DOE 17/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            mensurados na transição como se as novas regras 
sempre tivessem sido aplicadas. Todos os outros 
ativos de direito de uso serão mensurados ao valor 
do passivo de arrendamento no momento da adoção 
(ajustado em relação a quaisquer despesas de 
arrendamento pagas antecipadamente ou 
acumuladas). Não há outras normas IFRS ou 
interpretações IFRIC que ainda não entraram em 
vigor que poderiam ter impacto significativo sobre 
as demonstrações financeiras da Companhia. 3 
Estimativas e julgamentos contábeis críticos - A 
Companhia faz estimativas e estabelece premissas 
com relação ao futuro, baseada na experiência 
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas 
de eventos futuros. Por definição, as estimativas 
contábeis resultantes raramente serão iguais aos 
respectivos resultados reais. As estimativas e 
premissas que apresentam um risco significativo de 
causar um ajuste relevante nos valores contábeis de 
ativos e passivos para o próximo exercício estão 
divulgadas abaixo. (a) Vida útil econômica de 
ativos não financeiros - Conforme o OCPC 05 - 
Contratos de Concessão, para os bens integrantes 
da infraestrutura de geração vinculados aos contratos 
de concessão (uso do bem público) assinados após 
2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não 
tenham direito à indenização no final do prazo da 
concessão no processo de reversão dos bens ao 
poder concedente, esses bens, incluído terrenos, 
devem ser amortizados com base na vida útil 
econômica de cada bem ou no prazo da concessão, 
dos dois o menor, ou seja, a amortização está 
limitada ao prazo da concessão. A administração 
reconhece a depreciação de seus ativos imobilizados 
com base no menor prazo entre a concessão (Nota 
1) e nas vidas úteis estimadas de cada bem. (b) 
Conta de ressarcimento–CCEE - A Conta de 
ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a 
geração de energia fora dos limites de tolerância 
estabelecidos (energia efetivamente gerada e a 
energia contratada). Tais variações fora dos limites 
implicam no registro por estimativa de ativos ou 
passivos contratuais. A administração da Companhia 
entende que a análise do atendimento a estes limites 
é uma estimativa significativa. 4 Gestão de risco 
financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro - As 
atividades da Companhia a expõem a riscos 
financeiros e regulatórios. O programa de gestão de 
risco global da Companhia se concentra na 
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca 
minimizar potenciais efeitos adversos no 
desempenho financeiro da Companhia. Durante os 
exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e de 
2017, a Companhia não celebrou contratos que 
possam ser considerados como instrumentos 
derivativos. A gestão de risco é realizada pelo setor 
financeiro da Companhia, segundo as políticas 
aprovadas pela Diretoria. O setor financeiro da 
Companhia identifica, avalia e protege a Companhia 
contra eventuais riscos financeiros. A Diretoria 
estabelece princípios para a gestão de risco global, 
bem como para áreas específicas. Risco de mercado 
- Esse risco é oriundo da possibilidade de a 
Companhia incorrer em perdas por causa de 
flutuações nas taxas de juros que aumentem as 
despesas financeiras relativas a empréstimos e 
financiamentos captados no mercado. A Companhia 
monitora continuamente as taxas de juros de 
mercado com o objetivo de avaliar a eventual 
necessidade de contratação de operações para 
proteger-se contra o risco de volatilidade dessas 
taxas. Riscos regulatórios - As atividades da 
Companhia, assim como de seus concorrentes são 
regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. 
Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá 
exercer impacto sobre as atividades da Companhia. 
Risco de crédito - O risco de crédito decorre de 
caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos 
e outras instituições financeiras, bem como de 
exposições de crédito, incluindo contas a receber 
em aberto. Os recebíveis tem risco considerado 
baixo considerando as características do cliente da 
Companhia (CCEE). Risco de liquidez - É o risco 
de a Companhia não dispor de recursos líquidos 
suficientes para honrar seus compromissos 
financeiros, em decorrência de descasamento de 
prazo ou de volume entre os recebimentos e 
pagamentos previstos. Para administrar a liquidez 
do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos 
e recebimentos futuros, sendo monitoradas 
diariamente pela área de Tesouraria. A tabela abaixo 
analisa os passivos financeiros da Companhia, por 
faixas de vencimento, correspondentes ao período 
remanescente no balanço patrimonial até a data 
contratual do vencimento. Os valores divulgados 
na tabela são os saldos contábeis em 31 de 
dezembro de 2018 e 2017. 
 
Menos de 
Entre um e 
Acima de
 
um ano dois anos três anos
Em 31/12/2018
Fornecedores  
849 
 
Partes relacionadas  12.965  
9.655  
39.687
Em 31/12/2017
Fornecedores  
584  
784 
Partes relacionadas  13.150  
11.511  
47.314
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia 
ao administrar seu capital são os de salvaguardar 
a capacidade de continuidade da Companhia para 
oferecer retorno aos acionistas e benefícios às 
outras partes interessadas, além de manter uma 
estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. 
Para manter ou ajustar a estrutura de capital da 
Companhia, a administração pode, ou propõe, nos 
casos em que os acionistas têm de aprovar, rever 
a política de pagamento de dividendos, devolver 
capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas 
ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, 
o nível de endividamento. Condizente com outras 
empresas do setor, a Companhia monitora o capital 
com base no índice de alavancagem financeira. 
Esse índice corresponde à dívida líquida expressa 
como percentual do capital total. A dívida líquida, 
por sua vez, corresponde ao total de empréstimos 
(incluindo empréstimos de curto e longo prazos, 
conforme demonstrado no balanço patrimonial), 
subtraído do montante de caixa e equivalentes de 
caixa. O capital total é apurado através da soma 
do patrimônio líquido, conforme demonstrado 
no balanço patrimonial, com a dívida líquida. 
Os índices de alavancagem financeira em 31 de 
dezembro:  
 
2018  
2017
Total das obrigações partes
 relacionadas: (Nota 8) 
 62.307  
71.975
Menos: caixa e equivalentes
 de caixa (Nota 6)  
(3.681)  
(3.061)
Dívida líquida (a) 
 58.626  
68.914
Total do patrimônio líquido  
37.913 
 36.796
Total do capital (b)  
96.539  105.710
Índice de alavancagem
 financeira - % (a / b)  
61%  
65%
4.3 Estimativa do valor justo - A Companhia 
não possui ativos ou passivos mensurados a valor 
justo. Entretanto, pressupõe-se que os saldos de 
caixa e equivalentes de caixa, das contas a receber 
de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo 
valor contábil, menos a perda (impairment) no 
caso de contas a receber, esteja próxima de seus 
valores justos.
5 Instrumentos financeiros 
2018  
2017
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalente
 de caixa (Nota 6)  
3.681  
3.061
Contas a receber (Nota 7)  
1.783  
1.875
Partes relacionadas (Nota 8)  
2.093  
1.519
 
7.557  
6.455
Outros passivos financeiros
Fornecedores (Nota 10)  
849  
1.368
Partes relacionadas
 (Nota 8)  
62.307  
71.975
 
63.156  
73.343
6 Caixa e equivalentes de caixa
 
2018  
2017
Disponibilidades:
Bradesco S.A.  
21  
5
Citibank  
 
12
Santander S.A.  
7  
5
 
28  
22
Aplicações financeiras (a):
Santander S.A.  
3.653  
3.039
 
3.653  
3.039
Total caixa e
 equivalentes de caixa  
3.681  
3.061
(a) As aplicações financeiras são remuneradas 
a uma taxa média de 101% do CDI, e por não 
haver restrições ao resgate antecipado dos valores 
aplicados e sujeitas a um insignificante risco de 
mudança de valor, as aplicações foram consideradas 
equivalentes de caixa.
7 Contas a receber - De acordo com o contrato de 
energia de reserva – CER, o valor a ser faturado 
mensalmente é calculado linearmente em relação 
à quantidade anual contratada, independente da 
quantidade de energia efetivamente disponibilizada. 
A energia contratada é igual ao montante de energia 
associado ao leilão vencido pela Companhia. A 
partir do segundo quadriênio, a energia contratada 
será o valor médio anual do montante efetivamente 
produzido pela Companhia desde o primeiro 
quadriênio até o termino do quadriênio anterior, 
limitado ao montante de energia associado ao leilão 
vencido. Conforme o CER, a apuração do saldo 
acumulado da energia (energia faturada e o montante 
efetivamente disponibilizado) será feita em dois 
processos, um ao final de cada ano contratual e 
outro ao final de cada quadriênio, sendo que no 
último ano de cada quadriênio, ambos processos 
serão realizados. O saldo acumulado de energia, 
anualmente apurado, observará a faixa de tolerância 
a qual limita a geração a uma margem inferior a 
até 10% (dez por cento) abaixo do valor da energia 
contratada referente ao período considerado e uma 
margem superior de até 30% (trinta por cento) acima 
do valor da energia contratada aplicável no mesmo 
período. Sendo a geração que supere estes limites 
considerada fora da faixa de tolerância. Os valores 
a receber em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, 
estão assim compostos:
 
2018  
2017
Contas a receber referente
 a venda de energia(a)  
1.774  
1.746
Outras contas a receber  
9 
 129
Total circulante  
1.783  
1.875
(a) Refere-se à venda de energia elétrica para 
a CCEE relativa ao faturamento do parque 
eólico, à vencer em janeiro de 2019. Não existem 
valores de contas a receber vencidos nos períodos 
apresentados. Além disso, não há histórico de perdas 
com as contas a receber da Companhia, portanto não 
se faz necessária a constituição de provisão para 
créditos de liquidação duvidosa. 
8 Partes Relacionadas - 
Ativo circulante  
Operação  
2018  
2017
MS Participações Societárias S.A  
Nota de débito (a)  
1 
Cúbico Brasil  
Nota de débito (a)  
1.125  
552
 
 
1.126  
552
Ativo não circulante  
Operação  
2018  
2017
Ventos de Santo Onofre I  
Nota de débito (a)  
967  
967
Passivo circulante  
Operação  
2018 
2017
Ventos de São Tito Holding S.A. 
 Nota de débito (a)  
11  
46
Ventos de Santa Brígida VII 
 Nota de débito (a) 
 
 2
Ventos de Santo Onofre I  
Nota de débito (a)  
15  
2
MS Participações Societárias S.A  
Nota de débito (a)  
153  
115
Eólica Bela Vista Ger e Com de Energia S.A  
Nota de débito (a)  
 
8
Embuaca Ger e Com de Energia S.A  
Nota de débito (a)  
 
6
Eólica Icaraí Ger e Com de Energia S.A 
 Nota de débito (a)  
 
1
Eólica Mar e Terra Ger e Com de Energia S.A  
Nota de débito (a)  
 
1
Ventos de São Tito Holding S.A  
Cessão de recebíveis (b)  
12.786  
12.969
 
 
12.965  
13.150
Passivo não circulante  
Operação  
2018 
2017
Ventos de São Tito Holding S.A. 
 Cessão de recebíveis (b)  
49.342  
58.825
(a) Refere-se a saldo da Companhia decorrente do compartilhamento de despesas entre as empresas do 
mesmo grupo econômico. (b) Refere-se a cessão de recebíveis pela controladora Ventos de São Tito 
180
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº073  | FORTALEZA, 17 DE ABRIL DE 2019

                            

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