DOE 25/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continua...
...continuação energia produzida pela Companhia é vendida através de Contratos 
de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado - CCEAR. 
Durante o ano de 2018 a Companhia aderiu ao sistema MCSD. Todos os 
contratos da Companhia possuem características similares, descritas a 
seguir: (i) Quantidades de energia por MWh mensais determinadas, ou 
seja, a Companhia tem a obrigação de entregar a energia contratada aos 
seus clientes; (ii) Preços fixos da energia por MWh durante toda vigência 
do contrato; (iii)As obrigações de desempenho são atendidas mensalmente, 
uma vez que é dessa forma que os contratos são firmados e controlados; (iv) 
A Companhia não possui histórico de inadimplência, ou seja, o recebimento 
da contraprestação da obrigação de desempenho não é afetado em função 
do risco de crédito. Dessa forma, com base nas características dos contratos 
descritas acima, a Companhia entende que suas obrigações de desempenho 
são identificáveis, precificáveis e realizáveis mensalmente. c. Imobilizado: 
(i) Reconhecimento e mensuração: Itens do imobilizado são mensurados 
pelo custo histórico de aquisição, formação ou construção. O custo inclui 
gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de 
ativos construídos pela própria Companhia inclui o custo de materiais e 
mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local 
e condições necessárias para que esses sejam capazes de operar de forma 
pretendida pela Administração, os custos de desmontagem e de restauração 
do local onde esses ativos estão localizados, e custos de empréstimos sobre 
ativos qualificáveis. Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes 
vidas úteis, elas são registradas como itens individuais (componentes 
principais) de imobilizado. (ii) Depreciação: A depreciação é calculada sobre 
o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor substituto do 
custo, deduzido do valor residual. A depreciação é reconhecida no resultado 
baseando-se no método linear em relação às vidas úteis estimadas de cada 
parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto 
reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados 
no ativo. Terrenos não são depreciados. As taxas utilizadas estão de acordo 
com o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrica (“MCPSE”), 
aprovado pela Resolução Normativa nº 674/2015 pela ANEEL. Os métodos 
de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais serão revistos a cada 
encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes serão reconhecidos 
como mudança de estimativas contábeis. 
Unidade de geração eólica - Pás 
 15 anos
Unidade de geração eólica - Gerador 
 20 anos
Unidade de geração eólica - Nacelle 
 25 anos
Unidade de geração eólica - Torre 
 30 anos
Benfeitorias 
 30 anos
Móveis e utensílios 
 16 anos
Equipamentos móveis e portáteis de comunicação 
 16 anos
Comunicação 
 16 anos
Outros equipamentos 
 16 anos
Veículos 
 
7 anos
Equipamento geral de informática 
 
6 anos
Software 
 
5 anos
Licença de uso 
 
5 anos
d. Intangível: Ativos intangíveis que são adquiridos pela Cia. e que possuem 
vidas úteis finitas são mensurados pelo custo, deduzido da amortização 
acumulada e quaisquer perdas acumuladas por redução ao valor recuperável. 
Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios 
econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as 
perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a 
diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, 
são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado. e. Redução ao 
valor recuperável (Impairment): (i) Ativos financeiros não derivativos: A 
Cia., quando aplicável, reconhece provisões para perdas esperadas de crédito 
sobre: - ativos financeiros mensurados ao custo amortizado. A provisão para 
perdas com contas a receber de clientes deve ser mensurada a um valor igual 
à perda de crédito esperada para a vida inteira do instrumento. Ao determinar 
se o risco de crédito de um ativo financeiro aumentou significativamente 
desde o reconhecimento inicial e ao estimar as perdas de crédito esperadas, 
a Cia. deve considerar informações razoáveis e passíveis de suporte que 
são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço excessivo. Isso inclui 
informações e análises quantitativas e qualitativas, com base na experiência 
histórica da Cia.. A Cia. deve presumir que o risco de crédito de um ativo 
financeiro aumentou significativamente se este estiver com mais de 180 dias 
de atraso. A Cia. deve considerar um ativo financeiro como inadimplente 
quando: - é pouco provável que o devedor pague integralmente suas 
obrigações de crédito a Companhia, sem recorrer a ações como a realização 
da garantia (se houver alguma); ou - o ativo financeiro estiver vencido há 
mais de 180 dias. A Companhia não tem histórico de inadimplência de seus 
ativos financeiros, adicionalmente, com relação às aplicações financeiras, 
a Companhia somente aplica em bancos de primeira linha e em aplicações 
que não apresentam risco significativo de perda por estarem garantidas 
pelo Fundo Garantidor de Crédito. Ativos financeiros com problemas de 
recuperação: Em cada data de balanço, a Companhia deve avaliar se os 
ativos financeiros contabilizados pelo custo amortizado estão com problemas 
de recuperação. Um ativo financeiro possui “problemas de recuperação” 
quando ocorrem um ou mais eventos com impacto prejudicial nos fluxos de 
caixa futuros estimados do ativo financeiro. Evidência objetiva de que ativos 
financeiros tiveram problemas de recuperação inclui os seguintes dados 
observáveis: - quebra de cláusulas contratuais, tais como inadimplência ou 
atraso de mais de 180 dias; - reestruturação de um valor devido a Companhia 
em condições que não seria aceita em condições normais; - a probabilidade 
que o devedor entrará em falência ou passará por outro tipo de reorganização 
financeira; ou - o desaparecimento de mercado ativo para o título por causa 
de dificuldades financeiras. (ii) Ativos não financeiros: O valor recuperável 
de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em uso 
e o valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os 
fluxos de caixa futuros estimados são descontados aos seus valores presentes 
através da taxa de desconto antes de impostos que reflita as condições 
vigentes de mercado quanto ao período de recuperabilidade do capital e os 
riscos específicos do ativo. Para a finalidade de testar o valor recuperável, 
os ativos que não podem ser testados individualmente são agrupados juntos 
no menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo que são 
em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupo 
de Ativos. Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida caso 
o valor contábil de um ativo ou sua unidade operadora de caixa exceda seu 
valor recuperável estimado. Perdas de valor são reconhecidas no resultado. 
A Companhia não identificou nenhum indicador para ativos não financeiros 
com vida útil definida para o qual devesse reconhecer provisão para redução 
ao valor recuperável. f. Imposto de renda e contribuição social correntes: 
O imposto de renda e a contribuição social do exercício são calculados 
com base no lucro presumido. Lucro presumido: Calculado com base na 
presunção de lucro sobre a receita bruta, nas alíquotas de 8% para IRPJ 
e 12% para CSLL para geração de energia. Sobre a presunção de lucros, 
aplica-se as mesmas alíquotas do lucro real, sendo elas: 15%, acrescidas 
do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$240 (Base 
anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição 
social. g. Provisões: As provisões são reconhecidas quando a Companhia 
tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de 
eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária 
para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser 
feita. h. Receitas e despesas financeiras: As receitas financeiras abrangem 
receitas de juros sobre aplicações financeiras e juros ativos decorrente 
de direitos da Companhia. A receita de juros é reconhecida no resultado, 
através do método dos juros efetivos. i. Novas normas e interpretações: 
Uma série de novas normas serão efetivas para exercícios iniciados após 
1º/01/2019. A Companhia não adotou essas alterações na preparação destas 
demonstrações financeiras. Espera-se que as seguintes normas não tenham 
um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia no 
período de adoção inicial. CPC 06 (R2) - Arrendamentos: A Companhia 
deverá adotar o CPC 06 (R2) - Arrendamentos a partir de 1º/01/2019. A 
Companhia avaliou o potencial impacto que a aplicação inicial do CPC 06 
(R2) terá sobre as demonstrações financeiras, conforme descrito abaixo. Os 
impactos reais da adoção da norma a partir de 1º/01/2019 poderão mudar 
porque: as novas políticas contábeis estão sujeitas à mudança até que a 
Companhia apresente suas primeiras demonstrações financeiras que incluam 
a data da aplicação inicial. O CPC 06 (R2) introduz um modelo único de 
contabilização de arrendamentos no balanço patrimonial para arrendatários. 
Um arrendatário reconhece um ativo de direito de uso que representa 
o seu direito de utilizar o ativo arrendado e um passivo de arrendamento 
que representa a sua obrigação de efetuar pagamentos do arrendamento. 
O ativo de direito de uso é amortizado linearmente de acordo com a vida 
útil do respectivo ativo subjacente, o passivo é amortizado de acordo com 
o pagamento das contraprestações, reconhecendo as respectivas despesas 
financeiras com base no método da taxa efetiva de juros. Isenções estão 
disponíveis para arrendamentos de curto prazo e itens de baixo valor. A 
contabilidade do arrendador permanece semelhante à norma atual, isto é, 
os arrendadores continuam a classificar os arrendamentos em financeiros 
ou operacionais. O CPC 06 (R2) substitui as normas de arrendamento 
existentes, incluindo o CPC 06 Operações de Arrendamento Mercantil 
e o ICPC 03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento 
Mercantil. Arrendamentos em que a Companhia é um arrendatário: 
Considerando que as contraprestações dos arrendamentos são calculadas 
com base na receita auferida com a geração de energia, e ainda que podem 
ocorrer oscilações consideráveis na receita de geração, a Companhia 
entende que não possui subsídios para mensurar o ativo de direito de 
uso, o passivo de arrendamento, despesas com amortização e despesas 
de juros com confiabilidade. Dessa forma, em sua avaliação preliminar, 
a Companhia entende que não reconhecerá novos ativos e passivos para 
seus arrendamentos operacionais das terras onde os parques eólicos estão 
instalados. 6. Caixa, equivalentes de caixa e fundos vinculados: a. Caixa 
e equivalentes de caixa: 
 
2018 
2017
Bancos 
 
2.478 
3
Aplicações financeiras (a) 
 
17.203 
12.390
Total 
 
19.681 
12.393
(a) Referem-se a aplicações em Certificados de Depósitos Bancários, junto 
ao Santander e Citibank, com liquidez imediata e prontamente conversíveis 
em um montante de caixa que estão sujeitas a um insignificante risco de 
mudança de valor, com taxa de 98% CDI referente às aplicações do 
Santander e taxa de 97 % CDI para as aplicações do Citibank. b. Fundos 
vinculados: Os valores aplicados em fundos vinculados fazem parte dos 
acordos firmados nos contratos de financiamento do Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As aplicações em contas 
reservas obedecem a metodologia de cálculo dos saldos mínimos obrigatórios 
descritas nos contratos de financiamento, sendo que cada contrato possui 
regras específicas, as quais são exigidas pelo Banco Financiador para que 
sejam mantidas contas reservas para garantia do pagamento do Serviço da 
Dívida, e pagamento do custo de Operação e Manutenção, entre outras, em 
casos específicos de falta de liquidez do projeto descritos nos contratos de 
financiamento.  
 
2018 
2017
Reserva de divida 
 
2.870 
2.949
Reserva especial 
 
1.280 
276
Reserva O&M 
 
240 
123
Total 
 
4.390 
3.348
Os fundos vinculados estão classificados no ativo não circulante.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº077  | FORTALEZA, 25 DE ABRIL DE 2019

                            

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