DOE 17/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
CSP - Companhia Siderúrgica do Pecém
25 Resultado financeiro
2018
2017
Receitas financeiras
Rendimentos de aplicações financeiras
30.713
18.172
Juros com atualização de tributos
238
993
Impostos sobre receitas financeiras
(1.889)
(1.316)
Outras receitas financeiras
104
487
29.166
18.336
Despesas financeiras
Juros e encargos financeiros (a)
(632.168)
(472.773)
Imposto sobre operações financeiras
(174)
(2.596)
Comissões de fiança bancária
(1.251)
(1.109)
Atualização de passivo com coligadas (b)
(54.702)
-
Outras despesas financeiras (c)
(42.686)
(3.962)
(730.981)
(480.440)
Variação cambial
Variação cambial ativa
547.991
280.647
Variação cambial passiva
(2.276.735)
(378.720)
(1.728.744)
(98.073)
Resultado financeiro, líquido
(2.430.559)
(560.177)
(a)
A Companhia registrou um aumento significativo nas despesas financeiras,
principalmente na linha de juros, decorrente do aumento do câmbio ocorrido
em 2018, 17% em relação a 2017. (b) Em 2018 a Companhia registrou juros
contratuais sobre uma obrigação de longo prazo com a Posco Engineering
& Construction Co. Ltd no valor de R$ 54.702. (c) A Companhia registrou
Valores contábeis e valores justo
2018
2017
Hierarquia Ativos financ.
Outros
Ativos financ.
Outros
de valor
a custo
passivos
a custo
passivos
justo amortizado
financeiros
Total amortizado
financeiros
Total
Contas a receber de clientes
-
115.447
-
115.447
221.287
-
221.287
Contas a receber de clientes - partes relacionadas
-
318.623
-
318.623
80.221
-
80.221
Caixa e equivalentes de caixa
-
960.857
-
960.857
1.015.008
-
1.015.008
Fornecedores
-
-
(386.681)
(386.681)
-
(312.917)
(312.917)
Fornecedores - partes relacionadas
-
-
(1.821.969)
(1.821.969)
-
(1.274.515)
(1.274.515)
Financiamentos
2
- (12.169.557) (12.169.557)
- (10.988.898) (10.988.898)
1.394.927 (14.378.207) (12.983.280)
1.316.516 (12.576.330) (11.259.814)
de risco (Moody’s, Fitch ou S&P). Tais aplicações possuem liquidez diária
e são avaliadas pela Companhia como sendo de baixo risco. (Ver Nota 8).
Risco cambial - A Companhia está exposta ao risco cambial decorrente
de exposições de algumas moedas, principalmente com relação ao Dólar
Americano (R$/US$). O risco cambial decorre de operações comerciais
para aquisições de itens a serem aplicados na construção e operação do
Complexo Siderúrgico e da parcela do endividamento contratado em
US$, gerando ativos e passivos reconhecidos em suas demonstrações
financeiras. O normativo de proteção cambial da Companhia considera
os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de
compromissos já assumidos e registrados nas demonstrações financeiras
oriundos de suas operações, bem como fluxos de caixas futuros com
prazo médio de seis meses, ainda não registrados no balanço patrimonial.
A Administração estabeleceu uma política que exige a gestão de seu risco
cambial em relação à sua moeda funcional. A Companhia poderá efetuar
proteção de suas posições, quando aplicável. Para proteger as exposições
cambiais com relação à moeda estrangeira, a Companhia poderá contratar
operações com instrumentos financeiros derivativos do tipo swap e compra
a termo de moeda denominada Non Deliverable Forward - NDF (forward).
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o balanço patrimonial da Companhia
não registrava nenhuma operação com instrumentos financeiros derivativos.
A análise de sensibilidade sobre a taxa de câmbio, em 31 de dezembro de
2018, considera os impactos na moeda funcional da Companhia, o Real.
Uma valorização ou desvalorização razoavelmente possível do Dólar, que
é a moeda preponderante dos saldos em aberto, face à moeda funcional
da Companhia, teria afetado a mensuração dos instrumentos financeiros
denominados em moeda estrangeira. A análise de sensibilidade realizada dos
ativos e passivos em moeda estrangeira considera o câmbio vigente, de R$
3,8748, em 31 de dezembro de 2018 como sendo um cenário provável. Para
os demais cenários I, II e III foram considerados uma variação desfavorável
face ao Real nos percentuais de 5%, 10% e 25%, respectivamente. A análise
considera, ainda, que todas as outras variáveis permanecem constantes.
Base de exposição de ativos e passivos em moeda estrangeira:
31/12/2018
Ativos
Passivos
Exposição
financeiros
financeiros
cambial total
Exposição cambial
(em milhares de Dólares)
274.622
(3.265.873)
(2.991.251)
31/12/2018
Efeito
Cenário I Cenário II
Cenário III
(5%)
(10%)
(25%)
Taxa de câmbio (R$/US$)
4,0685
4,2623
4,8435
Resultado financeiro
(em milhares de Reais)
579.525
1.159.050
2.897.625
Risco de taxa de juros - O risco da taxa de juros está relacionado com as
flutuações de taxas dos seus ativos financeiros (aplicações financeiras) e
outros passivos financeiros (financiamentos). A Companhia acompanha e
avalia a exposição destes riscos com o monitoramento das variações dos
principais indexadores financeiros, tais como Libor, TJLP e CDI, bem como
por meio da comparação entre taxas de juros flutuantes e fixas. A análise de
sensibilidade das variações na taxa de juros avalia os indexadores financeiros
encargos com financiamento de longo prazo no montante de R$ 27.509. As
provisões para despesas financeiras totalizaram R$ 8.718.
26 Instrumentos financeiros - A Companhia opera com ativos e passivos
financeiros não-derivativos, são eles: caixa e equivalente de caixa, duplicatas
a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores e financiamentos. Estes
instrumentos são inicialmente reconhecidos pelo valor justo e acrescidos
de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Os passivos
financeiros são mensurados ao custo amortizado utilizando o método de
juros efetivos e compreendem os financiamentos, bem como contas a pagar
a fornecedores. Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a
Companhia usa dados observáveis de mercado, tanto quanto possível. Os
valores justos são classificados em diferentes níveis em uma hierarquia
baseada nas informações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da
seguinte forma. • Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados
ativos para ativos e passivos idênticos. • Nível 2: inputs, exceto os preços
cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo,
diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços). • Nível 3:
inputs, para o ativo ou passivo, que não são baseados em dados observáveis
de mercado (inputs não observáveis). Os valores registrados no ativo e no
passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria,
em prazos inferiores a três meses. Não há informações de hierarquia sobre
o valor justo dos ativos e passivos financeiros não mensurados ao valor
justo, mesmo se o valor contábil é uma aproximação dos valores justos.
Considerando a natureza dos instrumentos, os valores contábeis estão
representados pela tabela abaixo:
a. Gerenciamento dos riscos financeiros - Fatores de risco financeiro
- O programa de gestão de risco global da Companhia concentra-se na
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais
efeitos adversos no desempenho financeiro da mesma. O risco, inerente
ao negócio, está relacionado a variações nos preços das placas exportadas,
matérias primas (carvão e minério de ferro), variação cambial (US$, cesta
de moedas BNDES) e taxas de juros (Libor, TJLP e CDI). O impacto
dessas variáveis afeta diretamente o valor dos ativos, passivos e fluxo de
caixa da Companhia. Buscando minimizar potenciais efeitos adversos no
desempenho financeiro, a Companhia desenvolveu políticas adequadas a
cada evento. A gestão de risco é realizada segundo as políticas aprovadas
pela Administração. A Companhia identifica, avalia e protege suas operações
contra eventuais riscos financeiros quando necessário. Risco de liquidez - A
gestão de risco de liquidez vem sendo desenvolvida com o aprimoramento de
instrumentos de monitoramento e previsão do fluxo de caixa (curto e longo
prazo) e do ciclo operacional e financeiro. A Companhia mantém ainda um
rígido acompanhamento dos recursos de caixa, além de concentrar esforços
na ampliação da disponibilidade de linhas de crédito, com o objetivo de
assegurar resultados adequados de níveis de liquidez, para quaisquer cenários
econômicos de curto, médio e longo prazo. A Companhia possui linhas
de crédito autorizadas junto a 16 instituições financeiras para operações
no Brasil, e no exterior. Essa diversidade possibilita a diversificação de
parceiros financeiros, com reduzida concentração, como também permite a
maior competitividade na obtenção de taxas de juros de carregamento. Em
31 de dezembro de 2018, as linhas utilizadas correspondiam aos
adiantamentos de contratos de câmbio - ACC, forfaiting e cessão de crédito,
apresentando vencimentos até 360 dias, considerando que os limites de
crédito possuem renovação automática, ou por opção da Companhia. Os
encargos financeiros para operações em Reais e Dólares são referenciados
pelo CDI e Libor respectivamente, com spreads negociados a cada operação,
garantindo a aderência com a curva de juros correspondente. Risco de crédito
- A Companhia está exposta ao risco de crédito de clientes e instituições
financeiras, decorrente de suas operações comerciais e da administração de
seu caixa, respectivamente. Tais riscos consistem na possibilidade do não
recebimento de vendas efetuadas e de valores aplicados, depositados ou
garantidos por instituições financeiras. Uma parte representativa da carteira
de recebíveis da Companhia é composta de clientes acionistas (Vale, Posco
e Dongkuk) e suas partes relacionadas, reduzindo significativamente o risco
de crédito, conforme demonstrado na Nota 9. Visando minimizar o risco de
crédito, a Companhia realiza análise técnica para toda concessão de crédito
e definição de limites de crédito, propiciando a seletividade de seus clientes.
O acompanhamento dos prazos de vendas e limites individuais de exposição
também são procedimentos adotados a fim de reduzir eventuais problemas
de inadimplência em seus recebíveis. Considerando a exposição da carteira
de recebíveis, a Companhia reconhece no seu resultado uma provisão para
crédito de liquidação duvidosa (PCLD). O cálculo da PCLD utiliza como
base o rating de crédito, classe de risco, o status do vencimento de cada
recebível, além do prazo médio de recebimento da carteira, conforme a
metodologia desenvolvida internamente. A Companhia possui a totalidade
das aplicações financeiras em instituições de primeira linha, classificadas
como “Grau de Investimento” por pelo menos uma das três grandes agências
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº073 | FORTALEZA, 17 DE ABRIL DE 2019
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