DOE 17/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro 2018
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1. Informações gerais - A Ventos de São Tomé Holding S.A. (“Companhia”), é uma sociedade anônima de capital fechado, com sede na cidade de 
Fortaleza - CE, que tem por objetivo a participação em outras sociedades nacionais ou estrangeiras, na qualidade de sócia ou acionista. A Companhia é 
controladora integral (100%) da Ventos de Santa Brígida I Energias Renováveis S.A. (“Brígida I”), Ventos de Santa Brígida II Energias Renováveis S.A. 
(“Brígida II”)., Ventos de Santa Brígida III Energias Renováveis S.A. (“Brígida III”), Ventos de Santa Brígida IV Energias Renováveis S.A. (“Brígida 
IV”), Ventos de Santa Brígida V Energias Renováveis S.A. (“Brígida V”), Ventos de Santa Brígida VI Energias Renováveis S.A. (“Brígida VI”), Ventos de 
Santa Brígida VII Energias Renováveis S.A. (“Brígida VII”). Em conjunto, a Companhia e suas Controladas são denominadas “Grupo” ou “Consolidado”, 
possui capacidade instalada de 181,9MW e entrou em operação em 25 de dezembro de 2015. A Companhia é controlada pela Cubico Brasil S.A. O Grupo 
possui junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL as seguintes autorizações e registros de geração: 
 
 
 
Capacidade  
Energia
 
Estado  
Cidade  
instalada  MW  
assegurada MWh/ano  
Início  
Término
Brígida I  
PE  
Caetés  
13,6 
 57.816  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida II  
PE  
Caetés  
27,2  
128.772  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida III  
PE  
Paranatama  
28,9 
 126.144  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida IV  
PE  
Paranatama  
27,2  
122.640  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida V  
PE  
Paranatama  
28,9  
131.400  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida VI  
PE  
Paranatama  
28,9  
132.276  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
Brígida VII  
PE  
Paranatama  
27,2  
130.524  
Janeiro de 2016  
Dezembro de 2035
A emissão destas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, foi aprovada pela diretoria em 20 de março de 2019. (a) Contrato de Energia de 
Revenda – CER - As investidas da Companhia firmaram Contratos de Energia de Reserva – CER, na modalidade de quantidade de energia elétrica com a 
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”). Pelo referido contrato as investidas da Companhia se comprometem a vender a totalidade de 
sua energia gerada à CCEE. Com base no contrato, as investidas da Companhia passaram a faturar valores fixos, mensais, correspondente ao valor definido 
em cada contrato. Eventuais diferenças entre o valor recebido e o valor de energia elétrica efetivamente gerada são compensadas financeiramente a cada 
ano. Os critérios de apuração são definidos contratualmente, mediante um limite de tolerância entre a energia efetivamente gerada e energia contratada O 
limite contratual aceito, sem a incidência de penalidades ou bônus, é equivalente ao fornecimento de 90% a 130% da energia contratada de um ano, apurada 
ao final de cada quadriênio. Nestes casos, o desvio positivo ou negativo entre a energia fornecida e a energia contratada é reconhecida no ativo ou passivo, 
respectivamente, mediante a aplicação do preço contratual vigente sobre o MWh apurado. Eventuais diferenças entre o fornecimento de energia elétrica e 
a energia contratada serão compensadas a cada quadriênio contratual, sendo que o primeiro quadriênio se encerra em 31 de agosto de 2019. Caso a energia 
fornecida seja inferior a 90% da energia contratada, será aplicada a penalidade, equivalente a 15% do preço contratual vigente sobre o montante em MWh 
que for inferior aos 90%. Caso a energia fornecida seja superior a 130% da energia contratada, a Companhia receberá 70% sobre o valor do contrato que 
exceder aos 130%. Em ambos os casos, o acerto financeiro ocorre a partir de setembro do ano corrente até agosto do ano subsequente, mediante liquidação 
das faturas mensais emitidas pela Companhia à CCEE. Até 31 de dezembro de 2018, a Companhia não possui nenhum efeito significativo, além dos valores 
já registrados, a ser reconhecido em decorrência dos critérios mencionados anteriormente. (b) Reapresentação das cifras comparativas - Em 2018, 
foram efetuadas algumas reclassificações nas Demonstrações de Fluxos de Caixas apresentados pela Controladora para melhor apresentação dos fluxos. A 
demonstração da Controladora do ano de 2017 foi reapresentada para fins de comparação. Os efeitos da reapresentação são demonstrados a seguir:
 
 
 
Controladora
 
Original  
Ajuste  
Reapresentado
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Amortização de custos de emissão dos empréstimos 
 
1.231  
1.231
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Custo de emissão a amortizar  
(2.125)  
(1.231)  
(3.356)
2 Apresentação das informações contábeis e principais políticas contábeis adotadas - As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas 
demonstrações financeiras estão definidas abaixo. O exercício social da Companhia se encerra no dia 31 de dezembro de cada ano. 2.1 Base de preparação 
- (a) Declaração de conformidade - As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de 
demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia 
no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as 
áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras estão divulgadas na Nota 3. (b) Demonstrações financeiras 
individuais e consolidadas - As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil 
emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente 
elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. (c) Moeda funcional e de apresentação - As demonstrações financeiras 
são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas estão em milhares de Reais, exceto 
quando indicado em outra forma. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e 
outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses (com risco insignificante de mudança de valor). 2.3 
Contas a receber - As contas a receber de clientes são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado 
com o uso do método da taxa efetiva de juros. Na prática, são reconhecidas pela valorização da energia fornecida, em MWh, pela tarifa vigente do Contrato 
de Energia de Reserva – CER (Nota 1). Caso a energia fornecida seja inferior à energia contratada no período de apuração do Contrato de Energia de 
Reserva - CER, o valor excedente recebido é registrado como adiantamento de clientes. O Grupo adotou, a partir de 1° de janeiro de 2018, o IFRS 9 (CPC 
48). A Administração avaliou os seus ativos financeiros e identificou que não existem impactos decorrentes da adoção dessa nova norma, no que se refere 
ao novo modelo de impairment para ativos financeiros, tendo em vista que a Companhia não possui títulos em atraso, tampouco histórico de perdas. A 
Companhia possui apenas um cliente em sua carteira cujo risco de crédito é avaliado e considerado próximo a zero por se tratar de uma Câmara de 
Compensação. 2.4 Imobilizado - Os itens do imobilizado são demonstrados ao custo histórico de aquisição. O custo histórico inclui os gastos diretamente 
atribuíveis necessários para preparar o ativo para o uso pretendido pela administração, excluindo custos de financiamentos. A Companhia inclui no valor 
contábil de um item do imobilizado o custo de peças de reposição somente quando for provável que esse custo lhe proporcione futuros benefícios econômicos. 
A depreciação dos ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada limitada ao 
prazo de concessão, a taxas anuais variáveis descritas na Nota 12, levando em consideração a vida útil estimada dos bens. O valor contábil de um ativo é 
imediatamente reduzido ao seu valor recuperável, quando o valor contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.5). 2.5 Provisões 
para perdas por impairment em ativos não financeiros - Os ativos que estão sujeitos a amortização são revisados para a verificação de impairment sempre 
que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida quando o 
valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o seu 
valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis 
separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não financeiros que tenham sido ajustados por impairment, são revisados subsequentemente 
para a análise de uma possível reversão do impairment na data do balanço. 2.6 Fornecedores - As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar 
por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no 
período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor 
justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. 2.7 Arrendamentos - Os pagamentos efetuados 
para arrendamentos operacionais são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento. 2.8 Empréstimos, 
financiamentos e debêntures - Os empréstimos, financiamentos e debêntures são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos 
na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) 
e o valor total a pagar é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os financiamentos estejam em aberto, utilizando o método da 
taxa efetiva de juros. Os empréstimos, financiamentos e debêntures são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito 
incondicional de diferir a liquidação do passivo por período superior a 12 meses, após a data do balanço. 2.9 Provisões - As provisões são reconhecidas 
quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável que uma saída de recursos 
seja necessária para liquidar a obrigação; (iii) e o valor possa ser estimado com segurança. Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade 
de liquida-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade 
de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor 
presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita as avaliações atuais 
de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido 
como despesa financeira.  2.10 Capital social - As ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio líquido. 2.11 Distribuição de dividendos 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº073  | FORTALEZA, 17 DE ABRIL DE 2019

                            

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