicionalmente, a Companhia adotou as alterações consequentes ao CPC 40 - 
Instrumentos Financeiros: Evidenciação, que são aplicadas às divulgações em 2018, mas que, em geral, não foram aplicadas à informação comparativa. 
O CPC 48 / IFRS 9 contém uma nova abordagem de classificação e mensuração de ativos financeiros que reflete o modelo de negócios em que os ativos 
são administrados e suas características de fluxo de caixa. O CPC 48 / IFRS 9 contém três principais categorias de classificação para ativos financeiros: 
mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA) e ao valor justo por meio do resultado (VJR). A 
norma elimina as categorias existentes na IAS 39 de mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. Não houve impacto 
significativo nas políticas contábeis da Companhia, relacionados a ativos e passivos financeiros. A tabela a seguir e as notas explicativas abaixo explicam 
as categorias de mensuração originais no CPC 38 e as novas categorias de mensuração do CPC 48 para cada classe de ativos e passivos financeiros da 
Sociedade em 1º de janeiro de 2018.
 
 
Nova classificação 
Valor contábil 
Novo valor contábil
 
Classificação original de  
de acordo com o  
original de acordo 
de acordo com o
 
de acordo com o CPC 38 
CPC 48 
com o CPC 38 
CPC 48
Contas a receber de clientes 
Empréstimos e recebíveis 
Custo amortizado 
 221.287  
 221.287 
Contas a receber de clientes - 
partes relacionadas 
Empréstimos e recebíveis 
Custo amortizado 
 80.221  
 80.221 
Caixa e equivalentes de caixa 
Empréstimos e recebíveis 
Custo amortizado 
 1.015.008  
 1.015.008 
Total de ativos financeiros 
  
  
 1.316.516  
 1.316.516 
Fornecedores 
Custo amortizado 
Outros passivos financeiros 
 312.917  
 312.917 
Fornecedores - partes relacionadas 
Custo amortizado 
Outros passivos financeiros 
 1.274.515  
 1.274.515 
Financiamentos 
Custo amortizado 
Outros passivos financeiros 
 10.988.898  
 10.988.898 
Total de passivos financeiros 
  
  
 12.576.330  
 12.576.330
(ii) Redução no valor recuperável (Impairment) - Contas a receber - A IFRS 9 substituiu o modelo de “perdas incorridas” do CPC 38 (IAS 39) por um 
modelo prospectivo de “perdas de crédito esperadas”. Isso exigiu um julgamento relevante sobre como as mudanças em fatores econômicos afetam as 
perdas esperadas de crédito, que foram determinadas com base em probabilidades ponderadas. O novo modelo de perdas esperadas foi aplicado aos ativos 
financeiros mensurados ao custo amortizado ou ao VJORA, com exceção de investimentos em instrumentos patrimoniais. Nos termos do CPC 48, as 
perdas de crédito são reconhecidas mais cedo do que no CPC 38. Espera-se que as perdas por redução ao valor recuperável de ativos incluídos no escopo 
do modelo de redução ao valor recuperável do CPC 48 reduzam e tornem-se mais voláteis. A aplicação dos requisitos de redução ao valor recuperável 
do CPC 48 em 2018 levou ao reconhecimento de uma reversão para redução ao valor recuperável no montante de R$705. As seguintes avaliações 
devem ser efetuadas com base nos fatos e circunstâncias existentes na data da adoção inicial: • A determinação do modelo de negócio dentro do qual um 
ativo financeiro é mantido. • A designação e revogação de designações anteriores de determinados ativos e passivos financeiros mensurados a VJR. • A 
designação de determinados investimentos em instrumentos patrimoniais não mantidos para negociação como VJORA.
6 Principais políticas contábeis -A Companhia aplicou as políticas contábeis descritas abaixo de maneira consistente a todos os exercícios apresentados 
nestas demonstrações financeiras.
a. Base de mensuração - As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.
b. Transações e saldos em moeda estrangeira - Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela 
moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transação, sobre o montante 
em moeda estrangeira e remensurados nas datas da avaliação. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data do 
balanço são reconvertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio naquela data. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados aos itens monetários são 
apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira. Itens não monetários que são mensurados com base no custo histórico 
em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de câmbio na data da transação. Os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda 
estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.
c. Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerários em espécie, depósitos bancários e aplicações financeiras de 
curto prazo, de alta liquidez e prontamente conversíveis em montante conversível de caixa e sujeitos a um risco insignificante de mudança de valor. Os 
equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e, não, para investimentos ou outros propósitos.
d. Estoques - Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo dos estoques é baseado no princípio do custo 
médio e inclui gastos incorridos na aquisição de estoques, custos de produção e transformação e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações 
e condições existentes. No caso dos estoques manufaturados e produtos em elaboração, o custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado 
na capacidade operacional normal. O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estimados 
de conclusão e despesas de vendas. As provisões para estoques de baixa rotatividade ou obsoletos são constituídas quando consideradas necessárias pela 
Administração.
e. Despesas antecipadas - São representadas pelas aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos direitos de benefícios ou prestação de serviços 
ocorrerão em períodos futuros, sendo registradas no resultado de acordo com o regime de competência. Os custos incorridos que estão relacionados com 
ativos correspondentes, que gerarão receitas em períodos subsequentes, são apropriados ao resultado de acordo com os prazos e montantes dos benefícios 
esperados e baixados diretamente no resultado quando os bens e direitos correspondentes já não fizerem parte dos ativos da instituição ou quando não são 
mais esperados benefícios futuros.
f. Demais ativos circulantes - Os demais ativos são apresentados pelo valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as 
variações monetárias auferidas até a data do balanço. Quando necessário, é constituída provisão para a redução dos seus valores de recuperação. 
g. Imobilizado - Reconhecimento e mensuração - Os itens do imobilizado são demonstrados e mensurados a custo histórico de aquisição ou construção 
menos o valor da depreciação acumulada e de qualquer perda não recuperável. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis necessários para 
preparar o ativo para o uso pretendido pela Administração, incluindo os custos de financiamento relacionados com a aquisição de ativos qualificados. 
Os custos sobre financiamento tomados para financiar a construção do imobilizado foram capitalizados durante o período necessário para executar e 
preparar o ativo para o uso pretendido e incorporados ao valor do ativo imobilizado até a conclusão da construção. Os ganhos e as perdas em alienações 
são determinados pela comparação do valor de venda com o valor contábil e são reconhecidos como “Outras despesas e receitas operacionais, líquidas” 
na demonstração do resultado.
Gastos subsequentes - Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, 
somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados a esses custos e que possam ser mensurados com segurança. Os gastos 
relevantes com manutenção de máquinas industriais que tenham efeito direto no aumento da vida útil do item são registrados no ativo imobilizado. Todos 
os outros reparos e manutenções periódicas são registradas em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.
Depreciação - Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus 
valores residuais durante a vida útil estimada. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do 
ativo for maior que seu valor recuperável estimado (Nota 12.d). Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados quando existir uma 
indicação de mudança significativa, desde a última data de balanço. A vida útil dos ativos está assim estimad
                                                                                          Vida útil em anos        
  
2018 
2017
Prédios e construções  
53 
 46
Instalações 
10 
 10
Máquinas e equipamentos 
22 
 21
Hardware 
7 
 7
Veículos 
8 
 8
Móveis e utensílios 
10 
 10
Ferramentas 
10 
 10
A depreciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, menos seus valores residuais estimados, utilizando o método linear baseado 
na vida útil estimada dos itens. A depreciação é geralmente reconhecida no resultado, a menos que o montante esteja incluído no valor contábil de outro 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº073  | FORTALEZA, 17 DE ABRIL DE 2019

                            

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