DOE 30/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            possui acesso aos recursos necessários para honrar os compromissos da 
Companhia em caso de eventuais necessidades de caixa. A Companhia possui 
compromisso de sua controladora, enquanto interveniente anuentes dos seus 
contratos de financiamento, de prover, caso necessário, suporte financeiro para 
o bom andamento de suas operações. (a) Contrato de Energia – CCEAR - As 
investidas da Companhia firmaram Contratos de Comercialização de Energia 
no Ambiente Regulado (CCEAR), na modalidade de quantidade de energia 
elétrica com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”). De 
acordo com o estabelecido pela ANEEL, o marco do cronograma de 
implantação das referidas usinas tinha como data de início da operação 
comercial até 1º de novembro de 2014. No entanto, esse prazo foi estendido 
até 11 de novembro de 2014 e as Investidas iniciaram a operação comercial 
nesta data. De acordo com a modalidade do leilão 02/2011, as eólicas firmaram 
contratos bilaterais de compra e venda de energia elétrica e respectiva potência 
associada, Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado 
(CCEAR), celebrado entre os agentes vendedores e os agentes de distribuição 
no âmbito do Ambiente de Contratação Regulada (ACR), como decorrência 
dos leilões de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração 
existentes e de novos empreendimentos. Os contratos de comercialização de 
energia foram firmados com os compradores por um prazo de 20 (vinte) anos 
a contar do efetivo início da operação comercial. De acordo com o contrato 
de compra e venda de energia, o valor a ser faturado mensalmente é calculado 
linearmente em relação a quantidade anual contratada, independentemente da 
quantidade de energia efetivamente disponibilizada. O atendimento do 
montante anual de energia contratada observará uma margem inferior de 90% 
da energia contratada e uma margem superior decrescente (30% da energia 
contratada no primeiro ano, 20% no segundo ano, 10% no terceiro ano e zero 
no último ano dos quadriênios). A conta de energia compreende a contabilização 
das diferenças entre os montantes de energia gerada e contratada, sendo apurada 
anualmente e quadrimestralmente considerando as margens descritas acima. 
Ao final dos quatro anos, a conta de energia será encerrada e logo em seguida 
será reiniciada para o quadriênio seguinte. Havendo saldo positivo na conta 
de energia ao final do quadriênio (dentro da margem superior), a Companhia 
poderá, a seu critério, repassar o saldo ao ano seguinte como crédito de energia, 
descer a outro vendedor do mesmo leilão e da mesma fonte de geração de 
energia ou liquidar no âmbito do contrato como receita variável. A geração 
de energia que ultrapassar a margem superior estabelecida no CCEAR, poderá 
ser comercializado com quaisquer agentes no Ambiente de Contratação Livre 
(ACL), conforme tarifas praticadas no mercado de curto prazo. Havendo saldo 
negativo, haverá necessidade de ressarcimento, que poderá ser: a) Anualmente: 
quando os desvios negativos de geração (energia gerada menor que energia 
contratada) ultrapassar o limite inferior da conta de energia (10% abaixo da 
energia contratada); b) Quadrimestralmente: quando os desvios negativos de 
geração (energia gerada menor que energia contratada) não ultrapassar o limite 
inferior da conta de energia (10% abaixo da energia contratada). Até 31 de 
dezembro de 2018 a Companhia não possui nenhum efeito significativo, além 
dos valores já registrados, a ser reconhecido em decorrência dos critérios 
mencionados anteriormente.  2 Apresentação das informações contábeis e 
principais políticas contábeis adotadas - As principais políticas contábeis 
aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas 
abaixo. O exercício social da Companhia se encerra no dia 31 de dezembro 
de cada ano. 2.1 Base de preparação - (a) Declaração de conformidade - As 
demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico 
como base de valor, execto por certos instrumentos financeiros mensurados 
pelo valor justo. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da 
Controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no 
Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e 
evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações 
financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela 
administração na sua gestão. A preparação de demonstrações financeiras requer 
o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de 
julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação 
das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento 
e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e 
estimativas são significativas para as demonstrações financeiras estão 
divulgadas na Nota 3. (b) Demonstrações financeiras - As demonstrações 
financeiras da Companhia foram preparadas conforme as práticas contábeis 
adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPCs) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das 
demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as 
utilizadas pela administração na sua gestão. (c) Moeda funcional e de 
apresentação  - As demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que 
é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras 
apresentadas estão em milhares de Reais, exceto quando indicado em outra 
forma. 2.2 Consolidação - As seguintes políticas contábeis são aplicadas na 
elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. (a) Controladas - 
Controladas são todas as entidades nas quais o Grupo detém o controle. As 
controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é 
transferido para o Grupo. A consolidação é interrompida a partir da data em 
que o Grupo deixa de ter o controle. Transações, saldos e ganhos não realizados 
em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não 
realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências 
de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das 
controladas são alteradas, quando necessário, para assegurar a consistência 
com as políticas adotadas pelo Grupo. 2.3 Caixa e equivalentes de caixa - 
Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários 
e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos 
originais de até três meses (com risco insignificante de mudança de valor). 
2.4 Contas a receber - As contas a receber de clientes são inicialmente 
reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo 
amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros. Na prática, são 
reconhecidas pela valorização da energia fornecida, em MWh, pela tarifa 
vigente do Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado 
– CCEAR (Nota 1). Caso a energia fornecida seja inferior à energia contratada 
no período de apuração do Contrato de Comercialização de Energia no 
Ambiente Regulado – CCEAR, o valor excedente recebido é registrado como 
adiantamento de clientes. A Companhia adotou, a partir de 1° de janeiro de 
2018, o IFRS 9 (CPC 48). A Administração avaliou os seus ativos financeiros 
e identificou que não existem impactos decorrentes da adoção dessa nova 
norma, no que se refere ao novo modelo de impairment para ativos financeiros, 
tendo em vista que a Companhia não possui títulos em atraso, tampouco 
histórico de perdas.  2.5  Depósitos judiciais - Existem situações em que a 
Companhia questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações 
movidas contra si. Por conta desses questionamentos, por ordem judicial ou 
por estratégia da própria administração, os valores em questão podem ser 
depositados em juízo, sem que haja a caracterização da liquidação do passivo. 
2.6  Instrumentos financeiros - Em 1o de janeiro de 2018, data da adoção 
inicial do IFRS 9/CPC 48, a administração avaliou quais modelos de negócio 
se aplicavam aos ativos financeiros mantidos pelo Grupo e classificou os 
instrumentos financeiros nas devidas categorias da nova norma. A Companhia 
classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias de mensuração: 
• Mensurados ao custo amortizado. • Valor justo por meio de outros resultados 
abrangentes. A classificação depende do modelo de negócio da Companhia 
para gestão dos ativos financeiros e os termos contratuais dos fluxos de caixa. 
i. Mensurados ao custo amortizado - Os ativos, que são mantidos para coleta 
de fluxos de caixa contratuais quando tais fluxos de caixa representam apenas 
pagamentos do principal e de juros, são mensurados ao custo amortizado. As 
receitas com juros provenientes desses ativos financeiros são registradas em 
receitas financeiras usando o método da taxa efetiva de juros. Quaisquer ganhos 
ou perdas devido à baixa do ativo são reconhecidos diretamente no resultado 
e apresentados em outros ganhos/(perdas) juntamente com os ganhos e perdas 
cambiais. As perdas por impairment são apresentadas em uma conta separada 
na demonstração do resultado. ii. Mensurados ao valor justo por meio de 
outros resultados abrangentes - Para os ativos que são mantidos para coleta 
de fluxos de caixa contratuais, quando tais fluxos de caixa representam apenas 
pagamentos do principal e de juros, são mensurados ao valor justo por meio 
de outros resultados abrangentes. Mudanças no valor contábil são registradas 
em outros resultados abrangentes, exceto pelo reconhecimento dos ganhos ou 
perdas por impairment, receita com juros e ganhos e perdas cambiais, os quais 
são reconhecidos na demonstração do resultado. Quando o ativo financeiro é 
baixado, os ganhos ou perdas cumulativos que haviam sido reconhecidos em 
outros resultados abrangentes são reclassificados do patrimônio líquido para 
o resultado e reconhecidos em outros ganhos/(perdas). As receitas com juros 
provenientes desses ativos financeiros são registradas em receitas financeiras 
usando o método da taxa efetiva de juros. iii. Perda (impairment) de ativos 
financeiros - A partir de 1º de janeiro de 2018, A Companhia passou a avaliar, 
em base prospectiva, as perdas esperadas de crédito associadas aos títulos de 
dívida registrados ao custo amortizado e ao valor justo por meio de outros 
resultados abrangentes. A metodologia de impairment aplicada depende de 
ter havido ou não um aumento significativo no risco de crédito. Para as contas 
a receber de clientes, a Companhia aplica a abordagem simplificada conforme 
permitido pelo IFRS 9/CPC 48 e, por isso, reconhece as perdas esperadas ao 
longo da vida útil a partir do reconhecimento inicial dos recebíveis.  2.7 Contas 
garantias - Conta corrente constituída exclusivamente em garantia do BNDES, 
não movimentável até a liquidação dos respectivos contratos. São classificados 
como ativos financeiros mantidos até o vencimento, e estão demonstrados ao 
custo amortizado, acrescido das remunerações contratadas, reconhecidas 
proporcionalmente até as datas base das demonstrações financeiras. 2.8 
Imobilizado - Os itens do imobilizado são demonstrados ao custo histórico 
de aquisição. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis 
necessários para preparar o ativo para o uso pretendido pela administração, 
excluindo custos de financiamentos. A Companhia inclui no valor contábil de 
um item do imobilizado o custo de peças de reposição somente quando for 
provável que esse custo lhe proporcione futuros benefícios econômicos. A 
depreciação dos ativos é calculada usando o método linear considerando os 
seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada limitada ao 
prazo de concessão, a taxas anuais variáveis descritas na Nota 13, levando em 
consideração a vida útil estimada dos bens. O valor contábil de um ativo é 
imediatamente reduzido ao seu valor recuperável, quando o valor contábil do 
ativo é maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.9). 2.9 Provisões 
para perdas por impairment em ativos não financeiros - Os ativos que 
estão sujeitos a amortização são revisados para a verificação de impairment 
sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor 
contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida 
quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa 
o maior valor entre o valor justo de um ativo menos seus custos de venda e o 
seu valor em uso. Para fins de avaliação do impairment, os ativos são agrupados 
nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis 
separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não 
financeiros que tenham sido ajustados por impairment, são revisados 
subsequentemente para a análise de uma possível reversão do impairment na 
data do balanço. 2.10 Fornecedores - As contas a pagar aos fornecedores são 
obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal 
dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento 
for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são 
apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas 
pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com 
o uso do método de taxa efetiva de juros. 2.11 Arrendamentos - Os 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº080  | FORTALEZA, 30 DE ABRIL DE 2019

                            

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