DOE 17/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
houve efeitos em comparação com o ano anterior. A receita compreende o
valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo fornecimento de
energia no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada
líquida de impostos. A Companhia reconhece a receita quando o “controle”
dos serviços de uma determinada operação são transferidos ao cliente. (a)
Fornecimento de energia elétrica - A Companhia reconhece a receita
decorrente do fornecimento de energia elétrica considerando o montante em
MWh gerado e fornecido valorizados ao preço contratado. 2.13 Imposto de
renda e contribuição social corrente e diferido - As despesas fiscais do
exercício compreendem o imposto de renda e contribuição social corrente e
diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado. Os encargos
do imposto de renda e contribuição social corrente e diferido são calculados
com base nas leis tributárias em vigor ou substancialmente promulgadas, na
data do balanço. No exercício de 2018 e 2017, a Companhia e todas as suas
controladas eram optantes pelo regime de lucro real. Imposto diferido -
Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com relação às diferenças
temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis
e os usados para fins de tributação. As mudanças dos ativos e passivos fiscais
diferidos no exercício são reconhecidas como despesa de imposto de renda
e contribuição social diferida. Um ativo fiscal diferido é reconhecido em
relação aos prejuízos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis não utilizados,
na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros estarão
disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos são
revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que sua
realização não seja mais provável. Ativos e passivos fiscais diferidos são
mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar às diferenças
temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que
foram decretadas até a data do balanço. A mensuração dos ativos e passivos
fiscais diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da maneira
sob a qual a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos.
2.14 Subvenções governamentais - Subvenções governamentais são
reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido
e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício
se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao valor justo ao
longo do período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos
cujo benefício objetiva compensar. As subvenções para investimento passaram
a ser contabilizadas no resultado a partir da aplicação da Lei nº 11.638/07.
Posteriormente são destinadas para reserva de incentivos fiscais. Incentivo
Federal - As subsidiárias da Companhia são beneficiárias de subvenções
Federais obtidas por conta da realização de investimentos na implantação de
unidades de produção de energia renovável sediadas na área de atuação da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, esse incentivo
fiscal é concedido pelo prazo certo de 10 (Dez) anos, para os empreendimentos
que comprovarem, junto à SUDENE, a realização de investimentos na Região
Nordeste do Brasil, desde que atendidas todas as condições e obrigações
exigidas na legislação pertinente para obter a contrapartida da União, dentro
das políticas públicas de emprego de recursos federais no fomento ao
desenvolvimento da região Nordeste do País. No ano de 2016 o Grupo obteve
esse incentivo, válido até 2025. O valor a ser recebido da União durante o
prazo certo de sua concessão consiste num montante equivalente ao resultado
da aplicação do percentual de 75% (setenta e cinco por cento) sobre uma base
de cálculo legalmente denominada de lucro da exploração (art. 1º da MP
2.199-14/01 e art. 1º do Decreto nº 6.539/2008). A Administração cumpre
todas as exigências para obtenção dessas subvenções, especialmente as
relacionadas à comprovação dos investimentos, geração dos empregos,
volume de produção, bem como, não distribui na forma de dividendos os
valores deles decorrentes. Até então, entende-se que não foi descumprido
qualquer condição que impeça a continuidade do direito de usufruir os
benefícios das subvenções governamentais que lhe foram concedidas. 2.15
Normas novas que ainda não estão em vigor - A seguinte nova norma foi
emitida pelo IASB mas não está em vigor para o exercício de 2018. A adoção
antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no
Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). • IFRS 16 -
“Operações de Arrendamento Mercantil”: com essa nova norma, os
arrendatários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros
e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de
arrendamento mercantil, incluindo os operacionais, podendo ficar fora do
escopo dessa nova norma determinados contratos de curto prazo ou de
pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensuração dos
arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam
substancialmente mantidos. O IFRS 16 entra em vigor para exercícios
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019 e substitui o IAS 17/CPC 06 -
“Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes interpretações.
• A Companhia definiu uma equipe para o projeto que revisou todos os
contratos de arrendamento durante o último ano em face das novas regras
contábeis de arrendamento no IFRS 16. A norma irá afetar, em especial, a
contabilização dos arrendamentos operacionais da Companhia, referentes
aos terrenos nos quais estão as instalações do seu parque eólico. • O Grupo
espera reconhecer ativos de direito de uso, essencialmente relacionados ao
direito de uso das terras onde estão localizados os parques eólicos, de
aproximadamente R$ 20.182 em 1º de janeiro de 2019. • O Grupo pretende
aplicar a abordagem de transição simplificada e não irá reapresentar os valores
comparativos para o ano anterior à primeira adoção. Ativos de direito de uso
relativos a arrendamentos de propriedades serão mensurados na transição
como se as novas regras sempre tivessem sido aplicadas. Todos os outros
ativos de direito de uso serão mensurados ao valor do passivo de arrendamento
no momento da adoção (ajustado em relação a quaisquer despesas de
arrendamento pagas antecipadamente ou acumuladas). Não há outras normas
IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam
ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da
Companhia.
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos - A Companhia faz
estimativas e estabelece premissas com relação ao futuro, baseada na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos
futuros. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que
apresentam um risco significativo de causar um ajuste relevante nos valores
contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício estão divulgadas
abaixo. (a) Vida útil econômica de ativos não financeiros - Conforme o
OCPC 05 - Contratos de Concessão, para os bens integrantes da infraestrutura
de geração vinculados aos contratos de concessão (uso do bem público)
assinados após 2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito
à indenização no final do prazo da concessão no processo de reversão dos bens
ao poder concedente, esses bens, incluído terrenos, devem ser amortizados
com base na vida útil econômica de cada bem ou no prazo da concessão, dos
dois o menor, ou seja, a amortização está limitada ao prazo da concessão.
A administração reconhece a depreciação de seus ativos imobilizados com
base no menor prazo entre a concessão (Nota 1) e nas vidas úteis estimadas
de cada bem (Nota 12). (b) Conta de ressarcimento – CCEE - A Conta de
ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a geração de energia fora dos
limites de tolerância estabelecidos (energia efetivamente gerada e a energia
contratada). Tais variações fora dos limites implicam no registro por estimativa
de ativos ou passivos contratuais. A administração da Companhia entende que
a análise do atendimento a estes limites é uma estimativa significativa.
4 Gestão de risco financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro - As atividades
da Companhia a expõem a riscos financeiros e regulatórios. O programa
de gestão de risco global da Companhia se concentra na imprevisibilidade
dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no
desempenho financeiro da Companhia. Durante os exercícios findos em 31
de dezembro de 2018 e de 2017, a Companhia não celebrou contratos que
possam ser considerados como instrumentos derivativos. A gestão de risco é
realizada pelo setor financeiro da Companhia, segundo as políticas aprovadas
pela Diretoria. O setor financeiro da Companhia identifica, avalia e protege
a Companhia contra eventuais riscos financeiros. A Diretoria estabelece
princípios para a gestão de risco global, bem como para áreas específicas.
Risco de mercado - Esse risco é oriundo da possibilidade de a Companhia
incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que aumentem
as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados
no mercado. A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de
mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação
de operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas.
Riscos regulatórios - As atividades da Companhia, assim como de seus
concorrentes são regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer
alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre as atividades
da Companhia. Risco de crédito - O risco de crédito decorre de caixa e
equivalentes de caixa, depósitos em bancos e outras instituições financeiras,
bem como de exposições de crédito, incluindo contas a receber em aberto.
Os recebíveis tem risco considerado baixo considerando as características do
cliente da Companhia (CCEE). Risco de liquidez - É o risco de a Companhia
não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos
financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre
os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do
caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros,
sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria. A tabela abaixo
analisa os passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento,
correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data
contratual do vencimento. Os valores divulgados na tabela são os saldos
contábeis em 31 de dezembro de 2018 e 2017.
Consolidado:
Menos de
Entre um e
Acima de
um ano
dois anos
três anos
Em 31 de dezembro de 2018
Empréstimos e financiamentos
32.572
41.802
623.766
Fornecedores
6.594
Em 31 de dezembro de 2017
Empréstimos e financiamentos
28.141
43.162
645.042
Fornecedores
4.259
5.548
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia ao administrar seu
capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia
para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas,
além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para
manter ou ajustar a estrutura de capital da Companhia, a administração pode,
ou propõe, nos casos em que os acionistas têm de aprovar, rever a política
de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda,
emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de
endividamento. Condizente com outras companhias do setor, a Companhia
monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse
índice corresponde à dívida líquida expressa como percentual do capital
total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos
(incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no
balanço patrimonial), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa.
O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme
demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida. Os índices de
alavancagem financeira em 31 de dezembro:
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº073 | FORTALEZA, 17 DE ABRIL DE 2019
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