DOE 25/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continua...
...continuação foram reapresentadas para refletir os requerimentos das novas 
normas. (i)CPC 47-Receita de contrato com cliente: O CPC 47 estabelece 
uma estrutura abrangente para determinar se, quando, e por quanto a receita é 
reconhecida. Substitui o CPC 30 Receitas, o CPC 17 Contratos de Construção 
e interpretações relacionadas. A partir da adoção do CPC 47 em 1º/01/2018, 
a Cia. passou a reconhecer as receitas de venda de energia considerando 
cinco passos: i) identificação do contrato com cliente; ii) identificação da 
obrigação de desempenho definida no contrato; iii) determinação do preço da 
transação; iv) alocação do preço da transação às obrigações de desempenho 
do contrato; e v) reconhecimento da receita se e quando a Cia. cumpriu 
as obrigações de desempenho. Essas alterações não resultaram em efeitos 
materiais no reconhecimento da receita de venda de energia, bem como, nas 
demonstrações financeiras. (ii) CPC 48 - Instrumentos financeiros: O CPC 
48 estabelece requerimentos para reconhecer e mensurar ativos financeiros, 
passivos financeiros e alguns contratos de compra ou venda de itens não 
financeiros. Esta norma substitui o CPC 38 Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração. A Cia. adotou o CPC 48 com aplicação 
inicial a partir de 1º/01/2018, aproveitando a isenção que lhe permite não 
reapresentar informações comparativas de períodos anteriores decorrentes 
das alterações na classificação e mensuração de instrumentos financeiros, 
incluindo perdas de crédito esperadas. Eventuais diferenças nos saldos 
contábeis de ativos e passivos financeiros resultantes da adoção inicial do 
CPC 48 seriam reconhecidas nos lucros acumulados, quando aplicável. 
Classificação e mensuração -Ativos e passivos financeiros: O CPC 48 
contém três principais categorias de classificação para ativos financeiros: 
mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros 
resultados abrangentes (VJORA) e ao valor justo por meio do resultado 
(VJR). A classificação de ativos financeiros de acordo com a norma é 
geralmente baseada no modelo de negócios no qual o ativo financeiro é 
gerenciado e em suas características de fluxos de caixas contratuais. A norma 
elimina as categorias existentes no CPC 38 de mantidos até o vencimento, 
empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. Os novos requerimentos 
de classificação não produziram impactos na contabilização dos ativos e 
passivos financeiros da Cia., apenas na classificação, conforme demonstrado 
abaixo: 
Classificação 
Classificação 
Saldo em
R$ 
CPC 38 
CPC 48 
01/01/2018
Ativos financeiros (Circulante/Não circulante)
Caixa e equivalentes de caixa:
Caixa e depósitos  
Empréstimos
 bancários à vista 
e recebíveis 
Custo amortizado 
11
Aplicações financ. 
Empréstimos 
 
e recebíveis 
VJR 
1.496
Contas a receber  
Empréstimos
 de clientes 
e recebíveis 
Custo amortizado 
2.129
Aplicações financ. 
Empréstimos
 vinculadas 
e recebíveis 
VJR 
8.555
Total de ativos financeiros  
 
12.191
Passivos financeiros (Circulante/Não circulante)
Fornecedores 
Outros passivos Custo amortizado 
846
Emprést. e financ. 
Outros passivos Custo amortizado 
104.283
Total de passivos financeiros  
 
105.129
Redução ao valor recuperável (impairment) - Ativos financeiros e ativos 
contratuais: O CPC 48 substitui o modelo de “perdas incorridas” do CPC 38 
por um modelo prospectivo de “perdas de crédito esperadas”. O novo modelo 
de perdas esperadas se aplicará aos ativos financeiros mensurados ao custo 
amortizado ou ao VJORA, com exceção de investimentos em instrumentos 
patrimoniais e ativos contratuais. As provisões para perdas esperadas foram 
mensuradas com base nas perdas de crédito esperadas para a vida inteira, 
ou seja, perdas de crédito que resultam de todos os possíveis eventos de 
inadimplência ao longo da vida esperada de um instrumento financeiro. Com 
base na avaliação da Cia., este requerimento não gerou impacto materiais 
na contabilização de seus ativos financeiros e contratuais. 4. Retificação de 
erros: A Administração da Cia., após reavaliação de determinados temas 
e objetivando a melhor apresentação da sua posição patrimonial e do seu 
desempenho operacional e financeiro, com base no “CPC 23 - Políticas 
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro”, procedeu ajustes, 
de forma retrospectiva, em seu balanço patrimonial, demonstração do 
resultado e do resultado abrangente e do fluxo de caixa para o exercício 
findo em 31/12/2017. A seguir o resumo dos impactos nas demonstrações 
financeiras do exercício findo em 31/12/2017: 
Balanço patrimonial 
  Impactos das retificações de erros
 em 31/12/2017 
 Anteriormente 
 
Reapre-
Em milhares de reais 
 
apresentado 
Ajustes 
sentado
Total de ativos 
 
162.132 
(141) 
161.991
Outros ativos não circulantes (i)  
830 
(141) 
(689)
Outros ativos não impactados 
 
161.302 
- 
161.302
Total de passivos 
 
109.083 
- 
109.083
Outros passivos não impactados  
109.083 
- 
109.083
Total do patrimônio líquido 
 
53.049 
(141) 
52.908
Prejuízos acumulados (i) 
 
(9.019) 
(141) 
(9.160)
Demonstração do resultado e do resultado abrangente Em 31/12/2017
 
  Impactos das retificações de erros
Em milhares de reais 
 Anteriormente  
 
Reapre-
 
 
apresentado 
Ajustes 
sentado
Custos de operação (i) 
 
(10.487) 
(141) 
(10.628)
Resultado antes das despesas 
 (receitas financeiras líquidas  
12.085 
(141) 
11.944
Resultado do exercício 
 
(5.553) 
(141) 
(5.694)
Resultado abrangente do exerc. 
 
(5.553) 
(141) 
(5.694)
Demonstração dos fluxos de caixa - método indireto - Em 31/12/2017
 
  Impactos das retificações de erros
Em milhares de reais 
 Anteriormente  
 
Reapre-
 
 
apresentado 
Ajustes 
sentado
Resultado antes dos tributos 
 
(4.586) 
(141) 
(4.727)
Outras contas a receber 
 
(830) 
141 
(689)
Caixa gerado pelas ativ.operac.  
1.137 
- 
1.137
(i) Outros ativos não circulantes: Em 2017 a Companhia deixou de 
reconhecer no resultado custos de competência do próprio exercício, os quais 
haviam sido realizados pagamentos antecipados em 2017 registrados como 
outros ativos não circulantes. Para corrigir tais erros, a Companhia ajustou 
o resultado de 2017 em contrapartida ao Ativo. 5. Principais políticas 
contábeis: As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas 
demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram 
aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados, salvo disposição 
em contrário, e evidenciam todas as informações relevantes próprias das 
demonstrações financeiras, e somente elas, as quais são consistentes com as 
utilizadas pela administração em sua gestão. a. Instrumentos financeiros: 
(i) Reconhecimento e mensuração inicial: O contas a receber de clientes 
e os títulos de dívida emitidos são reconhecidos inicialmente na data em 
que foram originados. Todos os outros ativos e passivos financeiros são 
reconhecidos inicialmente quando a Companhia e se torna parte das 
disposições contratuais do instrumento. Um ativo financeiro (a menos que 
seja um contas a receber de clientes sem um componente de financiamento 
significativo) ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao valor justo, 
acrescido, para um item não mensurado ao VJR, os custos de transação 
que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Um contas 
a receber de clientes sem um componente significativo de financiamento 
é mensurado inicialmente ao preço da operação. (ii) Classificação e 
mensuração subsequente: (Política aplicada a partir de 1º/01/2018): No 
reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado: 
ao custo amortizado; ou ao valor justo por meio do resultado - VJR. Os ativos 
financeiros não são reclassificados subsequentemente ao reconhecimento 
inicial, a não ser que a Companhia mude o modelo de negócios para a gestão 
de ativos financeiros, e neste caso todos os ativos financeiros afetados 
são reclassificados no primeiro dia do período de apresentação posterior 
à mudança no modelo de negócios. Um ativo financeiro é mensurado ao 
custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e não for designado 
como mensurado ao VJR: - é mantido dentro de um modelo de negócios 
cujo objetivo seja manter ativos financeiros para receber fluxos de caixa 
contratuais; e - seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos 
de caixa que são relativos somente ao pagamento de principal e juros sobre 
o valor principal em aberto. (iii) Desreconhecimento: Ativos financeiros: A 
Companhia desreconhe um ativo financeiro quando os direitos contratuais 
aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os 
direitos contratuais de recebimento aos fluxos de caixa contratuais sobre um 
ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos 
e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos ou na qual a 
Companhia nem transfere nem mantém substancialmente todos os riscos e 
benefícios da titularidade do ativo financeiro e também não retém o controle 
sobre o ativo financeiro.  Passivos financeiros: A Companhia desreconhece 
um passivo financeiro quando sua obrigação contratual é retirada, cancelada 
ou expira. A Companhia também desreconhece um passivo financeiro 
quando os termos são modificados e os fluxos de caixa do passivo 
modificado são substancialmente diferentes, caso em que um novo passivo 
financeiro baseado nos termos modificados é reconhecido a valor justo. 
No desreconhecimento de um passivo financeiro, a diferença entre o valor 
contábil extinto e a contraprestação paga (incluindo ativos transferidos que 
não transitam pelo caixa ou passivos assumidos) é reconhecida no resultado. 
(iv) Compensação: Os ativos ou passivos financeiros são compensados 
e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente 
quando, a Companhia tem atualmente um direito legalmente executável 
de compensar os valores e tenha a intenção de liquidá-los em uma base 
líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. (v) 
Instrumentos financeiros derivativos: A Companhia não celebrou e não tem 
como política celebrar contratos de instrumentos financeiros derivativos. b. 
Receitas de venda de energia elétrica: A receita compreende o valor pela 
venda de energia elétrica. A receita pela venda de energia é reconhecida de 
acordo com o CPC 47 Receita de Contratos com Clientes, o qual estabelece 
os seguintes 5 passos para o reconhecimento de uma receita: 1. Identificar 
o contrato com o cliente; 2. Identificar as obrigações de desempenho no 
contrato; 3. Determinar o preço das transações; 4. Alocar o preço da transação 
às obrigações de desempenho; 5. Reconhecer a receita quando cumpridas 
as obrigações de desempenho. Toda energia produzida pela Companhia é 
vendida através de Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no 
Ambiente Regulado - CCEAR. Durante o ano de 2018 a Companhia aderiu 
ao sistema MCSD. Todos os contratos da Companhia possuem características 
similares, descritas a seguir: (i) Quantidades de energia por MWh mensais 
determinadas, ou seja, a Companhia tem a obrigação de entregar a energia 
contratada aos seus clientes; (ii) Preços fixos da energia por MWh durante 
toda vigência do contrato; (iii)As obrigações de desempenho são atendidas 
mensalmente, uma vez que é dessa forma que os contratos são firmados 
e controlados; (iv) A Companhia não possui histórico de inadimplência, 
ou seja, o recebimento da contraprestação da obrigação de desempenho 
não é afetado em função do risco de crédito. Dessa forma, com base nas 
características dos contratos descritas acima, a Companhia entende que suas 
obrigações de desempenho são identificáveis, precificáveis e realizáveis 
mensalmente. c. Imobilizado: (i) Reconhecimento e mensuração: Itens do 
imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, formação ou 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº077  | FORTALEZA, 25 DE ABRIL DE 2019

                            

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